CHARACTERIZATION OF SELECTION CRITERIA USED FOR MAKING UP SPORT TEAMS: PRELIMINARY ANALYSIS WITHIN THE CONTEXT OF COLECTIVE AND INDIVIDUAL SPORTS



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Transcrição:

CARACTERIZAÇÃO DOS CRITÉRIOS DE SELEÇÃO UTILIZADOS PARA A FORMAÇÃO DE EQUIPES ESPORTIVAS: ANÁLISE PRELIMINAR NO CONTEXTO DE ESPORTES COLETIVOS E INDIVIDUAIS João Felipe Valle Machado Mestrando em Ciência da Motricidade Humana José Fernandes Filho Prof. Titular do Programa Stricto Sensu em Ciência da Motricidade Humana da Universidade Castelo Branco - Brasil RESUMO: Este estudo teve como objetivo o levantamento preliminar do processo de avaliação para seleção esportiva em escolas, clubes e academias, na cidade do Rio de Janeiro. Foram aplicados questionários a 30 treinadores de diferentes atividades físicas (basquetebol, futebol/futsal, voleibol, lutas e natação), de 27 instituições, sendo comparados, por meio de estatística percentual-descritiva, os índices da utilização de anamnese, exame médico, avaliação física, avaliação técnica e avaliação psicológica como critérios de seleção. Houve uma alta aplicação de avaliações físicas, técnicas e psicológicas pelos treinadores das diferentes atividades (75% a 100% dos entrevistados) e uma forte distinção entre a aplicação de critérios psicológicos e físicos entre as atividades individuais e as atividades coletivas. A anamnese e a realização de exames médicos não tiveram, em geral, índices de aplicação tão altos quanto os outros critérios, indicando que se deveria aumentar a aplicação destes critérios nas diferentes atividades. Unitermos: critério de seleção - avaliação e seleção esportiva CHARACTERIZATION OF SELECTION CRITERIA USED FOR MAKING UP SPORT TEAMS: PRELIMINARY ANALYSIS WITHIN THE CONTEXT OF COLECTIVE AND INDIVIDUAL SPORTS ABSTRACT: This study had the objective of making the preliminary investigation of the process of evaluation for sport teams in schools, clubs and gymnastic centers in the city of Rio de Janeiro. Questionnaires were administered to 30 coaches of different physical activities (basket-ball, soccer/indoor soccer, volley-ball, fighting and swimming), of 27 institutions. The comparison was made using percent-descriptive statistics, among the following items: indices of using of anamnesis, medical examination, physical evaluation, technical evaluation and psychological evaluation. There was a high level of usage of physical, technical and psychological evaluations by the coaches of the different activities (75% to 100% of the interviewed coaches). There was a strong distinction between the application of psychological criteria and physical criteria, within the context of individual and collective activities. Anamnesis and medical examinations had no high indices of usage, as compared with the other criteria, indicating that these criteria should get more attention in the processes of selection. Key words - criteria of selection - evaluation, sport selection. 1. INTRODUÇÃO A prática de atividade física é parte integrante do desenvolvimento do ser humano. Por meio da educação física, dos jogos e dos esportes, cada indivíduo utiliza e desenvolve o seu físico e a sua motricidade, o que atua direta e/ou indiretamente nos aspectos motor, afetivo e cognitivo (CAGIGAL, 1981; DANTAS, 1995b; BÖHME e KISS, 1997). Ao praticar uma atividade física com o objetivo de competição (performance), é de extrema importância a utilização do treinamento esportivo. O treinamento esportivo é o conjunto de procedimentos e meios utilizados para se conduzir um atleta (aluno) à sua

plenitude física, técnica e psicológica dentro de um planejamento racional, visando executar uma performance máxima num período determinado (DANTAS, 1995a). Para o atleta (aluno) chegar a sua melhor performance, é necessário que ele passe por um processo de avaliação. A avaliação é um processo pelo qual, utilizando-se medidas, se pode subjetiva e objetivamente, exprimir e comparar critérios. A avaliação julga o quanto foi eficiente o sistema de trabalho usado com um indivíduo ou com um grupo de indivíduos (CARNAVAL, 1995a). Para se elaborar um bom planejamento de treinamento, é necessário respeitar os resultados obtidos na avaliação e os princípios científicos do treinamento esportivo (individualidade biológica, adaptação, sobrecarga, continuidade, interdependência volume-intensidade e especificidade) preconizados por TUBINO (1979) e SANTOS (1994). A integração entre a realização periódica da avaliação e os princípios do treinamento esportivo propicia ao professor (treinador) um embasamento metodológico na montagem do treinamento (MACHADO, 1997), proporcionando uma melhora do desempenho físico, técnico e psicológico. A realização de reavaliações periódicas permite um acompanhamento global do avaliado (FERNANDES FILHO, 1998), podendo-se adaptar a forma de treinamento de acordo com o desempenho do atleta (aluno), conscientizando-o de seu próprio corpo, suas qualidades, limitações e possibilidades (MACHADO, 1997). Por isso, quanto maior for o nível competitivo do indivíduo ou equipe, será necessário que a avaliação seja mais profunda e precisa, pois quanto maior for o nível de competição, menor será a diferença entre os atletas ou entre as equipes, muitas vezes a competição é decidida por um pequeno detalhe. Nesse contexto, é importante investigarmos o seguinte problema: quais os critérios físicos, técnicos e psicológicos utilizados pelos professores (treinadores) para selecionar uma equipe? 1.2 Objetivo do estudo Este estudo teve como objetivo o levantamento de como vem sendo aplicado processo de avaliação (física, técnica e psicológica) para a seleção esportiva por professores (treinadores) de diferentes atividades físicas em escolas, clubes e academias da cidade do Rio de Janeiro. 1.3 Objetivos específicos Caracterizar o perfil do profissional (de formação acadêmica ou formação técnica) envolvido na seleção de equipe esportiva (seleção física, técnica e psicológica); Identificar possíveis critérios físicos (os testes e medidas mais utilizadas na avaliação física), técnicos e psicológicos utilizados pelo treinador para a seleção dos atletas (alunos) para a sua equipe esportiva. Comparar a aplicação dos diferentes critérios entre os esportes coletivos e individuais. 1.4 Delimitação do estudo Este estudo limita-se a levantar dados, por meio de um questionário, identificando quais os critérios físicos, técnicos e psicológicos, utilizados na avaliação como processo de seleção esportiva, que são empregados pelos professores de educação física e treinadores que atuam em diferentes atividades físicas em escolas, clubes e academias, da cidade do Rio de Janeiro. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 Preparação física A evolução da Educação Física/Esporte nos últimos anos, no âmbito escolar, no lazer e nas atividades comunitárias, mostra uma clara orientação no sentido do que se 2

