Ainda a pol mica entre Ant яnio S rgio e Abel Salazar

Documentos relacionados
Que Dr. Dolittle que nada. Aqui é o Dr. Luciano Ayan no debate com os gayzistas

Ac esse o sit e w w w. d e ca c lu b.c om.br / es t u dos e f a ç a s u a insc riçã o cl ica nd o e m Pa r t i c i p e :

PATR IMÔNIO PALEONTOLÓG IC O

Ribeirão Bonito - SP Abril 2008 AMARRIBO A MA R R IB O

Alencar Instalações. Resolvo seu problema elétrico

Estratégico. III Seminário de Planejamento. Rio de Janeiro, 23 a 25 de fevereiro de 2011

2. A C l a s s i f i c a ção M S C 01 H i s t o r y a n d b i o g r a p h y 03 M a t h e m a t i c a l l o g i c a n d f o u n d a t i o n s 05 C o m

.', HGFEDCBA. M e u s c o m p a n h e iro s e m in h a s c o m p a n h e ira s. M e u s a m ig o s e m in h a s a m ig a s.

P R E G Ã O P R E S E N C I A L N 145/2010

UNIDADE DE ENSINO SUPERIOR DO SUL DO MARANHÃO INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DO SUL DO MARANHÃO IESMA PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL

12 ru e d e R ib e a u v illé. T é l. : / Fa x : Ed it é le 13 /05/2016 à 17 :23 Page : 1 / 12

Lista de Contatos FDRP/USP 2016/2017

C R IS E E C O N Ô M IC A E G A R A N T IA DE EM PR EG O

Análise e Concepção de Sistemas

A COMUNICAÇÃO COMO ELEMENTO MOTIVACIONAL DOS ALUNOS INGRESSANTES NO CURSO DE SECRETARIADO EXECUTIVO BILÍNGÜE DA FAZU

(Às Co missões de Re la ções Exteriores e Defesa Na ci o nal e Comissão Diretora.)

URBANISMO COMERCIAL EM PORTUGAL E A REVITALIZAÇÃO DO CENTRO DAS CIDADES

NPQV Variável Educação Prof. Responsáv el : Ra ph a el B i c u d o

ss rt çã r s t à rs r ç s rt s 1 ê s Pr r Pós r çã str Pr ss t át r t çã tít st r t

ORDEM DE SERVIÇO 03/2008

C ontextualização his tórica da operacionalização da R es olução C onama 258/99 1/19

O P a pel da M ídia no C o ntro le da s P o lític a s de S a úde

U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O P A R A N Á L E T Í C I A M A R I A G R O B É R I O

AVALIAÇÃO DA FERTILIDADE DO SOLO. Prof. Dr. Reges Heinrichs UNESP - Dracena

Embarque no Turismo O Papel do Turismo no Desenvolvimento do País

P r o g r a m a d e T r e in a m e n to e P a le s tr a s

A N E X O P L A N O M U N I C I P A L D E E D U C A Ç Ã O

P R E F E I T U R A M U N I C I P A L D E J A R D I M

E v o lu ç ã o d o c o n c e i t o d e c i d a d a n i a. A n t o n i o P a i m

Q ' 54 Diretora-Geral de Estatisticas da Educagao e

Catalogação na fonte Universidade Federal de Alagoas Biblioteca Central Divisão de Tratamento Técnico Bibliotecário: Valter dos Santos Andrade

Hymnarium von Mestre Irineu. O Cruzeirinho

COLÉGIO OBJETIVO JÚNIOR

Ministério Público Federal, B rasília 8 de junho de Leonardo C. Fleck, C ons ervação E s tratég ica

Análise e Concepção de Sistemas de Informação (2004/2005) *UXSR,(10 va lores )

O trabalho com textos na alfabetização de crianças do 1º e 2º anos do ensino fundamental

PARECER CÂMARA APROVADO EM

IN S A In s titu t N a tio n a l

P Ú. ss rt çã r s t à rs r ç s rt s 1 ê s Pr r Pós r çã st tís t tr r t çã tít st r t

Ainda há Tempo, Volta

P PÓ P. P r r P P Ú P P. r ó s

œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ œ αœ œ œ œ œ œ œ œ Υ Β œ œ œ œ αœ

ÍNDICE EPI. Por departamento / Seção. Botas e Calçados Luvas Óculos Segurança e Proteção e e 197.

