ATER PARA MULHERES. O processo de organização das mulheres na construção do Feminismo e da Agroecologia no Brasil

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Transcrição:

ATER PARA MULHERES O processo de organização das mulheres na construção do Feminismo e da Agroecologia no Brasil

PARA NÓS A AGROECOLOGIA É Um modo de produzir, relacionar e viver na agricultura que implica em relações respeitosas e igualitárias entre homens, mulheres, jovens, idosas e destas/es com a natureza. Isso significa respeito à diversidade de tradições, culturas, saberes, bem como a proteção à sociobiodiversidade, ao patrimônio genético e aos bens comuns.

A ARTICULAÇÃO NACIONAL DE AGROECOLOGIA No Brasil, várias entidades executoras de Ater e movimentos sociais se organizam em torno da ANA Articulação Nacional de Agroecologia. A criação da ANA se deu em dezembro de 2002, após o primeiro Encontro Nacional de Agroecologia I ENA, que foi realizado na cidade do Rio de Janeiro, em agosto deste ano. Esse Encontro refletiu o acúmulo de vários anos das organizações da sociedade civil na promoção do desenvolvimento sustentável da agricultura. A plenária final do ENA aprovou uma carta política e decidiu pela criação de uma Articulação Nacional de Agroecologia, que buscasse a formulação progressiva de sínteses que refletissem a unidade na diversidade do campo agroecológico. A Articulação Nacional de Agroecologia (ANA) reúne movimentos, redes e organizações engajadas em experiências concretas de promoção da agroecologia, de fortalecimento da produção familiar e de construção de alternativas sustentáveis de desenvolvimento rural. É uma rede não governamental, sem qualquer vinculação partidária, sem ser pessoa jurídica nem ter quaisquer fins comerciais. O cerne da articulação são as experiências de promoção da agroecologia desenvolvidas nos diferentes biomas brasileiros, em sua diversidade socioambiental, cultural e organizativa. São objetivos da ANA: - dar visibilidade e valorizar as experiências de agroecologia, promovendo a interação entre elas; - elaborar estratégias para o enfrentamento do agronegócio e para a construção da agroecologia; - formular críticas e propostas de políticas públicas; - promover dinâmicas de ação conjunta entre movimentos, redes, organizações e processos sócio-organizativos locais, regionais e nacionais; - fortalecer redes locais, regionais,nacionais e de movimentos do campo agroecológico; - construir sínteses coletivas e consensos políticos em seu campo de atuação; - estabelecer canais de diálogo e fortalecer alianças com outros movimentos, redes e organizações fortalecendo a capacidade de influência do campo agroecológico; - expressar-se para o conjunto da sociedade, trazendo temas e questões de interesse da agroecologia para o debate público.

MULHERES ORGANIZADAS CONSTRUINDO A AGROECOLOGIA O GT Grupo de Trabalho de Mulheres da ANA foi criado em 2004, dois anos após o I ENA, no RJ, quando as mulheres perceberam o quanto ainda eram pouco reconhecidas como trabalhadoras rurais, como técnicas, como construtoras da Agroecologia. Realizaram, então, um seminário nacional e um encontro de mulheres para organizar sua intervenção no II ENA, que aconteceu 2006, em Recife. A partir daí vem agregando organizações e movimentos de mulheres na luta por políticas públicas, além de sistematizar e divulgar de diferentes formas as experiências das mulheres na construção da Agroecologia no Brasil. A CONTAG Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura integra a ANA e compõe e constrói o GT Mulheres da ANA, a partir da Secretaria de Mulheres.

SEM FEMINISMO NÃO HÁ AGROECOLOGIA!

