Alfândegas Trabalho realizado por: Tânia Leão n.º19
Alfândegas O termo Alfândega designa um departamento público, geralmente localizado junto a portos marítimos, fronteiras terrestres e aeroportos, com a função de controlar, registar e eventualmente cobrar direitos de entrada de mercadorias no território (as chamadas taxas alfandegárias). A união aduaneira foi uma das primeiras etapas da União Europeia. Com a união aduaneira, foram eliminados os direitos aduaneiros nas fronteiras internas e foi criado um sistema de tributação das importações uniforme. Seguidamente, foram abolidos os controlos nas fronteiras internas. Actualmente, os funcionários aduaneiros só exercem controlos nas fronteiras externas da União Europeia. As suas funções consistem não só em assegurar os fluxos comerciais, mas também em contribuir para a protecção do ambiente e do património cultural europeu e garantir a protecção dos empregos dos cidadãos europeus, lutando contra a contrafacção e a pirataria. A União Europeia esforça-se constantemente por actualizar e automatizar os trâmites aduaneiros com vista a facilitar o comércio intracomunitário e o comércio com os países terceiros. Dentro de dois anos, as empresas poderão deitar fora todos os formulários aduaneiros. Em pouco tempo, as redes aduaneiras de todos os Estados-Membros estarão plenamente integradas do ponto de vista electrónico, permitindo a existência de um sistema de "balcão único" ao serviço dos operadores em toda a UE. A presente comunicação analisa os desafios que a actividade aduaneira deve enfrentar presentemente e a curto prazo: o alargamento da
União Europeia, a luta contra a fraude, a criminalidade organizada, o papel das alfândegas na cobrança das receitas, a evolução do comércio internacional, a segurança dos cidadãos, os novos métodos comerciais, a influência sobre a competitividade das empresas comunitárias e a importância crescente da fiscalidade indirecta. A comunicação enumera as melhores práticas, a cooperação entre as entidades interessadas, a formação dos funcionários e dos operadores, a simplificação da legislação e os investimentos em infra-estruturas e em equipamento como instrumentos para enfrentar os desafios assinalados. Para os próximos anos, os objectivos estratégicos da União Europeia no domínio aduaneiro são os seguintes: ü propor um quadro baseado em regras transparentes, estáveis e propícias ao desenvolvimento do comércio internacional; ü dotar a Comunidade e os Estados-Membros dos recursos necessários; ü proteger a sociedade do comércio desleal e salvaguardar os seus interesses financeiros, comerciais, sanitários e ambientais. Com vista a introduzir a nova estratégia para a união aduaneira, a Comissão realça cinco domínios de acção: simplificar e racionalizar a legislação, melhorar os controlos aduaneiros, assegurar um bom serviço às empresas, melhorar a formação e a cooperação internacional no domínio aduaneiro. Simplificar e racionalizar a legislação É necessário alterar a legislação aduaneira, a fim de resolver as questões relativas à fraude e ter em conta a evolução do mundo empresarial. Na comunicação são assinaladas as seguintes acções concretas:
ü implicar os operadores económicos na preparação da legislação e prestar-lhes assistência em matéria de legislação complexa; ü prosseguir a harmonização das sanções; ü assegurar que toda a regulamentação permite a transmissão electrónica dos dados; ü melhorar a aplicação da legislação. Melhorar os controlos aduaneiros Neste domínio são propostas diversas acções: ü aperfeiçoar as normas e a realização dos controlos; ü melhorar a cooperação entre os serviços aduaneiros e entre estes e as autoridades fiscais, policiais, etc., ü utilizar de maneira mais eficaz a análise de risco; ü reforçar a luta contra a contrafacção (), a pirataria e a falsa marcação da origem; ü introduzir um novo sistema de trânsito informatizado (NSTI); ü aplicar as novas tecnologias da informação nas alfândegas; ü desenvolver módulos conjuntos de auditoria entre a Comissão e os Estados-Membros. Assegurar um bom serviço às empresas A comunicação salienta as seguintes acções tendentes a melhorar os serviços prestados às empresas: ü simplificar e melhorar os procedimentos; ü facilitar o acesso electrónico às informações aduaneiras; ü continuar os trabalhos relativos à simplificação do comércio;
ü utilizar memorandos de entendimento, a fim de reforçar a cooperação. Melhorar a formação A formação dos agentes aduaneiros e dos operadores económicos é muito importante. A Comissão propõe o seguinte: ü estabelecer módulos comuns de formação; ü finalizar o estudo de viabilidade sobre a Academia aduaneira europeia; ü orientar a formação para sectores problemáticos e para a conformidade das empresas com a legislação. Melhorar a cooperação internacional Para melhorar a cooperação entre os serviços aduaneiros, a comunicação sublinha que é necessário: ü representar adequadamente a Comunidade nas instâncias internacionais que tratam das questões aduaneiras; ü promover a cooperação internacional perante os desafios, designadamente do alargamento e da luta contra a fraude. Direitos aduaneiros É na Pauta Aduaneira das Comunidades Europeias que se encontram consagrados os direitos devidos pelas mercadorias importadas, apresentando-se estes sob a forma de direitos aduaneiros ad valorem (uma percentagem do valor da mercadoria), direitos específicos (que incidem sobre uma determinada unidade de medida) ou mistos.
Os direitos anti-dumping e os direitos de compensação O dumping consiste na venda de mercadorias nos mercados internacionais a preços inferiores aos praticados a nível interno. Os direitos anti-dumping são medidas que visam proteger a economia europeia dessas práticas comerciais desleais, como definido no direito internacional pelo artigo VI do Acordo Geral Sobre Pautas Aduaneiras e Comércio de 1994. Os direitos anti-dumping resultam de uma investigação levada a cabo pela Comissão a partir de uma denúncia de um ou vários produtores comunitários, caso suspeitem da prática de dumping por parte de determinados países/empresas. Os direitos de compensação poderão ser vistos como uma variante dos direitos anti-dumping. Neste caso, estão em causa certos apoios atribuídos por entidades estatais de países terceiros às suas empresas (subsídios, juros bonificados, etc.) que desvirtuam o comércio internacional.