O USO DE APLICATIVOS COMO RECURSO PEDAGÓGICO PARA ENSINO DE GEOGRAFIA Alex Lourenço dos Santos Odelfa Rosa Universidade Federal de Goiás/Regional Catalão alexlourenco1@hotmail.com rosaodelfa@gmail.com Resumo: As novas tecnologias estão cada vez mais presentes na vida e cotidiano das pessoas e principalmente dessa nova geração de alunos, mudando e transformando o cotidiano de todos, isso já é fato. Fazer o uso dos recursos disponíveis para essa nova geração que já nasceu submersa nessas tecnologias pode trazer mais resultados e ser bem eficiente. Porém será que esses alunos saberão fazer o bom uso dessas novas tecnologias? Pensando por este caminho, resolvemos fazer o uso de um aplicativo simples e gratuito para celulares, smartphones e tablets. O qual tem como principal objetivo, verificar o nível de compreensão e facilitar os estudos em casa, pois a escola não disponibiliza livros didáticos para todos. O aplicativo intitulado Ásia se consiste basicamente em um aplicativo com textos, um álbum de fotos e diversos mapas sobre o conteúdo a ser estudado em questão e informações de contato do professor para posteriores dúvidas. O conteúdo a ser disponibilizado no aplicativo fornecerá diversas informações a respeito do continente asiático, conteúdo este que foi aplicado na turma de 9º ano durante todo um bimestre letivo. Um dos pontos que se deve atentar é à necessidade do professor possuir conhecimentos e domínios sobre as ferramentas e tecnologias que for usar, além de criatividade para desenvolver atividades e entretenimentos para os alunos que se enquadrem nos conteúdos de suas aulas. A ideia que se discute neste trabalho é a incorporação da tecnologia digital, principalmente a móvel, para então promover a mobilidade na educação, pelo uso de aplicativos específicos e recursos disponíveis na escola e pelo aluno. O uso do aplicativo foi muito bem recebido pelos alunos, demais professores e segundos relatos da diretoria, até pelos pais de alguns alunos. Foi interessante trabalhar com ele nessa turma, uma vez que todos dispunham de um celular que dava suporte para ele, e uma vez instalado na escola, o aluno não necessitaria de ter
internet em casa, os conteúdos eram carregados automaticamente na tela de seu celular, smartphone ou tablet. Ao entendermos que educar é uma prática que prepara os alunos para o mundo, a escola, os professores, coordenadores e até mesmo, diretores devem refletir e considerar as questões relativas ao uso de tecnologias como recursos didáticos, que motivam e auxiliam no aprendizado de uma forma mais dinamizada. Palavras-chave: Tecnologias. Ensino. Geografia. INTRODUÇÃO Pensar em uma proposta de trabalho na escola, que leve os alunos a compreenderem o meio em que vivem e juntamente com a prática do uso de novas tecnologias, pode promover e buscar uma aprendizagem mais significativa para todos. Utilizar as novas tecnologias de forma integrada aos conteúdos escolares é uma maneira de se aproximar da geração que hoje ocupa os bancos escolares neste mundo cada vez mais globalizado. As novas tecnologias estão cada vez mais presentes na vida e cotidiano das pessoas e principalmente dessa nova geração de alunos, mudando e transformando o cotidiano de todos. Hoje é difícil imaginar uma sociedade que viva sem notebooks, celulares, tablets entre outros, esses variados tipos de aparelhos contendo informações, recursos e funcionalidades são objetos que comumente são bastante encontrados nas salas de aula das escolas e universidades. Fazer o uso dos recursos disponíveis para uma geração que já nasceu submersa nas novas tecnologias pode ser mais produtivo e eficiente, uma vez que, produzindo e reproduzindo mídias, essas poderão ser facilmente entendidas e compartilhadas no meio virtual. Mesmo que o uso inadequado possa prejudicar o rendimento dos alunos, essas tecnologias e equipamentos, quando utilizados com objetivos específicos e bem definidos, são capazes de promover a interação entre os alunos e toda a turma e auxiliar também no processo de ensino-aprendizagem, é o que diz Machado (2010) quando afirma: que esses dispositivos podem ser incluídos em projetos educacionais. OBJETIVOS
Pensando por este lado, o trabalho tem objetivo principal de contribuir na formação desses alunos de uma forma que chame mais a atenção e lhe traga mais interesse pelo conteúdo das aulas de geografia, uma vez que a escola em questão não dispõe de certa quantidade de livros didáticos para a disciplina e não é possível levá-lo para casa nem em períodos de provas, fica difícil do aluno estudar em casa os conteúdos que serão avaliados. Muitos afirmam que as tecnologias afastam as pessoas, pelo contrário, os meios acabam as envolvendo quando despertam o interesse fazendo o bom uso e proporcionando o conhecimento. Moran (2007, p.9) justifica que conectados multiplicam intensamente o número de possibilidades de pesquisa, de comunicação online, aprendizagem, compras, pagamentos e outros serviços. Um dos pontos que se deve atentar é à necessidade de o professor possuir conhecimentos e domínios sobre as ferramentas e tecnologias que for usar, além de criatividade para desenvolver atividades e entretenimentos para os alunos que se enquadrem nos conteúdos de suas aulas. A ideia que se discute neste trabalho é a incorporação da tecnologia digital, principalmente a móvel, para então promover a mobilidade na educação, pelo uso de aplicativos específicos e recursos disponíveis na escola e pelo aluno. Após as nossas pesquisas e discussões, resolvemos fazer o uso de uma plataforma online intitulada Fábrica de Aplicativos (disponível no link: http://fabricadeaplicativos.com.br/), a qual fornece meios para a criação de aplicativos simples e gratuitos para celulares, smartphones e tablets. Produzimos um aplicativo, por meio do projeto PIBID-Geografia, que ajudou os alunos da turma do 9 ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Maria das Dores Campos a assimilarem o conteúdo sobre o continente asiático, conteúdo estudado durante todo o 2º bimestre letivo, o qual também deu o nome ao aplicativo. Pudemos constatar grande interesse pelos alunos e até mesmo pelos demais professores da escola, pois assim como foi citado, foi de grande uso para estudos em casa dos conteúdos ministrados em sala, uma vez que os livros ficam na escola para uso nas aulas do período vespertino.
