Falta Grave. Prescrição: por ausência legal se utiliza o menor prazo: 3 anos (no caso de fuga conta-se da captura do preso).

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Transcrição:

Falta Grave Prescrição: por ausência legal se utiliza o menor prazo: 3 anos (no caso de fuga conta-se da captura do preso).

Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) II - recolhimento em cela individual; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003)

III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) 1 o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) 2 o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando

Execução das penas privativas de liberdade Sistema FILADÈLFIA O sentenciado cumpre a pena integralmente na cela, sem dela nunca sair. É o sistema que inaugura as solitárias. Sistema ALBURN ou ALBURNIANO (ou SILENT SISTEM) Neste sistema, o sentenciado, durante o dia, trabalha com os outros presos (em silêncio), vedada a comunicação oral entre eles, recolhendo-se no período noturno para sua cela.

Sistema INGLÊS ou PROGRESSIVO (ou IRLANDÊS) No Sistema Inglês, há um período inicial de isolamento. Após esse estágio, passa-se a trabalhar durante o dia com os outros presos. O último estágio da execução é cumprir a pena em liberdade. O Sistema Inglês cumpre a pena de forma progressiva. Por isso é também chamado de progressivo. Foi o sistema que o Brasil adotou.

Art. 112 - A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. (Redação dada pela L-010.792-2003

REGIMES DE CUMPRIMENTO DE PENA Se o crime é punido com reclusão, os regimes iniciais são: fechado, semiaberto e aberto. Se o crime é punido com detenção, os regimes iniciais são: semiaberto e aberto (ainda que a pena ultrapasse 8 anos).

Art. 111 - Quando houver condenação por mais de um crime, no mesmo processo ou em processos distintos, a determinação do regime de cumprimento será feita pelo resultado da soma ou unificação das penas, observada, quando for o caso, a detração ou remição.

PROGRESSÃO DE REGIME Legitimidade para pedir o incidente: MP, reeducando/, Advogado/defensor Juiz

Progressão de regime Fechado - Requisitos: semiaberto Não é necessário que a pena tenha transitado em julgado; STF Súmula nº 716 - DJ de 13/10/2003 - Admitese a progressão de regime de cumprimento da pena ou a aplicação imediata de regime menos severo nela determinada, antes do trânsito em julgado da sentença condenatória.(desde QUE TENHA TRANSITADO EM JULGADO PARA O MP)

Requisitos: 1. trânsito em julgado para o MP 2. temporal: cumprimento de 1/6 da pena. (regra) Se hediondos: 2/5, 3/5 (reincidente)

STF Súmula nº 715 DJ de 13/10/2003 - A pena unificada para atender ao limite de trinta anos de cumprimento, determinado pelo art. 75 do Código Penal, não é considerada para a concessão de outros benefícios, como o livramento condicional ou regime mais favorável de execução

3. requisito: comportamento do preso Antes da Lei 10.792/03 O terceiro requisito dizia respeito ao mérito do reeducando. Essa expressão mérito foi abolida. Depois da Lei 10. 792/03 Agora, a expressão legal é bom comportamento carcerário.

Art. 112 - A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. (Redação dada pela L-010.792-2003)

4. Requisito: oitiva do MP 5. exame criminológico: Antes da Lei 10.792/03 O art. 112, da LEP, determinava o exame criminológico. Depois da Lei 10.792/03 O art. 112, da LEP, silencia quanto ao exame criminológico

Exame criminológico não foi abolido, mas passou a ser FACULTATIVO: Art. 8º O condenado ao cumprimento de pena privativa de liberdade, em regime fechado, será submetido a exame criminológico para a obtenção dos elementos necessários a uma adequada classificação e com vistas à individualização da execução. Parágrafo único. Ao exame de que trata este artigo poderá ser submetido o condenado ao cumprimento da pena privativa de liberdade em regime semi-aberto.