convencionou denominar no Brasil, "treinamento esportivo". (...) Essa tendência é observada internacionalmente, segundo nomenclaturas diversas, mas interpretadas de modo homogêneo em face ao conjunto de conceitos científicos e pedagógicos relacionados ao desenvolvimento da aptidão física. (...) A fundamentação para o aperfeiçoamento da aptidão física está apoiada em caracterizações, principalmente de ordem fisiológica, das chamadas qualidades ou valências físicas que constituem, portanto, os objetivos a serem operacionalizadas pelos métodos e técnicas do treinamento esportivo (Costa, 1972, citado por TUBINO, 1990). A preparação física constitui-se pelos métodos e processos de treino, utilizados de forma seqüencial em obediência aos princípios da periodização e que visam levar o atleta ao ápice de sua forma física específica, a partir de uma base geral ótima (DANTAS, 1995a). Para o desenvolvimento da preparação física, é necessário o uso de medidas e testes cineantropométricos que permitam o acompanhamento do desempenho do atleta. O objetivo da cineantropometria é a medida do homem, com vistas ao desempenho motor, em uma variedade de perspectivas. Para isso, necessita-se de testes precisos e adequados para analisar corretamente os resultados e empregá-los de maneira certa (CARNAVAL, 1995a). Diversos autores (KATCH e MCARDLE, 1988; SANTOS, 1994; CARNAVAL, 1995a; CARNAVAL, 1995b; FERNANDES FILHO, 1999) indicam que os alunos devem ser inicialmente submetidos a exame médico, antes de serem avaliados pelo professor. Segundo FOX et al. (1991), a prescrição do exercício inclui uma avaliação médica e a análise da freqüência e da intensidade do treinamento, da duração do exercício e de sua modalidade. Segundo MATHEWS (1986) após o exame médico, o teste de educação física é administrado. O teste deveria separar os alunos em pelo menos em três classes, baseadas em aptidão geral: Grupo baixo cerca de 20% (os principais problemas dessas crianças subaptas incluem obesidade, subnutrição, defeitos ortopédicos, níveis de sub-resistência, desordens emocionais e má coordenação motora). Grupo do meio cerca de 60-70% (as necessidades destas crianças são atendidas, na maior parte, pelo programa regular e o resultado médio do teste, por exemplo, se o grupo for baixo em aptidão, o instrutor deverá planejar atividades mais extenuantes). Grupo alto cerca de 10-20% (são geralmente competentes em atividades esportivas, sendo que eles têm certas necessidades que devem ser satisfeitas pelo programa de educação física). A avaliação física tem como principais objetivos caracterizar o estado atual de saúde do aluno, verificar suas qualidades e deficiências físicas e possibilitar o melhor planejamento de treinamento a ser desenvolvido pelo mesmo. Desta forma, o professor de educação física pode indicar exercícios da forma mais adequada à condição de cada indivíduo (MACHADO, 1997). Segundo MARINS e GIANNICHI (1996, p. 115), "a avaliação funcional representa a mensuração e interpretação da capacidade de mobilização metabólica (bioenergética) a partir do resultado obtido de um protocolo (teste) específico". Portanto, ela baseia-se numa avaliação objetiva através de testes que resultam em medidas quantitativas. A partir da análise dos resultados obtidos, é feito um planejamento do programa de treinamento que o aluno deverá seguir para chegar ao seu objetivo, na atividade por ele praticada. "Convém ressaltar que a avaliação deve ser sempre um processo contínuo" (CARNAVAL, 1995a, p. 7). Ao optar pela prática de uma atividade física, o aluno tem objetivos à alcançar. Por isso o professor deve ter o maior número possível de informações, para que seja 3

