Profa. Dra. Najla Veloso Consultora Internacional da FAO para fortalecimento de Programas de Alimentação Escolar Sustentáveis na ALC
Governo Governo Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC), que entrou em vigência no ano de 1976, em seu Artigo 11: Artigo11. [ Os Estados Partes do Presente Pacto, reconhecendo o direito fundamental de toda pessoa a estar protegida contra a fome, adotarão individualmente e mediante a cooperação internacional, as medidas, incluindo programas concretos, que necessários para: a) Melhorar os métodos de produção, conservação e distribuição de alimentos b) Assegurar uma distribuição equitativa dos alimentos mundiais em relação com as necessidades
Governo TRES CONCEITOS ESSENCIAIS PARA NOSSA COMPREENSÃO SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL DIREITO HUMANO À ALIMENTAÇÃO ADEQUADA DIREITO INALIENÁVEL À EDUCAÇÃO BÁSICA DE QUALIDADE
Governo Segurança Alimentar e Nutricional Segundo a FAO, a partir da Cúpula Mundial de Alimentação CMA) de 1996, a SAN se conceitua como: A nível de indivíduo, lugar, nação e global, se consegue quando todas as pessoas, em todo momento, têm acesso físico e econômico a suficiente alimento, seguro e nutritivo, para satisfazer suas necessidades alimentícias e suas preferências, com o objetivo de levar uma vida ativa e saudável.
Governo No contexto SAN e do DHAA, uma alimentação adequada: Deve ter boa u qualidade e quantidade suficientes; Não deve comprometer o acesso a outras necessidades esenciais; Deve basear-se em práticas alimentares promotoras de saúde Deve estar em condições sanitárias seguras para o consumo; Deve respeitar a diversidade cultural dos povos; Deve ser social, econômica e ambientalmente sustentável.
Governo Segundo a Constituição de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 9394 de 1996, a educação é direito do cidadão brasileiro e princípio constitucional da dignidade da pessoa humana. visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 205 - CF
Governo Direito = respeitar + proteger + realizar COMO?
Governo Programa Nacional de Alimentação Escolar PNAE Ações Educativas Oferta do Alimento na escola
Governo Objetivo principal do PNAE Contribuir para o desenvolvimento biopsicosocial, a aprendizagem, para o rendimento escolar e a formação de hábitos alimentares saudáveis dos estudantes, por meio de ações de educação alimentar e nutricional e da oferta de alimentos para cobrir suas necessidades nutricionais durante o período escolar.
Principios del PNAE Controle Social Universalidade Continuidade PNAE Equidade Descentralização
Governo
Garantir que os alimentos sejam tratados em todas as suas dimensões e aspectos: Antropológica: cultura, educação e identidade de um povo Sociológica: comportamentos e hábitos de um povo Psicológica: relações familiares e sociais Pedagógica: promoção de aprendizagem; estudo do alimento por diferentes ángulos de análise Nutricional- biológica: promoción de una cultura de nutrición adecuada y saludable para garantia da saúde, desenvolvimento físico e social. Economica: produção, comercialização e desenvolvimento local Ambiental: desenvolvimento sustentável do espaço Gastronomica: estética, sabor, uso do alimento
Governo Ações educativas para garantia do exercício do direito
Alimentacão e aprendizagem Governo Parametro avalidao Efeito significativo Não significativo Atenção e concentração 3 estudos 7 estudos Memória 8 estudos 6 estudos Impulsividade 2 estudos 2 estudos Raciocinio lógico 1 estudo 1 estudo Criatividade 2 estudos 1 estudo Resolução de problemas 3 estudos 6 estudos Leitura 1 estudo 1 estudo Vocabulário 1 estudo - Comprensão de leitura e comandos - 2 estudos Discernimento 1 estudio - Desempenho físico 1 estudio - Desempenho académico 4 estudos - Graduação académica 3 estudos - Atenção 6 estudos - Diminuição do atraso 2 estudos 1 estudio Função físico social 2 estudos - Fonte: RAMPERSAUD GC, PEREIRA MA, GIRARD BL, ADAMS J, METL JD. J Am Diet Assoc. 2005 May;105(5):743-60; quiz 761-2.