PASCAL Diversão e tédio

Resolução feita pelo Intergraus! Módulo Objetivo - Matemática FGV 2010/

Prefeitura Municipal de Gavião-BA

Programa Copa do Mundo 2014

Sistema de Arquivos. Sistemas de Arquivos

Câmara Municipal de Retirolândia-BA

I n tr oduçã o a G es tã o da Qua lida de. E n gen h a r ia

GLOBALIZAÇÃO E PESQUISA JURÍDICA: POR UMA NOVA DINÂMICA DE DIREITO SOCIAL E DE NORMAS INTERNACIONAIS DO TRABALHO*

O Sacrifício da Cruz

Questionário sobre o Ensino de Leitura

Correção da fuvest ª fase - Matemática feita pelo Intergraus

A va lia ç ã o de R is c o s A plic a da à Q ua lida de em D es envo lvim ento de S o ftw a re

Do Am o r Vasco Ar aú jo Set em b r o 2011

16/02/2014. Masakazu Hoji. ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Uma Abordagem Prática. 5a. Edição Editora Atlas. Capítulo 1 INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

P PÓ P P. ss rt çã str r s t r r Pós r çã st t t r s r r r q s t r à t çã tít str. r t r

P la no. B a nda L a rg a

Obras Corais para Coro a cappella e Coro com Órgão

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS CAMPUS SOROCABA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO DIOGO BANDEIRA DE SOUZA

Profa. Dra. C ristina Pereira G aglianone

A IMPORTÂNCIA DA INTERDISCIPLINARIDADE EM SAÚDE

RESULTADOS DA PESQUISA DE SATISFAÇÃO DO USUÁRIO EXTERNO COM A CONCILIAÇÃO E A MEDIAÇÃO

Resolução de Matemática da Prova Objetiva FGV Administração

ARTIGOS DO DOSSIÊ: FAMÍLIAS NO CENSO 2001 Karin Wall (org.)

.highskills.pt. Curso de Especialização de. I ple e tação de Siste as de Gestão da Qualidade ANGOLA CABO-VERDE MOÇAMBIQUE PORTUGAL SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

,QVWLWXWRVIXQGDPHQWDLVGD3URSULHGDGH,QGXVWULDO. Edu a rdo Gou la rt Pim en ta

COMBINAR CORRESPONDENCIA, CREACIÓN DE INDICES Y TABLAS DE CONTENIDO EN MICROSOFT WORD.

ROUPEIRO CURVO 2 PORTA 1 GAVETA

Banco BMG S.A. Demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatórios financeiros (IFRS) em 31 de dezembro de

E D I T A L D E C O N C U R S O P Ú B L I C O N / P R O C E S S O N

No trilho das competências das famílias

A Prefeitura Municipal de Santa Barbara, Estado Da Bahia, Visando a Transparência dos Seus Atos Vem PUBLICAR.

Correção da Unicamp ª fase - Matemática feita pelo Intergraus


1. A cessan do o S I G P R H

UNIDADE 1 Conteúdos UNIDADE 2 Conteúdos UNIDADE 3 Conteúdos UNIDADE 4 Conteúdos

Currículo e Aulas Previstas

Currículo e Aulas Previstas

Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente. Fernando Pereira

IMIGRAÇÃO E IMIGRANTES EM PORTUGAL Parâmetros de regulação e cenários de exclusão

patrícia reis amor em segunda mão

EUANDAREIVESTIDO E ARMADO COM AS ARMAS DE JORGE

A Prefeitura Municipal de Gavião, Estado Da Bahia, Visando a Transparência dos Seus Atos Vem PUBLICAR.


lh e c o n fe re o in c is o II d o a rt. 4 º d o Re g u la m e n to d o D e p a rta m e n to -G e ra l d o Pe s s o a l (R-1 56 ), a p ro v a d o

AGÊNCIA AMBIENTAL FEDERAL AMERICANA - USEPA

Prefeitura Municipal de Gavião-BA

2.º Ciclo 85% 3% 5% 5% 2% 3.º Ciclo 85% 3% 5% 5% 2%

CRIMES AMBIENTAIS: SURSIS PROCESSUAL, PENAS ALTERNATIVAS E DOSIMETRIA

1 3Centrs e PP esq is II DD C n MM n Astr l i Astri C h i n Re. C h e H n g K n g F i n l n i I n i F rn 0 4 C n I n n si Al e m n h E st s U n i s I

O protagonismo se tornou imperativo e deixou de estar meramente associado ao sucesso: todos precisamos ser protagonistas.