traçado o planejamento para chegar a esse objetivo. Além disso, incluindo nas atividades que são realizadas em grupos, é importante lembrar que cada aluno é um indivíduo único, respondendo de forma diferente a cada estímulo recebido durante o treinamento. O professor "talvez seja a única pessoa que pode perceber com mais atenção às características sutis dos alunos, pois é quem entrevista, monta programas personalizados e acompanha diariamente cada aluno" (FREITAS, 1997). Com base nas considerações da Federação Internacional de Medicina do Esporte (FIMS, 1997), a respeito do treinamento na infância e adolescência, destaca-se recomendações como: Antes de participar em um programa esportivo de competição, cada participante deve ser submetido a um exame clínico detalhado que garanta por um lado que somente crianças sem condições clínicas que representem risco para a saúde sejam admitidas para o esporte competitivo, e que, por outro lado, representem uma oportunidade para um aconselhamento sobre os diferentes esportes e treinamentos existentes. É necessário uma supervisão médica cuidadosa e contínua, principalmente para prevenir lesões por excesso de carga ou de crescimento, que são mais freqüentes nos adultos jovens; Além da sua tarefa meramente esportiva, o treinador tem uma responsabilidade pedagógica em relação ao presente e ao futuro das crianças a ele confiadas. Ele/ela deve conhecer os problemas especiais nas esferas biológica, física e social, relacionados ao desenvolvimento da criança e ser capaz de aplicar este conhecimento nos treinamentos; A individualidade da criança e as oportunidades para um maior desenvolvimento devem ser identificadas pelo treinador e tidas como um critério maior para organização e elaboração do seu programa de treinamento. A responsabilidade sobre o desenvolvimento integral da criança deve estar acima das necessidades em termos de treinamento e competição; Se o "treinamento infantil" estiver sujeito a um controle médico e pedagógico, conforme indicado acima, pode trazer valiosas oportunidades de desenvolvimento para a criança. Contudo, se assumir a forma de um "treinamento para desempenho máximo" a qualquer preço, deve ser condenado rotundamente com base éticas e médicas. Tampouco existe dúvida de que foi aqui exposto também se aplica amplamente aos adolescentes; As crianças devem ser expostas a uma ampla variedade de atividades esportivas, para assegurar que elas possam identificar os esportes que melhor se adaptam às suas necessidades, interesses, constituição física e capacidade. Isto tende a aumentar o seu êxito e prazer no esporte, reduzindo o número de abandonos. Não se deve estimular uma especialização precoce; Principalmente em esportes de contato, os participantes devem ser classificados conforme a sua maturidade, dimensões corporais, habilidade e sexo, não apenas com base em idade cronológica. 2.2 Preparação técnica A preparação técnica é o conjunto de atividades e ensinamentos que o atleta assimila, visando à execução do movimento esportivo com um máximo de eficiência e com um mínimo de esforço (DANTAS, 1995a). A aprendizagem envolve muitos comportamentos e a única forma que temos de avaliar se houve ou não aprendizagem é medir essa alteração de comportamento, através da execução, isto é, do que se manifesta (SARMENTO, 1989). Neste contexto, deve-se destacar que mais do que os resultados que ele obtém, interessa principalmente a forma como eles são alcançados, 4

as potencialidades reveladas e a progressão verificada (ADELINO, 1988b). O treinador tem de ser um estudioso permanentemente das questões ligadas ao exercício da sua função. Tem de acompanhar os progressos da ciência do treino em todas as suas vertentes, fazendo leituras, freqüentando seminários, conversando com outros treinadores, numa atitude aberta e interessada (que não interesseira). (...) O treinador tem que acompanhar o avanço tecnológico da humanidade, introduzindo na sua prática os elementos mais acessíveis de utilização na sua realidade, mantendo-se alerta para os resultados das primeiras tentativas de aplicação no esporte das mais recentes conquistas tecnológicas do mundo (ADELINO, 1988a). Segundo SANTOS FILHO (1998), o técnico deverá ter sempre em mente: a) Saber ensinar: Ser conhecedor da modalidade, procurar estar sempre atualizado, participando de cursos e palestras, assistir a competições e jogos, mesmo que sua equipe não esteja participando, ler e estudar tudo o que possa estar relacionado a seu trabalho ou ser aplicado nele e, se possível, praticar a modalidade. b) Saber como ensinar: Deverá conhecer os mais variados métodos de treinamento e técnica dos fundamentos, devendo assistir a jogos e treinos de outras equipes, trocando idéias com outros técnicos e demais pessoas ligadas à modalidade, procurando, sobretudo, aprender e se especializar, estando sempre atento e também saber como deverá transmitir seus conhecimentos a seus atletas, para que estes verdadeiramente possam assimilá-los e aplicá-los quer nos treinamentos ou jogos, procurando também e, principalmente, utilizar métodos que facilitem a aprendizagem por parte de seus atletas. Segundo ADELINO (1988b), as funções do treinador durante o treino são: (1) exemplificar e demonstrar; (2) observar tudo e todos os que participam no treino; (3) corrigir (a correção constitui talvez, no processo de ensino-aprendizagem, o momento de maior dinamismo e de caráter mais transformador); (4) auxiliar; (5) participar no treino; (6) controlar. Particularmente no treino com jovens, é preciso que o treinador venha a centrar mais a sua atenção na avaliação do trajeto percorrido, nos sucessos pessoais e individuais de cada um face ao passado, usando mais como fator de avaliação a evolução dos resultados alcançados por cada jovem do que o sucesso relativo por eles atingindo, que está mais centrado na permanente comparação com os outros (ADELINO, 1988b). Segundo ZILIO (1994), a realização de uma performance esportiva deve ser orientada no sentido de que o praticante tome conhecimento de suas reais capacidades. O sucesso e o fracasso são experiências importantes: o primeiro leva à satisfação pessoal pela realização de um feito e serve de ponto de partida para novas realizações; o segundo serve de esforço para uma nova tentativa. O educador deve providenciar uma orientação tal que o insucesso não leve a criança à aquisição de complexos e frustrações. Na consciência do que pode realizar, "consolidam-se então, outros momentos formativos como a autoconfiança, o prazer da performance, a prontidão para o esforço, o emprego da vontade, dentre outros" (Schmitz, 1990, citado por ZILIO, 1994). Durante o processo da preparação técnica, o treinador precisa 5

