Elaboração da Planilha de custos e formação de preços

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Elaboração da Planilha de custos e formação de preços Slide 1

Conteúdo - Previsão Legal da planilha de custos e formação de preços. - Módulo 1 Remuneração. - Módulo 2 Intrajornada 12x36 - Módulo 3 Encargos e Benefícios Diários, Mensais e Anuais. Submódulo 3.1 13º salário e Adicional de Férias. Submódulo 3.2 Encargos previdenciários e FGTS. Submódulo 3.3 Benefícios Mensais e Diários - Módulo 4 Provisão para Rescisão - Módulo 5 Custo de Reposição do Profissional Ausente CRPA - Módulo 6 Insumos de Mão de Obra. - Módulo 7 Custos Indiretos, Tributos e Lucros. Slide 2

Previsão Legal da Planilha de custos e formação de Preços - IN Nº 02, DE 30 DE ABRIL DE 2008 Art. 29-A. A análise da exequibilidade de preços nos serviços continuados com dedicação exclusiva da mão de obra do prestador deverá ser realizada com o auxílio da planilha de custos e formação de preços, a ser preenchida pelo licitante em relação à sua proposta final de preço. 1º O modelo de Planilha de custos e formação de preços previsto no anexo III desta Instrução Normativa deverá ser adaptado às especificidades do serviço e às necessidades do órgão ou entidade contratante, de modo a permitir a identificação de todos os custos envolvidos na execução do serviço. 2º Erros no preenchimento da Planilha não são motivo suficiente para a desclassificação da proposta, quando a Planilha puder ser ajustada sem a necessidade de majoração do preço ofertado, e desde que se comprove que este é suficiente para arcar com todos os custos da contratação. Slide 3

Previsão Legal da Planilha. Natureza: instrumental É um documento que subsidia a Administração com informações sobre a composição do preço a ser contratado. Objetivos: 1 - permitir à Administração conhecer a composição do preço do licitante, de modo a facilitar a identificação dos preços inexequíveis; 2 - auxiliar no processo de repactuação, permitindo a discussão dos itens; 3 facilitar a glosa dos serviços não executados. Os estudos de fatores da formação de custos para o estabelecimento de preços mínimos e máximos são balizados em conformidade com a legislação trabalhista, tributária e previdenciária, bem como na Convenção Coletiva de Trabalho e nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), sendo que os insumos foram parametrizados com base na média ponderada dos anos anteriores. Alguns fatores foram estabelecidos com base nos estudos da Fundação Instituto de Administração, dentre eles, o salário do supervisor. Slide 4

Módulo 1 - Remuneração 1.1 Salário Base: Previsto em Acordo, Dissídio ou Convenção Coletiva do trabalho. 1.2 Adicional de Periculosidade Adicional previsto em legislação ou Acordo Coletivo decorrente de trabalho em condições de periculosidade, ou seja, que impliquem em condições de risco a saúde do trabalhador ou integridade física. O adicional de periculosidade considerado é de pelo menos 30% conforme o art. 193 da CLT. Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica; II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. Slide 5

1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja devido. 3º Serão descontados ou compensados do adicional outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao vigilante por meio de acordo coletivo. 4 o São também consideradas perigosas as atividades de trabalhador em motocicleta. Slide 6

1.3 - Adicional De Insalubridade Adicional previsto em legislação ou Acordo Coletivo decorrente da exposição dos empregados à agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância considerados adequados. da CLT. O adicional de insalubridade considerado é de 40%, 20% e 10% conforme Art. 192 Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40%, 20% e 10% do salário mínimo, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo. 1.4 Adicional Noturno É o adicional conferido ao trabalhador ao trabalho executado entre as 22 horas de um dia e às 5 horas do dia seguinte, sendo remunerado com adicional de pelo menos 20% (vinte por cento). O adicional noturno considerado pode ser de 20% conforme Art. 73 da CLT. Art. 73 Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. Slide 7

1.5 Hora Noturna Reduzida Adicional decorrente de cada hora remunerada no período noturno corresponde a 52 minutos e 30 segundos conforme o 1º, art. 73 da CLT. 1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. 1.6 Adicional de hora Extra no Feriado Trabalhado Consiste no tempo trabalhado além da jornada diária estabelecida pela legislação, contrato de trabalho ou norma coletiva de trabalho. Deve ser efetuado no mínimo 50% sobre o valor da hora normal, caso o trabalho seja efetuado em dias da semana (de segunda a sábado), e de 100% aos domingos e feriados. Slide 8

