O USO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA EM SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS DO MUNICÍPIO DE DOURADOS-MS

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Transcrição:

O USO DE TECNOLOGIA ASSISTIVA EM SALAS DE RECURSOS MULTIFUNCIONAIS DO MUNICÍPIO DE DOURADOS-MS Priscila de Carvalho Acosta, Universidade Federal da Grande Dourados; Morgana de Fátima Agostini Martins, Universidade Federal da Grande Dourados. Agência Financiadora: FUNDECT Eixo Temático: 14 Tecnologia Assistiva Palavras-chave: Tecnologia assistiva; sala de recurso multifuncional; inclusão escolar; deficiência sensorial; 1. Introdução A pesquisa em educação especial tem avançado de modo significativo nas últimas décadas. Entretanto, há um grande desafio em efetivar a articulação dessas pesquisas com a realidade educacional brasileira, no sentido de impactar os encaminhamentos políticos e práticos que possam favorecer o processo de escolarização de alunos com deficiência. Várias medidas têm sido tomadas em uma tentativa de sancionar os preceitos da inclusão escolar no Brasil, uma delas foi a instituição de diretrizes operacionais para a oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE) na educação básica. A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008) define que o AEE [...] tem como função identificar, elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas (BRASIL, 2008, p. 10). Dentre os recursos que o AEE oferta destaca-se a Tecnologia Assistiva (T.A.) que pode ser compreendida como um apoio ao trabalho pedagógico que envolve alunos com deficiência, incluindo estratégias, práticas ou serviços que possibilitam a acessibilidade, visando autonomia, inclusão e qualidade de vida à pessoa com deficiência. Para Filho (2011) a T.A. pode ser qualquer recurso, produto ou serviço que favoreça a autonomia, a comunicação, a atividade e a participação de pessoas com deficiência sendo que a mesma tem possibilitado atualmente que alunos, entre eles, com graves comprometimentos comecem a

realizar atividades que até então lhes eram inviáveis. Bersh (2013) destaca que no contexto educacional a tecnologia é considerada Assistiva quando é utilizada pelo aluno com deficiência na perspectiva de romper barreiras sensoriais, motoras ou cognitivas que possam limitar ou impedir seu acesso às informações. De acordo com Manzini (2012), desde 2006 o governo federal tem direcionado a sua política de inclusão enfatizando os recursos da área de T.A. com foco no AEE por meio das Salas de Recursos Multifuncionais (SRM). Assim, todas as escolas do país, sendo pública ou privada, precisam buscar o suporte do AEE. Nesse atendimento obrigatório conforme a legislação vigente, a escola deve efetivar o ingresso, o aprendizado e o sucesso dos alunos com deficiência. Para que isso ocorra é indispensável a utilização dos recursos de T.A. (FILHO, 2011). A política educacional que institui a obrigatoriedade das SRM destinadas a alunos com deficiência tem gerado exacerbadas discussões sobre a atuação dos professores nessas devidas salas. Para Manzini (2012), a questão da formação do professor especialista para colocar em uso os recursos de T.A. presente nas SRM, tem ganhado bastante destaque, sendo que algumas pesquisas nos demonstram que nem sempre os professores estão preparados para usar esses recursos na escola (FILHO, 2009; VERUSSA, 2009; MANZINI, 2011). A questão se torna ainda mais preocupante ao considerarmos que para muitos alunos o acesso aos processos de ensino-aprendizagem só se tornam possíveis através desses recursos. 2. Objetivos Mapear os recursos de T.A. disponíveis e analisar seu uso no atendimento de alunos com deficiências sensoriais (visual e/ou auditiva) em SRM das redes públicas de ensino estadual e municipal da cidade de Dourados-MS, visando a produção de um banco de dados que apresente quais recursos de Tecnologia Assistiva estão presentes, assim como, seu uso nessas devidas salas, com o intuito de disponibilizá-lo à secretaria de educação e aos professores participantes da pesquisa. 3. Metodologia A metodologia desse estudo será de cunho quantitativo e qualitativo. Utilizando-se de questionário e observações.

Participantes Serão convidados a participar da pesquisa os professores que atendem às deficiências sensoriais (deficiência visual e/ou auditiva) nas SRM da rede municipal e estadual de Dourados-MS. Existem no município 6 salas que utilizam os recursos de T.A. no atendimento de alunos com deficiência auditiva e/ou visual e 2 salas nas escolas da rede estadual (uma que atendem alunos com deficiência auditiva e a outra que atende o público com deficiência visual). Contabilizando o total de 8 salas. Instrumentos Os instrumentos utilizados na coleta de dados compreendem análise documental, aplicação de questionário por meio de entrevista, diário de campo e observação sistemática. A análise de documentos oficiais e institucionais permitirá apreender a orientação das políticas públicas e norteamento das práticas educacionais voltadas aos alunos com deficiência. Entre esses documentos poderão ser utilizados: leis, decretos, normas em âmbito nacional e local que fazem referência à política de educação especial no âmbito nacional, estadual e municipal, no caso específico do município envolvido nessa pesquisa; relatório de atividades das salas de recursos multifuncionais, relatório de atendimento dos alunos, plano de trabalho e ou planejamento de ensino, entre outros que possam informar dados relativos ao objeto de estudo. A fim de conhecer como as redes municipal e estadual tem se apropriado dos dispositivos legais mais gerais e a partir disso conhecer como e se tem sido elaborado documentos mais específicos em acordo com a realidade local. A entrevista ocorrerá por meio da aplicação de um roteiro de perguntas (questionário) elaborado para os três municípios envolvidos na pesquisa. O questionário é composto por 9 questões de múltipla escolha, dessas, existem 6 questões com a opção especificar, onde o educador pode justificar sua resposta e 2 questões abertas. As perguntas possuem o intuito de conhecer a presença e a disponibilidade da T.A. nas SRM e seus usos pelos professores, tanto nessas salas, quanto na sala comum. O uso do questionário terá como finalidade possibilitar a coleta de informações sobre o emprego das T.A. nas SRM e os desdobramentos dessa prática no processo de escolarização dos alunos com deficiência sensorial.

