MIOLOGIA COMPARADA DO MEMBRO TORÁCICO DO MÃO- PELADA (PROCYON CANCRIVORUS, G. CUVIER, 1798).

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Transcrição:

MIOLOGIA COMPARADA DO MEMBRO TORÁCICO DO MÃO- PELADA (PROCYON CANCRIVORUS, G. CUVIER, 1798). COMPARED MIOLOGY OF THORACIC LIMB OF THE RACCOON (Procyon cancrivorus, G. CUVIER, 1798). Amilton Cesar dos Santos* 1 ; Bruno Bertassoli 1 ; Ricardo Alexandre Rosa 2 ; Ana Flávia de Carvalho 2 ; Celina Almeida Furlanetto Mançanares 2 RESUMO O Procyon cancrivorus (mão-pelada) é um animal que pertence ao Filo Chordata, à Classe Mammalia, à Ordem Carnívora e à Família Procyonidae. A característica marcante da família Procyonidae é a presença de cinco dígitos em seus membros: torácico e pélvico. Estes animais são classificados como plantígrados e podem realizar movimentos manuais em diferentes direções. Possuem hábitos de subir em árvores para procriarem e fugirem do perigo. De acordo com seus hábitos, este é classificado como um indivíduo solitário, crepuscular e noturno. Alimentam-se de frutos, pequenos vertebrados, insetos, néctar, ovos e legumes. Para este trabalho foram utilizados dois animais eutanaziados provenientes do Criatório Científico (CECRIMPAS) UNIFEOB, autorizado pelo IBAMA (Processo nº 02027.003731/04-76), fixados em solução de formol a 10%. Procurou-se descrever a morfologia dos músculos do membro torácico do mão-pelada, através de dissecação e documentação fotográfica. Como resultado, constatou-se que a origem e inserção dos músculos do ombro, braço e antebraço do mão-pelada se assemelham aquelas encontradas nos cães, puma e quatis, descritos na 1 Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia PPG em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres, Universidade de São Paulo USP, Avenida Professor Dr. Orlando Marques de Paiva, CEP 05508-270, São Paulo SP, Brasil 2 Departamento de Ciência Morfológicas Centro Universitário da Fundação de Ensino Octávio Bastos, Campus II. Parque dos Jequitibás, CEP: 13874-159, São João da Boa Vista SP, Brasil. *Autor para correspondência- e-mail: amiltonsantoss@bol.com.br tel. (19) 3633 7510/ 93684842

263 literatura. Também existe similaridade com os padrões anatômicos encontrados na alpaca e macaco Cebus apella. Palavras-chave: carnívoros, anatomia, músculo, origem e inserção ABSTRACT The Procyon cancrivorus (raccoon) is an animal that belongs to the Phylum Chordata, the Class Mammalia, the Order Carnivora and the Procyonidae family. The striking feature of the family Procyonidae is the presence of five digits on the paws. These animals are classified as plantigrades and can do hand movements in different directions. It has habits of climbing trees to procreate and fleeing from danger. It has solitary, crepuscular and nocturnal habits. It feeds on fruits, small vertebrates, insects, nectar, eggs and vegetables. For this work were used two euthanized animals, from the Scientific Breeding Center (CECRIMPAS) UNIFEOB authorized by IBAMA (Process nº 02027.003731/04-76), fixeded in formaldehyde solution 10%. In this work we report the morphology of the muscles of the raccoon, through dissection and photographic documentation. It was noted here that the origin and insertion of the muscles of the shoulder, arm and of the raccon are similar to that found in dogs, coatis and puma in the literature. The forearms muscles of the raccoon also resemble those found in alpaca and Cebus apella monkey. Keywords: carnivores, anatomy, origin, insertion INTRODUÇÃO O Procyon cacrivorus (mão-pelada) é um animal que pertence ao Filo Chordata, à Classe Mammalia, à Ordem Carnívora e à Família Procyonidae (Gray, 1825). A família Procionidae é divida em duas subfamílias: Procioninae e Ailurinae, onde os representantes da subfamília Procioninae são chamados de procionídeos. Todos estes habitam o novo mundo e estão divididos em seis gêneros com 18 espécies. Na América do Sul encontram-se quatro gêneros, entre os quais Procyon, Nasua, Potos e Bassaricyon (DENVER, 2003; SANTOS et al., 2010). Os procionídeos como o mão-pelada são plantígrados, possuem cinco dedos em cada uma das patas, e, como as suas mãos móveis possuem habilidade para cavar, além de serem ótimos escaladores. Algumas espécies são totalmente arborícolas e outras forrageiam no chão,