Módulo 2 Intrajornada 12x36 Após a edição da Lei nº 8.923/94, a não-concessão total ou parcial do intervalo intrajornada mínimo, para repouso e alimentação, implica o pagamento total do período correspondente, com acréscimo de, no mínimo, 50% sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho (art. 71 da CLT). A não concessão do intervalo intrajornada será computado para todos os efeitos legais como verba salarial integrando a remuneração nos termos do 4º do art. 71 da CLT. Art. 71 (...) 4º - Quando o intervalo para repouso e alimentação, previsto neste artigo, não for concedido pelo empregador, este ficará obrigado a remunerar o período correspondente com um acréscimo de no mínimo 50% (cinquenta por cento) sobre o valor da remuneração da hora normal de trabalho. (Incluído pela Lei nº 8.923, de 27.7.1994). Slide 9

Previsão Legal Art. 71 da CLT Art. 71 Em qualquer trabalho contínuo, cuja duração exceda de 6 (seis) horas, é obrigatória a concessão de um intervalo para repouso ou alimentação, o qual será, no mínimo, de 1 (uma) hora e, salvo acordo escrito ou contrato coletivo em contrário, não poderá exceder de 2 (duas) horas. 1º - Não excedendo de 6 (seis) horas o trabalho, será, entretanto, obrigatório um intervalo de 15 (quinze) minutos quando a duração ultrapassar 4 (quatro) horas. 2º - Os intervalos de descanso não serão computados na duração do trabalho. 3º O limite mínimo de uma hora para repouso ou refeição poderá ser reduzido por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido o Serviço de Alimentação de Previdência Social, se verificar que o estabelecimento atende integralmente às exigências concernentes à organização dos refeitórios, e quando os respectivos empregados não estiverem sob regime de trabalho prorrogado a horas suplementares. Slide 10

Módulo 3 Encargos e Benefícios Diários, Mensais e Anuais Submódulo 3.A - 13º salário e Adicional de Férias O Módulo encargos Sociais corresponde à gratificação natalina. É um direito do trabalhador garantido pela Constituição, portanto é uma gratificação compulsória. Tem natureza salarial. 3.A.1 13º Salário Corresponde ao valor da remuneração mensal recebida no mês de dezembro. Nos casos em que o empregado não trabalhar o ano todo, este receberá o valor proporcional aos meses de serviços, 1/12 por mês, considerando-se a fração igual ou superior a 15 dias como mês inteiro, desprezando-se a fração menor. 3.A.2 Adicional de Férias É um direito do trabalhador, garantido na Constituição, ao gozar férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal. Slide 11

Submódulo 3.B - Encargos Previdenciários e FGTS. As contribuições sociais do empregador e do empregado incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos destinamse ao custeio da seguridade social nos termos do art, 195 inciso I alínea a da Constituição Federal 2.B.1 GPS Guia da Previdência Social A Alíquota do GPS corresponde aos encargos sociais referentes à parcelas do INSS empregador, Salário Educação, GIL- RAT - SAT, SESC, SENAC, SEBRAE, INCRA totalizando um percentual de 28,80% sobre a remuneração + adicional de Férias + 13º Salário. Slide 12

2.B.2 FGTS Consiste em um fundo de garantia para o trabalhador em razão do tempo de serviço laborado, garantido pela CF/88. (Incidência: 8,00%) Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990. Art. 15. Para os fins previstos nesta Lei, todos os empregadores ficam obrigados a depositar, até o dia 7 (sete) de cada mês, em conta bancária vinculada, a importância correspondente a 8 (oito) por cento da remuneração paga ou devida, no mês anterior, a cada trabalhador, incluídas na remuneração as parcelas de que tratam os arts. 457 e 458 da CLT, a gratificação de Natal a que se refere a Lei nº 4.090,de 13 de julho de 1962, com as modificações da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965, e o valor da compensação pecuniária a ser paga no âmbito do Programa de Proteção ao Emprego - PPE. (Redação dada pela Medida Provisória nº 680, de 2015). Slide 13

Submódulo 3.C - Benefícios Mensais e Diários São os custos relativos aos benefícios concedidos aos empregados estabelecidos na legislação, acordos ou Convenções Coletivas, tais como, transporte, auxílio alimentação, assistência médica e familiar, entre outros. 3.C.1 Auxílio Transporte Valor referente aos custos de transporte do empregado, proporcionado pelo empregador por meio de transporte próprio ou por meio de fornecimento de vales transportes. Previsão Legal - Decreto nº 95.247, de 17 de novembro de 1987 Art. 9 O Vale-Transporte será custeado: I - pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% (seis por cento) de seu salário básico ou vencimento, excluídos quaisquer adicionais ou vantagens; II - pelo empregador, no que exceder à parcela referida no item anterior. Parágrafo único. A concessão do Vale-Transporte autorizará o empregador a descontar, mensalmente, do beneficiário que exercer o respectivo direito, o valor da parcela de que trata o item I deste artigo. Slide 14