Recasamento, divórcio, casamento. O re ca sa men to é o tri un fo da es pe ran ça atra vés da ex pe riên cia (Sa mu el John son, séc.

soluções sustentáveis soluções sustentáveis

Manual do Usu rio Perfil Benefici rio Portal Unimed Centro-Oeste e Tocantins

A Prefeitura Municipal de Conceição da Feira, Estado Da Bahia, Visando a Transparência dos Seus Atos Vem PUBLICAR.

Prefeitura Municipal de Queimadas-BA

BOLETIM DO CAFÉ Nº ANO CXXI - 11 DE FEVEREIRO DE CENTRO DO COMÉRCIO DE CAFÉ DO RIO DE JANEIRO 114 o ANO DE FUNDAÇÃO

Transcrição:

D ERERU M M U ND I.BLOGS POT.COM / 2 0 1 2 / 0 1 / AIND A- Ainda a pol mica entre Ant яnio S rgio e Abel Salazar by De Reru m N atu r, dereru mmundi.blogspot.com N ovember 30th -0001 Nov o post do h istor ia dor A n t яn io Mota de A g u ia r : A tem tica r efer en te con ten da qu e A n t яn io S r g io e A bel Sa la za r tiv er a m n a s p g in a s de v r ios jor n a is e r ev ista s n o seg u n do lu str e da d ca da de 1 9 4 0 foi a bor da da n este blog u e em a r tig os a n ter ior es. Dei com o ca u sa pr in cipa l pa r a o dito difer en do o descon ten ta m en to de S r g io (j o tin h a tido ta m b m Ca sa is Mon teir o) pela for m a com o Sa la za r tr a tou a m eta f sica, isto, pelo a n Б n cio da su a fa l Єn cia. N o tiv esse h a v ido a s cr tica s m eta f sica e, pr ov a v elm en te, n o ter ia h a v ido o r a stilh o pa r a toda esta pol m ica. Fa o a seg u in te s n tese: Ta n to Ca sa is Mon teir o com o S r g io sen tir a m -se m elin dr a dos ou m esm o ofen didos n a s su a s con v ic ьes r elig iosa s pela for m a com o Sa la za r tr a tou esta tem tica, u m a for m a seca e fr ia. A bel Sa la za r er a v isto com estim a n o ca m po r epu blica n o e ju n to de u m a cer ta ca m a da da ju v en tu de. Os seu s a r tig os for tifica v a m a su a posi o ju n to destes g r u pos, o qu e cer ta m en te S r g io n o v ia de bon s olh os, ele qu e ta m b m pr ocu r a v a sim pa tia s ju n to dos х jov en s leitor es и (En sa ios, v ol. II, pp. 1 0 e seg u in tes). A s in v estida s de A bel Sa la za r con tr a a m eta f sica pa r ecem despr opor cion a da s n o pa s r elig ioso de en t o, feita s com o er a m a tr a v s de jor n a is, m u itos da pr ov n cia, de r edu zido p Б blico. Podem os por isso per g u n ta r -n os se ser ia r en t v el u m a ta qu e t o dir ecto r elig iosida de da s pessoa s. Da r ia isso a lg u n s lou r os pol ticos ou cu ltu r a is? A tin g ir ia m esses a ta qu es a lg u m a lv o sen s v el da dita du r a? Pen so qu e n o. Pen so qu e A bel Sa la za r ca iu n a a r m a dilh a qu e lh e esten deu a dita du r a, u m a dita du r a qu e n o per m itia discu ss ьes sobr e tem a s socia is e pol ticos, m a s a pen a s sobr e tem a s especu la tiv os e er u ditos, discu ss ьes qu e a popu la o n a su a tota lida de (cer ca de 7 5 % er a m a n a lfa betos) n o com pr een dia. Sa la za r pen sou qu e a qu ela er a a Б n ica v ia pa r a se ex ter ior iza r con tr a a dita du r a : a ta cou a m eta f sica, e, por este m eio, a