264 Santos, A.C. dos, et al. porém todas utilizam as árvores, para repousar, fugir do perigo ou nidificar (SANTOS et al., 2010). A distribuição geográfica do mãopelada inclui as Américas Central e do Sul; do leste da Costa Rica até o Uruguai; norte da Argentina, e no Brasil se encontra distribuído em todo território (TEIXEIRA; AMBRÓSIO, 2007; KOENEMANN et al., 2009). O mão-pelada é muito semelhante ao guaxinim norte americano (Procyon lotor). É um animal de porte médio, cauda longa, (quase 50% de seu corpo) amarelada e com ponta negra e ornada, apresentando com cinco a dez largos anéis escuros e amarelados (TEIXEIRA; AMBRÓSIO, 2007). Sua característica marcante é a máscara negra ao redor dos olhos, que se destaca na face esbranquiçada. Possui orelhas curtas, com pêlo esbranquiçado dentro e fora e focinho pontudo. As pernas são alongadas, quase peladas e escuras. Sua parte traseira é mais alta que a dianteira. As mãos são desprovidas de pêlos, característica que lhe conferiu o nome popular no Brasil (TEIXEIRA; AMBRÓSIO, 2007). O mão-pelada é um animal de hábito solitário, crepuscular e noturno. É o menos arborícola dos procionídeos, utilizando as árvores durante o dia para dormir e procriar. É um excelente nadador, podendo ser flagrado atravessando rios ou mergulhando em lagos atrás de presas e prefere áreas de influência aquática: várzeas, mangues, praias, matas ciliares. Nestes locais, encontra os principais itens alimentares de sua dieta onívora: crustáceos, peixes, moluscos, alguns anfíbios, insetos, sementes, frutas, cana e milho (KOENEMANN et al., 2009). Sua afinidade com ambientes aquáticos talvez possa explicar o comportamento comum de mergulhar os alimentos na água antes de ingeri-los (TEIXEIRA; AMBRÓSIO, 2007). Evolutivamente, nos tetrápodes como o mão-pelada os membros passaram a ser cada vez mais utilizados para a propulsão nas formas mais derivadas. Os músculos apendiculares ficaram cada vez mais complexos e diferenciados, mas o antigo padrão dos músculos elevador e depressor maiores foram mantidos (POUGH et al., 2003). Os músculos possuem varias funções, como: locomoção, sustentação, respiração, controle da pressão arterial, digestão, reprodução, reserva nutricional, movimentos peristálticos, assim como expressão facial e corporal, ereção dos pêlos, abano da calda, latido, etc (St. CLAIR, 1986; MANZANARES, 2007). Revista da FZVA. Uruguaiana, v.17, n.2, p. 262-275. 2010

265 Os músculos são componentes anatômicos individualizados que cruzam uma ou mais articulações, e pela sua contração, são capazes de promover os movimentos. Este movimento é efetuado por células especializadas, denominadas fibras musculares, cuja energia latente é ou pode ser controlada pelo sistema nervoso. Estas células são capazes de transformar energia química em energia mecânica (MANZANARES, 2007; SANTOS et al., 2010). Devido a existência de poucos trabalhos sobre a miologia dos procionídeos e a grande representatividade, tanto numérica quanto geográfica, desta família de carnívoros, é importante ressaltar que generalizações quanto ao padrão da anatomia devem ser feitas de maneira cautelosa, visto que poucas espécies, uma delas, os quatis (SANTOS et al., 2010) foram estudados detalhadamente. MATERIAL E MÉTODOS Nesta pesquisa foram utilizados dois animais (mão-peladas) machos adultos com idade entre quatro e cinco anos, provenientes do CECRIMPAS com autorização do IBAMA nº 02027.002322/98-99 do Centro Universitário Fundação de Ensino Octávio Bastos. Estes dois animais (mão-peladas) já haviam sido utilizados em pesquisas anteriores nesta instituição, portanto não foi necessário o sacrifício de outras vidas. A eutanásia destes animais foi realizada em 21 de junho de 2008, quando estes foram préanestesiados por médicos veterinários desta instituição com acepran (acepromazina) 0,05mg/kg (IM) seguido de indução anestésica com telazol (Cloridrato de tiletamina 125mg mais Cloridrato de zolazepan (125mg- aproximadamente 20mg/kg) (IV). Posteriormente os animais foram eutanasiados após terem alcançado plano anestésico profundo, quando foi injetada uma ampola de Cloreto de Potássio 19,1% (10ml) via intracardíaca. Estes animais foram então fixados em solução aquosa de formaldeído a 10% e devidamente conservados. Para esta pesquisa, após ter sido rebatida a pele dos animais os músculos dos membros torácicos foram minuciosamente dissecados e fotografados in situ. As informações pertinentes à morfologia macroscópica dos músculos do membro torácico dos mão-peladas foram descritas conforme o International Comitee on Veterinary Gross Anatomical Nomenclature (2005). Esta pesquisa foi devidamente documentada e foram respeitados os