ficar atento ao fato que deve manter seu atleta num nível de motivação adequado à complexidade da tarefa que esta executando (DANTAS, 1995a). Outra importante parte da preparação técnica é o desenvolvimento da parte tática da atividade esportiva. A preparação tática é o conjunto de procedimentos que irá assegurar ao atleta ou à equipe a utilização dos princípios técnicos mais adequados a cada situação da competição ou do adversário (DANTAS, 1995a). 6 2.3 Preparação psicológica Uma das expressões que se vem tornando comum, no esporte de alto nível, é o "preparo psicológico". A frase tem sido usada por treinadores, diretores e jornalistas, para explicar certas derrotas inexplicáveis e para justificar certas reformas que ninguém sabe bem o que é que é... (FEIJÓ, 1998). Esporte é uma expressão específica, organizada, intencional, do movimento humano, sendo que a psicologia do esporte é uma continuação natural da psicologia do movimento (FEIJÓ, 1998). Segundo Vanek e Cratty (1970) e Wiggins (1984), citados por ROSE JÚNIOR (1992), a primeira pessoa a reconhecer a importância da psicologia para a atividade física e desta para a mente foi W. A. Stearn, em 1895. O interesse com os aspectos psicológicos da atividade esportiva é, no entanto, situado por Feige (1977), nos fins do século XIX, através dos trabalhos de Fitz (1895) e Tripllet (1898) nos EUA e de Schultze (1897) na Alemanha (SERPA, 1993). Na década de 20 surgiram os primeiros laboratórios de pesquisa em psicologia do esporte (Moscou e Leningrado Rússia em 1920; Illinois EUA em 1925 e Leipzig, ex-alemanha Oriental em 1928) e as primeiras publicações de grande vulto, editadas por Colleman Griffith, tido para muitos como o pai da moderna psicologia do esporte (ROSE JÚNIOR, 1992). De acordo com Antonelli & Salvini (1978), citados por ROSE JÚNIOR (1992), em 1972, durante o III Congresso Europeu de Psicologia do Esporte, foi formado um grupo de estudos para definir as áreas de interesse da psicologia do esporte. Essas áreas eram: personalidade do atleta, fundamentos psicológicos da capacidade motriz, preparação para competição, seleção de atletas, psicologia de grupo e de cada esportista, do treinamento e da competição (ROSE JÚNIOR, 1992). Ao encarar o homem como um ser total, percebe-se que somente submetê-lo à melhor preparação física e técnica-tática não se estará conduzindo-o ao máximo de suas possibilidades. Há que considerá-lo como um indivíduo diverso dos demais, com seus próprios motivos e emoções, sujeito às exigências do meio, e tendo que se relacionar com os outros homens dentro da sociedade. Surge a necessidade de se propiciar ao atleta uma perfeita preparação psicológica (DANTAS, 1995a). Segundo Nitsch (1985, citado por SAMULSKI, 1988) "o objetivo e a meta do treinamento psicológico é a modificação dos processos e estados psíquicos (percepção, pensamento, motivação, estado de humor), ou seja as bases psíquicas da regulamentação do movimento. Esta modificação será alcançada com ajuda de procedimentos psicológicos". Não existe "a técnica" do preparo psicológico do atleta. Dependendo dos objetivos, serão usadas diferentes técnicas e métodos que sejam coerentes com os alvos a conseguir (FEIJÓ, 1998). Um plano de preparação psicológica deverá incluir ações e

estratégias de manipulação do envolvimento físico e social, de alteração eventual dos padrões de interação treinador-atleta e de adaptação do indivíduo à situação esportiva, quer pela correta gestão do seu comportamento, como pelo desenvolvimento de técnicas de treino mental (SERPA, 1990). Unesthal (1985), citado por SERPA (1990), define o treinamento mental como sendo um "conjunto de técnicas psicológicas com o objetivo de controlar e modificar os comportamentos e experiências físicas e mentais dos indivíduos, quer sejam externas ou internas". As seguintes metas principais podem ser alcançadas através de medidas psicológicas de treinamento: A melhoria planejada e sistemática das capacidades e habilidades psíquicas individuais do rendimento. A estabilização e otimização do comportamento na competição (SAMULSKI, 1988). Por via deste tipo de treino se pretenderá, nomeadamente, modificar a interpretação que o sujeito faça das situações, aumentar o seu autoconhecimento, reforçar a auto-estima, desenvolver as suas capacidades de reação positiva a situações desfavoráveis ou ansiogénicas, promover a aprendizagem e treino da regulação dos estados emocionais, aperfeiçoar a técnica esportiva. Em síntese, favorecer o absoluto aproveitamento de todas as potencialidades no sentido de obter o rendimento ótimo (SERPA, 1990). A psicologia do esporte procura compatibilizar o rendimento do processo de treino-competição com o respeito e proteção do homem que pratica esporte (SERPA, 1993). No treinamento de habilidades psíquicas distinguimos o treinamento mental e o treinamento da concentração. Por treinamento mental entende-se a imaginação da forma planejada, repetida e consciente das habilidades motoras e técnicas esportivas. O treinamento da concentração constitui a melhoria da capacidade de focalizar a atenção em um ponto específico do campo da percepção (SAMULSKI, 1988). É hoje um dado pacífico que os fatores psicológicos são decisivos no atingir dos limites humanos absolutos inerentes à prestação esportiva e, sobre tudo, no alcançar do sucesso ou fracasso que com ela se relacionam (SERPA, 1993). Uma das necessidades básicas do atleta é a concentração, ela é importante em todas as modalidades esportivas. Porém, problemas emocionais podem prejudicar a concentração durante o jogo. Um dos métodos para evitar esse problema seria a utilização de técnicas de relaxamento. Segundo FEIJÓ (1998) "relaxamento é a técnica que visa a conduzir a intensidade das emoções até um nível de gerenciamento pessoal, salientando e cultivando o potencial positivo do conteúdo das emoções, de modo a canalizar sua energia para comportamentos construtivos e necessários". Wylleman (1987) citado por SERPA (1990) propõe que o trabalho do psicólogo, integrado na equipe técnica, se desenvolva em quatro fases: Fase exploratória para avaliação psicológica através de questionários, entrevistas e observação de treinos e competições; Fase de intervenção durante a qual se pretenderá modificar atitudes e comportamentos do atleta através das técnicas e estratégias adequadas, diretas ou indiretas em relação ao atleta; Fase da avaliação para controle da evolução, através de questionário, 7