6. Requisito só para os crimes contra a administração pública: art. 33, 4º O condenado por crime contra a administração pública terá a progressão de regime do cumprimento da pena condicionada à reparação do dano que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. (Acrescentado pela L- 010.763-2003)

Progressão do semiaberto para o aberto Os mesmos do fechado para o semiaberto, com as seguintes observações: Pena cumprida é pena extinta, logo considerase 1/6 da pena que resta a cumprir para progredir de regime (não se considera a pena inicial)

Art. 113 - O ingresso do condenado em regime aberto supõe a aceitação de seu programa e das condições impostas pelo juiz. Art. 114 - Somente poderá ingressar no regime aberto o condenado que: I - estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de fazê-lo imediatamente; II - apresentar, pelos seus antecedentes ou pelo resultado dos exames a que foi submetido, fundados indícios de que irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de responsabilidade, ao novo regime. Parágrafo único - Poderão ser dispensadas do trabalho as pessoas referidas no Art. 117 desta Lei.

Regra do trabalho externo deve ser interpretada com temperamentos, pois a realidade mostra que, estando a pessoa presa, raramente ela possui condições de, desde logo, comprovar a existência de proposta de emprego (STJ, 5 turma, HC 229.494-RJ).

Art. 115 - O juiz poderá estabelecer condições especiais para a concessão de regime aberto, sem prejuízo das seguintes condições gerais e obrigatórias: I - permanecer no local que for designado, durante o repouso e nos dias de folga; II - sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados; III - não se ausentar da cidade onde reside, sem autorização judicial; IV - comparecer a juízo, para informar e justificar as suas atividades, quando for determinado.

Observações Gerais 1. pratica de falta grave: condenado terá que iniciar a contagem. Prática de falta grave: não influência no livramento condicional; perda dos dias remidos até 1/3. 2. progressão per saltum: o Tribunais Superiores não admitem. Alguns Tribunais tem reconhecido a progressão ficta, que é quando o apenado pede a progressão e diante da inércia do judiciário ele cumpre mais 1/6 da pena. Nestes casos, seria como se ele tivesse cumprido 1/6 em cada regime.

PRISÃO DOMICILIAR Art. 117 - Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular quando se tratar de: I - condenado maior de 70 (setenta) anos; II - condenado acometido de doença grave; III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; IV - condenada gestante.

REGRESSÃO DE REGIME Art. 118 A execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma regressiva, com a transferência para qualquer dos regimes mais rigorosos, quando o condenado: I praticar fato definido como crime doloso ou falta grave; II - sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime (Art. 111). 1º - O condenado será transferido do regime aberto se, além das hipóteses referidas nos incisos anteriores, frustrar os fins da execução ou não pagar, podendo, a multa cumulativamente imposta. 2º - Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido, previamente, o condenado.

1. enquanto a progressão em saltos não é permitida a REGRESSÃO possui previsão legal. 2. contraditório e a ampla defesa na regressão: 2º - Nas hipóteses do inciso I e do parágrafo anterior, deverá ser ouvido, previamente, o condenado. Não contraditório para os casos de condenação penal.

AUTORIZAÇÃO DE SAÍDA Autorização de saída gênero Espécies: permissão de saída; saída temporária

Subseção I - Da Permissão de Saída Art. 120 - Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos: I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão; II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único do Art. 14). Parágrafo único - A permissão de saída será concedida pelo diretor do estabelecimento onde se encontra o preso. Art. 121 - A permanência do preso fora do estabelecimento terá duração necessária à finalidade da saída.

do STF que permite a execução provisópreso provisório: não tem direito a permissão de saída, porém não tem direito a saída temporária. Obs: decisão ria do preso.

SAÍDA TEMPORÁRIA Art. 122 - Os condenados que cumprem pena em regime semi-aberto poderão obter autorização para saída temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos seguintes casos: I - visita à família; II - freqüência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do segundo grau ou superior, na comarca do Juízo da Execução; III - participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social.