INSTÂNCIAS DE PARTICIPAÇAO DA SOCIEDADE CIVIL NOS DEBATES SOBRE ATER PLANAPO (Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica) - CNAPO/Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica Sub-comissões Mulheres, Conhecimento, Ater, Crédito, Sementes CONDRAF (Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável) Comitê de Ater/GTO Grupo de Trabalho Operacional Comitê de Mulheres

ATER PARA MULHERES COMO AÇÃO ESTRATÉGICA Consideramos como fundamental para a construção da agroecologia e o reconhecimento da contribuição das mulheres para a produção e a geração de renda no campo, o acesso a uma Ater pública e de qualidade que consiga ver, valorize e potencializar o trabalho das trabalhadoras rurais. Por isso, lutamos na 2ª Conferência de Desenvolvimento Rural Sustentável para que 50% do público de Ater sejam mulheres e que 30% dos recursos sejam reservados para atividades específicas com mulheres. Nossa luta continua para que essa política se torne efetiva e para que tenhamos outras políticas públicas que garantam e apóiem as mulheres e sua produção na agricultura.

CONHECENDO @S BENEFICIÁRI@S DA ATER DIAGNÓSTICO X CARACTERIZAÇÃO Em diálogo com o governo, construímos a proposta da Chamada Pública para uma Ater Agroecologia, que acompanharia (?) agricultores e agricultoras familiares no Brasil, a partir da perspectiva e dos princípios da Agroecologia. Um dos primeiros passos na realização de um trabalho de Ater é o de conhecer o público com quem trabalharemos. Geralmente realizamos para isso os Diagnósticos. Os instrumentos anteriormente pedidos pelo governo, financiador da Ater Pública, eram formulários extensos, com muitos dados a serem preenchidos, que faziam com que sua aplicação fosse de longa duração. Algumas organizações do Nordeste brasileiro, reunidas na Rede Ater Nordeste, que vinham organizadas desde 2005, construíram, a partir de um processo de formação e reflexão conjunta, uma proposta alternativa de Caracterização, baseada em dinâmicas dos Diagnósticos Rápidos Participativos e na metodologia da Educação Popular. Discutiram que esse momento deveria: - incluir toda a família, tendo como orientação geral que a aplicação deveria se dar com a participação de todas as pessoas que moram na casa (mulheres, jovens, homens, etc); - fazer com que tod@s se sentissem parte do processo, sendo de fato ouvidos/as e construindo conjuntamente as informações sobre a família e a unidade produtiva familiar; - ser um momento de formação e reflexão sobre a historia de luta e convivencia da familia na terra, assim como do desenvolvimento do trabalho e da produção familiar.

POR UMA CARACTERIZAÇÃO-FORMAÇÃO! 1) Linha do tempo ou da vida 2) Caminhada e mapa da propriedade/ com fluxograma de entrada e saída de insumos e produtos 3) Informações gerais sobre a produção, a propriedade e o acesso às políticas públicas ) Quadro da Divisão dos Tempos Produtivos e Reprodutivos

ESTRUTURA DO ROTEIRO PARA A CARACTERIZAÇÃO 1. Informações sobre a UFP e o Núcleo Familiar 1.1 - Identificação da UFP 1.2 Composição do núcleo familiar 2. Estrutura e funcionamento atual do Agroecossistema 2.1. Croqui (mapa) da UFP 2.2. Acesso à terra 2.3 Práticas Agroecológicas utilizadas na propriedade 2.4 Insumos produtivos 2.5. Produtos, tipo de produção e destino 2.6. Divisão dos tempos do Trabalho Produtivo e Reprodutivo 3. Acesso a políticas públicas 3.1. Acesso a ATER 3.2. Acesso ao crédito rural 3.3. Outras políticas públicas 4. Síntese da Caracterização

ATER AGROECOLOGIA BUSCANDO ENXERGAR O Tarefas Tempo de trabalho para o mercado e para o auto-consumo Mulheres Uso do tempo/hs Adultas Qtd.: Jovens (>16 e <29 anos) Qtd.: Homens Uso do tempo/hs Adultos Qtd.: Jovens (>16 e <29 anos) Qtd.: TRABALHO E O TEMPO DAS Tempo de trabalho doméstico e de cuidados MULHERES Tempo de necessidades pessoais Tempo de participação cidadã TOTAL Tempo de ócio/tempo livre TOTAL TOTAL GERAL

MARCHA DAS MARGARIDAS 2015 Seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!