Reativação de Campos Marginais da ANP e Incentivo à Pequena Empresa Petrolífera Outubro/2004
Campos Marginais da ANP Sumário Objetivo Histórico Situação atual Conclusões Visão da ANP
Objetivo Promover a utilização dos campos de petróleo e gás natural devolvidos para a ANP, de modo a se obter real benefício para a sociedade.
Benefícios: investimentos no país, geração de novos postos de trabalho de caráter permanente, reativação da indústria brasileira de bens e serviços (PROMINP), desenvolvimento e difusão do conhecimento nacional em E&P. apuração de tributos.
62 campos marginalmente econômicos foram abdicados e ficaram sob a responsabilidade da ANP em 1998: Bahia: 32 RN/Ceará: 10 E. Santo: 10 R. Janeiro: 1 SE/Alagoas: 5 PA/Maranhão: 4 Histórico Obs. Logo na 1ª. Licitação, a ANP inseriu 5 campos em blocos exploratórios: 4 na Bahia e 1 no Rio Grande do Norte.
Histórico Uma Universidade avaliou os campos em agosto de 1999, e estabeleceu as seguintes diretrizes: abandono: 25 licitação: 7 licitação com agrupamento (gás na BA e gás e óleo em PA/MA): 5 inserção em bloco exploratório: 14 reavaliação: 6 Obs. Do recomendado, a ANP realizou, até a 4ª. Rodada de Licitações, apenas inclusões de campos em blocos exploratórios a licitar.
Histórico A ANP, até a 4ª. Licitação (2002), havia licitado 26 campos, incluindo-os em blocos exploratórios. Dentre eles havia campos recomendados para: abandono: 8 licitação com agrupamento (gás na BA e gás e óleo em PA/MA): 2 inserção em bloco exploratório: 8 reavaliação (óleo no Recôncavo e Potiguar): 3
Histórico Em 2002, após a 4ª. Licitação, a ANP suspendeu essas ações, visando a uma melhor análise. Entre 2001 e 2002, 19 novos campos foram devolvidos, a maioria pela Petrobras : Sergipe/Alagoas: 2001-6 (em terra) 2002-1 (no mar) Rio G. Norte e Ceará: 2002-7 (7 em terra, 1 no mar) Bahia: 2002-5 (3 em terra, 2 no mar)
Histórico Em 2003, a ANP alocou 10 desses campos ao Projeto Campo Escola. O Projeto Campo Escola utiliza 5 campos de petróleo na Bahia e 5 no Rio Grande do Norte.
Histórico O Projeto Campo Escola tem como objetivos: a formação de mão-de-obra técnica e gerencial adequada à operação de campos terrestres; testes de tecnologias e de equipamentos nacionais apropriados à operação pela pequena empresa.
Situação Atual Atualmente, dentre os 78 campos de petróleo e gás devolvidos pela Petrobras existem: 54 com a ANP (10 alocados ao Projeto Campo Escola); 24 nas mãos de concessionários, obtidos através de licitações de blocos exploratórios realizadas pela a ANP (licitações de 2000 a 2004).
Situação Atual Os campos de petróleo e gás devolvidos possuem: Em terra: Área: 385 km 2 Profundidade: de 500 m a 3300 m Volume de óleo in situ: 150 milhões de barris Volume de gás in situ: 4500 milhões de m 3 Reserva de óleo (a confirmar): 6 milhões de barris Reserva de gás (a confirmar): 580 milhões de m 3 275 poços perfurados 60 poços de produção Médias: >> Área : 4 km 2 /campo Reserva: 0,4 milhões de barris de óleo/campo 9,5 milhões de m 3 de gás/campo
Situação Atual No mar: Área: 359 km 2 Profundidade: de 1000 m a 4300 m Lâmina d água: rasa (1 profundo em Sergipe) Volume de óleo in situ: 676 milhões de barris Volume de gás in situ: 13100 milhões de m 3 Reserva de óleo (a confirmar): 82 milhões de barris Reserva de gás (a confirmar): 2,8 milhões de m 3 76 poços perfurados 12 poços de produção Médias: >> Área : 21 km 2 /campo Reserva: 4,8 milhões de barris de óleo/campo 0,2 milhões de m 3 de gás/campo
Situação Atual Nos blocos que contém campos devolvidos foram realizados esforços exploratórios com investimento de R$ 117, 5 milhões. No SEAL: em terra: 4 poços Na Bahia: em terra: 6 poços, no mar: 5 poços e sísmica. No E. Santo: 1 poço; No R. G. Norte: 1 poço >> Resultou em: * 1 revitalização de campo (BT-REC-10, Lagoa do Paulo, realizado pela empresa PetroRecôncavo);
Situação Atual Nas mão de concessionários há: No E. Santo: no mar: campos com a NewField em terra: campos com a Partex e Petrobras Na Bahia: no mar: campo com a El Paso em terra: campos com a PetroRecôncavo, Marítima, Queiroz Galvão, Sansom No Rio G. Norte: em terra: campos com a Aurizônia, Marítima, Petrobras e Potióleo.
