História. Caderno de Atividades Pedagógicas de Aprendizagem Autorregulada º Ano 2 Bimestre. Disciplina Curso Bimestre Ano

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Transcrição:

História Aluno Caderno de Atividades Pedagógicas de Aprendizagem Autorregulada - 02 6º Ano 2 Bimestre Disciplina Curso Bimestre Ano História Ensino Fundamental 2 6º Habilidades Associadas 1. Compreender o conceito de civilização. 2. Entender a importância dos recursos naturais na formação das sociedades. 3. Contextualizar a relação entre política e religião na formação das primeiras cidades e dos impérios teocráticos. 4. Compreender os conceitos e noções de politeísmo e escravidão.

Apresentação A Secretaria de Estado de Educação elaborou o presente material com o intuito de estimular o envolvimento do estudante com situações concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem colaborativa e construções coletivas entre os próprios estudantes e respectivos tutores docentes preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado. A proposta de desenvolver atividades pedagógicas de aprendizagem autorregulada é mais uma estratégia pedagógica para se contribuir para a formação de cidadãos do século XXI, capazes de explorar suas competências cognitivas e não cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma autônoma, por meio dos diversos recursos bibliográficos e tecnológicos, de modo a encontrar soluções para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional. Estas atividades pedagógicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das habilidades e competências nucleares previstas no currículo mínimo, por meio de atividades roteirizadas. Nesse contexto, o tutor será visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem é efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem. Destarte, as atividades pedagógicas pautadas no princípio da autorregulação objetivam, também, equipar os alunos, ajudá-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-o a tomar consciência dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em prática. Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observação e autoanálise, ele passa ater maior domínio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno já domina, será possível contribuir para o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as ferramentas da autorregulação. Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princípio da autorregulação, contribui-se para o desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais para o aprender-a-aprender, o aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser. A elaboração destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulação Curricular, da Superintendência Pedagógica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede estadual. Este documento encontra-se disponível em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim de que os professores de nossa rede também possam utilizá-lo como contribuição e complementação às suas aulas. Estamos à disposição através do e-mail curriculominimo@educacao.rj.gov.br para quaisquer esclarecimentos necessários e críticas construtivas que contribuam com a elaboração deste material. Secretaria de Estado de Educação 2

Caro Tutor, Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas habilidades e competências do 2 Bimestre do Currículo Mínimo de História do 6º ano do Ensino Fundamental. Estas atividades correspondem aos estudos durante o período de um mês. A nossa proposta é que você atue como tutor na realização destas atividades com a turma, estimulando a autonomia dos alunos nessa empreitada, mediando as trocas de conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir no percurso. Esta é uma ótima oportunidade para você estimular o desenvolvimento da disciplina e independência indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional de nossos alunos no mundo do conhecimento do século XXI. Neste Caderno de Atividades, os alunos conhecerão melhor o conceito de civilização, entendendo a importância dos recursos naturais na formação das sociedades. Além disso, irão conhecer o contexto explicativo da relação entre política e religião na formação dos impérios teocráticos e compreender os conceitos e noções de politeísmo e escravidão. Para os assuntos abordados em cada bimestre, vamos apresentar algumas relações diretas com todos os materiais que estão disponibilizados em nosso portal eletrônico Conexão Professor, fornecendo diversos recursos de apoio pedagógico para o Professor Tutor. Este documento apresenta 3 (três) aulas. As aulas podem ser compostas por uma explicação base, para que você seja capaz de compreender as principais ideias relacionadas às habilidades e competências principais do bimestre em questão, e atividades respectivas. Estimule os alunos a ler o texto e, em seguida, resolver as Atividades propostas. As Atividades são referentes a dois tempos de aulas. Para reforçar a aprendizagem, propõe-se, ainda, uma pesquisa e uma avaliação sobre o assunto. Um abraço e bom trabalho! Equipe de Elaboração 3

Sumário Introdução... 03 Aula 1: O conceito de civilização e a importância dos recursos naturais na formação das sociedades... Aula 2: A relação entre política e religião na formação das primeiras cidades e dos impérios teocrático... Aula 3: Os conceitos e noções de politeísmo e escravidão... Avaliação... Pesquisa... 05 09 14 18 20 Referências... 21 4

