TÍTULO: O USO DAS CICLOVIAS E A COMPETITIVIDADE ORGANIZACIONAL - UMA VISÃO DA LOGÍSTICA URBANA NA CIDADE DE SÃO PAULO

Documentos relacionados
2. A Logística e a Indústria do Petróleo 2.1. Conceituação da Logística

TÍTULO: SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA COM O USO DA BICICLETA NO TRANSPORTE DE PEQUENO VOLUME DE CARGA NA CIDADE DE SÃO PAULO

PLANEJAMENTO DE TRANSPORTES TT049

LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO GESTÃO DE LOGÍSTICA

Logística E gerenciamento da cadeia de abastecimento

Curso: Administração Disciplina: Logística e Gestão de Materiais. Prof. Msc. Marco Aurélio

ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS. Os Recursos

GST0045 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTO Aula 03: Logística Empresarial e Competitividade - Evolução da Supply Chain

AULA 02. ENGENHARIA DE TRÁFEGO e LOGÍSTICA EMPRESARIAL

Logística Empresarial

NORTE ON BIKE: Mais Bicicletas: Melhores Cidades

Universidade Presbiteriana Mackenzie Escola de Engenharia Depto. de Engenharia Civil 1 0 semestre de Aula 22.

INFRAESTRUTURA URBANA. Prof.ª Danielle Ferraz

Logística é o trabalho para mover e posicionar estoques na cadeia de suprimentos

Universidade Presbiteriana Mackenzie Escola de Engenharia Depto. de Engenharia Civil 1 0 semestre de Aula 13.

Logística Empresarial

Prof. Marcelo Mello. Unidade IV GERENCIAMENTO DE SERVIÇOS

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUDESTE DE MINAS GERAIS ASSESSORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS REITORIA

O FUTURO DA LOGÍSTICA BRASILEIRA economia, infraestrutura e inovações

INTRODUÇÃO À LOGISTICA

Escopo do Sistema e Modais de Transporte. Identificar os principais benefícios e modos de transporte

Diretrizes Ambientais do Grupo Fiat

Gestão da Produção Logística

ATUALIDADE S. Prof. Roberto. Um desafio ATUAL.

Administração Logística

Palestra de Josef Barat Externalidades dos investimentos em transportes

TÍTULO: DESEMPENHO LOGÍSTICO DA INFORMAÇÃO: UMA PROPOSTA DE MINERAÇÃO DE DADOS EM TRANSPORTES

Relatório Integrado 2017

Planejamento Urbano e Mobilidade

Como manter um nível adequado de estoques?

FAMEBLU Engenharia Civil

Plano de Mobilidade Urbana de Cáceres

Perspectiva do CICLO DE VIDA. do produto

INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA

FAMEBLU Engenharia Civil

MOBILIDADE URBANA. Prof. Coca Ferraz - USP

Administração de Materiais e Recursos Patrimoniais

Graduação em Administração

Engenharia de Produção Logística Empresarial e Cadeia de Suprimentos Cadeia de Suprimentos Edelvino Razzolini Filho

Curso de Gestão de Mobilidade Urbana Ensaio Crítico Turma 18 Transporte Público coletivo como prioridade

TÍTULO: A PERCEPÇÃO DA INFLUENCIA DA EMBALAGEM NA DECISÃO DE COMPRA PELOS CONSUMIDORES DE SAO BERNARDO

CADEIA LOGÍSTICA CONCEITO

Tema: Economia Compartilhada como Diferencial Competitivo Foco: Bicicletas Compartilhadas

TRANSPORTE DE CARGA. Aluno: Lucas Barros de Souza Orientador: Juliano Assunção

Componente Curricular: Exclusivo de curso ( x) Eixo Comum ( ) Eixo Universal ( ) Etapa: 3ª

CRITÉRIOS PARA A REALIZAÇÃO DE UM PROCESSO DE COMPRA SUSTENTÁVEL

MSC. CRISTINA BADDINI


MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL O DESAFIO DAS CIDADES BRASILEIRAS

CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS CCT DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO E SISTEMAS IEP0001. Introdução a Engenharia de Produção

Logística. Oliveira, Felipe Flausino de. O48l Logística / Felipe Flausino de Oliveira. Varginha, slides; il.