266 Santos, A.C. dos, et al. parâmetros Internacionais da bioética e bem estar animal, conforme preconiza a Comissão de Ética da Faculdade de Medicina Veterinária de São João da Boa Vista UNIFEOB. RESULTADOS E DISCUSSÃO O membro torácico do mão-pelada possui duas faces: medial e lateral e está dividido nas regiões do ombro, braço, antebraço e mão. Os músculos deste membro estão arranjados em cima do esqueleto apendicular e formam o cíngulo peitoral conforme as descrições de Dyce et al. (1997) e está constituído pelos ossos: escápula, úmero, rádio, ulna, ossos do carpo, osso do metacarpo e os ossos das cinco falanges encontradas no mão-pelada, resultados estes que são similares aos citados por Schaller (1999) nos carnívoros domésticos (cão e gato). Na face lateral do ombro do mãopelada localiza-se o músculo deltóide, assim como dos demais mamíferos domésticos descritos por Schaller (1999). Este músculo possui duas porções: escapular e acromial (fig. 1A), que se originam respectivamente, na espinha e no acrômio da escápula, e se fundem antes de se inserirem na tuberosidade deltóide do úmero, semelhante ao cão (EVANS; de LAHUNTA, 2001) e ao quati (SANTOS et al., 2010). Schaller (1999) descreve que, em eqüinos, as duas origens se fundem, devido à ausência de acrômio na escápula. Já a parte clavicular deixa de existir nos mamíferos domésticos e também no mãopelada, devido a ausência da clavícula, passando a compor o músculo braquiocefálico. O músculo deltóide possui ação de flexionar o ombro conforme descrição de Concha et al. (2004) no puma (Puma concolor) e Santos et al. (2010) no quati (Nasua nasua). O músculo infra-espinhoso do mãopelada (fig. 1B), semelhante ao puma (CONCHA et al., 2004) e ao quati (SANTOS et al., 2010), possui origem na fossa infra-espinhosa e se insere na face lateral do tubérculo maior do úmero, cruzando a parte lateral da articulação do ombro. Possui ação de estender e flexionar a articulação do ombro, dependendo do grau de extensão durante a contração. Este, também abduz o ombro e gira o braço lateralmente, além de fornece estabilidade a articulação do ombro (EVANS; de LAHUNTA, 2001), pois segundo Schaller (1999) e Santos et al. (2010), este músculo funciona como um ligamento colateral lateral da articulação do ombro. Localizado na fossa supraespinhosa, o músculo supra-espinhoso do Revista da FZVA. Uruguaiana, v.17, n.2, p. 262-275. 2010

