Edmar Eduardo Bassan Mendes Eng. Agr., Ms., PqC do Polo Regional Centro-Norte/UPD S.J.R.Preto /APTA

Documentos relacionados
Vaqueiro Foi desenvolvido exclusivamente para a produção de forragem, melhorou em clima tropicais onde gramíneas de estação quente são adaptadas.

Planejamento Alimentar na Bovinocultura Leiteira

04/10/2015. Moacyr Bernardino Dias-Filho Embrapa Amazônia Oriental. Amazônia: protótipo da fronteira agrícola brasileira

Diversificação para a sustentabilidade da produção

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta* Introdução

CONHEÇA NOSSOS PRODUTOS ANOS

LAVOURA-PECUÁRIA: GANHO DE PRODUTIVIDADE COM SUSTENTABILIDADE

PARECER DO REPRESENTANTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Síglia Regina Souza / Embrapa. Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) Sustentabilidade do agronegócio com preservação ambiental

Tratamentos: RELATÓRIO PARA AUXÍLIO DE PESQUISA. Projeto Agrisus No:

Acadêmico do Curso de Agronomia, Bolsista PIBIC- CNPq. 3

ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM SISTEMAS INTEGRADOS DE PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA (SIPAs)

Pecuária na fronteira agrícola A pecuária é considerada a pecuária é ativ considerada a

Pecuária na fronteira agrícola A pecuária é considerada a pecuária é ativ considerada a

CARACTERÍSTICAS BROMATOLÓGICAS DE PASTAGENS PERENES DE VERÃO CULTIVADAS NO MUNICÍPIO DE PALMITINHO - RS

Nome do Evento: CONSÓRCIO MILHO SAFRINHA-FORRAGEIRAS E A QUALIDADE DO SISTEMA PLANTIO DIRETO NO ESTADO DE SÃO PAULO - PROGRAMA BOA COBERTURA

Bancos de proteína abandonados o que fazer frente aos desafios e inovações atuais do setor?

PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS AGROPECUÁRIOS DE BAIXO CARBONO. Cimélio Bayer Depto Solos/Fagro/UFRGS

O inverno está chegando

Erosão x Plantio Direto no Arenito Paranaense

Identificação. Departamento de Biologia e Zootecnia. Centro de Estudos Ambientais CEA-UNESP

Principais problemas da pecuária na Amazônia

Uso de Adubos Verdes na Agricultura Familiar. Semestre 2018/1 Professor: - Fernando Domingo Zinger

Relatório referente à visita ao Mato Grosso do Sul

Agenda de P&D da Embrapa Cerrados

Orçamentação forrageira e desenvolvimento da pecuária

Recria Intensiva em sistemas de ILP(F).

INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA. Alvadi Antonio Balbinot Junior Julio Franchini Henrique Debiasi Engenheiros Agrônomos, pesquisadores da Embrapa Soja

III Congresso Brasileiro de Eucalipto

'.~ Embrapa Pecuária Sudeste PROCI-FD CPPSE 1999 FD FD Empresa Brasileira de Pesquisa

Estratégias de Alimentação Anual de Rebanhos Bovinos Leiteiros e de Corte e Ovinos MAÍRA SCHEID THIAGO LUIS ROCKENBACH

Anais do 2 Simpósio de Pecuária Integrada

Orçamento Forrageiro: Planejamento alimentar visando garantir a sustentabilidade da produção animal no semiárido nordestino

Experiências em Recuperação Ambiental. Código Florestal. Implantação de sistema silvipastoril com eucalipto

DIFERIMENTO DE PASTAGENS

Alternativas ao uso do fogo no manejo agrícola, pastoril e florestal. Prevenir é melhor do que apagar!

Sistema de manejo das forrageiras nativas e adaptadas ao semiárido nordestino. Ana Clara Rodrigues Cavalcante

Avaliação da forragem produzida por árvores de ocorrência espontânea em pastagens na Amazônia

AGROECOLOGIA. Desenvolvimento sustentável na produção de bens, tendo como matrizes principais a ecologia, agricultura e a economia.