Logística: gerenciando a cadeia de suprimentos. Prof Annibal Affonso Neto Doutor em Estratégia Competitiva

FAMEBLU Engenharia Civil

DIRETRIZES PARA A BICICLETA NO PLANO DE GOVERNO DE FERNANDO HADDAD PARA A PREFEITURA DE SÃO PAULO

Importância e Oportunidades para o Desenvolvimento da Indústria de Serviços

CARGA FRACIONADA POR CABOTAGEM. Amplie suas opções, economize e ajude o meio ambiente

Contagem de Ciclistas Cruzamento da Av. Augusto Franco com Av. Gonçalo Rollemberg Leite Aracaju Sergipe Quarta-feira, 3 de abril de 2013.

MANUAL DO PROJETO INTERDISCIPLINAR. Curso Superior de Tecnologia em Logística. Faculdade de Tecnologia Prof. Antonio Seabra.

MANIFESTO EM DEFESA DA ÁREA CALMA, DAS VIAS CALMAS E DA COORDENAÇÃO DE MOBILIDADE URBANA (CMOB) DA SETRAN

ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAL I STA 04041

1 Introdução O problema e sua importância

A importância da mudança modal para tirar São Paulo da contramão. Autora: Arqta. Melissa Belato Fortes Co-autora: Arqta. Denise H. S.

ARTIGO COM APRESENTAÇÃO BANNER - OUTROS TEMAS RELACIONADOS A TEMÁTICA DO EVENTO

Eliane Martinez Mota Fukunaga Centro Universitário Senac Campus Santo Amaro, São Paulo

mercados são definidos por quantidades ofertadas e demandadas sensíveis à variação de preços.

FÁBIO BRAGA CAMPOS. EFICIÊNCIA NA GESTÃO DE ESTOQUE COMO FATOR DE MINIMIZAÇÃO DE CUSTOS: um estudo de caso da Mardisa Veículos Ltda.

SMART MOBILITY / MOBILIDADE INTELIGENTE

INTRODUÇÃO A LOGÍSTICA

Principais linhas de orientação política nacional e local sobre transporte de passageiros

LOGÍSTICA: Principais Modais

GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS CADEIAS DE VALOR: LOGÍSTICA INTEGRADA X SCM

TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO

CADEIA DE SUPRIMENTOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO UFMA COORDENADORIA DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO LUIZ FELIPE DIAS

FAMEBLU Engenharia Civil

PROJETO TAV. Rio SP Campinas. Paulo Benites 18.abr.2011

Gestão Ambiental e Recursos Naturais. A Sustentabilidade e a Indústria. Aula 2. Sustentabilidade Conceito Básico Exemplificação.

O TRANSPORTE RODOVIÁRIO TENDÊNCIAS ANTÓNIO MOUSINHO

O papel do modal rodoviário na logística brasileira e o impacto no TRC

Foto: Por gelinh. Flickr Creative Commons. Programa Cidades Sustentáveis

Evolução dos processos produtivos Vamos começar do começo

Ciclo de Seminários para o Enem: Mobilidade Urbana e Nacional

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO PROGRAMA DE DISCIPLINA

GST0045 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTO Aula 02: Cadeias de Valor

Mobilidade Urbana. Aspectos Gerais Infraestrutura PMUS Além de Infraestrutura Novos Caminhos

Brochura - Panorama ILOS

GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS ESTRATÉGIA LOGÍSTICA E POLÍTICA DE PRODUÇÃO

INOVAÇÃO E MANUFATURA AVANÇADA

Processo de distribuição. Curso de Tecnologia de Marketing. Gestão da Cadeia de Distribuição. Gestão da Cadeia de Distribuição.