entrevista e observação; Fase de feedback na qual se utilizam os elementos provenientes da avaliação. É importante destacar que, com relação ao treinamento na infância, os pais, professores e técnicos devem estar conscientes dos processos psicológicos e dos estresses experimentados pela criança que está envolvida em competições esportivas (FIMS, 1997). 8 3. METODOLOGIA 3.1 Tipo de pesquisa A presente pesquisa se insere no paradigma empírico analítico, com característica de dimensão quantificável do fenômeno, cuja a estratégia utilizada foi de estudo de caso, cujos dados terão tratamento por meio da estatística percentual-descritiva. Este tipo de investigação permite, segundo FLEGNER e DIAS (1995 p. 51), "obter informações acerca de condições existentes, com respeito à variáveis ou condições numa situação". 3.2 População e amostra A população desse estudo refere-se aos profissionais envolvidos no treinamento de equipes esportivas (treinadores) da cidade do Rio de Janeiro. Desta população foi escolhida aleatoriamente uma das três regiões (Zona Oeste, Zona Norte e Zona Sul) que compõem a cidade do Rio de Janeiro, tendo sido extraída da mesma (Zona Norte) uma amostra aleatória de 30 treinadores. O critério de inclusão na amostra foi aqueles treinadores que trabalham com equipes esportivas. 3.3 Instrumento O instrumento utilizado para coleta de dados foi um questionário composto de 15 perguntas fechadas e abertas (conforme modelo apresentado no Anexo1) sobre: O perfil do profissional e sua visão em relação aos critérios utilizados; O tipo de instituição e área de atuação; A caracterização do treinamento e nível de competição; A avaliação física, técnica e psicológica como critérios para seleção esportiva; A utilização dos resultados face à avaliação. 3.4 Procedimentos de coletas de dados Mediante a autorização do coordenador ou professor responsável pela escola, clube ou academia, os dados foram coletados pelo próprio pesquisador, por meio de aplicação de questionário, individualmente, a professores, treinadores e estagiários voluntários. 3.5 Tratamento de dados Os resultados obtidos pela pesquisa com professores (treinadores) de escolas, clubes e academias, foram analisados através de índices percentuais (em relação ao total de indivíduos entrevistados por atividade). 4. APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS 4.1 Caracterização da amostragem por atividade Na Tabela 1, são apresentadas características dos indivíduos amostrados quanto à sua formação profissional, o tempo de formado, realização de pós-graduação e o tempo de experiência do trabalho com

equipe. Foram aplicados questionários a 30 treinadores (sendo 25 professores graduados - 83,3% da amostragem, 4 técnicos - 13,3% da amostragem e 1 estudante de graduação - 3,3% da amostragem) de 27 instituições. Estas incluíram (em relação à Questão 3): 6 escolas (22,2% da amostragem), 2 escolinhas esportivas (7,4% da amostragem), 6 clubes (22,2% da amostragem) e 13 academias (48,1% da amostragem). Houve uma grande predominância de professores graduados no total de indivíduos amostrados e em relação às diferentes atividades esportivas, e apesar do pequeno tamanho das amostragens por atividade (basquetebol n = 4, futebol/futsal n = 6, lutas n = 10, natação n = 6 e voleibol n = 4), o grupo amostral apresentou uma alta variabilidade em relação ao tempo de experiência no trabalho com equipes (2 meses a 20 anos), sendo que os resultados indicaram que os profissionais envolvidos neste trabalho já se dedicavam ao trabalho com equipe antes mesmo de completaram a sua formação, com um tempo similar ou superior ao tempo de formado (em média com 5,1 a 11,5 anos de formados e com 5,3 a 12,8 anos de trabalho com equipe), em relação ao basquetebol, futebol/futsal, lutas (quanto aos graduados), natação e voleibol. Isto indica uma tendência dos treinadores esportivos iniciarem o trabalho com equipe antes mesmo de concluírem a sua graduação. Embora os treinadores de lutas com formação técnica tenham um tempo de formado (16,3 ± 6,8 anos), em média, acima dos graduados (6,7 ± 3,8 anos), os dois grupos apresentam um tempo de trabalho com equipe aproximadamente similar (9,2 ± 4,4 anos os graduados e 8,5 ± 8,6 anos os técnicos). Os resultados também indicam que, em relação ao total de indivíduos, 40% dos treinadores possuem ou estão cursando pós-graduação. Em relação ao total de graduados, este número corresponde a 48% do total dos treinadores, indicando uma grande tendência de procura por uma pós-graduação pelos indivíduos amostrados (em nível de especialização, Lato Sensu), que também apresentaram uma alta variabilidade quanto ao tempo de conclusão das pós-graduações (1,5 a 20 anos, em relação ao total). Estes resultados também indicam que não há uma tendência da continuação da especialização (Lato Sensu), por exemplo, buscando cursos de Stricto Sensu (mestrado e doutorado), em relação ao grupo estudado. Tabela 1. Características dos indivíduos amostrados através de pesquisa em escolas, clubes e academias da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, agrupados de acordo com as modalidades esportivas. Os valores do tempo de formado e do tempo de trabalho com equipe são médias ± desvios padrões. Atividades No Formação Tempo de formado (anos) Pós-graduação Tempo de equipe (anos) Est Grad Téc Tipo Tempo (anos) Basquetebol 04-04 - 5,1 ± 4,1 01 Esp 01 Esp 2 cursando 8,1 ± 6,1 Futebol/Futsal 06-06 - 11,5 ± 5,8 03 Esp 01 Ap 8; 8; 12; 20 12,8 ± 3,9 Lutas* 10-06 04 6,7 ± 3,8 (Grad) 16,3 ± 6,8 (Téc) 10,5 ± 6,9 (Tot) 02 Esp 01 Esp 1,5; 2 cursando 9,2 ± 4,4 (Grad) 8,5 ± 8,6 (Tec) 9

