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Transcrição:

1 Conjuntura Econômica do Brasil Fevereiro de 2013 Profa. Anita Kon 1 Último dado Dado Anterior Tend. PIB pm (1990=100) 2004 III. 12* 0,9 0,5 Δ Expectativas de mercado (% de crescimento anual) *** III. 12** 0,6 0,2 Δ 2012 1,27 1,50 2013 3,70 3,80 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/Contas Nacionais Trimestrais. Taxa de crescimento em volume. http://www.ibge.gov.br. (*) Índice do ano/ìndice do ano anterior. (**) Variação em relação ao trimestre anterior. ***(Focus Relatório de Mercado do Banco Central) No terceiro trimestre do ano o resultado Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro foi decepcionante, com crescimento de apenas 0,6.%, crescendo apenas o,9% em relação ao mesmo período ano anterior. Com este resultado, o mercado reduziu pela terceira semana seguida as perspectivas para o crescimento do PIB, que são de 1,27% para este ano e 3,7% para 2013. Os mercados financeiros se ressentiram e as taxas futuras de juros tiveram queda consistente nos vencimentos mais curtos, o que aumentou a chance de a taxa básica de juros (Selic) permanecer estável em 7,25% ao longo de 2013. O fraco crescimento do PIB provocou expressiva valorização do dólar e os analistas acreditam na possibilidade de que o governo induza a uma desvalorização mais forte do real para ajudar na expansão da economia. Com isso as vendas de fim de ano não se elevaram como esperado e a expectativa, no momento, é de um resultado morno até o final do ano. Índice do Nível de Atividade (2002=100) INA Dez.12* -3,0-0,5 Dez 12** -0,3-0,8 Fonte: Banco Central de Brasil, Indicadores de Conjuntura. Mensal. http://www.bcb.gov.br. (*) Índice do ano/ Índice ano anterior. (**) Variação mensal. No último mês de 2012, o INA caiu 0,3% com ajuste sazonal, acumulando no ano queda de 4,5% em 2012 na comparação com 2011. Sem o ajuste, no entanto, a atividade da indústria caiu 12,7% em dezembro, em relação ao mês de novembro. Segundo a FIESP, a queda acumulada em 2012 na comparação com 2011 foi o resultado das perdas de 3,5% no item Horas Trabalhadas na Produção, 3,3% em Horas Médias Trabalhadas e 0,7% no Total de Horas Pagas. Em Dezembro, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) ficou praticamente estável em 82% em dezembro, com ajuste sazonal e sem ajuste, houve ligeira queda situando-se em 79,6%. Entre os setores, o desempenho foi diferenciado e as atividades que mostraram alguns ganhos foram de Produtos Têxteis (7,4%), de Veículos Automotores (1,3%), de Celulose, Papel e Produtos de Papel e de Produtos Químicos (0,3%), Petroquímicos e Farmacêuticos (4,3%). 1 Professora e pesquisadora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

2 Índice do Volume de Vendas (2003=100) Dez. 12* 5,0 8,4 Δ Dez. 12** -0,5 0,3 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística/Pesquisa Mensal de Comercio. http://www.ibge.gov.br. (*) Índice mesmo período do ano anterior. (**) Variação mensal. O comércio varejista do país apresentou, no último mês de 2012 variação de -0,5% em suas vendas, com ajuste sazonal, primeiro resultado negativo após seis meses consecutivos de crescimento. Sem o ajuste as taxas foram de 5,0% em relação a dezembro de 2011 e de 8,4% no acumulado do ano. Cerca de 44,6% desta taxa anual, são representados por, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, que mostrou expansão no volume de vendas de 8,4% em relação a 2011, apesar da elevação dos preços, devido ao aumento do poder de compra da população. Tambem registrou bom desempenho, com aumento de 12,3% no ano, a atividade de Móveis e eletrodomésticos, que se caracterizou no segundo maior impacto (26,6%) da taxa anual do varejo, particularmente por conta do aumento do crédito, bem como da redução dos preços, principalmente no que se refere aos eletrodomésticos, estimulado pela redução do IPI decretada pelo governo desde dezembro de 2011 para a linha branca e, a partir de março, para móveis. O terceiro maior impacto foi mostrado pelas atividades de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, responsável por 9,4% da magnitude da taxa global, registrando variação no volume de vendas de 9,4% em 2012, em comparação com 2011. Dois outros setores ainda registraram taxas anuais positivas, como de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (10,2%), que registrou crescimento de 10,2%, e Combustíveis