PLANO DE MOBILIDADE URBANA DE SÃO PAULO

informação têm atraído tanta atenção de profissionais e pesquisadores (Zhou e Benton, 2007). Bowersox e Closs (2001) destacam três razões pelas quais

Plataforma da Informação. Fundamentos da Excelência

Projeto BRT. Projeto BRT Porto Alegre. Rede Atual de Transporte Coletivo Desenho Conceitual do BRT. ao Transmilenio. Abril

ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Desenvolvimento de projetos de inovação em mobilidade urbana

Reparação de Veículos

A Importância da Logística no Âmbito das Organizações de Saúde

1 INTRODUÇÃO. Tabela 1 Valor exportado do agronegócio brasileiro

MÓDULO III - Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio de TÉCNICO EM LOGÍSTICA

Unidade IV FUNDAMENTOS E IMPORTÂNCIA. Profa. Marinalva Barboza

L o g ís tic a re ve rs a e C a de ia de va lo r. L og ís tic a E m pre s a ria l

Transcrição:

16 TÍTULO: O USO DAS CICLOVIAS E A COMPETITIVIDADE ORGANIZACIONAL - UMA VISÃO DA LOGÍSTICA URBANA NA CIDADE DE SÃO PAULO CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS SUBÁREA: ADMINISTRAÇÃO INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE AUTOR(ES): MARÍLIA OBA ORIENTADOR(ES): ROBERTO GARDESANI

O USO DAS CICLOVIAS E A COMPETITIVIDADE ORGANIZACIONAL - UMA VISÃO DA LOGÍSTICA URBANA NA CIDADE DE SÃO PAULO Aluna: Marília Oba marilia_oba55@hotmail.com Orientador: Roberto Gardesani Introdução Como forma de responder às constantes demandas por diferenciais competitivos, algumas empresas têm tratado a sustentabilidade como uma oportunidade de negócios, tanto para abrir portas rumo à melhoria da imagem, como para a diminuição de custos, ou até mesmo por meio da inovação. A promoção do desenvolvimento sustentável faz com que algumas empresas elaborem suas estratégias competitivas tendo como base o tema. O transporte, segundo Chaves Junior (2015) trata-se do grande diferencial nas estratégias das empresas. O transporte é considerado como o principal responsável pelos aumentos dos custos logísticos dentro da organização, assim como afeta diretamente o nível de satisfação dos clientes. E, como a criação de diferencial tem sido busca incansável das organizações na atualidade, o transporte passa a ser encarado como um elo de ligação estratégico entre clientes e fornecedores, ou seja, a última fronteira de custos das empresas. Já em relação à variável competitividade, para Slack et. al. (1997) existem 5 fatores capazes de gerar competitividade: Confiabilidade, custo, flexibilidade, qualidade e velocidade. O fator custo em especial, é uma variável de bastante interesse das empresas, isto pode ser evidenciado. A logística empresarial, em especial a logística nas entregas de pequenos volumes, poderia se beneficiar desta oportunidade, e, aumentar serviço aos clientes, e possivelmente reduzindo custos. E, Segundo Ballou (1993, p. 45): A redução de custos em logística é a estratégia voltada para o enxugamento dos custos variáveis relacionados ao transporte e armazenagem. De acordo com Ballou (1993), na área de redução de custos em logística existem estratégias como escolha do local de armazenagem ou escolha do melhor modal disponível. Aproveitando-se das necessidades do mercado, para responder a uma questão preocupante não só para o mundo empresarial (onde as empresas do setor de serviços estão incluídas), mas para a população é o caso da mobilidade urbana. Segundo Rodrigues (2015) o congestionamento é uma grande razão para o caos da mobilidade urbana (20% da população leva mais de 1 hora no deslocamento casa-trabalho nas principais regiões de São Paulo, de acordo com estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Rodrigues (2015) ainda afirma que: Segundo esse mesmo trabalho, diversos fatores podem ter contribuído para a piora nas condições de deslocamento, entre eles oaumento da frota de veículos. O problema da mobilidade Urbana é um problema para as empresas também em especial, na logística empresarial. Então, verifica-se que nas grandes cidades, atualmente existe uma demanda crescente pela mobilidade, decorrente do trânsito e alto número de carros. Para atender esta demanda a