Universidade Federal do Ceará Centro de Ciências Agrárias Departamento de Zootecnia

Alternativas ao Uso do Fogo

C6l11ara Setorial, Bovinocultura Bubalinocultura. Mato Grosso do Sul

Relatório Final Bolsista Agrisus

Produção de milho (Zea mays) sob três arranjos estruturais do eucalipto (Eucalyptus spp.) no Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

Manejo Intensivo de Pastagens para Produção de Carne Bovina. Curso Teórico Prático Embrapa Pecuária Sudeste 22 a 25 de abril de 2003

INSTITUTO DE ZOOTECNIA - IZ

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

Água. A evolução do consumo consciente pelo setor de árvores plantadas

Sistemas de ILPF no Bioma Pampa. Jamir Luís Silva da Silva, Embrapa Clima Temperado

1 de 6 16/11/ :54

TÍTULO: EFEITOS DA PROFUNDIDADE DE PLANTIO NA GERMINAÇÃO E PRODUÇÃO DE MASSA DO CAPIM BRAQUIARÃO ADUBADO NO PLANTIO

Riscos (econômicos)climáticos Annelise Vendramini Centro de Estudos em Sustentabilidade EAESP FGV Ces.

DIFUSÃO TECNOLÓGICA DO SISTEMA DE INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA COM SERINGUEIRA (Hevea Spp) NA REGIÃO DE CASSILÂNDIA - MS

RELATÓRIO PARA AUXÍLIO DE EVENTO

Figura 42 Imagem de satélite mostrando a presença de floresta junto as drenagens. Fonte Google Earth de 2006

INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS PRODUTIVOS PARA A CULTURA DO MILHO

Moacyr Bernardino Dias-Filho

Agroecologia e Sistemas Agroflorestais

O BOI VAI PASTAR SOJA?

DÚVIDAS FREQUENTES. Qual Forrageira a ser recomendada para o Semiárido?

Pastagens para Caprinos

RESPOSTA TÉCNICA. São apresentadas informações sobre o cultivo de mogno e a implantação de sistemas silvipastoris.

EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DE MINAS GERAIS - EPAMIG

Curso de Pós-Graduação em Estratégias Integradas para Pecuária de Corte: Produção, Eficiência e Gestão

Potencial produtivo das espécies aveia e azevém com diferentes adubações

Reservando pastos e forragem para uso na seca. ABC da Agricultura Familiar Alimentação das criações na seca 1.

Consórcio Milho-Braquiária

Ser empresarial independe da grandeza da atividade. O que caracteriza uma atividade como empresarial é a forma como ela é conduzida e o seu objetivo

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

SISTEMAS AGROFLORESTAIS EM ASSENTAMENTO RURAL EM MATO GROSSO DO SUL

INTEGRAÇÃO LAVOURA- PECUÁRIA NO NORTE DO PARANÁ

Eficiência técnica e econômica de irrigação de pastagens. Barreiras, 25 de Agosto de 2017

Trabalho executado com recursos do Programa de Transferência de Tecnologias de Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta.

AVALIAÇÕES CHAMADA E FREQUÊNCIA LIVROS. Importância do estudo de plantas forrageiras DISCIPLINA DE FORRAGICULTURA 06/09/2016

Epagri. Conhecimento para a produção de alimentos

Quais os benefícios ao patrocinar um curso online?

ANÁLISE ECONÔMICA DE SISTEMAS DE PRODUÇÃO MISTOS: GRÃOS, CULTURA DE COBERTURA E PECUÁRIA,

RELATÓRIO PARA AUXÍLIO DE PARTICIPAÇÃO EM EVENTO

Pastagem para ovinos e caprinos

MANEJO DA PASTAGEM ANUAL DE INVERNO AFETANDO A EMERGÊNCIA DE PLANTAS DANINHAS NA CULTURA DO MILHO EM SUCESSÃO 1. INTRODUÇÃO

Pastagens consorciadas

Avaliação da forragem e da madeira produzida por árvores de ocorrência espontânea em pastagens na Amazônia

Discentes: Daniel Teixeira Deucymara Bomfim Alves Gilvan Rodrigues Kauana Martins Bizerra Laise de Souza Mayla Gregório

SISTEMAS DE INTEGRAÇÃO E PRODUÇÃO AGRÍCOLA

INTENSIFICAÇÃO DA PECUÁRIA BRASILEIRA: SEUS IMPACTOS NO DESMATAMENTO EVITADO, NA PRODUÇÃO DE CARNE E NA REDUÇÃO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA

Manejo de Pastagem na Seca

Controle de Plantas Daninhas em Sistemas Integrados

Sistemas de produção de

Diversificação de atividades na propriedade rural. 30 de junho de 2011 Uberlândia - Minas Gerais

Manejo de plantas de cobertura para sistemas agrícolas de alta produtividade

PRODUÇÃO DE CULTIVARES DE AZEVÉM NO EXTREMO OESTE CATARINENSE. Palavras-chave: Lolium multiflorum L., Produção de leite, Pastagem de inverno.

