INDICAÇÃO Nº /2011 (Do Sr. Weliton Prado) Sugere ao Ministério de Minas e Energia, no âmbito da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), as providências necessárias, em caráter de urgência, diante da morte de um trabalhador eletrocutado por um fio da rede elétrica da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) que se partiu durante uma chuva de meia hora na capital mineira no dia 11 de outubro do corrente ano, bem como sobre a falta de energia que atingiu na mesma data 2,3 milhões de pessoas no estado de Minas Gerais, o maior apagão registrado nos últimos cinco anos. Excelentíssimo Senhor Ministro: Meia hora de chuva e metade de Minas Gerais ficou no escuro no último dia 11 de outubro. O ocorrido estampou os principais jornais da capital mineira. 24 horas depois da chuva, 2,5 mil consumidores continuavam sem luz. Foram 157 chamados por rompimento de cabos. Um deles matou um motoqueiro eletrocutado. E, somente este ano, 17 pessoas morreram eletrocutadas com o rompimento dos cabos de energia da Cemig. Isso, sem contar os trabalhadores da empresa. Ora, quantas pessoas mais precisarão morrer ou ter prejuízos enormes para que a Cemig faça os investimentos na rede e contrate técnicos por concurso público para as equipes de manutenção? Em setembro, a Cemig anunciou que havia investido milhões no plano para chuvas. E ainda, que o tempo de espera entre o chamado do cliente e a conclusão para religa da energia nos casos de apagões era de 4 horas na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Conforme noticiou o jornal O Tempo, edição do dia 16 de setembro de 2011, Cemig garante menos transtornos ao consumidor. Segundo a reportagem, a Cemig apresentou um balanço de ações onde foram investidos R$ 118,1 milhões para diminuir os transtornos no próximo período chuvoso. Ocorre que, menos de um mês depois, com meia hora de chuva, a Cemig conseguiu superar o seu próprio recorde de problemas junto aos consumidores de energia e que, até então, era considerado o ápice do problema pelo jornal O Tempo, quando uma tempestade provocou inúmeros problemas na rede. Alguns locais ficaram sem energia durante quatro dias. No período, Minas teve o maior blecaute dos últimos três anos, com 1,5 milhão de pessoas afetadas. (http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?idnoticia=182428,ote&busca=plano%20 para%20as%20chuvas&pagina=1) Agora, a Cemig se superou e 2,3 milhões de pessoas em Minas ficaram no escuro e uma pessoa morreu eletrocutada. O motociclista Gleison Wilson de Souza, 38, morreu ao passar por um fio de alta tensão caído na rua Montenegro, no Prado, região Oeste de Belo Horizonte. Testemunhas afirmam que um engenheiro eletricista que mora na região teria avisado à empresa ainda por volta de 16h30, quase três horas antes do acidente, que havia um cabo de alta tensão solto na rua. Por telefone, ele teria repassado à empresa as especificações técnicas do material. Em nota, a Cemig confirmou que recebeu várias ligações informando sobre o problema, porém, segundo a Companhia, no mesmo horário foram registrados 157 chamados de curtos em fios de alta tensão, não sendo possível atender todos imediatamente. Ora, como pode a Companhia Energética de Minas Gerais se abster de realizar manutenções na rede elétrica comprometendo gravemente a vida das pessoas? Já se não bastasse o acidente ocorrido em Bandeira do Sul, que levou à morte de 16 pessoas, quando um cabo de alta tensão caiu ao chão, agora mais uma morte é contabilizada pela Companhia. O que se verifica na maioria das cidades mineiras são redes de energia com tecnologia defasada, utilizadas há mais de 30 anos.
Apesar de registrar lucros anuais acima dos R$ 2 bilhões, a Cemig não nos faz crer que investe na manutenção das redes que possuem uma tecnologia precária, possibilitando maior incidência de tragédias. Constata-se que a empresa não redistribui os ganhos de produtividade com os consumidores, que a duras penas pagam as altas tarifas de energia, a conta mais alta do Brasil, se considerarmos o ICMS que chega à 42% com a cobrança por dentro. Considerando que a Cemig sabe das deficiências inerentes a prestação de serviço público essencial, do qual é responsável, e sabe que, como estatal, empresa pública, não deve visar o lucro em detrimento dos consumidores e, sim, reverter os ganhos de produtivos para a modicidade tarifária e bem-estar da população, mostrase urgente que sejam tomadas providências para a prestação adequada do serviço público essencial. Sala das Sessões, em outubro de 2011. WELITON PRADO DEPUTADO FEDERAL PT/MG
REQUERIMENTO Nº, 2011 (Do Sr. Weliton Prado) Senhor Presidente: Requer o envio de Indicação ao Ministério de Minas e Energia, no âmbito da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), para que sejam tomadas as providências necessárias, em caráter de urgência, diante da morte de um trabalhador eletrocutado por um fio da rede elétrica da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), que se partiu durante uma chuva de meia hora na capital mineira no dia 11 de outubro do corrente ano, bem como sobre a falta de energia que atingiu na mesma data 2,3 milhões de pessoas no estado de Minas Gerais, o maior apagão registrado nos últimos cinco anos. Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que seja encaminhada a Indicação anexa ao Excelentíssimo Sr. Ministro de Minas e Energia, EDISON LOBÃO, no âmbito da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), para que sejam tomadas as providências necessárias, em caráter de urgência, diante da morte de um trabalhador eletrocutado por um fio da rede elétrica da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) que se partiu durante uma chuva de meia hora na capital mineira no dia 11 de outubro do corrente ano, bem
como sobre a falta de energia que atingiu na mesma data 2,3 milhões de pessoas no estado de Minas Gerais, o maior apagão registrado nos últimos cinco anos. Sala das Sessões, em outubro de 2011. WELITON PRADO DEPUTADO FEDERAL PT/MG