Aula 1: O conceito de civilização e a importância dos recursos naturais na formação das sociedades Caro aluno, nessa aula, vamos conversar sobre o conceito de civilização. A proposta é iniciar você na compreensão do processo de acumulo e desenvolvimento de cultura na história da humanidade, fazendo-o perceber as diferentes manifestações e expressões humanas ao longo do tempo e suas intervenções na natureza, bem como o domínio de técnicas para melhores condições de plantio e armazenamento das produções agrícolas. Pretendemos também apresentar algumas formas de organização social e a importância dos recursos naturais para o estabelecimento de hierarquias e estruturas de poder. O domínio dos recursos hídricos foram de fundamental importância para as primeiras civilizações. Na medida em que dominaram novas técnicas de irrigação e cultivo agrícola foram formando grupos sociais que se fixaram, deixando se serem coletores. As primeiras civilizações (http://www.historianet.com.br/imagens/conteudo/primeirascivi.jpg) Vamos começar procurando compreender o significado ou o conceito de civilização. Podemos entender civilização como resultado de processos históricos de acumulo e desenvolvimento intelectual e social. A evolução tecnológica evidenciada ao compararmos as possibilidades atuais e as primeiras civilizações em relação a previsão do tempo, por exemplo, traduzem grandes avanços. Porém, quando pensamos na evolução intelecto-moral (organização social, leis, condições de vida) não podemos fazer as mesmas comparações. O pensamento de que no passado mais antigo a humanidade vivia sob o ponto de vista social pior ou menos evoluída do que 5

nos dias de hoje, não é acompanhada pela interpretação de grande parte dos historiadores e antropólogos. Afinal, não nos parece nada civilizada a forma como parte da sociedade brasileira vive nas ruas em péssimas condições de vida em diversas grandes cidades no nosso país. Meninos e meninas de rua, somos civilizados? (http://www.pragmatismopolitico.com.br/wp-content/uploads/2012/04/criancas-rua-brasiliaabusos.jpg) A revolução agrícola na antiguidade possibilitou grupos humanos a elaborar organizações sociais e políticas que passaram a usar as técnicas apreendidas como elemento de poder para estabelecer regras de convívio coletivo. No processo de formações de cidades, cada função no grupo foi ganhando mais ou menos importância estabelecendo hierarquia entre os componentes do grupo. Os chefes passaram a ser mais valorizados e exercer o controle sobre a sociedade. O domínio sob as técnicas de irrigação e fertilização do solo para plantio agrícola, o controle sobre o excedente (o que sobra) da produção promoveu uma complexa relação nas sociedades antigas. 6

Oganização social no Egito antigo (http://www.sohistoria.com.br/ef2/egito/index_clip_image009.jpg) Duas dessas sociedades que viveram em função da utilização dos rios para seus interesses se destacam. A sociedade da mesopotâmia (entre rios) no Oriente médio entre os rios Tigre e Eufrates e a sociedade africana egípcia que explorava os recursos hídricos do rio Nilo. 7

Atividade 1 1. Existem diferentes tipos de autoridades políticas e de formas de exercer o poder. Atualmente, muitos países são democráticos, ou seja, não punem seus habitantes porque eles expressam suas ideias, mesmo que sejam opiniões diferentes das opiniões dos seus dirigentes políticos. Mas nem sempre foi assim. No mundo antigo as relações de poder eram outras. No Egito Antigo: a. o estado era democrático o representante político exercia o poder utilizando o diálogo. b. o estado era despótico- a autoridade política utilizava a força física para manter o poder. c. o estado era teocrático- o governante tinha poder político e religioso e havia a concentração de poder. d. o estado era liberal- o governante tinha seu poder limitado pelo conjunto de leis. 2. A mulher; por sinal, vivia em situação confortável para a época. Elas tinham direitos legais e, portanto, uma identidade própria. Em caso de separação, por exemplo, era a mulher que ficava com tudo. A herança vinha também pelo lado feminino. Era frequente que o faraó se casasse com suas primas ou irmãs. Por esse motivo também, havia brigas e assassinatos na família que ficaram para a História, como o assassinato dos irmãos por Cleópatra [rainha do Egito que viveu entre 69 a. C. e 3 O a. C.] (...) Fonte: FERRONI, Marcelo. O verdadeiro Egito: o mundo moderno, que só conhecia o povo das tumbas de faraós, agora descobre como ele valoriza a vida. In: Galileu. São Paulo, Globo, ano 11, n 118, maio/ 2001. p. 25-6. Compare, a partir do trecho anterior, a condição da mulher egípcia com a mulher do Brasil de hoje. 8