8,9 ± 6,0 (Tot) Natação 06-06 - 6,0 ± 3,6 01 Esp 5 5,3 ± 4,3 Voleibol 04 01 03-7,3 ± 2,1 01 Esp 01 Esp 6 cursando 8,0 ± 2,6 Total 30 01 25 04-12 - - 10 Est = estudante de graduação; Grad = graduado; Téc = formação técnica; Tot = total da amostra; Esp = Especialização; Ap = Aperfeiçoamento; * = Jiu Jitsu, Tae Ken Do, Judô, Karatê e Box Tailandês. Na Tabela 2, são apresentadas características do treinamento, por atividade, em relação à quantidade de dias de treinamento por semana, à quantidade de horas por dia de treinamento, categorias disputadas e aos níveis de competição em que as equipes participam. Na maioria das atividades (basquetebol, futebol/futsal, lutas e natação), as médias dos números de dias de treinamento por semana foram entre aproximadamente 4 e 5 dias, sendo encontrada uma tendência de um número de dias relativamente menor para o voleibol, com uma média de aproximadamente 3 dias. Também houve uma aproximação no número de horas de treinamento por dia entre as diferentes atividades, que foi, em média em torno de 2 horas por dia de treinamento. Em todas as atividades os treinadores atuam em todas as categorias, em relação ao total da amostra, por atividade. Foi encontrada uma alta variabilidade nos níveis de competição em que as equipes participam, especialmente em relação a natação, voleibol e lutas. Tabela 2. Médias ± desvios padrões da quantidade de dias de treinamento por semana e horas de treinamento por dia, e níveis de competição em que as equipes disputam, agrupados de acordo com as modalidades esportivas. Atividades Dias p/semana Horas p/dia Categoria Nível de competição Basquete 4,0 ± 0,8 1,8 ± 0,3 Todas Municipal e Estadual Futebol/Futsal 4,0 ± 1,7 2,1 ± 1,0 Todas Municipal e Estadual Lutas 4,7 ± 1,0 (Grad) 4,5 ± 1,3 (Téc) 4,6 ± 1,1 (Tot) 2,4 ± 0,9 (Grad) 1,9 ± 0,5 (Téc) 2,2 ± 0,8 (Tot) Todas Estadual, Nacional, Internacional, Pan-americano e Mundial Natação 5,2 ± 0,8 1,9 ± 0,7 Todas Municipal, Estadual, Torneio Sudeste e Nacional Voleibol 3,3 ± 0,5 1,8 ± 0,3 Todas Municipal, Estadual e Nacional Grad = graduado; Téc = formação técnica; Tot = total da amostra. 4.2 Critérios de seleção esportiva Os resultados da utilização de diferentes critérios para seleção de equipes esportivas pelo total de indivíduos amostrados, por atividade, mostram que houve uma maior utilização de critérios técnicos e psicológicos (100% dos treinadores) do que critérios físicos (75% a 83,3% dos treinadores, por atividade) em relação aos esportes coletivos (basquetebol, futebol/futsal e voleibol). 100% dos treinadores de atividades individuais utilizam critérios físicos, técnicos e psicológicos. A realização de exames médicos foi um critério bastante

utilizado por treinadores de natação (83,3% dos treinadores) e futebol/futsal (66,7% dos treinadores), mas teve uma utilização inferior por treinadores de basquetebol (50% dos treinadores), lutas (50% dos treinadores) e voleibol (25% dos treinadores). A anamnese também teve baixa aplicação na maioria das atividades, com um uso por 30% dos treinadores de lutas, 16,7% dos treinadores de futebol/futsal e não foi aplicada por nenhum dos treinadores de voleibol. 75% dos treinadores de basquetebol e 66,7% dos treinadores de natação utilizam a anamnese como critério. Apenas no basquetebol a assiduidade foi utilizada como critério (25% dos treinadores) e apenas no futebol/futsal o acompanhamento escolar foi utilizado como critério (16,7% dos treinadores). Estes resultados indicam que uma média a baixa importância da realização de anamnese e exames médicos pela maioria das atividades em comparação aos critérios físicos técnicos e psicológicos, em relação ao grupo estudado. Isto demostra que a importância da utilização destes critérios parece ser bastante reconhecida, porém podendo existir uma deficiência, com relação a avaliação do histórico do atleta e das suas condições clínicas. A falta da realização da anamnese e de exames médicos como critérios, pode deixar de evitar problemas no futuro para o atleta ou a equipe, como no caso de ocorrer alguma lesão com o atleta, por falta de uma investigação da vida pregressa do atleta (por exemplo, uma lesão que o atleta teve ou tenha, e que não foi detectada, pode levar o treinador, por falta de conhecimento, a passar uma atividade que provoque o agravamento ou a volta dessa lesão). 4.2.1 Critérios técnicos Com relação aos critérios técnicos, podemos observar que houve uma grande aplicação (por mais de 70% dos treinadores) da maioria dos fundamentos técnicos considerados, exceto a recepção em relação ao basquetebol (50% dos domínio para a natação (16,7% dos treinadores). Somente em relação futebol/futsal foi utilizado um outro critério técnico além dos indicados, o critério fundamentos específicos para goleiros, que foi utilizado por 16,7% dos treinadores. Estes resultados sugerem que os critérios técnicos utilizados para seleção esportiva apresentam uma boa abrangência em relação à maioria dos principais fundamentos técnicos do basquetebol, do futebol/futsal, do voleibol e da natação. Quanto a atividade de lutas, os critérios técnicos são utilizados por todos os treinadores com base nos fundamentos específicos (posicionamento, ataque e defesa) de cada modalidade. 4.2.2 Critérios psicológicos Os resultados percentuais da utilização dos critérios psicológicos indicam um forte contraste entre esportes coletivos (basquetebol, futebol/futsal e voleibol) e esportes individuais (lutas e natação). Principalmente os critérios concentração e cooperação, e também os critérios motivação, criatividade e rapidez mental (exceto em relação ao voleibol) tenderam a ser mais utilizados pelos treinadores de atividades coletivas (tendendo a ser utilizados por mais de 60% dos treinadores, por atividade). Por outro lado, o equilíbrio emocional e a perseverança tenderam a ser mais utilizados por treinadores de atividades individuais (também tendendo a ser utilizados por mais de 60% dos treinadores, por atividade). Além dos critérios indicados, 25% dos treinadores de voleibol utilizavam o critério união e 10% dos treinadores 11