Ig r eja, u m dos pila r es da dita du r a. Pen sou bem, m a s f Є-lo, a m eu v er, m a l, de u m a for m a desa ju sta da, ofen den do os cr en tes qu e n o a poia v a m a dita du r a, com o er a o ca so de Ca sa is Mon teir o e S r g io. Se A bel Sa la za r tiv esse feito u m a div u lg a o da filosofia da s ci Єn cia s da Escola de V ien a sem r ecor r er fa l Єn cia da m eta f sica, S r g io, pr ov a v elm en te, n o ter ia cr itica do, n o desta v ez o m odo, m a s a filosofia da s ci Єn cia s tou t cou r t. Isso sim ser ia u m a х tr a pa lh a da и (u m a ex pr ess o qu e ele pr яpr io u sa ) por qu e n o dispu n h a de ba ses cien t fica s pa r a fa zer u m a in cu r s o n esse dom n io. Na s Ca r ta s de Pr oblem tica, em pa r ticu la r n a C1, S r g io deix a a ideia de qu e a filosofia s я se pode a bor da r qu a n do se tem u m a s яlida for m a o cien t fica, m a s, com o v er em os fr en te, S r g io n o tem for m a o cien t fica. Por isso, em bor a n o esteja de a cor do com a for m a pou co eleg a n te em pr eg u e por A bel Sa la za r a o х ir div u lg a r a o p Б blico o blu ff A n t яn io S r g io и, com pr een de-se a su a ir r ita o a o da r -se con ta do fr a co sa ber cien t fico qu e tin h a o seu a dv er s r io. Discor do dos qu e dizem qu e, se S r g io tiv esse n a scido n u m ou tr o pa s, por ex em plo, n a In g la ter r a ou n a Su a, ter ia sido u m g r a n de h om em. Um g r a n de h om em em qu Є? Foi u m h om em do seu tem po, com u m a obr a sin cr яn ica. Pa ssa da s essa s d ca da s a su a obr a n o tem m a is r esson є n cia. V olta n do de n ov o a o tem a pr in cipa l, foi em tor n o da pr oblem tica da div u lg a o da ci Єn cia qu e os dois h om en s ela bor a r a m a s su a s a cu sa ьes r ec pr oca s. Resu m ir ei a seg u ir os pon tos em qu e h, de u m a for m a g er a l, con cor d є n cia de opin i ьes en tr e S r g io e Sa la za r. Pr eten do v er se, do difer en do ocor r ido sobr e esta tem tica, podem os colh er a lg u m en r iqu ecim en to pa r a os dia s qu e cor r em. S r g io e Sa la za r esta v a m de a cor do em per g u n ta r com o se dev ia v u lg a r iza r a cu ltu r a de m odo a fa zer dela u m a for a de tr a n sfor m a o efectiv a da r ea lida de, qu er in div idu a l qu er colectiv a. A m bos con cor da v a m qu e a cu ltu r a, qu a n do r edu zida a u m a som a de con h ecim en tos, r epr esen ta v a m u ito pou co, com o a con tecia com cer ta х g en te cu lta и, dizia A bel Sa la za r, sem pr e pr on ta a discor r er sobr e tu do, com su per ficia lida de e sobr a n cer ia. Com o v u lg a r iza r a cu ltu r a? O qu e sig n ifica ser cu lto, per g u n ta v a m -se? Sig n ifica v a, pa r a Sa la za r х log r a r m os desfa zer -n os da s lim ita ьes de esp r ito, pa r a a lca n a r m os a objectiv ida de e o u n iv er sa l и, em Б ltim a in st є n cia, ser cu lto sig n ifica a con qu ista da liber da de. Sobr e este pon to - con qu ista da liber da de - escr ev e Ben to de Jesu s Ca r a a n o seu liv r o sobr e a Cu ltu r a In teg r a l do In div du o: х ( д) A a qu isi o da cu ltu r a sig n ifica u m a elev a o con sta n te, ser v ida