Conclusões Empresas petrolíferas de grande ou médio porte não se interessam em reativar ativos da magnitude dos campos marginais. Embora o risco operacional seja mínimo, o prêmio a obter é pequeno comparativamente à outras oportunidades da sua carteira de projetos.
Conclusões A pequena empresa petrolífera, que se interessa por campos desse porte, não tem recursos para arcar com os riscos de altos investimentos exploratórios, que podem não resultar em receita. Exemplo: poços exploratórios que resultam secos, aquisições geológicas e geofísicas de custos elevados etc.
Consequentemente: Conclusões Doze (12) campos que foram incluídos em blocos exploratórios já retornaram à ANP; Um campo licitado e relicitado já retornou à ANP pela 2ª. vez (Cidade de Pirambu); 6 campos foram relicitados incluídos em blocos exploratórios (um campo em cada bloco); Desses campos, dois (2) foram arrematados pela 2ª. Vez, também incluídos em blocos exploratórios.
Conclusões >> Nesses campos há 351 poços perfurados, dentre os quais haverá passivos a serem sanados (poços a abandonar permanentemente). >> Esse passivo impede que as licitações sejam realizadas indefinidamente!!
A pequena empresa brasileira A meta a alcançar deve ser construir a pequena empresa petrolífera, eliminando barreiras impeditivas à sua implantação. A licitação de concessão de campos é um instrumento para se alcançar esse objetivo.
A pequena empresa brasileira se depara com: Dificuldade de acesso ao dado; as informações geológicas, geofísicas e de produção devem ser acessíveis e principalmente baratas. Dificuldade de mão de obra; a mão-de-obra especializada é escassa. Dificuldade de obtenção de prestação de serviços ; Os serviços disponíveis estão quase todos alocados à Petrobras.
Dificuldades da pequena empresa brasileira Dificuldade de financiamento, devido à escala do projeto; Não há linhas de crédito especiais para esse segmento da indústria. Dificuldades quanto ao Passivo Ambiental/Garantias de performance e de Abandono. Passivo incluído em áreas exploratórias muitas vezes é alto para o porte da empresa. Garantias devem refletir a natureza da da operação.
Visão da Pequena Empresa Petrolífera Investimento em produção é lastro para futuro investimento exploratório; Petrobras tem um papel relevante na implantação das pequenas empresas (aloca serviço disponível e dita o preço do produto, já que é a única possível compradora do petróleo e gás natural)
Visão da ANP Campos Devolvidos x Pequena Empresa 1) Analisar os campos terrestres sob a ótica da pequena empresa (que prioriza o reaproveitamento dos poços, usa tecnologia dominada e opera a baixo custo); 2) Incluir na análise das operações as restrições ambientais; 3) Promover a formação de mão de obra especializada;
Visão da ANP Campos Devolvidos x Pequena Empresa 4) Licitar os campos terrestres como áreas de revitalização ou desenvolvimento complementar. 5) Incluir os campos marítimos em blocos exploratórios a licitar.
Visão da ANP Campos Devolvidos x Pequena Empresa Procedimento de Licitação: Ofertar ao mercado os campos marginais da ANP, em data room permanente, permitindo às empresas qualificadas adquiri-los, quando de interesse. Obs: A ANP deve instruir o processo de análise de modo a considerar o aspecto econômico inerente a localidades sem infra-estrutura.
Visão da ANP Campos Devolvidos x Pequena Empresa Para viabilizar o processo: Após a análise dos campos da ANP sob a ótica da pequena empresa (utilização de tecnologia dominada e reaproveitamento de poços fechados => garimpagem ). Fazer descrição sucinta dos campos e deixar permanentemente na página da ANP, solicitando manifestação de interesse por parte da indústria.
Visão da ANP Campos Devolvidos x Pequena Empresa Facilitar a obtenção e análise de dados, via data room, também em Salvador. Licitar através de procedimento simplificado apenas os campos que obtiverem manifestação de interesse. Fornecer TODOS os dados geológicos, geofísicos e de produção dos campos aos interessados, A CUSTO de reprodução.
Visão da ANP Campos Devolvidos x Pequena Empresa Deixar que as licitações ocorram a cada 6 meses, sempre que houver interessados. Estabelecer um limite de tempo a partir do qual a ANP solicitará à Petrobras o abandono dos poços.
Obrigada.