ESTRATEGIAS DE INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA (ILP) NA REGIÃO SUL DO BRASIL. IVONEI SANDRO LIBRELOTTO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL BANCO DE PROTEÍNA PARA ASSEGURAR O PADRÃO ALIMENTAR DURANTE O PERÍODO SECO

II SIMPAGRO da UNIPAMPA

Desenvolvimento Rural Sustentável em Microbacias Hidrográficas do Estado do Rio de Janeiro UNIDADE DE PESQUISA PARTICIPATIVA

Comunicado Técnico. Sistema de Integração Lavoura-Pecuária como Estratégia de Produção Sustentável em Região com Riscos Climáticos

MANEJO DA PASTAGEM DE INVERNO AFETANDO FITOMASSA REMANESCENTE, COBERTURA DO SOLO, PLANTAS DANINHAS E RENDIMENTO DE CULTURAS 1.

SISTEMAS DE ILPF NO BIOMA MATA ATLÂNTICA

Agricultura Sustentável

Agricultura Familiar e Quintais Agroflorestais em São Félix do Xingu-PA

Transcrição:

"Vantagens e desvantagens do plantio de árvores em pastagens" Edmar Eduardo Bassan Mendes Eng. Agr., Ms., PqC do Polo Regional Centro-Norte/UPD S.J.R.Preto /APTA ebassanmendes@apta.sp.gov.br Felipe Cunha Cavassan Engenheiro Ambiental cavassanjr@yahoo.com.br Muitas são as inovações e os modismos que chegam para atender de uma forma miraculosa as necessidades do homem do campo. Ganhar dinheiro, produzir, se manter na atividade e progredir. Estes são os maiores interesses que em geral motivam o homem que lida com as atividades da terra além do fato dele gostar daquilo que faz. O prazer que dá para o produtor em ver o resultado positivo daquilo que ele produziu, não tem preço!! (diria a voz da campanha que estimula o uso do cartão de crédito!). Como alternativa para incrementar o uso do solo nas propriedades agrícola, vemos agora sendo anunciada a interação de mais um elemento a atividade já consagrada da Integração da Lavoura com a Pecuária, a Floresta ou a Silvicultura. Dependendo da origem, F para floresta ou S para silvicultura. Juntam-se esta sopa de letras ILP + F ou S. Como produtor e pesquisador e atento a estas novidades, em 2006 plantei e já tenho colhido os bons resultados da melhora nas condições de microclima. Vacas leiteiras têm usado o seu tempo de ócio as sombras produzidas por estas árvores, em dias quentes na região de Guzolândia, onde está localizada a propriedade, supera em muitos os trinta e cinco graus no verão... Meu objetivo em dar um exemplo próprio para ilustrar a decisão que um produtor deve ter em adotar esta ou aquela técnica, é de demonstrar a finalidade e o propósito que ele busca como produto da adoção estabelecida.

Não fiz esta opção pensando em ganhar dinheiro com a venda de eucalipto para lascas, lenhas, ou postes...(ao menos, não a principio). Meu objetivo principal é o conforto dos animais. Bem estar, é sinal de boas condições para a produção. Boa produção pode trazer bons lucros... Numa análise integral da propriedade, foram acrescidas cinco mil árvores, que futuramente podem se transformar em renda, mas enquanto a atividade principal for pecuária de leite, este destino está postergado. Em uma propriedade vizinha a floresta foi adotada como atividade principal. As árvores adultas, enquanto esperam para serem cortadas também tem a pecuária integrada, mas de uma forma diferente. Menor capacidade de suporte, um pequeno número de animais é mantido, pois as forrageiras produzem pouco em razão das sombras que impedem seu desenvolvimento no interior dos talhões. Nela não se vê a pecuária, como atividade principal, e somente os carreadores e pequenas áreas menos sombreadas onde a iluminação permite é que é utilizada para alimentação de bovinos (neste caso, para pecuária de corte). Em uma revista técnica em que o professor questiona o sucesso ou não da nova moda. Afirma categoricamente que por certo ambas as atividades terão perdas individualizadas. Tem minha concordância absoluta, no entanto, as vantagens que estas integrações podem trazer, diluindo o custo de implantação das atividades, trazendo um ganho ambiental pela cobertura do solo quase que permanente durante as atividades que agrícola, quer pecuária ou florestal. Difícil é contabilizar os ganhos ambientais, os ganhos com o aumento da produção em decorrência do bem estar dos animais. Prever um futuro, onde as árvores estarão incorporadas ao inventário do imóvel se as atividades hoje dadas como principal, ainda o serão no futuro. Atualmente, árvores de eucaliptos plantadas nas décadas de 70, 80, tem altíssimo valor, e por certo, quando foram plantas, não se esperava tanto delas. Apreçar como isto ou como estimar valor futuro, sem se avaliar o valor presente, onde vantagens estão sendo incorporada de imediato a propriedade. Algumas observações que pude realizar, sem dar um caráter científico. No período da seca, de fato debaixo e próximos às árvores um secamento das gramíneas forrageiras bem intenso. Ouso até descrevê-lo como ressecamento. Seca a planta, seca o solo, esturrica tudo. Nas primeiras chuvas, o capim se recupera rapidamente e de imediato, os animais se alimentam ali com mais intensidade e frequência do que nos restante das pastagens longe