Compreender: A educação tem múltiplas dimensões e a escola não é o único lugar onde ela se produz A aprendizagem não é responsabilidade exclusiva do aluno, da familia e do professor É responsabilidad de todos os envolvidos no proceso educativo: gestores e diretores de escoa Alimentação escolar é uma ferramenta pedagógica Os hábitos alimentares adequados e necessários para a saúde de um povo podem e devem ser desenvolvidos pela escola.
Repensar o papel da escola = nosso maior desafio Promover a educação alimentar e garantir que a AE seja um elemento facilitador da aprendizagem; Vincular a oferta de alimentos a uma red de atitudes, valores, hábitos, costumes, classes sociais, religiões, localização espacial, condições ambientais, de saúde integral e de SAN, entre outras coisas que envolvem a vida humana, dentro e fora da escola; Propiciar que a alimentação oferecida seja uma ferramenta de promoção de análises, reflexões e práticas, para alunos e toda a comunidad educativa.
Educação alimentar para todos Como um conjunto de ações formativas que estimule a adoção voluntária de práticas e escolhas alimentares saudaveis, que colaborem para a aprendizagem, o estado de saúde dos alunos e a qualidade de vida dos indivíduos. Fuente: Resolución FNDE 38/2009.
Governo Como assegurar ações efetivas nas escolas? Fortalecendo os entendimentos trabalhando paradigmas: a) Propósito das atividades educativas na escola: a formação humana relacionada aos aspectos cognitivos, afetivos, psicomotores e sociais; b) Conceito de currículo: como conjunto de ações que promovem o desenvolvimento humano na escola" (BARBOSA, 2006) c) Toda prática desenvolvida na escola contribui para a formacão do individuo, dada a sua integralidade como pessoa; d) Não há atividades extracurriculares na escuela, e) Hortas escolares, assim como outras atividades são partes do currículo real e constituem importantes estrategias metodológicas na construção de conhecimentos, principios e valores
Para o PNAE são consideradas ações educativas aquelas que: Envolvem os estudantes da escolas por meio de metodologias diversificadas (atividades de pedagógicas); Favorecem o resgate dos hábitos alimentares regionais e culturais; Promovem a participação comunitária nas atividades escolares; Articulam as políticas locais, departamentais e federales no âmbito da alimentação escolar; Dinamizam o currículo das escolas, tendo como eixo temático a alimentação e a alimentação escolar; Estimulam e promovem a compra de alimentos saudáveis, orgânicos e agroecológicos da agricultura familiar e emprendedores familiares rurais; Estimulam e promovem o desenvolvimento de tecnologias sociais como cisternas, economia solidária, cooperativismo, entre outros, relacionados à alimentação escolar.
Governo Educando com Hortas Escolares
A horta é uma estratégia pedagógica que permite: Promover estudos, investigações, debates e atividades sobre questões sociais, econômicas, ambientais, alimentares e nutricionais, sobre todas as dimensões do alimento; Estimular um trabajo pedagógico inter e transdisciplinar, dinâmico, participativo e prazeroso na escola; Facilitar as descobertas; Gerar aprendizagens múltiplas; Integrar os/as diferentes profissionais da escola por meio de temas relacionados a educação ambiental, alimentar e nutricional. Discutir diversas questões ambientais como desperdício da água, cuidados com o solo, compostagem-desperdício de alimentos, agricultura orgánica, desenvolvimento sustentável.
Algumas das lições que aprendemos com o Projeto Educando com a Horta Escolar: A implementação de projeto se relaciona com a promoção da SAN em uma visão do cumprimento do DHAA e, sobretudo, atende a demanda de qualidade da ação educativa. Envolvimento das várias políticas para garantir o êxito de programas de alimentação escolar. Empoderamento das comunidades, de pessoas e de pessoas chave.
Capacitação continua do corpo docente (capacitação de professores, com a discussão do tema numa perspectiva crítica de currículo escolar; Interações diversas dentro e fora da escola, no ambito municipal, integrando as diversas políticas locais.