3.C.2 Auxílio Refeição/Alimentação Consiste em auxílio geralmente previsto nos Acordos, Convenções ou Sentenças Normativas em Dissídios Coletivos. O auxílio alimentação não tem natureza salarial nos casos de empresas integrantes dos programas de alimentação do trabalhador previamente aprovados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social. Auxílio Alimentação nos termos do Programa de alimentação PAT (Decreto 5/1991) Art. 6º Nos programas de alimentação do trabalhador, previamente aprovados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, a parcela paga in natura pela empresa não tem natureza salarial, não se incorpora à remuneração para quaisquer efeitos, não constitui base de incidência de contribuição previdenciária ou do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e nem se configura como rendimento tributável do trabalhador. Slide 15

Art. 2º Para os efeitos do art. 2º da Lei nº 6.321, de 14 de abril de 1976, os trabalhadores de renda mais elevada poderão ser incluídos no programa de alimentação, desde que esteja garantido o atendimento da totalidade dos trabalhadores contratados pela pessoa jurídica beneficiária que percebam até 5 (cinco) salários-mínimos. 1º A participação do trabalhador fica limitada a 20% (vinte por cento) docusto direto darefeição. Art. 6º Nos programas de alimentação do trabalhador, previamente aprovados pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, a parcela paga in natura pela empresa não tem natureza salarial, não se incorpora à remuneração para quaisquer efeitos, não constitui base de incidência de contribuição previdenciária ou do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e nem se configura como rendimento tributável do trabalhador. Slide 16

Módulo 4 Provisão para Rescisão A Constituição Federal estabelece que, nos casos de despedida arbitrária ou sem justa causa, o empregado fará jus a uma indenização compensatória, dentre outros direitos. Itens que compõem a provisão da rescisão: Aviso Prévio (Indenizado ou Trabalhado). A multa compensatória de 40% do FGTS; Contribuição social de 10% sobre o total do FGTS nos casos de rescisão sem justa causa pagos à União via Caixa Econômica Federal. Lei Complementar Nº110/2001; Slide 17

4.B.1 Aviso Prévio Indenizado Se o empregador não conceder o aviso prévio, terá ele de pagar ao trabalhador os salários dos dias referente ao aviso que deveria ter sido concedido, tempo esse que será do mesmo modo incluído na duração do contrato de trabalho para todos os fins conforme dispõe o art. 487 1º da CLT. O aviso prévio indenizado, também denominado de aviso prévio cumprido em casa, ocorre quando o empregado pré-avisado deixa de trabalhar durante o respectivo período e o empregado efetua o pagamento correspondente como se o empregado estivesse trabalhando, computando-o, ainda, no tempo de serviço. O aviso prévio indenizado pago pelo empregador decorre do não interesse do empregador de que o trabalhador continue prestando os serviços durante o aviso prévio. Situação também em que o empregado, consciente de sua rescisão contratual iminente não prestará os serviços a contendo Slide 18

4.B.2 Aviso Prévio Trabalhado O Custo de aviso prévio trabalhado corresponde ao valor a ser provisionado ao longo da duração dos contratos de trabalho para pagar o custo do período não trabalhado durante o aviso prévio (7 dias). Com a vigência da Lei nº 12.506/2011, o aviso prévio pode ser estendido até 90 dias de acordo com o número de anos que o trabalhador estiver na empresa. Foi calculado, então, com base no "meses do emprego" o aviso prévio proporcional, que será acrescido aos 30 dias (parcela mínima). Slide 19

4.B.3 Demissão por Justa Causa Nos casos de demissão com justa causa o empregado perde o direito à percepção do décimo terceiro salário proporcional. Se porventura ele já tenha recebido a primeira parcela. A lei autoriza a compensação desse valor com qualquer crédito trabalhista, tais como saldo de salário e férias vencidas. Portanto se o empregado foi dispensado por justa causa não fará jus às férias proporcionais, porém fora dessa hipótese, como por exemplo rescisão sem justa causa, aposentadoria, término do contrato a prazo determinado, o pagamento das férias proporcionais é devido. Nos casos em que o empregado solicita o pedido de demissão, ele também terá direito às férias proporcionais conforme entendimento firmado na Súmula 261 do TST. Slide 20

Fundamentação Legal art. 146 da CLT Art. 146 Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.535, de 13 de abril de 1997) Parágrafo único Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias. (Redação dada pelo Decreto Lei nº 1.535, de 13 de abril de 1997) Slide 21

