PSICOLOGIA: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A EDUCAÇÃO RENATA MEIRA COELHO 1 Resumo Este artigo, traz à tona uma discussão sobre a necessidade da aplicabilidade do enfoque da psicologia na contribuição para a educação e suas didáticas metodológicas. Propondo como finalidade uma metodologia educacional mais adequada, a compreensão do educando. Palavras chave: Psicologia Educacional. Educação. Metodologia. Abstract This article brings up a discussion about the necessity of the application of psychology's focus on contribution to education and methodological teaching. Proposing purpose as a more appropriate educational methodology, understanding the student. Keywords: Educational Psychology. Education. Methodology. 1 MSc. Renata Meira Coelho; Professora de Psicologia da Faculdade do IPE FAIPE. 71
INTRODUÇÃO É notório que ao falarmos em educação, nos remetemos automaticamente aos educadores e educandos, bem como a estrada a ser seguida do ensinar e aprender. Esta se dá pela via de mão dupla, na qual os agentes envolvidos devem manter uma boa relação quanto ao que concerne aprender a aprender. É neste universo de aprendizagem que buscasse compreender variadas abordagens metodológicas aliadas a um tempo histórico e social. A psicologia da educação entra nesta problemática metodológica educacional, com o intuito de sustentar a relação entre os agentes envolvidos no processo aprender ou seja; educador e educando. Todas as disciplinas exigem uma didática metodológica, na qual contribuirá para a formação dos professores e melhor aprendizado dos alunos. As disciplinas possuem esferas próprias, daí a necessidade do auxílio da psicologia da educação para colaborar com a quebra dos paradigmas da educação tradicional. As metodologias deverão ter algo, de cinética e vida, desta forma a psicologia faz com que o movimento intelectual do educador se volte para uma melhor maneira de assessorar as disciplinas em seu método pedagógico mais adequado. Diferentes abordagens psicológicas que contribuem para a metodologia da educação Não é difícil de encontrarmos pessoas, que não compreendem o porquê de se estudar em um curso superior tantas abordagens diferentes da psicologia. Como por exemplo: psicanálise Freudiana, pensamento de Rogers, Behaviorismo, Gestalt, Piaget, Vigotisky entre outros. Tudo parece não fazer sentido na cabeça de alguns estudantes. No entanto percebe-se que no mundo da educação, podemos encontrar algumas situações educativas, são elas: as formais e as informais. As formais possuem objeto específico de estudo e com uma certa progressão a ser atingida, como: jardim de infância, ensino fundamental, médio, faculdade etc. 72
Já nas informais são situações educativas adquiridas através da família, amigos, trabalho etc. Segundo Piffera (1999) (...) podemos afirmar numa primeira aproximação, que a psicologia da educação trata dos fundamento psicológico, processos e consequências psíquicas que intervém numa situação educativa qualquer. O processo do ensino aprendizagem é muito importante, entretanto, deve ser salientado que, determinadas metodologias mal aplicadas, podem incidir em um jogo de condutas psicológicas negativas no educando. Deste modo começamos a compreender a importância de estudarmos vários enfoques da disciplina da psicologia da educação em diversos cursos superiores. A disciplina psicologia da educação visa cooperar no melhor processo de ensino aprendizagem. Para Folin e Mouchon (2000): a psicologia da educação pode reivindicar todo estudo que, de perto ou de longe, trate das estruturas e mecanismos psicológicos, suscetíveis de intervir numa situação educativa, formal ou informal. Vejamos Freud, por exemplo que dentre tantas teses sobre a sexualidade infantil, enfatiza ser construção do ego um resultado do combate entre as pulsões do id e as restrições do superego, ou seja; o ego nada mais é do que um representante internalizado das imposições morais transmitidas, inicialmente por uma educação informal e mais adiante pela educação formal. Sendo assim Freud (1976), ao versar sobre o desenvolvimento da personalidade, pedia uma reflexão a respeito dos procedimentos e métodos educacionais. A importância da aplicabilidade da psicologia na educação, não se basta apenas na importância da reflexão metodológica a ser aplicada ao educando, mas existe outras duas funções tão importantes quanto, são elas; o diagnóstico, que visa detectas todas as dificuldades de compreensão do conteúdo, quanto as habilidades específicas. E a intervenção que tem como objetivo propor atividades destinadas a prevenir os fracassos, preparando as aquisições ou para remediar problemas. 73