e lubrificantes (6%). Indice de Produção Industrial (2002=100) Dez.12* -3,5-1,1 Dez. 12** 0,0-1,3 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) / Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física. http://www.ibge.gov.br. Média ponderada das expectativas a curto prazo de renda, desemprego, inflação e intenção de compra, no mês posterior à pesquisa. (*) Índice do ano/ Índice do ano anterior (**) Variação no mês. O setor industrial em dezembro de 2012, permaneceu no mesmo patamar do mês anterior, sem influêncis sazonais e na série sem ajuste sazonal mostrou queda de 3,6%, segundo resultado negativo consecutivo nesse tipo de comparação. Dessa forma, no quarto trimestre de 2012, a produção industrial recuou seja frente a igual período do ano anterior (-0,6%), como em relação ao terceiro trimestre do ano (-0,3%) na série com ajuste sazonal. No acumulado do ano de 2012 foi assinalada queda de 2,7%, após apontar avanço de 0,4% em 2011. Em todas as categorias de uso, 17 dos 27 ramos e 50 dos 76 subsetores, que correspondem a 59,5% dos 755 produtos investigados houve queda na produção. A maior influência negativa foi devida às atividades de veículos automotores (-13,5%). Mas também tiveram grande peso negativo os setores de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-13,5%), máquinas para escritório e equipamentos de informática (-13,5%) e vestuário e acessórios (-10,5%), entre outros. Entre as categorias de uso englobadas o menor dinamismo no acumulado do ano ficou com os bens de capital (-11,8%) e bens de consumo duráveis (-3,4%), A produção de bens intermediários recuou 1,7% no índice acumulado do ano, enquanto a de bens de consumo semi e não duráveis (-0,3%) assinalou o resultado negativo mais moderado.

3 Índice Nacional de Expectativas do Consumidor Geral (INEC) (**Trimestral) e Mensal (***) Jan.13 (**) 0,5 1,6 Δ Jan.13(***) -0,9-1,5 Fonte: Federação do Comércio SP e CNI. Trimestral. (*) Índice. Média ponderada das expectativas a CP de renda, desemprego, inflação e intenção de compras no mês posterior à pesquisa. A partir de 2010 o índice passou a ser calculado mensalmente. (**) Índice do ano/ Índice do ano anterior. (***) Variação em relação ao mês anterior. O primeiro dado do INEC de 2013 revela a manutenção das expectativas pessimista apresentada pelo consumidor no final de 2011. O Índice registrou em janeiro um recuo de 0,9% no mes, mas na comparação em 12 meses, nota-se crescimento de 0,5%. Com exceção do índice de expectativa de desemprego que registrou elevação de 2,1% no mês e 1,1% frente a janeiro de 2012, todos os componentes do INEC apresentam variações negativas na comparação com dezembro. O índice de expectativa da inflação teve a maior queda, 2,9% mostrando pessimismo com relação à evolução futura da inflação, que é o fator que mais preocupa o consumidor. Com relação à situação financeira, também houve redução de expectativas de 1,4% em relação ao mês de dezembro (mesmo se verificando com o endividamento) e 2,1% na comparação em 12 meses. Na comparação com janeiro de 2012 o INEC diminuiu 0,6%. Índice de Confiança do Empresário Industrial Geral Trimestral (ICEI) Global * Condições atuais Jan.13 57,9 57,4 Δ Jan.13 50,9 50,0 Δ Jan.13 61,4 61,1 Δ Expectativa Fonte: Federação do Comércio SP (FIESP) e CNI. Mensal. (*) O indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam confiança do empresário. No primeiro mês do ano, observa-se que a confiança dos industriais recuou ficando abaixo da média histórica (de 59,3 pontos). Segundo a Confederação Nacional da Indústria o ICEI recuou 0,7 ponto no mês, situando-se em 56,7 pontos, que ainda representa boa indicação de confiança, pois um valor acima de 50 pontos sinaliza confiança, enquanto um resultado abaixo desse nível representa pessimismo. Os industriais acreditam que a esperada retomada do crescimento da indústria brasileira deverá ser mais lenta neste início de 2013. A queda da confiança em janeiro ocorreu em quase todos os segmentos industriais, ou seja, na indústria de transformação, 19 dos 28 setores registraram queda na confiança. Com relação ao indicador das condições atuais houve recuo de 50 para 48,6 pontos, abaixo da marca que separa o otimismo do pessimismo. Por sua vez, o Índice de Expectativas passou de 61,1 pontos para 60,9. As expectativas são de que em fevereiro a confiança dos empresários industriais se eleve em todos os quesitos.