Aula 2: A relação entre política e religião na formação das primeiras cidades e dos impérios teocrático Esta parte do conteúdo propõe-se a apresentar a relação entre a política e a religião, demonstrando como as organizações políticas consolidaram seus poderes também em função de crenças religiosas. Símbolos da cultura religiosa egípcia http://www.seuhistory.com/noticias/noticia-442/image/piramide-egito-seca-crise-rio-nilo-colapsohistory-channel.jpg No Egito o faraó era o um governante que era adorado como um deus. Os egípcios eram politeístas (crença em vários deuses) e usavam essa cultura para ampliar e consolidar os seus domínios. A religião politeísta era presente em todos os setores da sociedade egípcia, sendo a base do poder político cujo faraó estava no centro. O controle político, religioso e militar exercido pelo faraó garantia privilégios na estrutura social egípcia, a crença possibilitava o trabalho compulsório (obrigatório) de diversos segmentos sociais que acreditavam trabalhar para os deuses ao realizarem os desejos dos faraós. A construção de pirâmides, entre outros importantes e imponentes construções, permitia a expansão do poder político faraônico tornando seus domínios em Impérios teocráticos (poder político exercido baseado na fé religiosa). 9

Rituais de mumificação de corpos em sarcófagos (http://www.geocities.ws/lumini_enigmas/lumini_enigmas_e_misterios_arquivos/pirami des/mumificacao.jpg) Como a humanidade se originou do continente africano, por esse ponto de vista, somos todos os seres humanos afrodescendentes, entretanto os negros egípcios foram uma civilização extraordinária pelo rico conjunto cultural desenvolvido. Quem nunca se intrigou com as construções das pirâmides ou com a existência de múmias milenares? O que elas revelam? As pirâmides assim como as múmias fazem parte dos elementos de religiosidade egípcia. Os sarcófagos guardavam os corpos mumificados em rituais religiosos em função da crença de que os faraós voltariam a vida após passagem pelo mundo dos deuses, por isso, a necessidade de mumificar os corpos preservando-os e as pirâmides eram túmulos desses corpos. Quanto maior a pirâmide maior era o prestígio daquela pessoa mumificada. 10

Como é importante a visita em museus para conhecer mais sobre a história! http://msalx.recreionline.abril.com.br/2012/08/27/1622/6dhel/arqueologo-profissao-jean-galvaosarcofago-egito-antigo.jpg?1346095615 11

Atividade 2 1. Observe as imagens e relacione ao texto acima: Resposta: (http://tosabendomais.com.br/userfiles/image/egito1.jpg) http://thumbs.dreamstime.com/z/deuses-eg%c3%adpcios-vetor-12151706.jpg Resposta: 12

2. Leia o texto. ORAÇÃO AO NILO Salve, tu, Nilo! Que te manifestas nesta terra E vem dar vida ao Egito! Misericordiosa é a sua saída das trevas Neste dia em que é celebrada! Ao irrigar os prados criados por Rá (deus egípcio) Tu fazes viver todo o gado, Tu inesgotável que dás de beber à Terra! Senhor dos peixes, durante a inundação, Nenhum pássaro pousa nas colheitas. Tu crias o trigo, fazes nascer o grão, Garantindo a prosperidade aos templos. Para-se a tua tarefa e o teu trabalho, Tudo que existe cai em inquietação Fonte: JÙNIOR, Alfredo Boulos. História Sociedade e Cidadania. 6º ano. São Paulo: FTD. p.137. Com base no texto, responda as questões a seguir: a) Quais as atividades econômicas citadas nesse texto dos antigos egípcios? b) Qual a importância do rio Nilo para a população do antigo Egito? c) Copie a frase do texto que demostra que os antigos egípcios desconheciam a causa das cheias do Nilo. 13