267 mão-pelada (fig. 1B), assim como dos cães (EVANS; de LAHUNTA, 2001), do puma (CONCHA et al., 2004) e dos quatis (SANTOS et al., 2010) possui sua origem na fossa supra-espinhosa, com uma parte do músculo unida medialmente ao músculo subescapular, e sua inserção se dá por um espesso tendão no tubérculo maior do úmero. Este músculo possui ação de estender e estabilizar a articulação do ombro (SCHALLER, 1999; EVANS; de LAHUNTA, 2001). No mão-pelada, semelhante ao cão (EVANS; de LAHUNTA, 2001) e ao quati (SANTOS et al., 2010) o músculo redondo menor (fig. 1B) é pequeno e triangular e está localizado caudalmente ao ombro, possuindo origem no tubérculo infraglenóide e inserção na tuberosidade redonda menor do úmero. Santos et al. (2010) descreve que o músculo redondo menor possui ação de flexionar o ombro e girar lateralmente o braço. O músculo tríceps braquial do mãopelada semelhante ao do quati (SANTOS et al., 2010) possui quatro cabeças. A cabeça longa (fig. 1A e 1B) possui origem na escápula, a cabeça acessória (fig. 3) no colo do úmero e as cabeças medial e lateral (fig. 1A e 1B) na crista do tubérculo menor do úmero, semelhante ao apontado no cão (EVANS; de LAHUNTA, 2001) e nos quatis (SANTOS et al., 2010). A inserção de todas as cabeças se faz em comum na tuberosidade do olécrano, semelhante ao encontrado no quati (SANTOS et al., 2010). A ação deste músculo é de mover o cotovelo, semelhante ao cão e gato (DONE et al., 2002), ao puma (CONCHA et al., 2004) e ao quati (SANTOS et al., 2010). Foi verificado um acentuado volume no ventre deste músculo, o que pode estar relacionado ao hábito escalador do mãopelada, como observado no quati (SANTOS et al., 2010). Ocupando toda a fossa subescapular do mão-pelada, assim ocorre no quati (SANTOS et al., 2010) e puma (CONCHA et al., 2004), está o músculo subescapular (fig. 2B), que possui origem na fossa subescapular e inserção no tubérculo menor do úmero. Este possui ação de estender e aduzir o ombro, comenta Santos et al. (2010), além de atuar como um ligamento colateral medial da articulação do ombro, menciona Schaller (1999). O músculo redondo maior (fig. 2B) do mão-pelada é semelhante ao do quati (SANTOS et al., 2010), e está localizado caudalmente ao músculo subescapular. Origina-se na margem caudal, ventral ao ângulo da escápula e superfície caudal do músculo subescapular. Sua inserção está na crista do tubérculo menor do úmero, assim como ocorre nos carnívoros (SCHALLER, 1999) e no quati (SANTOS et al.,2010), além de possuir ação de flexionar o ombro e rodar o braço medialmente, semelhante ao

268 Santos, A.C. dos, et al. que o observaram Evans e de Lahunta (2001) nos cães. D a S e T lg D e R m I e T lt T lg T lt 1A 1B Figura 1- Fotografia do Ombro e braço do mão-pelada em vista lateral. Em 1A (sem remoção do músculo deltóide) observar os músculos: (Da) deltóide- parte acromial; (De) deltóideparte escapular; (Tlg) tríceps cabeça longa; (Tlt) tríceps cabeça lateral. Em 1B (após remoção do músculo deltóide) observar os músculos: (Se) supraespinhoso; (Ie) infraespinhoso; (Tlg) tríceps cabeça longa; (Tlt) tríceps cabeça lateral; (Rm) redondo menor. O músculo ancôneo é pequeno e está localizado na fossa do olécrano do mão-pelada, semelhante ao encontrado no quati (SANTOS et al., 2010) e no puma (CONCHA et al., 2004). Sua origem está nos epicôndilos e crista epicondilar do úmero, sua inserção está na face lateral proximal da ulna e possui ação de estender o cotovelo, conforme descrição de Evans e De Lahunta (2001) e Schaler (1999) nos cães e Santos et al. (2010) no quati. Com apenas uma cabeça, o músculo bíceps braquial do mão-pelada (fig. 2A), é longo e fusiforme, semelhante aos cães (EVANS; de LAHUNTA, 2001) e ao quati (SANTOS et al., 2010). Possui origem no tubérculo supraglenóide, estende-se sobre o úmero e se insere na tuberosidade ulnar e radial do mão-pelada, do puma (CONCHA et al., 2004) e dos cães (Tatarunas; Matera, 2006). Este músculo possui ação de flexionar e estender o cotovelo (EVANS; de Revista da FZVA. Uruguaiana, v.17, n.2, p. 262-275. 2010