prefeitura da cidade de São Paulo implantou as ciclovias, e de acordo com o PlanMob (Plano de Mobilidade Urbana da cidade de São Paulo) há metas de implantação de ciclovias até o ano de 2030. Segundo Rodrigues, em Abril de 2015, a Secretaria de Transportes de São Paulo divulgou o Plano de Mobilidade Urbana da cidade de São Paulo e segundo este documento, realizado pela CET: O Plano de Mobilidade do Município de São Paulo propõe, em consonância com as demais políticas, a construção de um modelo de mobilidade que pri- orize o transporte coletivo em detrimento ao individual motorizado, proporcionando a redistribuição dos usos dos espaços, visando atender toda a população, que consolida uma visão mais democrática da cidade. Estabelece também o incentivo aos modos não motorizados (modo a pé e bicicleta), que se constituem como modos que promovem ganhos ambien- tais, econômicos, sociais e de saúde, tanto aos usuários quanto à cidade. E com a implantação de ciclovia surgiram novas oportunidades de negócios e, segundo Martins (2015). A abertura de negócios envolvidos com a bicicleta é favorável e o número de ciclistas tende a se multiplicar a cada dia, evidenciado pelo trecho: Estima-se que 300 mil bicicletas circulem diariamente por São Paulo durante a semana. Aos finais de semana, o número passa para 550 mil.. Considerando-se que o setor de serviços já responde por 67,4% do Produto Interno Bruto Segundo (PIB) brasileiro e a tendência é de que a participação cresça ainda mais nos próximos anos, conforme Moré (2015). Este mercado apesar de recente tem amplas oportunidades de negócios voltados para a prestação de serviços. Existe uma previsão de ampliação das ciclovias que, de acordo com o site do G1 (acesso em 02/12/2014) já foram implantadas mais de 200 km de ciclovias só na cidade de São Paulo e a meta consiste na implantação de mais 400 km até o final de 2015. No Brasil, já estão em operação algumas empresas que oferecem esse serviço como a WebECOmendas (SP), EcoBike Courier (SP, Porto Alegre, RJ, Campinas e Curitiba), Pedal Express (Porto Alegre) e Vélo Courier (Porto Alegre). A empresa Amazon, na cidade de Nova Iorque (uma das cidades mais urbanizadas do mundo), mesmo sem ciclovia já utiliza tais modais alternativos desde 2014, com entregas de pequeno porte em até uma hora. A empresa Uber já colocou em operação serviços como o UberRUSH, que utiliza as bicicletas como modais no serviço de entrega. A ciclovia é um tema atual (evidenciado pelo grande número reportagens e publicações sobre sua ainda recente implantação no Brasil: por meio da internet é possível localizar reportagens em canais de comunicação como a Folha, Estadão, entre outros) e o levantamento de dados sobre suas possibilidades de uso e atributos possivelmente contribuirá positivamente para empresas, Organizações Não Governamentais (Ongs), e parte da população interessadas em inovação e sustentabilidade. Uma área que demonstra como o estudo relacionados as ciclovias pode se tornar relevante se refere à sustentabilidade e saúde: a poluição diminui drasticamente a saúde da população de São

Paulo, de acordo com o estudo realizado pelo Instituto de Saúde e Sustentabilidade sobre poluição atmosférica em São Paulo é possível destacar a questão degradante da poluição em São Paulo e, consequentemente, a procura de modais menos poluentes é uma discussão relevante (trecho retirado do site G1, acesso em outubro de 2015): Com base neste estudo, constatou-se que se morre mais em São Paulo por causa da poluição, por ano, do que em acidentes de trânsito. Em 2011, ao menos 1.556 pessoas morreram nas ruas da cidade, por exemplo. A poluição em São Paulo mata três vezes e meia a mais do que o câncer de mama (1.277 mortes) e quase seis vezes mais que a Aids, com 874 vítimas.. Neste contexto, o tema relacionado às ciclovias se torna relevante, quando se leva em conta em que a bicicleta é uma alternativa sustentável, pouco poluente. Para tanto, este estudo pretende responder ao seguinte questionamento: Como o uso das ciclovias para entrega de produtos de pequeno volume ou documentos, pode impactar na competitividade das empresas. E, com isso, tem como objetivo geral identificar os impactos gerados pela implementação do uso das ciclovias na competitividade das empresas usuárias deste serviço na cidade de São Paulo. Resumo REFERENCIAL TEÓRICO 1.1. Logística Para MARTINS (2001), a logística pode ser definida como todas as atividades relacionadas à movimentação e armazenagem, facilitando o fluxo de produtos durante todo o período entre a aquisição de matéria-prima e o consumo final do produto. Segundo o autor, a logística tem como meta disponibilizar, com máxima eficiência, os produtos e materiais em seus respectivos pontos de consumo e mercados. A definição de logística, segundo BALLOU (2010), pode ser fielmente reproduzida na definição realizada pela Council of Logistics Managament (CLM), cuja definição é a seguinte: Logística é o processo de planejamento, implantação e controle do fluxo eficiente e eficaz de mercadorias, serviços e das informações relativas desde o ponto de origem até o ponto de consumo com o propósito de atender às exigências dos clientes. Segundo BOWERSOX (2001), O objetivo da logística é tornar disponíveis os produtos produtos e serviços no local onde são necessários, no momento em que são desejados. A logística envolve a integração de informações, transporte, estoque, armazenamento, manuseio de materiais e embalagem. Para NOVAES (2007) a logística agrega à cadeia produtiva, os seguintes valores: valor de lugar, de tempo, de qualidade e também de informação. Além disso, o autor considera que a logística moderna procura eliminar tudo que não é considerado como valor para o cliente, ou seja, aquilo que apenas gera custo e perda de tempo.