Aula 3: Os conceitos e noções de politeísmo e escravidão http://colecaoitan.org/conteudo/imagens/trajes/small_trajes-egito-general.jpg Como estudamos na última aula, politeísmo é a crença em vários deuses. A religião é uma das manifestações da cultura humana. O ser humano no processo da história desenvolveu várias crenças. No Brasil nem sempre foi assim, durante muito tempo somente uma única religião poderia ser cultuada, praticada e quem não obedecesse poderia ser preso. Atualmente, nossas leis nos permitem o direito de liberdade de culto, ou seja, ninguém pode ser preso, discriminado por praticar qualquer religião ou de não ter nenhuma, somos um Estado (país) laico (não religioso). Será que no Brasil já evoluímos no respeito à cultura religiosa do outro? Poderia ser um bom debate para ser desenvolvido em sala de aula com o seu professor(a) de história, fica a dica. No Egito, o faraó além de ser cultuado como um deus era também o governante. Será que o faraó permitia a liberdade de culto? Foram muitos faraós e não podemos afirmar com precisão, mas podemos usar um exemplo da própria história egípcia para pensar o quanto é complicado quando alguém ou um grupo assume um governo e impõe sua maneira de praticar uma religião. Imagine se time de futebol fosse religião, você gostaria de ser obrigado a torcer para o time do faraó só porque é o time dele? E pior, de não poder dizer o quanto o seu time é o que te faz feliz? Vida triste daqueles que não podem praticar o seu culto! Precisamos ser civilizados e respeitar a religião de todos. 14

http://hebreuisraelita.files.wordpress.com/2012/05/egc3adpcios-negros-002.jpg) E qual exemplo da própria história egípcia podemos usar para aprender que um governante ou políticos não podem obrigar ninguém a pensar como eles, especialmente impor sua religião? Os hebreus foram um povo escravizado pelos egípcios. Na antiguidade, geralmente os vencidos de guerra se tornavam escravos e eram obrigados a trabalhar, por exemplo, para os vencedores. Voltando ao exemplo do futebol, se o Brasil vencer a copa do mundo no ano que vem e na final forem os argentinos os vencidos, se compararmos a lógica da escravidão na Idade Antiga, os argentinos serão nossos escravos. Podemos pensar que é bom, não é? Mas, tentem se colocar no lugar daqueles que são escravizados. Já não ficou tão bom assim... Outro detalhe importante, os egípcios eram africanos, maioria de pele negra e escravizaram outros povos, mesmo se sendo de pele branca. Na antiguidade a escravidão não acontecia como foi realizado no Brasil colonial onde a maioria dos escravos era de origem africana ou índios. Os gregos, como outro exemplo, mesmo de pele branca, foram escravizados pelos romanos ao perderem guerra. 15

http://hebreuisraelita.files.wordpress.com/2012/01/estc3a1tuas-de-farac3b3s-negros- 002.jpg?w=480 Não deixe de conhecer maiores detalhes nos livros didáticos ou pesquisando na internet, agora que conhecemos mais sobre a cultura e a história do Egito antigo, vamos exercitar nossos conhecimentos. 16

Atividade 3 1- http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/d/d1/gizeh_cheops_bw_1.jpg/30 0px-Gizeh_Cheops_BW_1.jpg 1. Observe a imagem anterior e responda: a) Por que foram construídas pirâmides? b) Quem as construiu? c) A diferença de tamanho entre as pirâmides pode representar a importância de quem as construiu? 2. Os governos teocráticos da Mesopotâmia e do Egito evoluíram acumulando características comuns e peculiaridades culturais. Os egípcios desenvolveram a prática de embalsamar o corpo humano porque: a) construíram túmulos em forma de pirâmides bem elaboradas, feitos para a eternidade. b) seus deuses, sempre prontos a castigar os pecadores, desencadearam o Dilúvio. c) depois da morte, a alma podia voltar ao corpo mumificado. d) os camponeses constituíam a categoria social inferior. 17