Algumas abordagens no processo ensino aprendizagem Até bem pouco tempo, entendia-se que para tornar-se um professor do ensino superior era necessário um bom curriculum e dispor de uma comunicação fluente e conhecimentos sólidos relacionados a disciplina a ser ministrada. Hoje, no entanto, sabemos que só isso não é o bastante para tornar-se um membro do grupo de professores do nível superior. Um professor universitário, bem como qualquer outro, seja este do ensino fundamental ou médio, necessita não somente de um bom curriculum e conhecimentos sólidos, faz-se necessário e imprescindível ter habilidades pedagógicas suficientes para tornar o aprendizado mais eficaz e eficiente. Além disso, é ideal que o educador tenha uma visão biopsicossocial compatível com sua profissão. Para Abreu (1986) uma das mais importantes opções feitas pelo professor dá-se entre o ensino que ministra ao aluno e a aprendizagem que este adquire. No entanto, apesar de falarmos da importância da psicologia da educação para a didática de ensino, é imprescindível que falemos de alguns processos de ensino, afinal o fenômeno educativo não é uma realidade acabada capaz de identificar precisamente em seus múltiplos aspectos. De acordo com Mizukami (1986) existem cinco tipos de abordagens, a tradicional, comportamentalista, humanista, cognitivista e sociocultural. Na abordagem tradicional vemos o professor como o tutor do conhecimento, esta privilegia o professor como especialista e elemento fundamental na transmissão dos conteúdos. Nesta o aluno é um mero receptor passivo. Já na abordagem comportamentalista, também conhecida como behaviorista, o conhecimento é resultado direto da experiência, seu modelo educativo, é pautado no reforço. O professor é visto como um planejador educacional que transmite os conteúdos e tem como objetivo o desenvolvimento das competências. O aluno é produto do meio, portanto controlado e manipulado. Aqui Skinner e Pavlov, são os principais teóricos. Vejamos a abordagem humanista, que foca predominantemente o desenvolvimento da personalidade do indivíduo, o professor não transmite o 74
conteúdo, mas dá assistência aos estudantes, atuando como facilitador da aprendizagem. O aluno é receptor passivo. Aqui seu teórico principal é Carl Rogers. A abordagem cognitivista é fundamentalmente internacionalista, o seu conhecimento é entendido como produto das interações entre o sujeito e o objeto, não enfatizando nenhum polo desta relação. O cognitivismo considera o sujeito como um ser aberto, que passa por reestruturações sucessivas, em busca de um estágio final nunca alcançado completamente. Seu teórico principal é Jean Piaget. E na abordagem sociocultural, enfatiza- se, os aspectos socioculturais que envolvem o processo de aprendizagem. Assim como o construtivismo, podendo ser considerada interacionalista. Aqui a ênfase é no sujeito como elaborador e criador do conhecimento. Um dos principais teóricos desta abordagem é Paulo Freire. Portanto, percebe-se que as deficiências na formação do professor universitário, ficam claras nos levantamentos de dados sobre a qualidade do ensino aprendizado que são realizados com estudantes ao longo dos cursos. Nestes é comum verificar que a maioria das criticas em relação aos professores, refere-se a falta de didática. CONCLUSÃO Ao longo do desenvolvimento deste trabalho, foi sendo percebido que é justamente pela razão principal do texto, a busca da melhor didática, é que muitos docentes e postulantes a docência em cursos universitários, vem realizando cursos de didática do ensino superior, que são ofertados em nível de pós graduação, com uma frequência cada vez maior por instituições do ensino superior. REFERÊNCIAS COLL, C.; PALACIOS, J.; MARCHESI, A. Desenvolvimento psicológico e educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996. v. 2. cap. 1. CUNHA, M. V. A psicologia na educação dos paradigmas científicos às finalidades educacionais. Rev. Fac. Educ., v. 24, n. 2, jul./dez. 1998. 75
FOULIN, J. N.; MOUCHON, S. Psicologia da educação. Porto Alegre: Artes médicas, 2000. FREUD, S. O ego e o id. Rio de Janeiro: Imago, 1976. v. 19. MIZUKAMI, M. G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 1986. RANGEL, A. P. Psicologia da educação. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1999. 76