METODOLOGIAS O aplicativo intitulado Ásia se consiste em um menu principal, onde o aluno tem acesso a 3 listas de textos principais sobre o conteúdo (Continente Asiático, Oriente Médio e Tigres Asiáticos), um álbum que traz imagens de mapas e fotos espaciais do continente, conforme a imagem 1 e 2 respectivamente abaixo: Imagem 1 Aspecto introdutório do aplicativo Ásia. Fonte: print screen da tela inicial do celular do autor. Imagem 2 Menu inicial do aplicativo.
Fonte: print screen do menu inicial na tela do celular do autor. Primeiramente abordamos o conteúdo e ministramos a aula, conforme estabelecido entre o professor regente e nós do projeto PIBID. A aula foi ministrada com o uso de slides, retroprojetor e o livro didático dos alunos. Utilizamos uma aula para a instalação do aplicativo em questão com o apoio da rede wifi da escola que era disponibilizada na sala de informática. Após a instalação, usamos outra aula para a explicação e conhecimento do aplicativo e de que forma ele poderia ser usado para se estudar em casa. O professor regente abordou que aquele conteúdo que foi ministrado iria ser avaliado na semana seguinte a nossa aula. Logo após a avaliação tivemos acesso as respostas dos alunos e pudemos constatar que elas se baseavam nos textos de apoio disponibilizados via aplicativo. Cerca de 90% dos alunos se saíram muito bem avaliados e os demais conseguiram passar da média, algo que segundo o professor, havia tempo que não ocorria naquela turma. RESULTADOS OBTIDOS O uso do aplicativo foi muito recebido pelos alunos, demais professores e segundos relatos do professor regente, até pelos pais de alguns alunos. Foi interessante
trabalhar com ele nessa turma, uma vez que todos dispunham de um celular que dava suporte para ele, e uma vez instalado na escola, o aluno não necessitaria de ter internet em casa, os conteúdos eram carregados automaticamente na tela de seu celular, smartphone ou tablet. Para Moraes (1997, p.5), o simples acesso à tecnologia, em si, não é o aspecto mais importante, mas sim, a criação de novos ambientes de aprendizagem e de novas dinâmicas sociais a partir do uso dessas novas ferramentas. É notório o empenho do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) para inovação e dinamismo das aulas de geografia do ensino fundamental e médio. Dessa forma, nós, estudantes do curso de Licenciatura em Geografia que atuamos nesta escola contribuímos efetivamente na aplicação desse aplicativo e dinamizamos a forma de estudar de cada aluno. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao entendermos que educar é uma prática que prepara os alunos para o mundo, a escola, os professores, coordenadores e até mesmo, diretores devem refletir e considerar as questões relativas ao uso de tecnologias como recursos didáticos, que motivam e auxiliam no aprendizado de uma forma mais dinamizada. As inserções das novas tecnologias em sala de aula apresentam-se como uma proposta de renovação metodológica, para facilitar o processo didático-pedagógico, embora não seja uma prática recente e ainda exista muita resistência entre os docentes, esses recursos à disposição do professor e do aluno, constituem-se em valiosos agentes de mudanças para a melhoria da qualidade do processo de ensino-aprendizagem. Com a aplicação do aplicativo, as aulas de geografia tornaram-se mais inovadoras e dinâmicas. Pudemos notar também que houve um bom desenvolvimento nas turmas e observamos que as atividades foram de grande relevância para estes alunos, pois eles demonstraram um comportamento responsável no que diz respeito ao uso da tecnologia em sala de aula, de uma forma benéfica a todos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, M. E. Informática e formação de professores. Brasília: Ministério da Educação, 1999. CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, escola e construção de conhecimentos. Campinas, SP: Papirus, 1998. (Coleção Magistério: Formação e Trabalho Pedagógico) pg 25. MACHADO, J. L. de A. Celular na sala de aula: O que fazer? 2010. Disponível em: <http://www.planetaeducacao.com.br/portal/artigo.asp?artigo=1621>. Acesso em: 25 jan. 2016. MORAN, J. M. A educação que desejamos: Novos desafios e como chegar lá. 4.ed. Campinas: Papirus, 2007. MORAES, M. C. Subsídios para Fundamentação do Programa Nacional de Informática na Educação. Secretaria de Educação à Distância, Ministério de Educação e Cultura, Jan/1997.