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Transcrição:

Ementa e Acórdão DJe 18/09/2012 Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 28/08/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 630.380 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA EMBTE.(S) :FUNDIÇÃO CARMENSE LTDA ADV.(A/S) : ENZO GAUZZI E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS EMENTA: RECURSO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONHECIDO COMO AGRAVO REGIMENTAL. TRIBUTÁRIO. ICMS. PRODUTOS SEMI-ELABORADOS. Da forma como postas as questões nestes autos, toda a discussão se resume na interpretação direta da legislação infraconstitucional e de fatos e provas para se definir se o ferro-gusa é produto semielaborado. Por outro lado, ao contrário do que sustenta a agravante, esta Suprema Corte não decidiu que apenas as multas calculadas à razão de 20% do valor do débito tributário são proporcionais. O exame de proporcionalidade deve tomar a motivação do ato administrativo de punição, isto é, os fatos ilícitos cuja prática se atribui ao sujeito passivo. Sem a exposição da motivação e de razões específicas que tornariam a pena desproporcional, não é possível aplicar a jurisprudência do sobre a aplicação do princípio da vedação do uso de tributo com efeito confiscatório às multas. Recurso de embargos de declaração conhecido como agravo regimental, ao qual se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em converter os embargos de declaração em agravo regimental e, a este, negar provimento, nos termos do voto do Relator. documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2710630.

Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 RE 630.380 ED / MG Brasília, 28 de agosto de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente 2 documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2710630.

Relatório Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 28/08/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 630.380 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA EMBTE.(S) :FUNDIÇÃO CARMENSE LTDA ADV.(A/S) : ENZO GAUZZI E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de recurso de embargos de declaração interposto da seguinte decisão: DECISÃO : Trata-se de recurso extraordinário (art. 102, III, a e c, da Constituição federal) interposto de acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, assim ementado: TRIBUTÁRIO - ICMS - AUTUAÇÃO FISCAL - ANULAÇÃO DE DÉBITO - IRREGULARIDADES PARCIALMENTE RECONHECIDAS - TAXA SELIC E JUROS MORATÓRIOS - CARÁTER SUPLETIVO DO CTN - MULTA - PREVISÃO LEGAL ESTADUAL - SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA - CONFIRMAÇÃO. Sustenta-se, em síntese, a violação dos arts. 5º, I e XXXV, 65, 1º, 93, IX, 155, II, 2º, I, II e X, a, da Constituição. Inexiste ofensa ao art. 93, IX, da Constituição, na medida em que o acórdão recorrido está devidamente fundamentado, ainda que com sua fundamentação não concorde a ora agravante. Quanto ao desrespeito ao art. 155, VII, da Carta Magna, e aos princípios da legalidade, do contraditório, da ampla defesa, da razoabilidade e da não-cumulatividade, o exame do recurso documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2710631.

Relatório Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 RE 630.380 ED / MG extraordinário implica o reexame dos fatos e provas que fundamentaram as conclusões do acórdão recorrido. Isso inviabiliza o processamento do recurso, ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte. Passando à alegação de impossibilidade da elaboração da lista dos produtos semi-elaborados ser feita pelo convênio do CONFAZ, sem razão a recorrente, pois com o advento da Lei Complementar 65/1991, o Tribunal decidiu pela constitucionalidade da competência do Confaz para relacionar os produtos compreendidos na definição de semi-elaborados, em acórdão assim ementado: TRIBUTÁRIO. ICMS. ART. 155, 2º, X, A, DA CF. LEI COMPLEMENTAR Nº 65/91. INCONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELO STJ, DO SEU ARTIGO 2º -- QUE TERIA DELEGADO AO CONFAZ COMPETÊNCIA PARA RELACIONAR OS PRODUTOS SEMI-ELABORADOS SUJEITOS AO TRIBUTO, QUANDO DESTINADOS AO EXTERIOR --, BEM COMO DO CONVÊNIO ICMS Nº 15/91, VAZADO NO REFERIDO DISPOSITIVO. O texto constitucional, no ponto, não incumbiu o legislador complementar de relacionar os produtos semielaborados sujeitos ao ICMS quando destinados ao Exterior, mas apenas de defini-los. De outra parte, a lei complementar, no caso, não delegou ao CONFAZ competência normativa, mas, tão-somente a de relacionar os produtos compreendidos na definição, à medida que forem surgindo no mercado, obviamente, para facilitar a sua aplicação. Tanto assim, que previu a atualização do rol, sempre que necessário, providência que, obviamente, não exige lei ou, mesmo, decreto. Inconstitucionalidades não configuradas. Recurso conhecido e provido. (RE 240.186, rel. min. Ilmar Galvão, DJ 28.02.2003 Grifos originais) 2 documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2710631.

Relatório Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 RE 630.380 ED / MG Ademais, quando em caráter subsidiário, a recorrente, defende que o ferro gusa não atende à definição de semielaborado da Lei Complementar nº 65/91, trata de matéria infraconstitucional. Eventual ofensa ao texto constitucional seria indireta ou reflexa, descabendo a interposição de recurso extraordinário. No que se refere ao efeito confiscatório da multa fiscal, observo que a parte ora recorrente se limita a afirmar, de forma genérica, que multa no percentual de 50% teria caráter confiscatório, sem trazer, contudo, argumentos adequados a caracterizar, de plano, a irrazoabilidade e a desproporcionalidade da multa fiscal aplicada em relação à hipótese dos autos. Portanto, eventual efeito confiscatório da multa somente seria aferível mediante exame do quadro fáticoprobatório, o que atrai o óbice da Súmula 279/STF. No tocante à taxa SELIC, consigno que esta Corte, ao apreciar o RE 582.461 (rel. min. Gilmar Mendes, DJe de 18.08.2011), leading case de repercussão geral, concluiu pela validade do emprego da taxa SELIC para a atualização de débitos tributários. Ante o exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se. (fls. 1.098-1.100). Em síntese, afirma-se que a decisão foi omissa ao desconsiderar a pletora de acórdão do Superior Tribunal de Justiça favoráveis à tributação especial da liga ferro-gusa. A parte-embargante também argumenta que a decisão foi omissa ao deixar de aplicar precedentes desta Suprema Corte, que definem como proporcional a multa calculada à razão de 20% sobre o valor do débito tributário. A parte-embargada se opôs ao pleito da embargante (fls. 1.134-1.137). É o relatório. 3 documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2710631.

Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 28/08/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 630.380 MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Conheço do recurso de embargos de declaração como agravo regimental, porquanto interposto de decisão monocrática e com inequívoco intuito modificativo. Sem razão o agravante. Da forma como postas as questões nestes autos, toda a discussão se resume na interpretação direta da legislação infraconstitucional e de fato e provas para se definir se o ferro-gusa é produto semi-elaborado. Por outro lado, ao contrário do que sustenta a agravante, esta Suprema Corte não decidiu que apenas as multas calculadas à razão de 20% do valor do débito tributário são proporcionais. O exame de proporcionalidade deve tomar a motivação do ato administrativo de punição, isto é, os fatos ilícitos cuja prática se atribui ao sujeito passivo. Sem a exposição da motivação e de razões específicas que tornariam a pena desproporcional, não e possível aplicar a jurisprudência do sobre a aplicação do princípio da vedação do uso de tributo com efeito confiscatório às multas. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2710632.

Decisão de Julgamento Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7 SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 630.380 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA EMBTE.(S) : FUNDIÇÃO CARMENSE LTDA ADV.(A/S) : ENZO GAUZZI E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 28.08.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Cezar Peluso e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticardocumento.asp sob o número 2752034