por u m flor escim en to do qu e h de m elh or n o h om em e por u m desen v olv im en to sem pr e cr escen te de toda s a s qu a lida des poten cia is, con sider a da s do qu dr u plo pon to de v ista f sico, in telectu a l, m or a l e a r t stico; sig n ifica, n u m a pa la v r a, a con qu ista da liber da de. и Este idea l de cu ltu r a, de u m h om em com s яlida for m a o m or a l e in telectu a l, a o m esm o tem po qu e, a pa r de u m desen v olv im en to sem pr e cr escen te de toda s a s qu a lida des poten cia is, er a pa r tilh a do por S r g io e Sa la za r. A m bos defen dia m qu e o m a is im por ta n te n a for m a o cu ltu r a l de u m cida d o er a a g in stica m en ta l, o esp r ito cr tico e cien t fico. Ser cu lto er a ter u m m todo m a is qu e u m ide r io, er a pa ssa r da cr edu lida de in g n u a e do dog m a tism o espon t є n eo pa r a o n v el m en ta l da disciplin a cr tica. A v er da deir a cu ltu r a er a u m esfor o de a u to-dir ec o in telectu a l, de r eflex o e a ssim ila o dos a ssu n tos, de ju sto equ il br io de r a cioc n io, de a pr een s o cla r a dos con ceitos, dos pr ocessos e m todos de pen sa r. Os con h ecim en tos er a m u m m eio e n o u m fim, u m m eio a o ser v i o da disciplin a e do ser v i o in telectu a is, a o ser v i o da a u tocr tica e da r eflex o, a o ser v i o de u m m todo de pen sa r e n o de u m a dou tr in a. Dizia Sa la za r qu e a v er da deir a cu ltu r a a tir a o in div du o pa r a u m m u n do on de tu do flu i, pa r a u m r ein o de d Б v ida e de h ip яteses, pa r a a r en Б n cia a os pr in c pios a bsolu tos e defin itiv os, pa r a u m a filosofia r ela tiv ista e fen om en a lista (em con tr a ste com a s m eta f sica s a pr ior stica s), em bor a n este Б ltim o pon to n o tiv esse a a n u Єn cia de S r g io. S r g io, por seu la do, defen dia qu e n a v u lg a r iza o cu ltu r a l se dev er ia pr iv ileg ia r a a pr en diza g em de pr oblem a s, de u m a m a n eir a de pen sa r, sen do os con h ecim en tos u m m er o pr etex to pa r a a destr a r ou ex er cita r essa g in stica m en ta l. Sa la za r, sem r ejeita r esta ideia, defen dia, por m, qu e ela dev ia ser pr ecedida por u m cer to g r a u de in for m a o. A m bos pa r tilh a v a m a ideia do pa pel deter m in a n te da s ideia s, especia lm en te da s ideia s cien t fica s e filos яfica s, n a tr a n sfor m a o da r ea lida de pol tico-socia l, a im por t є n cia do deba te de ideia s pa r a dir im ir con flitos. Pa r a Sa la za r dev ia -se v u lg a r iza r a s con clu s ьes e r esu lta dos da s ci Єn cia s. Da v a com o ex em plo a m ostr a de u m a obr a de a r te: pa r a o efeito n o n ecess r io sa ber com o foi cr ia da m a s sim qu e a a pr esen ta o fosse bem feita e o p Б blico se in ter essa sse por ela. A v u lg a r iza o cien t fica dev er ia lev a r o p Б blico a u m a m a ior con scien cia liza o da su a r ela o com o cosm os, com a v ida e com ca da u m. Estes s o os tem a s, g r osso m odo, em qu e h a v ia con cor d є n cia en tr e os dois; o difer en do esta v a, por ta n to, n o m odo com o Sa la za r efectu a v a a

div u lg a o cu ltu r a l. Foi isso qu e ser v iu de ba se a toda esta pol m ica. Um a n ota fin a l pa r a su blin h a r qu e, pa r a Sa la za r, a v u lg a r iza o cien t fica podia m u ito bem ser efectu a da por u m n o especia lista, sem qu e isso im plica sse defor m a o e sim plism o; foi pr ecisa m en te o qu e a con teceu com S r g io qu e, n o sen do cien tista, polem izou com Sa la za r sobr e tem a s cien t ficos. O h istolog ista Sa la za r ocu pa n a h ist яr ia da ci Єn cia por tu g u esa do s cu lo XX u m lu g a r in con test v el. Foi u m in v estig a dor com pr ov a s da da s em tr a ba lh os r ela tiv os estr u tu r a e ev olu o do ov r io, ten do cr ia do o m todo de color a o ta n o-f r r ico, qu e tem o seu n om e. Pa r a a l m de m dico e in v estig a dor cien t fico, n ota bilizou -se a in da com o a r tista pl stico (desen h o, escu ltu r a e pin tu r a ). A a n lise sobr e S r g io m a is com plex a. Escr ev eu ele n a s Nota s de Escla r ecim en to: х a s m in h a s h ip яteses n o se for m a r a m em m im pela d яcil leitu r a de qu a lqu er a u tor filos яfico ( д) desen v olv er a m -se a pa r tir de u m a r eflex o pessoa l sobr e a g eom etr ia a n a l tica e sobr e a f sica m a tem tica ( д) for a m a m a tem tica e a f sica m a tem tica qu e im pelir a m o m eu esp r ito pa r a o Pla t o da ca v er n a. и Com cer ta ir on ia A n t яn io da Silv eir a obser v a : х A m a tem tica e a f sica m a tem tica dos pr epa r a t яr ios de u m a n o pa r a a Escola Na v a l? A h!!... m a s S r g io o diz.. A ca da u m o seu m ist r io, a ca da u m o seu m ito, a ca da u m a su a qu im er a! и (Recor da n do A n t яn io S r g io, p. 2 7 ) Silv eir a, r efer in do-se a in da a o pen sa m en to do seu a m ig o S r g io, escr ev e o seg u in te: х ( д) Ma s a ex per i Єn cia de la bor a t яr io tor n ou c ptico os f sicos em fa ce da s ideia s dos fil яsofos. Estes n o s o pr ofission a is da in v estig a o cien t fica, n o for a m lev a dos s su a s teor ia s por u m a a ctiv ida de pr яpr ia de cien tista s и (idem, pp. 2 8 /2 9 ). S r g io n o u m cien tista, n o foi lev a do s su a s teor ia s por u m a a ctiv ida de de cien tista s, foi u m fil яsofo idea lista (A n t яn io Jos Sa r a iv a con sider a -o u m idea lista m oder n o), com u n ica n do, sobr etu do, a tr a v s de en sa ios e pol m ica s. Em g er a l, o qu e m a is se con h ece de S r g io a su a fa ceta polem ista. Ma s a su a a c o n a socieda de por tu g u esa desta s d ca da s foi ba sta n te m a ior. Ele tev e in flu Єn cia n os in telectu a is desta s d ca da s, em pa r ticu la r n o g r u po da Sea r a Nov a, do qu a l foi dir ector, a l m de m a n ter u m a cer ta in flu Єn cia sobr e u m a pa r te da ju v en tu de desta