de lutas utilizavam o critério auto-estima. Estes resultados indicam que a importância de critérios psicológicos tendeu a ser bastante reconhecida pelos treinadores. Por exemplo, no caso de esportes como lutas e a natação, foi reconhecida a necessidade de que o atleta tenha bons níveis de perseverança e equilíbrio emocional para o treinamento e a competição, pois os resultados só dependem dele, já que no caso dos esportes coletivos, se um atleta apresentar alguma dificuldade, ele poderá contar com a cooperação da equipe. A utilização de critérios psicológicos deve ser feita com cuidado, de preferência com um auxílio de um profissional especializado. Por exemplo, no caso da motivação, é errada a idéia de que a motivação é um fator que se deve, progressivamente, ir aumentando, pois o aumento da motivação elevará os níveis de atenção, concentração e tensão (Activation & Arousal), devendo ser utilizada num nível de acordo com o grau de complexidade da atividade (DANTAS, 1995a). 4.2.3 Critérios físicos Os índices percentuais da utilização de medidas físicas como critérios físicos para a formação de equipes esportivas indicam que apenas na natação foi encontrada uma tendência de uma avaliação abrangente em relação medidas físicas (cada critério foi utilizado por no mínimo 50% dos treinadores). Excetuando a natação, apenas a estatura (pelo futebol/futsal e voleibol) e o peso (pelo futebol/futsal e pelas lutas) foram utilizados em índices acima de 40% dos treinadores. Estes resultados sugerem que houve, em geral, uma baixa tendência da utilização das medidas físicas indicadas, exceto em relação a estatura e peso. Os índices percentuais da utilização de medidas de capacidade física como critérios físicos para a formação de equipes esportivas, apresentaram uma tendência geral de uma maior aplicação de medidas de capacidade física (como em relação à freqüência cardíaca, à força explosiva, à resistência aeróbica, à velocidade de deslocamento, à agilidade e à coordenação) do que foi observado quanto à utilização das medidas físicas. Houve um grande contraste entre a utilização de medidas de capacidade física por atividades coletivas e individuais, sendo que as medidas de freqüência cardíaca, força dinâmica, resistência aeróbica e anaeróbica, coordenação e flexibilidade tenderam a ser mais utilizadas nas atividades individuais (com uma utilização por mais de 50% dos treinadores, por atividade). Estes resultados demonstram que a utilização dos critérios físicos (medidas físicas e de capacidades físicas) tendeu a um direcionamento para o resultado da performance em relação a estrutura do atleta. Por exemplo, no caso da força explosiva no futebol/futsal, no voleibol e na natação, procura-se que o atleta salte mais, tendo um melhor desempenho, sem se preocupar se ele está com os dois membros inferiores em igualdade de condições. Podemos destacar, novamente, a abrangência da utilização de critérios físicos na natação, tendo apresentado uma aplicação de todas as medidas indicadas, geralmente, com índices percentuais médios a altos. Apenas nos esportes individuais houve indicação do uso do somatotipo e da P.A. e da ergometria, e apenas na natação foi indicado o uso da espirometria. Desta forma, os resultados apresentados sugerem que pode haver uma tendência de uma maior preocupação com a abrangência da avaliação física dos atletas nos esportes individuais, de acordo com o grupo 12

amostral aqui estudado. 13 4.3 Freqüência e utilização das avaliações dos critérios de seleção O grupo estudado mostrou uma alta variabilidade nas freqüências das avaliações entre as atividades entre todas as atividades. Também houve uma alta variabilidade na freqüência das avaliações dentro de uma mesma atividade, exceto em relação às lutas (com 60% dos treinadores realizando avaliações mensais) e voleibol (com 50% dos treinadores realizando avaliações trimestrais), indicando que, em geral, não houve uma tendência de padronização da freqüência da avaliação numa atividade. Os índices dos tipos de aplicação dos resultados das avaliações tenderam a apresentar uma média a alta aplicação para a avaliação do programa de trabalho e para a avaliação do professor em relação ao basquetebol, às lutas e à natação. A classificação dos atletas apresentou um índice de aplicação médio (50% dos treinadores) em relação ao basquetebol e ao voleibol, assim como o diagnóstico (também por 50% dos treinadores) em relação ao voleibol. Foi observada uma baixa utilização (menor que 40% dos treinadores, por atividade) das demais aplicações consideradas. A aplicação dos resultados para pesquisa foi apresentada apenas por 25% dos treinadores de voleibol e 10% dos treinadores de lutas, indicando um uso muito baixo do trabalho realizado junto as equipes para o estudo científico. Conforme foi destacado em relação ao voleibol, um ensino/treino efetuado de forma correta, é um dever do professor/treinador, que deve ser eficiente e eficaz naquilo que realiza, oportunizando um ensino/treino de qualidade, que é um direito do aluno/atleta. (...) Devemos dar uma maior importância à teorias e às pesquisas, unindo-as às nossas valiosas experiências pessoas. Assim, estaremos avançando nas relações professor/treinador-aluno/atleta e, principalmente, trabalhando para um voleibol mais científico e cumprindo um papel que a sociedade espera de nós KRUG (1996). Na Tabela 3, estão indicados os fatores que causaram insatisfação dos treinadores (por atividade) em relação aos critério utilizados para formação de equipes esportivas. Na maioria das atividades, mais de 70% dos treinadores estavam satisfeitos com os critérios utilizados, exceto em relação ao basquetebol, que apresentou um índice de insatisfação de 50% dos treinadores. Os principais fatores de insatisfação indicados foram a falta de tempo e dedicação dos atletas e a falta de infra-estrutura (espaço físico e material de trabalho). Tabela 3. Motivos de insatisfação dos treinadores em relação aos critérios utilizados para formação da equipe, agrupados de acordo com as modalidades esportivas. Atividades Insatisfação Motivos Basquete 50,0% Os critérios físicos de seleção são deficitários devido aos poucos dias, horas e espaços reservados à categoria mirim. O horário de treino é muitas vezes conflitante com outras aulas, cursos e atividades, criando dificuldades para treinar de forma satisfatória. Futebol/Futsal 16,7% Dificuldade em formar uma equipe devido a todos os alunos terem que jogar estando bem ou não, devido à auto-cobrança e à cobrança dos pais de que todos participem de

