Política de Fomento em P&D,I nos Contratos de Partilha. Anália Francisca Ferreira

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Transcrição:

Política de Fomento em P&D,I nos Contratos de Partilha Anália Francisca Ferreira

Oqueé Incluída nos contratos de concessão desde a Rodada Zero, institui a obrigação do concessionário investir em atividades de pesquisa e desenvolvimento e inovação, nas áreas de interesse e temas relevantes para o setor de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, valor equivalente a, no mínimo, 1,0% (um por cento) do Valor Bruto da Produção anual de Petróleo e Gás Natural de cada Campo originado a partir da Área do Contrato.

Onde Investir: 1. Pelo menos 50% dos recursos: contratação de atividades junto a universidades ou instituições de pesquisa e desenvolvimento credenciados pela ANP, para realização de atividades e projetos aprovados pela ANP em temas relevantes ou áreas prioritárias. Projetos de P&D junto a instituições de pesquisa poderão envolver empresas fornecedoras de bens e serviços sediadas no Brasil para obtenção de produtos ou processos com inovação tecnológica, que resultem no desenvolvimento e capacitação de Fornecedores Brasileiros, com vistas ao aumento da capacidade das indústrias para fins de Conteúdo Local As Despesas em Instituições de Pesquisa poderão ser contabilizadas como recuperáveis no Custo em Óleo

Onde Investir: 2. Pelo menos 10% do total do valor da obrigação devem ser destinados à contratação de atividades de pesquisa e desenvolvimento e inovação, que resultem em produtos ou processos com inovação tecnológica, junto a Fornecedores Brasileiros, com vistas ao aumento da capacidade das indústrias para fins de Conteúdo Local. As Despesas contratadas junto Fornecedores Brasileiros poderão ser contabilizadas como recuperáveis no Custo em Óleo

Onde Investir: 3. O restante dos recursos previstos poderá ser destinado a atividades de pesquisa e desenvolvimento e inovação, em linhas de pesquisa ou projetos determinados pelo próprio Contratado. Gastos em instalações do Contratado ou por meio de suas Afiliadas, localizadas no Brasil, ou contratados junto a sociedades empresárias sediadas no Brasil, independentemente do fato de estas envolverem ou estarem relacionadas às Operações deste Contrato. Os gastos referentes à atividades de pesquisa e desenvolvimento e inovação, em linhas de pesquisa ou projetos determinados pelo próprio Contratado não serão contabilizadas como recuperáveis no Custo em Óleo.

Prazo para a realização das despesas: O Contratado terá até o dia 30 de junho do ano seguinte ao ano calendário de apuração do Valor Bruto da Produção para contratar a aplicação destes recursos. Eventual saldo de recursos não investidos no prazo determinado será acrescido de 20% e o valor total deverá aplicado no ano seguinte. O Contratado deverá fornecer à ANP, relatório completo das Despesas Qualificadas como pesquisa e desenvolvimento e inovação contratadas nos prazos e formatos definidos na Legislação Aplicável.

Despesas qualificadas como P&D,I: O Contratado deverá fornecer à ANP, relatório completo das Despesas Qualificadas como pesquisa, desenvolvimento e inovação contratadas nos prazos e formatos definidos na Legislação Aplicável. A ANP define em regulamento as despesas que serão consideradas como pesquisa e desenvolvimento para efeitos do cumprimento da obrigação contratual

Comitê Técnico-Científico: Preparar e divulgar anualmente uma relação de áreas prioritárias, atividades e projetos de interesse e temas relevantes em pesquisa e desenvolvimento e inovação para a indústria do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, bem como diretrizes para a aplicação, pelo Contratado, dos recursos provenientes das obrigações de investimentos em Instituições de Pesquisa e na Cadeia de Fornecedores

O que representa a Cláusula de P&D&I: Investimentos em P&D&I de R$ 8 bilhões no período 1998-2012; Pelo menos R$ 4 bilhões aplicados em instituições de pesquisa no País; Importante parceria público-privada viabilizando o desenvolvimento da cadeia produtiva do petróleo.