O diário de campo será utilizado para fazer anotações assistemáticas durante a aplicação do questionário e durante as observações realizadas. Essas anotações serão utilizadas para compreensão das análises, posteriormente. Procedimentos de coleta de dados A coleta de dados será realizada em duas etapas: Etapa 1 Entrevista As entrevistas serão realizadas com os professores das SRM que atendem as deficiências sensoriais da rede municipal e estadual do município, através da aplicação do questionário (anexo). Questões que poderão surgir durante a aplicação do questionário serão registradas no diário de campo e serão analisadas posteriormente junto com o questionário. Etapa 2 Observação As observações ocorrerão nas SRM, que atendem as deficiências sensoriais, da rede municipal e estadual do município. Seguindo um roteiro, que destaca 4 pontos específicos para observação: 1) Questões gerais, que inclui: observação do espaço físico da SRM e seu entorno (acessibilidade), espaço físico da SRM, alunos atendidos, quantidade e laudo, profissionais e pessoas envolvidas nas atividades; 2) Recursos disponíveis para o atendimento dos alunos: os que estão listados no questionário e os produzidos pelo professor; 3) Como os recursos são utilizados: atividades curriculares desenvolvidas, conteúdos envolvidos e procedimentos; 4) Planejamento: observar se existe e como este é elaborado e executado. Análise dos dados Para análise dos dados os seguintes procedimentos serão realizados: Será efetuada a tabulação e organização dos levantamentos sobre os recursos de Tecnologia Assistiva encontradas nas SRM. Para a análise das entrevistas será utilizado a análise categorial na perspectiva da Análise de conteúdo (Bardin, 1997). Ainda para a análise dos dados há a perspectiva de triangulação dos dados comparando e discutindo as relações entre o que há nas SRM o que é preconizado pela legislação e a percepção dos professores responsáveis. 4. Resultados esperados Espera-se contribuir com o campo de pesquisa em educação especial e na apreensão de práticas inclusivas na escolarização das pessoas com deficiência sensorial sistematizando,

um banco de informações sobre as T.A. disponíveis e seu uso nas SRM do município que poderá ser permanentemente alimentado pelos serviços da Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul - SED/MS e da Secretaria Municipal de Educação, para consulta aberta dos professores e gestores educacionais, socializando e partilhando boas práticas no atendimento a essa clientela. Os dados e as análises obtidas poderão favorecer e ampliar a oferta de formações continuadas para gestores e educadores sobre o uso da T. A. como ferramenta pedagógica que favorece a inclusão escolar. Referências BARDIN L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições, Tradução Luís Antero Reto- Augusto Pinheiro 70, 1977. BERSH, R. Tecnologia Assistiva e Educação. Porto Alegre - RS. 2013. Disponível em: http:// www.assistiva.com.br Acesso em: 26-11-2015 BRASIL. Casa Civil. Decreto Nº 6.253, de 13 de novembro de 2007. Dispõe sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação FUNDEB. Presidência da República. Decreto n. 6.571, de 17 de setembro de 2008. Brasília: Diário Oficial da União, Nº181, p.26, sessão 1, 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6253.htm FILHO, T. A. G. Tecnologia assistiva para uma escola inclusiva: apropriação, demandas e perspectivas. 2009. 334 f. Tese (Doutorado em Educação) Universidade Federal da Bahia, Faculdade de Educação, Salvador, 2009. FILHO, T. A. G. Favorecendo práticas pedagógicas inclusivas por meio da Tecnologia Assistiva. In: NUNES, L. R. O. P.; PELOSI, M. B.; WALTER, C. C. F. (orgs.). Compartilhando experiências: ampliando a comunicação alternativa. Marília: ABPEE, p. 71-82, 2011. MANZINI, E. J. Formação de professores e tecnologia assistiva. In: CAIADO, K. R. M.; JESUS, D. M.; BAPTISTA, C. R.(Org). Professores e educação especial: formação em foco. Porto Alegre: Mediação, 2011, v. 2, p. 45-63. 2011. MANZINI, E. J. Formação do professor para o uso de tecnologia assistiva. Cadernos de Pesquisa em Educação PPGE/UFES. Vitória, ES, a. 9, v.18, n. 36, 11-32, jul-dez. 2012. VERUSSA, E. O.; MANZINI, E. J. Tecnologia assistiva para o ensino de alunos com deficiência: um estudo com os professores de ensino fundamental. In: Congresso Brasileiro Multidisciplinar de Educação Especial, 5., 2009, Londrina. Anais. Londrina: ABPEE, p. 2813-2821. 2009.