Art. 123 - A autorização será concedida por ato motivado do juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a administração penitenciária, e dependerá da satisfação dos seguintes requisitos: I - comportamento adequado; II - cumprimento mínimo de um sexto da pena, se o condenado for primário, e um quarto, se reincidente; III - compatibilidade do benefício com os objetivos da pena. Art. 124 - A autorização será concedida por prazo não superior a 7 (sete) dias, podendo ser renovada por mais quatro vezes durante o ano. Parágrafo único Quando se tratar de freqüência a curso profissionalizante, de instrução de segundo grau ou superior, o tempo de saída será o necessário para o cumprimento das atividades discentes.

STJ Súmula nº 40 - DJ 12.05.1992 - Para obtenção dos benefícios de saída temporária e trabalho externo, considera-se o tempo de cumprimento da pena no regime fechado. PRAZO da saída temporária: art. 124 LEP, até 7 dias, renovada por mais 4 vezes durante o ano (logo são 5 saídas temporárias).

REVOGAÇÃO DA SAÍDA TEMPORÁRIA Art. 125 - O benefício será automaticamente revogado quando o condenado praticar fato definido como crime doloso, for punido por falta grave, desatender as condições impostas na autorização ou revelar baixo grau de aproveitamento do curso. Parágrafo único - A recuperação do direito à saída temporária dependerá da absolvição no processo penal, do cancelamento da punição disciplinar ou da demonstração do merecimento do condenado.

PERMISSÃO DE SAÍDA Previsão legal: Arts. 120 e 121 da LEP Beneficiários: Preso definitivo em regime fechado ou semiaberto Preso provisório Característica marcante: Ocorre mediante escolta Hipóteses de cabimento: Falecimento ou doença grave (CADI Cônjuge, companheiro, ascendente, descendente, irmão) Necessidade de tratamento médico Autoridade competente para analisar o pedido: Diretor do estabelecimento Prazo da permissão de saída: Prazo indeterminado (duração necessária à finalidade da saída) Art. 121.

SAÍDA TEMPORÁRIA Previsão legal: Arts. 122 e 125 da LEP Beneficiários: Somente preso no semiaberto (preso no fechado e preso provisório não têm direito) que: Tenha comportamento adequado Cumpriu 1/6 da pena se primário Cumpriu ¼ da pena se reincidente Comprove o nexo com a ressocialização (seja importante para a ressocialização Característica marcante: Sem vigilância direta (não tem escolta)

Hipóteses de cabimento: Visita à família Frequência a cursos Atividades de convívio social, de ressocialização Autoridade competente para analisar o pedido: Juiz da execução (ouvidos o MP e a administração penitenciária) Art. 123. Prazo da saída temporária: Art. 124 da LEP Vide obs. supra

Possibilidade do calendário de saídas temporárias Súmula 520-STJ: O benefício de saída temporária no âmbito da execução penal é ato jurisdicional insuscetível de delegação à autoridade administrativa do estabelecimento prisional. NÃO SERIA CABÍVEL O CALENDÁRIO.

Para o STF, um único ato judicial que analisa o histórico do sentenciado e estabelece um calendário de saídas temporárias, com a expressa ressalva de que as autorizações poderão ser revistas em caso de cometimento de infração disciplinar, mostra-se suficiente para fundamentar a autorização de saída temporária A exigência feita pelo STJ no sentido de que haja uma decisão motivada para cada saída temporária coloca em risco o direito do sentenciado ao benefício, em razão do grande volume de processos nas varas de execuções penais. ADIMITE O CALENDÁRIO. STF. 1ª Turma. HC 98067, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 06/04/2010. STF. 2ª Turma. HC 128763, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 04/08/2015.

REMIÇÃO Arts. 126 a 130 LEP Art. 126 - O condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semi-aberto poderá remir, pelo trabalho ou pelo estudo, parte do tempo de execução da pena.

