Avaliação da forragem e da madeira produzida por árvores de ocorrência espontânea em pastagens na Amazônia

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1 NOTA TÉCNICA DE PESQUISA Avaliação da forragem e da madeira produzida por árvores de ocorrência espontânea em pastagens na Amazônia Rosana Quaresma Maneschy 1, Andréa Hentz de Mello 2, Alexandre Mehl Lunz 3, Igor Luiz Fernandes Correa 4, Luiz Eduardo de Lima Melo 5, Seidel Ferreira dos Santos 6. Foto: Rosana Maneschy 2018

2 Avaliação da forragem e da madeira produzida por árvores de ocorrência espontânea em pastagens na Amazônia Rosana Quaresma Maneschy 1, Andréa Hentz de Mello 2, Alexandre Mehl Lunz 3, Igor Luiz Fernandes Corre 4, Luiz Eduardo de Lima Melo 5, Seidel Ferreira dos Santos 5 O uso de árvores com múltiplos usos em sistemas pecuários pode melhorar a dieta dos animais a pasto (a partir da produção de forragem durante o ano todo com qualidade nutricional superior à das gramíneas comumente utilizadas), fornecimento de sombra aos animais e diminuir os custos de implantação e manutenção dos piquetes com a obtenção de madeira de qualidade para moirão para a construção convencionais ou cercas vivas. A pesquisa tem por objetivo selecionar espécies forrageiras de ocorrência espontânea em pastagens no sudeste do Pará como alternativa sustentável para a atividade pecuária. Estão sendo avaliadas cinco espécies forrageiras, sendo uma introduzida e quatro já identificadas com ocorrência natural em pastagens no sudeste do Pará; a saber: mutamba preta (Guazuma ulmilifolia Lam.), burdão de velho (Samanea saman (Jacq.) Merr.), mungulu ou mulungu (Erythina glauca Willd.) e jurema ou rosquinha (Chloroleucon tortum (Mart.) Pittier ex Barneby & J. W. Grimes). Os parâmetros avaliados estão sendo 1 Engenheira-agrônoma, professora do Núcleo de Meio Ambiente (NUMA) da Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, PA. 2 Engenheira-agrícola, professora da Faculdade de Ciências Agrárias de Marabá da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, PA. 3 Engenheiro-florestal, pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental, Belém, PA. 4 Engenheiro agrônomo, Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Gestão de Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia (PPGEDAM), NUMA/UFPA, Belém, PA. 5 Professor e Pesquisador da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Coordenador do Laboratório de Ciência e Tecnologia da Madeira, Marabá, PA. 6 Engenheiro-agrônomo, Professor e Pesquisador da UEPA, Belém, PA.

3 comparados com a espécie introduzida gliricídia (Gliricidia sepium (Jacq.) Walp.). Estão sendo realizados dois cortes por ano (inverno e verão). As plantas são avaliadas quanto a produção e qualidade da forragem produzida. Verificou-se que das espécies testadas o mulungu tem potencial para ser utilizado na produção de estacas para a construção de cercas vivas, nas condições testadas. Em 16 de abril de 2018 foi realizado o corte das plantas para avaliação da massa de forragem produzida no período chuvoso do ano (inverno) (Figura 1). Após o preparo das amostras no Laboratório da Faculdade de Agronomia da UNIFESSPA (Figura 2), as mesmas foram encaminhadas à Embrapa Amazônia Oriental para realização de análises da qualidade nutricional. Figura 1. Corte das plantas para avaliação da massa de forragem produzida no período chuvoso do ano (inverno). Fotos: Rosana Maneschy, Figura 2. Preparo das amostras no Laboratório da Faculdade de Agronomia da UNIFESSPA. Procedimentos de secagem e trituração das amostras para análises.

4 Fotos: Igor Correa, Em 26 de abril de 2018 foi realizado o corte raso das árvores de mulungu (Figura 3) para o Laboratório de Ciência e Tecnologia da Madeira da Universidade do Estado do Pará Campus Marabá. A partir dos discos retirados das árvores serão realizadas análises das propriedades anatômicas e físicas da madeira objetivando comprar a resposta da espécie aos diferentes tratamentos testados no experimento. Figura 3. Corte das árvores de mulungu para análise da madeira. Fotos: Tiago Souza, O Projeto Biomas é uma parceria entre Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e possui o apoio do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES).

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