Avaliação 1. (PUC) A atuação do Estado na vida econômica dos povos da Antiguidade Oriental, principalmente em relação à agricultura, foi bastante acentuada, sendo justificada por eles como: a) forma de garantir a produção de gêneros de primeira necessidade sem excedentes lucrativos; b) necessária para assegurar as provisões para consumo do Exército; c) decorrente da necessidade de controlar a produção em tempo de guerra; d) única maneira de garantir a distribuição equitativa da riqueza entre os súditos; e) responsabilidade atribuída aos governantes para zelarem pelo bem comum. Nas questões 02 e 03, utilize o código: a) Se I, II e III forem corretas. b) Se I, II e III forem incorretas. c) Se apenas I e II forem corretas. d) Se apenas I e III forem corretas. e) Se apenas II e III forem corretas. 02. I. No Egito Antigo, a agricultura era uma atividade privada. II. Os egípcios desenvolveram princípios arquitetônicos de grande uso nos tempos atuais. III. O culto dos vegetais e objetos inanimados foi o mais intenso entre os egípcios. 18

03. I. Nenhuma civilização antiga encontrou-se, como a do Egito, em condições tão favoráveis para viver isolada e ao abrigo das influências estrangeiras. II. A monarquia de origem divina encontrou no Egito sua mais enérgica expressão e consequências mais extremas. III. O felá era utilizado no Egito para todo tipo de trabalho, desde os campos do faraó ou dos templos até a construção de pirâmides. 4. (FAC. MED. AMIN) "Salve, ó Nilo (...) regas a terra em toda parte, ó deus dos grãos, senhor dos peixes, produtor do trigo e da cevada (...) Logo tuas águas se erguem (...) todo ventre se agita, o dorso é sacudido de alegria e os dentes rangem." O trecho acima celebra: a) o Egito, região quente e seca como o Saara; b) a crença numa vida de além-túmulo e as dores do parto; c) o relativo isolamento do vale, limitado pelos desertos da Arábia e da Líbia; d) as nascentes desconhecidas do Rio Nilo; e) o poder criador do regime das cheias e das vazantes do rio Nilo, que deixavam no solo um lodo de grande fertilidade. 5. A Astronomia e a Matemática foram os primeiros ramos da ciência que ocuparam a atenção dos egípcios. Ambas se desenvolveram com fins práticos. Cite dois resultados para os quais essas ciências deram sua contribuição. Fonte das questões: (adaptado) http://www.coladaweb.com/exercicios-resolvidos/exercicios-resolvidosde-historia/o-antigo-egito 19

Pesquisa Caro aluno, agora que já estudamos alguns dos principais assuntos relativos ao 2 bimestre, é hora de discutir um pouco sobre a importância deles na nossa vida. Então, vamos lá? Use as informações atuais sobre o Egito, atualmente esse país vive intensas e importantes revoltas sociais chamadas de primavera Árabe. Pesquise se ainda há politeísmo no Egito atual e quais são as religiões mais cultuadas por lá. Mãos à obra! 20

Referências [1] BEARD, M. & HENDERSON, J. Antiguidade Clássica: uma brevíssima Introdução. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998. [2] BOULOS JUNIOR, Alfredo. História: Sociedade e Cidadania. São Paulo: FTD, 2009. p.90-125. 6 ano. [3] BEZERRA, Holien Gonçalves. Ensino de História: conteúdos e conceitos básicos. In: KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 5 ed. São Paulo: Contexto, 2008. [4] CARDOSO, Ciro Flamarion & VAIFAS, Ronaldo (org.). Novos domínios da história. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. [5] CARDOSO, Ciro F. O Egito antigo. São Paulo: Brasiliense, 1996. [6] LE GOFF, Jacques. História e memória. Campinas: Editora da Unicamp, 1996. [7] SILVA, Kalina Vanderlei; SILVA, Maciel Henrique. Dicionário de conceitos históricos. São Paulo: Contexto, 2005. [8] SILVA, Alberto da Costa e. A enxada e a lança: a África antes dos portugueses. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996. [9] THOMPSON, Edward. Tempo, disciplina do trabalho e capitalismo industrial. In: Costumes em Comum: estudos sobre a cultura popular tradicional. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. p.267-304. 21

Equipe de Elaboração COORDENADORES DO PROJETO Diretoria de Articulação Curricular Adriana Tavares Maurício Lessa Coordenação de Áreas do Conhecimento Bianca Neuberger Leda Raquel Costa da Silva Nascimento Fabiano Farias de Souza Peterson Soares da Silva Ivete Silva de Oliveira Marília Silva PROFESSORES ELABORADORES Daniel de Oliveira Gomes Erica Patricia Di Carlantonio Teixeira Erika Bastos Arantes Renata Figueiredo Moraes Sabrina Machado Campos 22