REMIÇÃO PELO ESTUDO Obs: não há remição pelo trabalho para quem cumpre a pena em regime aberto ou desfruta de livramento condicional. Obs2. prevalece o entendimento de que não cabe remição pelo trabalho ao preso em regime aberto, por ser condição do regime. Contudo, parte da doutrina discorda, isto porque o art. 126, p.6 LEP permite a remição para este regime mediante o estudo tal vedação fere a razoabilidade (analogia in bonan partem).

Remição pelo estudo: aplicável ao regime fechado, semi aberto, aberto, livramento condicional. Contagem: 1 dia a cada 12 horas de frequencia escolar (art. 126, p.1, I, LEP). 12 horas divididas em no mínimo 3 dias. Conclusão do ensino fundamental, médio, superior + 1/3 dos dias remidos.

Acidente durante o estudo ou trabalho: preso continuará a se beneficiar-se da remição. Cumulação da remição do trabalho + estudo: possível. Instituto alcança o preso cautelar.

Perda dos dias remidos Art. 127: em caso de falta grave o juiz poderá revogar até 1/3 (um terço) do tempo remido, observado o disposto no art. 57, recomeçando a contagem a partir da data da infração disciplinar. Perda máxima: 1/3. Art. 128 O tempo remido será computado como pena cumprida, para todos os efeitos.

DO LIVRAMENTO CONDICIONAL a) Requisitos OBJETIVOS para fazer jus ao livramento: 1º Requisito: A pena imposta deve ser privativa de liberdade Não existe livramento condicional para restritiva de direitos. 2º Requisito: A pena imposta deve ser igual ou superior a 2 anos. Considera-se o concurso de delitos

3º Requisito: Requisito temporal Se o condenado é primário e de bons antecedentes, ele tem que cumprir mais de 1/3 da pena. Não basta cumprir 1/3. Ele tem que cumprir mais de 1/3! Se ele for reincidente, ele tem que cumprir mais de metade! No caso de crime hediondo ou equiparado, ele tem que cumprir mais de 2/3. 4º Requisito: Reparação do dano

REQUISITOS SUBJETIVOS 1 Requisito: Comportamento carcerário satisfatório 2º Requisito: Bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído 3º Requisito: Aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto : No caso de crime praticado com violência ou grave ameaça à pessoa, constatação de que o condenado não voltará a delinquir

CONDIÇOES OBRIGATÓRIAS 1ª Condição Obrigatória: Obter ocupação lícita dentro de prazo razoável. Por ocupação lícita a doutrina admite estudos técnicos. Não pressupõe obrigatoriamente trabalho. 2ª Condição Obrigatória: Comunicar periodicamente ao juiz sua ocupação. Fica a critério do juiz da execução: pode ser semanalmente, mensalmente, trimestralmente. 3ª Condição Obrigatória: Não mudar da comarca sem autorização. É o que mais cai. Cuidado com isso. Não mudar da comarca é condição obrigatória. Não mudar da residência é condição facultativa. Cuidado para não confundir

1ª Condição Facultativa: Não mudar de residência sem autorização. 2ª Condição Facultativa: Recolher-se à habitação em hora fixada. 3ª Condição Facultativa: Não frequentar determinados lugares.. 4ª Condição Facultativa: Outras condições compatíveis com os fins da pena.

CAUSA DE REVOGAÇÃO OBRIGATÓRIAS Revogação do Livramento Art. 86 - Revoga-se o livramento, se o liberado vem a ser condenado a pena privativa de liberdade, em sentença irrecorrível: I - por crime cometido durante a vigência do benefício; II - por crime anterior, observado o disposto no Art. 84 deste Código.

Revogação Facultativa Art. 87 - O juiz poderá, também, revogar o livramento, se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações constantes da sentença, ou for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, a pena que não seja privativa de liberdade.