CARACTERÍSTICAS, FORMAÇÃO, ENRIQUECIMENTO METÁLICO E OCORRÊNCIA

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Transcrição:

CARACTERÍSTICAS, FORMAÇÃO, ENRIQUECIMENTO METÁLICO E OCORRÊNCIA l formadas em processo hidrogênico descrito para os topos dos nódulos l ambiente francamente oxidante l enriquecidas em vernadita e óxidos de Fe l metais mais comuns Mn, Co, Ni, Cd, Mo, Pt l ausência de sedimentação l montes submarinos profundidade 400 4000m, l mais ricas em Co a cerca de 800-2500 m l proximidade de fontes vulcânicas, hidrotermais

DISTRIBUIÇÃO GLOBAL DOS NÓDULOS POLIMETÁLICOS nódulos nódulos crostas nódulos

FOSFORITA (P 2 O 5 ) Material sedimentar contendo vários minerais de fosfato tais como: francolita, cloroapatita, hydroxilapatita, e fluorapatita:ca 10 (PO 4.CO 3 ) 6 F 2-3 (mais usado).

Teorias de formação Precipitação inorgânica direta de fósforo da água em áreas de ressurgência ou regiões com mudanças bruscas de salinidade, foz de grandes rios etc.. Precipitação de fósforo na água intersticial dos sedimentos (Baturin,1970) Substituição de CO 3 por PO 4 em carbonato de cálcio

Área 1 Terraço do Rio Grande Área 2 Platô de São Paulo Área 3 Platô de Pernambuco Área 4 Platô de Rio Grande do Norte Área 5 Terraço do Ceará Áreas de estudo Sc ore N Sc ore NE Área 5 Área 4 Área 3 Sc ore C entra l Sc ore S Área 2 Área 1

Resultados preliminares -25.00 Baia de Paranaguá -26.00-27.00 Itajaí Florianópolis -28.00-29.00-30.00-31.00-32.00 Rio Grande -33.00-53.00-52.00-51.00-50.00-49.00-48.00-47.00-46.00-45.00 Figura 2 - Perfil batimétrico (REVIZEE, 1998).

Coleta dos dados Navio: N.Oc. Atlântico Sul - Fundação Universidade Federal do Rio Grande Sonda: EK 500 Freqüência: 38 khz Duração do pulso: 1ms

Ecograma de um fundo com suposta presença de fosforita, baseado no local onde obteve-se o registro, morfologia do fundo, forma das rugosidades e profundidade local.

Foram elaborados perfis batimétricos contendo valores de reflexão do fundo (BSBS - Botton Surface Backscatering Strength), em db, representados na forma de cores e largura do traço. O parâmetro BSBS está relacionado com a dureza do fundo. Alguns perfis apresentaram valores altos de dureza de fundo (BSBS) entre -5 e -10 db em regiões profundas (mais do que 300 m), podendo estar representando regiões com presença de fosforita.

Posição inicial: 29 42,6 S 048 31,4 W Posição final: 30 06,0 S 047 54,1 W Legenda:

Posição inicial: 28 28,0 S 046 50,4 W Posição final: 27 54,0 S 048 05,4 W Legenda:

Terrígenos Distribição global dos sedimentos de mar profundo -Continentes principais fornecedores de detritos terrígenos rios depositam sedimentos nas margens continentais uma pequena fração de terrígenos ultrapassa as margens e é dispersa para mar profundo por deslizamentos e correntes de turbidez. - Esses processos proporcionaram sedimentos terrigenos para as planícies abissais do Atlântico Norte e Índico. - Poucos depósitos no Pacífico (fossas impedem a dispersão) - Latitudes polares deriva de gelo (norte da Islândia e banda larga ao redor da Antártica) Pelágicos -Silicosos mares polares férteis e zona de alta produtividade no equador-- vasa de diatomáceas -Calcários em águas acima da CCD e cobrindo altos topográficos tais como a crista e os flancos da CMO, o topo dos seamounts e os platos rasos do sudoeste do Pacífico

Argila pelágica na parte mais profunda dos oceanos abaixo da CCD e dos continentes e áreas de alta produtividade superficial. Depósitos mais extensos no Pacífico bacia oceânica mais velha e profunda (abaixo da CCD) e tem extensas áreas de baixa produtividade biológica predomina a argila vermelha Taxa de sedimentação nas bacias oceânicas varia com a composição do material sedimentar -mais altas taxas no oceano profundo 5 cm/1000 anosassociada aos depósitos terrígenos espessos da margem continental -Vasas biogênicas mar profundo---1 a 3 cm/1000 anos -Argilas vermelho-marrom---< que 1 cm/ 1000 anos (1 a 2 milímetros/1000 anos!) abaixo da CCD.

Estratigrafia do oceano profundo Espessura dos sedimentos aumenta da crista para os flancos (1 a 5 cm/1000 anos-vasa biogênica---vasa de foraminíferos se acumulam cobrindo o basalto) tempo geológico---vasas são enterradas gerando rocha calcária. A medida que EFO continua a placa se espalha e move-se para locais abaixo da CCD, as vasas de foraminíferos que vão em direção ao fundo se dissolvem, só lama pelágica acumula enterrando e protegendo os carbonatos antigos. Desenvolve-se assim uma sequencia de rochas de duas camadas (calcário mais velho coberto por uma camada de lama--folhelho estratigrafia---acamadamento de rochas Figura Atlantico.

Estratigrafia do Pacífico-East Pacific rise Ao contrário das outras placas que se espalham paralelamente as linhas de latitude, a EPR se espalha de oeste para noroeste e leste sudeste cruzando cinturões climáticos a medida que se espalha produzindo assim uma estratigrafia mais complexa. As duas unidades sedimentares mais profundas acima da crosta basáltica são idêntica aos depósitos do Atlântico Como cruza o equador--- uma área fértil produz vasas biogênicas que cobrem o folhelho (argila terrígena compactada) Depois de passar a CCD que chega a atingir 4 Km devido a alta produtividade, outra camada de lama se desenvolve (quarta unidade estratigráfica). A medida que o assoalho oceânico atinge as fossas (subducção) pode receber detrítos vulcânicos (cinza vulcânica).