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Transcrição:

Nota Informativa 1/2012: Alterações relevantes em matéria Processamento Salarial e Encargos Sociais I. Comissão Permanente de Concertação Social Alterações à tipologia contratual: Alargamento da duração máxima do contrato de trabalho de muito curta duração de sete para quinze dias, sendo que a duração total de contratos de trabalho a termo com o mesmo empregador não poderá exceder 70 dias de trabalho no ano civil. Tais alterações devem-se ao facto de, em muitos sectores, a necessidade de trabalho não exceder as 2 (duas) semanas, justificando-se assim a aplicação de um regime menos rígido, potenciando o recurso a este modelo contratual e admitindo o alargamento da sua duração. O subsídio de Desemprego e o subsídio social de desemprego: Os parceiros sociais adoptaram uma medida que conjuga a atribuição do subsídio de desemprego com a aceitação de ofertas de trabalho a tempo completo por parte dos beneficiários, tendo em vista um célere regresso ao mercado de trabalho. Deste modo, a medida de acumulação do subsídio de desemprego assumirá os seguintes princípios: O empregador paga obrigatoriamente os salários previstos na negociação colectiva e na lei; Os desempregados que aceitem uma oferta de trabalho cuja remuneração seja inferior à da sua prestação de subsídio de desemprego terão direito às seguintes prestações de incentivo à aceitação do posto de trabalho: a) 50% do subsídio de desemprego durante os primeiros seis meses; b) 25% do subsídio de desemprego durante os seis meses seguintes.

A duração máxima da acumulação dos subsídios supra descritos com o salário é de 12 meses; O trabalho prestado ao abrigo desta medida não prejudica a possibilidade do trabalhador, futuramente, vir a beneficiar da prestação de desemprego, caso o contrato cesse; Esta medida deve ser adoptada no início de 2012, devendo a sua aplicação ser objecto de avaliação no mês de Agosto de 2012. Acresce ainda que o Governo deverá apresentar, no prazo de 6 meses, um programa de apoio no desemprego para empresários em nome individual e, acrescenta agora, membros de órgãos estatutários de pessoas colectivas e restantes trabalhadores independentes. O acordo da Concertação Social prevê ainda algumas medidas tendo em vista a formação dos desempregados: Os desempregados inscritos no IEFP devem ser encaminhados para os Centros de Formação do mesmo instituto; Adopção de um modelo de formação transversal dirigida aos desempregados, em matérias ligadas à melhoria da empregabilidade; Encaminhamento, pelo IEFP, de desempregados inscritos há pelo menos 6 (seis) meses para acções de formação, estágios, contratos de empregoinserção e outras medidas similares;

Analisar a eficácia dos programas de formação profissional, em termos de empregabilidade, eliminando os de baixa empregabilidade e reforçando os que têm altos níveis de empregabilidade; Valorização dos programas de apoio ao empreendedorismo. Para tal, deverá ser lançado do cheque-formação, para financiar a formação por iniciativa do trabalhador, e cujas áreas de acção assentarão em: i. Possibilidade da sua atribuição não apenas a trabalhadores e a empresas, mas igualmente a desempregados inscritos no centro de emprego; ii. Utilização do cheque formação pelas empresas como instrumento de custeio parcial da formação dos seus trabalhadores; iii. Atribuição às empresas da possibilidade de escolha da entidade formadora, atendendo à oferta formativa, à qualidade e aos preços praticados; Manutenção dos programas de inserção de pessoas especialmente vulneráveis, nomeadamente os portadores de deficiência, os trabalhadores mais idosos e os trabalhadores com qualificações menores. O Governo compromete-se a apresentar um relatório semestral com a evolução destas medidas.

Alterações à organização do tempo de trabalho: O acordo da Concertação Social sublinha a necessidade de adaptação do tempo de trabalho às exigências do mercado. Releva, ainda, a manutenção integral dos limites à duração do trabalho, nomeadamente no que se refere ao descanso diário e semanal obrigatório, bem como ao período anual de férias remuneradas. Contudo foram tomadas as seguintes medidas tendo em conta o banco de horas: Estabelecer a possibilidade do regime de banco de horas ser implementado mediante acordo entre o empregador e o trabalhador, admitendo o aumento de até duas horas extraordinárias ao período normal diário de trabalho, com o limite de 50 horas de trabalho semanal e de 150 horas anuais. Estabelecer o banco de horas grupal, caso uma maioria de 60% ou 75% dos trabalhadores esteja abrangida por regime de banco de horas estabelecido por instrumento de regulamentação colectiva de trabalho ou acordo das partes. Alteração ao regime aplicável ao intervalo de descanso, pois nos casos em que o período normal de trabalho exceda 10 horas, este deve ser interrompido por um intervalo, de duração não inferior a uma hora nem superior a duas, de modo a que o trabalhador não preste mais de 6 horas de trabalho consecutivas. Entendeu, ainda, a Concertação Social alterar gravosamente para o trabalhador o regime da majoração nos casos de prestação de trabalho suplementar, nos seguintes moldes:

Eliminar imperativamente, relativamente a IRCT ou contrato de trabalho, o descanso compensatório, assegurando-se, em qualquer caso, o descanso diário e o descanso semanal obrigatório; Reduzir para metade os montantes pagos a título de majoração pela retribuição de trabalho suplementar - 25% na primeira hora ou fracção desta, e 37,5% por hora ou fracção subsequente em caso de trabalho suplementar em dia útil. Relativamente à majoração do trabalho suplementar prestado em dia de descanso semanal obrigatório, complementar ou feriado, o mesmo é remunerado em 50% por cada hora ou fracção. Reduzir para metade os montantes actuais devidos a título de acréscimo retributivo pela prestação de trabalho suplementar constante de IRCT. Reduzir para metade a retribuição do trabalho normal prestado em dia feriado em empresa não obrigada a suspender o funcionamento, sem prejuízo da manutenção da possibilidade de opção do empregador pelo descanso compensatório. A Concertação Social procedeu ainda a uma alteração de vulto no que respeita ao regime das faltas consideradas justificadas. Ora, neste âmbito, a falta injustificada a um ou meio período normal de trabalho diário imediatamente anterior ou posterior a dia de descanso ou a feriado implica a perda de retribuição relativamente aos dias de descanso ou feriados imediatamente anteriores ou posteriores, ou seja, se a falta for entre o fim-de-semana e um feriado implica a

perda de quatro dias de remuneração mas se o trabalhador faltar só meio-dia, perde o dia de salário anterior no caso de a falta ser de manhã, ou posterior se for da parte da tarde. Por último, no que concerne às alterações levadas a cabo pela Concertação Social relativamente ao processamento salarial e encargos sociais, temos de ter em conta as alterações ao nível das férias Os parceiros sociais comprometeram-se a eliminar o acréscimo, de até 3 dias, ao período mínimo de férias, em caso de inexistência ou de número reduzido pelas faltas justificadas. Esta eliminação determina, de modo automático e imperativo, a redução até 3 dias das majorações introduzidas em IRCT ou contrato de trabalho após a entrada em vigor do Código do Trabalho aprovado pela Lei n.º 99/2003, de 27 de Agosto. II. Alterações à legislação laboral previstas no Acordo com a Troika (FMI, BCE, Comissão Europeia) Na celebração do acordo com a Troika, o Governo Português comprometeu-se a realizar algumas alterações de vulto respeitantes ao processamento salarial e encargos sociais dos empregadores. Vejamos, então, o âmago de tamanhas alterações: Prestações de desemprego: Com vista à redução do desemprego de longa duração e ao fortalecimento do sistema de segurança social de protecção do desemprego, foi elaborado um plano tendo em conta as seguintes medidas:

Redução da duração máxima das prestações de desemprego para um período não superior a 18 meses (medida que não aplica aos actuais desempregados); Limitação dos montantes das prestações de desemprego para 2,5 vezes o Indexante de Apoios Sociais (IAS); Previsão da diminuição gradual do valor do subsídio ao longo do período de desemprego, após 6 meses nessa situação (no mínimo 10% do valor do subsídio). Redução do prazo de garantia (período contributivo necessário para o acesso ao subsídio de desemprego) de 15 para 12 meses; Apresentação de proposta de extensão da elegibilidade para atribuição de prestações de desemprego a categorias específicas de trabalhadores independentes que prestem os seus serviços a uma única empresa, numa base regular, em função de critérios e pressupostos indicados no Memorando de Entendimento com a Troika;

No Memorando de Entendimento, foi ainda prevista uma reforma gravosa para o trabalhador, no que respeita ao regime das compensações devidas ao trabalhador em caso de cessação do contrato de trabalho e no regime aplicável ao despedimento. A compensação passa a calcular-se nestes termos: O montante da compensação por cessação (despedimento colectivo, por extinção de posto de trabalho ou por inadaptação) devida para novos contratos por tempo indeterminado será reduzido de 30 para 10 dias por ano de duração (com 10 dias adicionais a serem pagos por um fundo financiado por contribuições dos empregadores), com o limite máximo de 12 meses, sendo eliminada a actual previsão legal da compensação não poder ser inferior a 3 meses; O montante da compensação por caducidade devida nos contratos a termo certo será reduzido de 36 para 10 dias por ano de duração, no caso de contratos a termo de duração inferior a 6 meses (com 10 dias adicionais a serem pagos por um fundo financiado por contribuições dos empregadores). No caso de contratos a termo de duração superior a 6 meses, será reduzido de 24 para 10 dias por cada ano de duração (com 10 dias adicionais a serem pagos por um fundo financiado por contribuições dos empregadores). Tendo em conta a temática em análise, são estas as matérias mais relevantes que serão objecto de alteração. Contudo, importa deixar uma importante nota: parte das matérias objecto de alteração da legislação laboral pelo Acordo da Concertação Social, já haviam sido previstas no memorando de Entendimento com a Troika, sendo que algumas delas, o Governo teve de abrir mão aquando do acordo com a Concertação Social. A presente NOTA INFORMATIVA foi elaborada com fins informativos, sendo disponibilizada de forma gratuita, para uso exclusivo e restrito dos clientes da Laranjeiro dos Santos, Soc. de Advogados, RL, encontrando se vedada a sua reprodução e circulação não expressamente autorizadas. Esta informação tem carácter geral e não substitui o aconselhamento jurídico para a resolução de casos concretos.