4 *Índice Nacional de Preços do Consumidor Ampliado IPCA (Dezembro de 1993=100) Variação no mês Jan.13 3633,44 3602,46 Δ Jan.13 0,86 0,79 Δ Variação 3 meses Variação semestral Variação no ano Variação 12 meses Jan.13 2,27 1,99 Δ Jan.13 3,88 3,44 Δ Jan.13 0,86 5,84 Δ Jan.13 6,15 5,84 Δ Expectativas de mercado (Focus 2013 5,70 5,71 Relatório de Mercado do Banco Central) (No ano %) 2014 5,50 5,50 Fonte: Instituto Brasileño de Geografía y Estadística/ Sistema Nacional de Índice de Precios al Consumidor. Mensal. http://www.ibge.gov.br/. O IPCA, a inflação oficial do país, índice usado como base para as metas do governo, acelerou para 0,86% em janeiro, contra 0,79% em dezembro de 2012. Segundo o IBGE, em janeiro de 2012, a taxa havia ficado em 0,56%. O índice do primeiro mês de 2013 foi o maior desde de 2005, quando o indicador subiu 0,87%, e o maior para meses de janeiro desde 2003 quando a alta foi de 2,25%. No acumulado de 12 meses até janeiro deste ano, o IPCA avançou 6,15% mostrando taxa mais alta que os 5,84% de dezembro - 2012. Dessa forma, o indicador se aproximou mais do teto da meta do governo para este ano, de 6,50%, o que pode colocar em risco a manutenção da taxa de juros Selic que se encontra na atual taxa mínima histórica de 7,25% por vários meses. Contribuiram particularmente para a alta da inflação de janeiro os preços dos alimentos, que continuaram subindo (1,99%) e ficaram acima de 1,03%, com um peso equivalente a 56% da inflação de janeiro. Segundo o IBGE, as causas foram principalmente problemas climáticos reduziram a oferta de vários produtos, ocasionando fortes aumentos de preços. Também os cigarros ficaram 10,11% mais caros em janeiro, que correspondeu ao principal impacto sobre o Índice IPCA e cuja alta foi causada pelo aumento no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Este item foi responsável pela alta de 1,55% no grupo Despesas Pessoais no período, o segundo maior impacto de grupo sobre o IPCA de janeiro, embora tenha desacelerado em relação à taxa de dezembro, quando ficou em 1,60%. Também entre as Despesas Pessoais, os gastos com empregados domésticos desaceleraram em janeiro

5 Taxa de desocupação (30 dias) - % Nova metodologia. Variação mês anterior Nov.12 4,9 5,3 Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) / Pesquisa Mensal de Emprego. A taxa de desocupação nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE ficou em 4,9% em novembro, correspondendo à menor para o mês de novembro desde 2002. Em novembro de 2011 o indicador havia ficado em 5,2%. A população desocupada (1,2 milhão de pessoas) registrou recuou de 8,0% no mês, permanecendo estável em relação ao mesmo período do ano anterior. A população ocupada (23,5 milhões) também ficou estável no em novembro e na comparação anual, houve aumento de 2,8%.O contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,4 milhões) não registrou variação sobre outubro, mas na comparação anual, houve alta de 2,5%. A baixa taxa de desocupação correspondeu ao aumento de contratações temporárias para atender às festa do final do ano, porém as expectativas são de que no início do ano de 2013 a desocupação irá aumentar com o término dos contratos temporários, tendo em vista as más perspectivas de aumento de postos de trabalho em janeiro do novo ano. Saldo da Balança Comercial Jan. (*) 13-4.035,00 2.248,80 (Milhões de US$). -1.306,50 Jan.