poca, com o j escr ev i a tr s. S r g io foi ta m b m peda g og o, per ito em a ssu n tos de edu ca o - foi m in istr o por tr Єs m eses - fil яsofo, e u m in telectu a l em pen h a do n a r efor m a cu ltu r a l do seu pa s, cr en do-se com a m iss o de pr ota g on iza r u m a a lter n a tiv a positiv a pr яpr ia. A su a per son a lida de a su a fa ceta m u lticu ltu r a l - foi a su a pr in cipa l a r m a. Hom em m u ito in telig en te, de s яlida for m a o m or a l e de u m a v a sta cu ltu r a, n o p тde toda v ia a pr ofu n da r n en h u m dos tem a s, com o fez Sa la za r. Ta lv ez seja esta a r a z o do a pa g a m en to da obr a de S r g io n os n ossos dia s. Con tu do, n o foi u m a dv er s r io f cil: o seu v a sto sa ber obr ig ou os seu s a dv er s r ios a estu da r em e en r iqu ecer em a s su a s posi ьes pa r a polem iza r com ele, con tr ibu in do pa r a o en r iqu ecim en to cu ltu r a l desta poca. A su a pr esen a n a cu ltu r a por tu g u esa desta s d ca da s com o a g en te cu ltu r a l foi n ot v el. Peg ou -se com todos, a todos m ov eu pol m ica s u sa n do o g n er o epistola r. Pa r a a v a lia r m os a su a con tr ibu i o pa r a a s ideia s do seu tem po tem os qu e ter em con ta o cen r io. Qu o dif cil dev ia ser a v ida qu e os Por tu g u eses tin h a m n a d ca da de 1 9 3 0, sobr etu do n o seg u n do lu str e, com u m a dita du r a f r r ea den tr o da s fr on teir a s, e, pa r a on de qu er qu e olh a ssem, fer ozes dita du r a s em v olta, com u m a g u er r a civ il ca la m itosa a o la do, e em v sper a s de u m a ca t str ofe m u n dia l. Qu e fa zer n u m a poca desta s? A s ideia s n o podia m m or r er! S r g io com os seu s En sa ios, a s su a s pol m ica s, a s su a s Ca r ta s de Pr oblem tica e ou tr a s, en r iqu eceu cu ltu r a lm en te a socieda de por tu g u esa do seu tem po. Con tr ibu iu Se n o se peca con tr a a r a z o, n o se ch eg a em g er a l a n a da, escr ev eu Ein stein - pa r a n os m a n ter a g ita dos, cr ticos, n esses tem pos a sfix ia n tes, e f Є-lo, por qu e, com o r ecor da Silv eir a, х A s con v er sa s de S r g io tin h a m sem pr e u m efeito, liber ta dor, v iv ica n te, estim u la n te e t яn ico и. A n t яn io Mota A g u ia r