forma parecida. 14 Lutas 10,0% Instalações precárias e poucos materiais. Natação 16,7% O treinador assumiu a equipe já formada, com uma baixa dedicação dos atletas e uma grande falta de apoio da instituição. Voleibol 25,0% Falta de tempo e material para avaliação física dos atletas. 5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Com este estudo preliminar, apesar do baixo número de indivíduos amostrados por atividade, pode-se concluir que houve uma alta aplicação de avaliações físicas, técnicas e psicológicas pelos treinadores das diferentes atividades, sendo que houve uma forte distinção entre a aplicação de critérios psicológicos e físicos entre as atividades individuais (lutas e natação) e as atividades coletivas (basquetebol, futebol/futsal e voleibol). Porém a anamnese e a realização de exames médicos não teve, em geral, uma aplicação tão boa quanto os outros critérios. Por isto, deveria-se aumentar a aplicação de anamnese e exames médicos nas diferentes atividades. De acordo com as observações feitas acima, podemos concluir que a utilização dos critérios de seleção anamnese, exame médicos, físicos, técnicos e psicológicos para a formação de equipe, se forem aplicados corretamente, se tornarão de fundamental importância para que a seleção seja feita de maneira mais prática e justa. Sobre a aplicação das avaliações físicas, houve uma maior tendência de utilização das medidas de capacidades físicas em relação a utilização das medidas físicas. Isto demostra que, mesmo que os treinadores considerem satisfatórios os resultados obtidos, deve-se rever a questão da utilização das medidas físicas. Elas são de extrema importância, porque com a sua aplicação, conseguimos saber se o atleta está com sua estrutura (corpo) equilibrada, sendo um importante indicador para o treinador se o atleta está em boas condições de desempenho, e quanto a aplicação dos testes de capacidades físicas, as medidas físicas têm um importante papel na avaliação dos resultados. Por meio delas, podemos, por exemplo, saber se um atleta teve um desempenho abaixo do seu potencial. Quanto a aplicação dos critérios técnicos foi concluído que foram utilizados em grande parte pela maioria dos treinadores, demostrando, em geral, um reconhecimento do uso dos principais fundamentos. Com relação os critérios psicológicos, conclui-se que houve uma utilização dos critérios de acordo com as necessidades de cada atividade (havendo um forte contraste entre as individuais e as coletivas), demostrando claramente uma caracterização de acordo com o perfil que o atleta deve ter, como por exemplo, sendo incluídos dois critérios além dos sugeridos, auto-estima (na atividade individual) e a união (na atividade coletiva).

Além disso foi demostrado que o questionário utilizado apresentou uma boa aplicabilidade para se atingir o objetivo proposto, de caracterizar a utilização de diferentes critérios para a formação de equipes esportivas, dos profissionais envolvidos e do contexto em que é feita a seleção. A partir dos resultados apresentados, pode-se recomendar que sejam desenvolvidos estudos (utilizando uma amostragem maior, por atividade) para uma caracterização melhor e mais aprofundada em relação ao processo de seleção esportiva e comparando o trabalho realizado em diferentes tipos de instituições (escolas, escolinhas esportivas, clubes e academias). 15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ADELINO, J. Como conciliar o sucesso do jovem praticante com o sucesso do treinador. Revista Horizonte, Lisboa, v. 5, n. 26, p. 42-47, jul-ago, 1988a. ADELINO, J. As funções do treinador. Revista Horizonte, Lisboa, v. 5, n. 28, p. 115-121, nov-dez, 1988b. BOCK, A. N. B., FURTADO, O. & TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias uma introdução ao estudo de psicologia. 4 ed. Rio de Janeiro: Saraiva. 284 p., 1991. BÖHME, M.S.T. & KISS, M.A.P.D.M. A avaliação da aptidão física referenciada a norma: comparação entre três tipos de escalas. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, Londrina, v. 2, n. 1, p. 29-36, 1997. CAGIGAL, J.M. Problemas humanos de avaliação. Rio de Janeiro: Artus, v. 9/11, p. 7-10, 1981. CARNAVAL, P.E. Medidas e avaliação em ciências do esporte. Rio de Janeiro: Sprint, 143 p., 1995a. CARNAVAL, P.E. Musculação aplicada. Rio de Janeiro: Sprint, 134 p., 1995b. DANTAS, E.H.M. A prática da preparação física. 3. ed. Rio de Janeiro: Shape. 321 p., 1995a. DANTAS, E.H.M. Flexibilidade, alongamento e flexionamento. 3. ed. Rio de Janeiro: Shape. 244 p., 1995b. FEIJÓ, O. G. Psicologia para o esporte: corpo & movimento. 2. ed. Rio de Janeiro: Shape. 185 p., 1998. FERNANDES FILHO., J. Avaliação física. Riberão Preto: Vermelinho. 98 p., 1998. FERNANDES FILHO, J. A prática da avaliação física. Rio de Janeiro: Shape. 166 p., 1999. FÉDÉRATION INTERNATIONALE MÉDICINE SPORTIVE. Treinamento físico excessivo em crianças e adolescentes. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. n. 4 v. 3, out-dez, 1997. FLEGNER, A. e DIAS, J. C. Pesquisa & metodologia manual completo de pesquisa e redação. Ministério do Exercíto/ DEP DEE, 1995. FOX, E.L., BOWERS, R.W. & FOSS, M.L. Bases fisilógicas da educação física e dos desportos. 4 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 518 p., 1991. FREITAS, N.A.M. Quem pratica musculação? SPRINT, Rio de Janeiro, nov-dez, p. 32-39, 1997. KATCH, F.I. & MCARDLE, W.D. Nurtição, controle de peso e exercício. Rio de Janeiro: MEDSI, 372 p., 1988. KRUG, A. A avaliação e a correção dos movimentos esportivos. Revista da

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