(**)13-4.035,00 (***) Fonte: Departamento Econômico do Banco Central do Brasil (DEPEC). http://www.bcb.gov.br (*) Mensal. (**) Acumulado no ano. (***) Acumulado no mesmo período do ano anterior. A balança comercial brasileira fechou 2012 com superávit de US$ 19,438 bilhões, o que consistiu no pior resultado desde 2002. Além disso, o saldo ficou 34,7% abaixo do saldo positivo de US$ 29,794 bilhões registrado em 2011. O governo atribuiu o resultado à crise internacional e ao seu impacto nas exportações. No primeiro mês de 2013, o país registrou déficit na balança comercial. De acordo com dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior o saldo negativo foi de US$ 100 milhões na primeira semana de janeiro. As vendas externas de manufaturados no mês somaram US$ 6,261 bilhões, com alta de 1%, principalmente, os embarques de etanol, suco de laranja congelado, açúcar refinado e automóveis de passageiros. Porém os produtos básicos explicam a queda das exportações em janeiro, mostrando um recuo de 5,9% em relação a janeiro de 2012. As principais quedas foram de petróleo em bruto, café em grão, farelo de soja, fumo em folhas, carne de frango e minério de cobre. Do lado das Importações, a média em janeiro mostrou alta de 14,6% em relação a igual mês de 2012. Bens de capital (máquinas) foram responsáveis pelo aumento de 14,6% na comparação com o mesmo mês de 2012. As importações de matérias-primas e intermediários aumentaram 7,9% e de combustíveis e lubrificantes, 55,7%. As importações de bens de consumo, por outro lado, tiveram queda de 2,1% em janeiro na comparação com o mesmo período de 2012. A observação da corrente de comércio mostra cifra recorde para meses de janeiro, de US$ 35,971 bilhões, que representa um aumento de 7,1%, pela média diária (US$ 1,635 bilhão), em relação a janeiro de 2012.

6 Reservas Internacionais * Jan.13 377.837 378.613 (milhões de US$) Fonte: Departamento de Reservas de Operações Internacionais do Banco Central de Brasil (DEPIN). *Conceito de liquidez. http://www.bcb.gov.br O Brasil fechou 2012 com US$ 378,613 bilhões em reservas internacionais no conceito de liquidez internacional, valor que representa uma alta de 7,56% em relação ao ano de 2011, ou seja, de US$ 26,601 bilhões. O recorde histórico de reservas do país foi registrado em dia 17 de dezembro de 2012, com US$ 379,095 bilhões. No final de janeiro de 2013, houve uma queda no valor em dólares das reservas, de 0,6% ou seja, de US$ 776 milhões. As reservas cambiais do país na atualidade são da ordem de 15% do PIB, de acordo com o Banco Central. Estas reservas garantem estabilidade ao proteger a força da moeda nacional e a confiabilidade do Brasil frente aos investidores e sua manutenção nesse nível elevado também é importante para manter baixo o risco Brasil, o que deve atrair investidores e ajudar a manter a suportar a crise internacional, mas não é o suficiente para garantir que o Brasil siga crescendo tanto quanto potencialmente poderia. Porém, o Banco Central informou que as reservas internacionais brasileiras somaram US$ 377,478 bilhões já na primeira semana de fevereiro, apresentando um decréscimo de US$ 254 milhões