Segundo Morais (2015), a logística se refere a uma série de atividades envolvidas em processo, abringindo desde o fornecedor (que extrai ou produz a matéria prima básica), passando por todos os estágios de produção necessários e também os canais responsáveis para que o produto chegue ao cliente final. pág. 18 Para Caxito (2013) A logística tem como estratégia operacional, um total de 3 atividades: Armazenar, transportar e distribuir. A soma destas atividades distintas necessita de uma grande gestão integrada, formando o conjunto denominado logística. Logística e o meio ambiente Segundo Martins (2001) as empresas que trabalham em vista ao meio ambiente, e que invistam em pesquisas que resultariam em um menor impacto ao meio-ambiente, criam um diferencial no mercado e, consequentemente, abrirá novos horizontes em seus lucros. Organizações logísticas são baseadas no dia-a-dia, e devem traduzir esses anseios ambientais em iniciativas logísticas tangíveis e específicas para cada situação. pag. 214 De acordo com Morais: Nas duas últimas décadas, a preocupação com o meio ambiente exigiu das empresas a busca por processos sustentáveis. Barbieri (2012) explica que quando uma empresa é ecosuficiente, aumenta sua competitividade, ao mesmo tempo em que diminui as pressões sobre o meio ambiente. Entre as práticas adotadas por uma empresa ecosuficiente, existe necessidade de minimizar a dispersão de material tóxico feita pela empresa, o que incluiria a poluição causada pelo transporte, pois de acordo com BOWERSOX, o transporte causa danos ambientais em consequência de engarrafamentos, além da poluição do ar e sonora. pag 279 pag 129 Transportes O transporte normalmente representa o elemento mais importante em termos de custos logísticos para inúmeras empresas (BALLOU, 2011). Segundo o autor, um sistema de transportes eficiente e barato intensifica a competitividade no mercado, aumenta a economia de escala na produçnao e contribui para a redução de preço nos produtos. BOWERSOX (2001) considera que o principal objetivo do transporte é movimentar os produtos até seu destino final, e, ao mesmo tempo, minimizando os custos financeiros, ambientais, temporais, e os custos com perdas e danos (e ainda, atendendo às expectivas esperadas pelos clientes). pág 279 De acordo com Morais (2015), os transportes (voltados para a logística) possuem 5 modais distintos: modal rodoviário, aquavário, aéreo e dutoviário. Morais (2015) também explica que, enquanto a combinação de dois ou mais modais é chamado de intermodalidade, a realização de contrato para cada modal de forma independente é chamado de multimodalidade. pag 89 Para Caixito (2013), é por meio dos transportes que se escoam todos os bens e serviços e as riquezas produzidas nos países, tendo influência até na formação do produto interno bruto (PIB) brasileiro. pag 195

hipoteses esperadas logistica diferenciacao na logistica meio ambiente ciclovias transporte BIBLIOGRAFIA BARBIERI, José Carlos, Gestão Ambiental Empresarial: Conceitos, Modelos e Instrumentos, São Paulo: Saraiva, 2006. BALLOU, Ronald H. Logística empresarial. 11. ed. São Paulo: Atlas, 1993. MORAIS, Roberto Ramos de. Logística empresarial. 1. ed. Curitiba: Intersaberes, 2015 BARBIERI > capitulo sobre diferenciaçao empresarial