Módulo 5 Custo de Reposição do Profissional Ausente O Custo de referência para cálculo da reposição do profissional ausente deve levar em conta todos os custos para manter um profissional no posto de trabalho, ou seja, o salário base acrescido dos adicionais e encargos, custo de rescisão, etc, Com base no cálculo do período não trabalhado, é calculado o custo de reposição de profissional ausente. 6.1 - Férias Consiste em um afastamento por 30 dias sem prejuízo da remuneração após cada período de 12 meses de vigência do contrato. Direito constitucional do trabalhador. Previsão Legal Art.129 da CLT Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração. Slide 22

XIII Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas 6.2 Ausências e Licenças legais Previsão Legal Art.473 CLT Art. 473 - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário: I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica II - até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; III - por um dia, em caso de nascimento de filho no decorrer da primeira semana; Revogado pela Lei nº 13257/2016 IV - por um dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de sangue devidamente comprovada; V - até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, nos termos da lei respectiva. Slide 23

CONTINUAÇÃO VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do Serviço Militar). VII - nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exame vestibular para ingresso em estabelecimento de ensino superior. VIII - pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer a juízo. IX - pelo tempo que se fizer necessário, quando, na qualidade de representante de entidade sindical, estiver participando de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro. Slide 24

Módulo 6 Insumos de Mão de Obra O fornecimento de uniformes e de equipamentos de proteção individual que visa à segurança do trabalhador na execução dos serviços caracterizase como meio para a execução do trabalho. Portanto não tem natureza salarial. CUSTO POR TRABALHADOR 12x36 2015 44 Horas Semanais Diurno Noturno Custo por Trabalhador Insumos % Valor Insumos % 2013 2.643,87 3.297,88 2.970,88 86,35 2,91% 2.832,40 137,61 4,86% 2014 3.078,22 3.922,16 3.500,19 108,42 3,10% 3.193,79 163,15 5,11% 2015 3.221,43 4.120,59 3.671,01 95,96 2,61% 3.394,11 153,30 4,52% TOTAL 2.981,17 3.780,21 3.380,69 96,91 2,87% 3.140,10 151,35 4,82% Slide 25

XIII Semana de Administração Orçamentária, Financeira e de Contratações Públicas Módulo 7 Custos Indiretos, Tributos e Lucro Correspondem aos dispêndios relativos aos custos indiretos, tributos e lucros. Na metodologia de cálculo dos valores limites é denominado CITL. 7.1 Custos Indiretos São os custos envolvidos na execução contratual decorrentes dos gastos da contratada com sua estrutura administrativa, organizacional e gerenciamento de seus contratos, tais como as despesas relativas a: funcionamento e manutenção da sede, tais como aluguel, água, luz, telefone, o Imposto Predial Territorial Urbano IPTU, dentre outros; pessoal administrativo; material e equipamentos de escritório; supervisão de serviços; seguros. Os custos indiretos são calculados mediante incidência de um percentual sobre o somatório da remuneração, benefícios mensais e diários, insumos diversos, encargos sociais e trabalhistas. Slide 26

8.2 Tributos São os valores referentes ao recolhimento de impostos, e contribuições. Os tributos são calculados mediante incidência de um percentual sobre o faturamento. No modelo de planilha de custos devem ser informados os tributos federais, estaduais e municipais, no que couber. Regime de tributação As empresas são tributadas pelos seguintes regimes de tributação: lucro real, lucro presumido ou ainda pelo regime unificado de Tributação, denominado Simples. Composição dos Tributos 8,65% PIS - 0,65% COFINS - 3,00% ISS 5,00% Slide 27

8.3 Lucro É o ganho decorrente da exploração da atividade econômica. O lucro é calculado mediante incidência de um percentual sobre o faturamento. Para fins de legislação do imposto de renda o lucro pode ser real, presumido ou arbitrado. Percentual do Lucro 6,79% Slide 28

LUCRO mark-up margem LAIR líquida *** Vigilância Governo do Estado de São Paulo 7,20% 6,14% * 4,05% AUDIN/MPU 11,33% 9,30% * 6,14% Parecer 103/2003 SCI/STF 9,00% 7,54% * 4,98% Média nas contratações do STF 6,33% 5,44% * 3,59% Nota técnica 1/2007 CAUF/SCI/STF 10,00% 8,30% * 5,48% Média 8,77% 7,34% * 4,85% Serviços terceirizados Vigilância 8,77% 7,34% ** 4,85% Limpeza 7,87% 6,24% ** 4,12% Média 8,32% 6,79% 4,48% * lucro real, com PIS 0,65%, COFINS 3% e ISS 5% ** lucro real, com PIS 1,65%, COFINS 7,6% e ISS 5% *** lucro real, com IRPJ 25% e CSLL 9% Slide 29

Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão - MP Secretaria de Gestão SEGES Departamento de Logística e Serviços Gerais - DELOG Maria Casagrande maria.casagrande@planejamento.gov.br Slide 30