9. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções) ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA LEVANTAMENTO DE VALORES PRESSÓRICOS E GLICÊMICOS NA POPULAÇÃO ATENDIDA NO DIA MUNDIAL DO RIM Jéssica de Oliveira 1 Natalie Francine Fischer Guimarães Ferreira 2 Camila Soeiro de Sousa do Nascimento 3 Gerônimo Pimental Portugal 4 RESUMO A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é caracterizada quando se tem pressão sistólica maior que 140 mmhg e diastólica maior que 90 mmhg. Ela é responsável por 25% dos casos de insuficiência renal terminal. O Diabetes Mellitus (DM) é um grupo de doenças metabólicas caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue (hiperglicemia), decorrentes de defeitos na secreção e/ou na ação da insulina. A hiperglicemia crônica está associada a danos em longo prazo a diversos órgãos, principalmente olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos, e estas complicações possuem uma relação direta com um desequilíbrio redox nestes órgãos. A Doença Renal Crônica (DRC) é uma doença progressiva, levando à falência renal e requerendo terapia de reposição renal, constitui o resultado final de múltiplos sinais e sintomas decorrentes da incapacidade renal de manter a homeostasia interna do organismo, e, uma vez instalada, é necessário um tratamento contínuo para substituir a função renal, e os tratamentos disponíveis são a diálise peritoneal, hemodiálise e o transplante renal. Este estudo tem por objetivo verificar índices de pressão arterial e glicemia de participantes do dia mundial do rim. É uma pesquisa exploratória, explicativa, quantitativa; com coleta de dados em março/2011, no Dia Mundial do Rim, realizado em um supermercado na cidade de Ponta Grossa PR, contendo a amostra 379 indivíduos, utilizando duas estações para verificação dos níveis de pressão arterial e glicemia; os dados foram processados manualmente em porcentagem. Os resultados mostraram que 11% dos participantes apresentaram pressão arterial elevada, e 29% apresentaram hiperglicemia. Isto mostra que os valores colhidos não geram um diagnóstico assertivo, sendo que a maioria dos participantes está abaixo dos 60 anos, derrubando o mito de serem sintomas exclusivos da 3ª idade; porém a pesquisa em si foi benéfica para alertarmos a população sobre essas doenças que são consideradas "silenciosas". PALAVRAS CHAVE Hipertensão Arterial, Diabetes Mellitus, Doença Renal. 1 Estudante Enfermagem UEPG, jessiquinha_icp@hotmail.com. 2 Estudante Enfermagem UEPG, nataliefischerguimaraes@hotmail.com. 3 Estudante Enfermagem UEPG, cami.soeiro@hotmail.com. 4 Enfermeiro, Professor colaborador UEPG, ge-portugal@hotmail.com.
9. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 2 Introdução A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é um importante fator de risco para doenças decorrentes de aterosclerose e trombose que se exteriorizam, predominantemente, por acometimento cardíaco, cerebral, renal e vascular periférico. [1] É caracterizada HAS uma pressão arterial sistólica maior que 140 mmhg e diastólica maior que 90 mmhg. A pressão arterial limítrofe é aquela com valores sistólicos de 130 a 139 mmhg e diastólicos de 85 a 89 mmhg. A normotensão é a pressão arterial sistólica menor que 140 mmhg e diastólica menor que 90 mmhg. [2] A HAS acomete uma em cada quatro pessoas adultas. Assim, estima-se que atinja em torno de, no mínimo, 25 % da população brasileira adulta, chegando a mais de 50% após os 60 anos e está presente em 5% das crianças e adolescentes no Brasil. É responsável por 40% dos infartos, 80% dos derrames e 25% dos casos de insuficiência renal terminal. [3] Diabetes Mellitus (DM) consiste em um grupo de doenças metabólicas, caracterizada por níveis elevados de glicose no sangue (hiperglicemia), decorrentes de defeitos na secreção e/ou na ação da insulina. A insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, tem o papel de controlar o nível de glicose no sangue, ajustando a produção e armazenamento de glicose. [4] A hiperglicemia crônica da diabetes está associada a danos em longo prazo a diversos órgãos, principalmente olhos, rins, nervos, coração e vasos sanguíneos, e estas complicações possuem uma relação direta com um desequilíbrio redox nestes órgãos. [5] A complexidade do tratamento do diabetes no cotidiano visa alcançar níveis normais de glicose sanguínea, evitando complicações agudas e buscando uma adequação satisfatória ao estilo de vida, exige que a equipe de saúde multiprofissional esteja capacitada para o atendimento, onde a Enfermagem busca contemplar uma abordagem integrada a todos os sistemas corporais. [6] A prevalência mundial do DM apresentou um aumento significante nas últimas duas décadas e, como consequência, o aumento no número de indivíduos diabéticos, devido a fatores como: envelhecimento populacional, níveis crescentes de obesidade e sedentarismo. [2] Os pacientes diabéticos apresentam risco aumentado para doença renal crônica e doença cardiovascular e devem ser monitorizados frequentemente para