das árvores... Não há morte dos capins e tão logo se normaliza a frequência hídrica, o pasto volta ao normal. Outra observação é quanto à distribuição do pastoreio. Mesmo sendo bem pastoreado o capim debaixo da árvore não se acaba e quando começa a sobrar capim, debaixo das árvores está mais verde. A reciclagem de nitrogênio provocada pela derriça das folhas e galhos devem liberar para as forragens uma quantidade maior de nitrogênio. O capim debaixo das árvores fica mais verde. A busca por respostas até agora não dada pela ciência, tem levado inúmeros pesquisadores e varias instituições a buscarem respostas para atender aos questionamentos que normalmente são feitos. Quanto custa? Compensa? Qual o melhor espaçamento das árvores? Que variedades? Só com eucalipto dá certo? Uma pergunta que é feita com muita frequência, e quando podem ser liberadas para o pastoreio, as áreas com árvores? Qual o tamanho das árvores? Uma resposta prática, e quando as plantas puderem ser tocadas sem se danificarem. Um hábito que, principalmente os bovinos têm é de se esfregarem para se coçar. O Instituto de Zootecnia tem apresentado modelos de coçadores que atendem a estas necessidades dos animais. Nas fotos desta matéria podem ser vistos os resultados desta prática natural, e o porte das árvores. Em estágios menores já são capazes de suportar, mas se forem muito pequenas, podem sofres avarias que não mais permitam um desenvolvimento normal. Enquanto não se chega a muitas destas respostas, os produtores vão utilizando e inovando na prática a adaptação da melhor técnica e usufruindo dos resultados. Os benefícios são quase que imediatos, e as respostas por certo, enquanto estão chegando vão comprovar o que os produtores já estão usufruindo como vantagem agregada.

Foto 1: Eucalipto adulto com vacas na sombra na Fazenda Alto da Araúna em Guzolândia, no mês de maio de 2013. Foto de arquivo do autor. Danos físicos causados pela esfregação dos animais nas plantas. Plantas adultas suportam bem as consequências, o mesmo não ocorrendo com as de menor porte, em formação, ou aniquiladas pela competição por luz em sua formação. É possível observar os sinais dos danos, bem como o conforto provocado pelo sombreamento e a vegetação igualada ao redor dos pés do eucalipto.

Foto 2: Eucaliptos nos pasto mostrando o capim verde e o pastejado Foto do mês de maio de 2013 na Fazenda Alto da Araúna em Guzolândia S.P. Foto de arquivo do autor. A boa insolação permite uma excelente distribuição das forrageiras, dividindo o espaço com as árvores. Nesta área, é visível o consumo das forrageiras pelo pastejo rotacionado. Ao fundo o capim verde, contrastando com o seco do primeiro plano.

Foto 3: Área total com Eucalipto em propriedade agrícola em Guzolândia S.P. no mês de maio de 2013 Foto de arquivo do autor. Área com monocultura do eucalipto, onde a falta de insolação e a derriça de folhas e galhas, impedem a formação de capins que poderiam ser utilizados como forrageiras em alimentação de bovinos, ovinos e equídeos. Capacidade de suportar um número muito baixo de animais nesta área, ou até mesmo inviabiliza a manutenção de bovinos. Com a finalidade de auxiliar nas respostas aos questionamentos realizados, a UPD de São José do Rio Preto, que já detém bons conhecimentos de Integração da Lavoura com a Pecuária, tem planejado incluir florestas em seus estudos e para isso tem preparado os seus pesquisadores e servidores com a participação em eventos e revisões bibliográficas sobre o assunto. Como conclusão destas observações, pode se inferir que os avanços e as necessidades tem feito com que o aproveitamento das áreas tenha uma melhor eficiência. Nesta procura, técnicos, cientistas e produtores vêm buscando alternativas criativas que melhorem este aproveitamento. O tempo trará elucidação de muitos questionamentos que hoje incomodam o homem do campo e os envolvidos no segmento.