a ocorrência da lesão renal. [7] O DM, é a principal causa de falência renal no mundo. Aproximadamente 25% das pessoas com diabetes tipo I e 5 a 10% dos portadores de diabetes tipo II desenvolve insuficiência nos rins. [8] A Doença Renal Crônica (DRC) é uma doença progressiva, levando à falência renal e requerendo terapia de reposição renal [9], caracterizando o resultado final de múltiplos sinais e sintomas decorrentes da incapacidade renal de manter a homeostasia interna do organismo, e, uma vez instalada, é necessário um tratamento contínuo para substituir a função renal, e os tratamentos disponíveis são a diálise peritoneal, hemodiálise e o transplante renal. A DRC é um problema crescente de saúde pública, com aumento das taxas de incidência e prevalência, desfecho desfavorável e altos custos para o sistema de saúde. [10] O atendimento por meio de consultas de Enfermagem ajuda a atingir uma excelência no cuidado, pois as necessidades do indivíduo são avaliadas continuamente. Quando associado ao processo educativo, as consultas de enfermagem podem incrementar o conhecimento do paciente sobre seu estado e, consequentemente, melhorar o controle glicêmico, o peso, a gerência dietética, as atividades físicas e o bem estar psicológico. [11] Objetivos Objetivo Geral: Verificar índices de pressão arterial e glicemia de participantes do dia mundial do rim. Objetivos específicos: Identificar pacientes com risco para doença renal; Realizar controle de pressão arterial em pacientes com risco para doença renal; Realizar controle glicêmico em pacientes com risco para doença renal. Metodologia Pesquisa exploratória, explicativa, quantitativa. A pesquisa exploratória constitui o primeiro estágio de toda pesquisa científica, onde há levantamento bibliográfico ou entrevistas. Explicativa, porque seu objetivo é a caracterização inicial do problema, sua classificação e de sua definição. A abordagem quantitativa identifica fatores determinantes para a ocorrência dos fenômenos e também
9. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 3 traduzem em números as informações para serem classificadas e analisadas, utilizando-se de técnicas estatísticas. [12] Como parte inicial da pesquisa, nos instalamos dentro de um supermercado de Ponta Grossa, onde o fluxo de pessoas é considerado grande. Dentro de um determinado período de tempo no dia 26/04, em comemoração ao Dia Mundial do Rim, realizamos ações preventivas a Doença Renal. Separamos os acadêmicos de forma equilibrada em quatro estações (coleta de dados e questionário, valor glicêmico, pressão arterial, e esclarecimento e suporte de informações para a prevenção da doença renal). Os acadêmicos abordaram os consumidores, considerados sujeitos da pesquisa no total de 379, e os encaminhariam a primeira estação, onde foi preenchido questionário com perguntas de nosso interesse. A seguir, os encaminharam para a verificação da glicemia e pressão arterial, e logo após a estação de avaliação do quadro do cliente, orientações e esclarecimento de dúvidas. Depois da coleta de todos os dados, minunciosamente os separamos conforme padrões dos valores apresentados: valores pressóricos ( < 120 x 80; 120 x 80 140 90; > 140 x 90) e glicêmicos ( < 70; 70 140; > 140). Após essa separação, tabulamos os dados manualmente para melhor visualização e análise, através de porcentagens. Resultados As taxas de prevalência mostram que cerca de 20% dos adultos apresentam hipertensão, sem distinção por sexo, mas também com evidente tendência de aumento com a idade. [13] Os dados colhidos nos mostraram ligeira aproximação a esta porcentagem, onde 41 dos 379, ou seja, 11% dos adultos participantes da pesquisa apresentaram pressão alta no momento da coleta. Fonte: Pesquisa de Campo. Conforme dados, o Diabetes Mellitus acomete cerca de 194 milhões de pessoas no mundo, no Brasil a prevalência é de 7,5% de diabéticos adultos, sendo que essa prevalência aumenta com a idade. [14] Nossos dados discordaram desses valores, pois 109 dos 379 participantes, ou seja, no momento do exame, 29% apresentaram hiperglicemia.
9. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 4 Conclusões Fonte: Pesquisa de Campo. Certamente, os valores colhidos não são definidores de doença, ou seja, não geram um diagnóstico assertivo, porém a pesquisa em si foi benéfica para alertarmos a população sobre essas doenças que são consideradas "silenciosas", pois 11% com pressão alta e 29% apresentando hiperglicemia geram um índice muito alto, principalmente porque 287 (75%) da amostra estão abaixo dos 60 anos, ou seja, não são sintomas exclusivos da 3º idade, onde há o misticismo de que são os únicos que tem essas doenças de "velhos" e que deveriam hipoteticamente se cuidar, o que confirma que não devemos nos preocupar apenas com os idosos, e sim acolhermos toda a população, desde jovens até os mais velhos, para que seja realizada educação em saúde pela equipe de saúde multidisciplinar, com ênfase na promoção da saúde e na prevenção dessas doenças, assim como suas complicações.
9. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 5 Referencias [1] FREITAS, Rodrigo Pegado de Abreu; MEDEIROS, Anna Cecília Queiroz de; MAGNANI Karla Luciana; CAVALCANTE, Ananília Regina Silva; SOUSA, Damião Ernane de. (Re)Fazendo A Caminhada: Otimizando Uma Estratégia De Controle Da Pressão Arterial-Relato De Experiência. Extensão e Sociedade 2010 Ano 01 Nº 2 - Vol. 1 PROEX. [2] ALVES, Fernando Graton; NAKASHIMA, Leandro Marcos de Almeida; KLEIN, Gilmara de Farias Souza. Fatores de risco para hipertensão arterial sistêmica em docentes do curso de enfermagem de uma universidade privada da cidade de São Paulo. Saúde Coletiva, vol. 42, núm. 7, 2010, pp. 179-182 Editorial Bolina Brasil. [3] SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO. Disponível em: <http://www.sbh.org.br/geral/hipertensao.asp> Acesso em: 08 mai 2011. [4] PEREIRA, Álvaro; SILVA, Rudval Souza da; SILVA, Mary Gomes da. Sistematização da Assistência de Enfermagem ao portador de Diabetes Mellitus e Insuficiência Renal Crônica- Nildo Batista Mascarenhas; Rev. bras. enferm. vol.64 no.1 Brasília Jan./Feb. 2011. [5] BASTOS, Marcus Gomes; BREGMAN; Rachel; KISZTAJN, Gianna Mastroianni. Doença renal crônica: frequente e grave, mas também prevenível e tratável. Trabalho realizado nas Universidades - Universidade Federal de Juiz de Fora - MG, Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ e Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP, São Paulo, SP-2010. [6] TEXEIRA, Carla Regina de Souza; BECKER, Tânia Alves Canata; CITRO, Rachel; ZANETTI, Maria Lúcia; LANDIM, Camila Aparecida Pinheiro. Validação de intervenções de enfermagem em pessoas com diabetes mellitus. Rev. esc. enferm. USP vol.45 no.1 São Paulo Mar. 2011. [7] JHAN, M.P. Efeitos da dehidroepiandrosterona (DHEA) sobre o metabolismo muscular e a função renal em ratos diabéticos. Porto Alegre,2010. [8] SPANAUS, Katharina Susanne; KOLLERITS, Barbara; RITZ, Eberhard; HERSBERGER, Martin; ECKARDSTEIN, Florian Kronenberg Arnold Von. Creatinina sérica, cistatina C e proteína β-traço no estadiamento diagnóstico e na predição da progressão da doença renal crônica não diabetica. Grupo de Estudo Mild and Moderate Kidney Disease-2010. [9] SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA. Disponível em <http://www.sbn.org.br/leigos/index.php?diabetes&menu=24> Acesso em: 4 de maio de 2011. [10] KUSUMOTA, Luciana; RODRIGUES, Rosalina Aparecida Partezani Rodrigues; MARQUES, Sueli. Idosos com insuficiência renal crônica: alterações do estado de saúde. Rev. Latino-Am. Enfermagem v.12 n.3 Ribeirão Preto maio/jun 2004. [11] CURCIO, R; LIMA, MHM; TORRES, HC. Protocolo para consulta de enfermagem: assistência a pacientes com diabetes melittus tipo 2 em insulinoterapia. Rev Gaúcha Enferm., Porto Alegre (RS) 2009 set;30(3):552-7 [12] RODRIGUES, Prof. William Costa. Metodologia Científica. Disponível em: < http://www4.fct.unesp.br/docentes/educ/alberto/page_download/metodologia/metodologia_cientifi ca.pdf> Acesso em: 05 mai 2011. [13] PASSOS, Valéria Maria de Azeredo; ASSIS, Tiago Duarte; BARRETO, Sandhi Maria. Hipertensão arterial no Brasil: estimativa de prevalência a partir de estudos de base populacional. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v. 15, n. 1, mar. 2006. Disponível em <http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s1679-49742006000100003&lng=pt&nrm=iso> Acesso em: 08 maio 2011. [14] SESSO, Ricardo. Epidemiologia da Doença Renal Crônica no Brasil e sua prevenção. Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Disponível em: < ftp://ftp.cve.saude.sp.gov.br/doc_tec/cronicas/irc_prevprof.pdf > Acesso em 05 mai 2011.