269 LAHUNTA, 2001; SANTOS et al., 2010) e, funciona como fixador da articulação do ombro (SCHALLER, 1999). O músculo braquial do mão-pelada (fig 2A) é semelhante ao dos cães (EVANS; de LAHUNTA, 2001), ao puma (CONCHA et al.,2004) e ao quati (SANTOS et al., 2010). Este é longo e possui origem na parte proximal da face lateral do úmero, com sua inserção junto ao músculo bíceps braquial, na tuberosidade ulnar e radial. Possui a ação de flexionar a articulação do cotovelo (SCHALLER, 1999; EVANS; de LAHUNTA, 2001). Situado na face cranial do rádio do mão-pelada, está o músculo extensor radial do carpo (fig. 2A). Este possui origem na crista supracondilar lateral do úmero e se insere nas tuberosidades proximais e no dorso dos metacarpianos II e III, semelhante ao descrito por Schaller (1999) nos carnívoros. É responsável por estender a articulação do carpo em carnívoros, conforme comenta Schaler (1999). O mãopelada possui habilidades manuais (TEIXEIRA; AMBRÓSIO, 2007), porém, não foram notadas diferenças na morfologia deste músculo. Com quatro tendões se inserindo no processo extensor das falanges distais dos dedos II, III, IV e V, e origem no epicôndilo lateral do úmero, encontra-se o músculo extensor comum dos dedos do mão-pelada (fig 2A), assim como ocorre nos cães (EVANS; de LAHUNTA, 2001) e no puma (CONCHA et al., 2004). Este músculo possui ação de estender as articulações interfalângicas dos quatro dedos principais, tanto nos carnívoros domésticos (SCHALLER, 1999; EVANS; de LAHUNTA, 2001), assim como no quati (SANTOS et al., 2010). Entre os músculos extensor comum dos dedos e extensor ulnar do carpo do mão-pelada (fig. 2A) localiza-se o músculo extensor lateral dos dedos, assim como observado nos cães e gatos (DONE et al., 2002), no puma (CONCHA et al., 2004) e no quati (SANTOS et al., 2010). Este músculo, no mão-pelada, assim como nos cães (EVANS; de LAHUNTA, 2001) e no quati (SANTOS et al., 2010), possui origem no epicôndilo lateral do úmero e se insere nas faces laterais das extremidades proximais das falanges dos dedos III, IV e V e no processo extensor das falanges distais desses dedos. Este músculo possui ação de estender a articulação do carpo e as articulações dos dedos III, IV e V (EVANS; de LAHUNTA, 2001; CONCHA et al., 2004; SANTOS et al., 2010). O músculo extensor ulnar do carpo (músculo ulnar lateral) do mão-pelada (fig. 2A), se origina no epicôndilo lateral do úmero, inserindo-se na extremidade proximal ao V metacarpiano e no osso cárpico acessório, semelhente ao que se observa nos cães e gatos (DONE et al.,

270 Santos, A.C. dos, et al. 2002), no puma (CONCHA et al., 2004) e no quati (SANTOS et al., 2010). Este músculo possui ação de abduzir e flexionar a articulação do carpo nos cães (EVANS; de LAHUNTA, 2001), mas no mão-pelada, pode ter outras funções, devido à sua habilidade manual (BEISIEGEL, 2001). Bb Bq S e Fuc Eld Erc Ecd Cb R M Euc T f a 2A 2B Tm Figura 2- Fotografia do braço e antebraço direito em vista lateral (2A) e ombro e braço direito em vista medial (2B) do mão-pelada. Em 2A observar os músculos: (Bb) bíceps braquial; (Bq) braquial; (Erc) extensor radial do carpo; (Ecd) extensor comum dos dedos; (Eld) extensor lateral dos dedos; (Euc) extensor ulnar do carpo; (Fuc) flexor ulnar do carpo. Em 2B observar os músculos: (Se) subescapular; (RM) redondo maior; (Cb) coracobraquial; (T f a) tensor da fáscia do antebraço; (Tm) tríceps cabeça medial. Localizado na face lateral da superfície flexora da articulação do cotovelo do mão-pelada está o músculo supinador, que possui ação de rotação lateral do antebraço, permitindo o giro da mão em supinação e também a flexão do cotovelo (St. CLAIR, 1986). No mãopelada este músculo possui origem no epicôndilo lateral do úmero e se insere na superfície cranial na parte proximal do rádio, semelhante aos cães (EVANS; de LAHUNTA, 2001), ao puma (CONCHA et al., 2004) e ao quati (SANTOS et al., 2010). Revista da FZVA. Uruguaiana, v.17, n.2, p. 262-275. 2010

271 No mão-pelada, o pronador redondo (fig. 3) é um músculo que situa-se entre os músculos extensor radial e flexor radial do carpo, assim como nos cães e gatos (DONE et al., 2002) e no quati (SANTOS et al., 2010). Este músculo tem origem no epicôndilo medial do úmero e se insere na borda medial do rádio, entre a parte proximal e média do mão-pelada, igualmente ao descrito por Schaler (1999) nos carnívoros domésticos. Este músculo possui ação de rotacionar medialmente o antebraço, de modo que a face palmar gire em direção ao solo, além de flexionar o cotovelo (St. CLAIR, 1986; CONCHA et al., 2004). No mão-pelada este músculo pode ter outras funções devido ao seu hábito escalador (BEISIEGEL, 2001). Localizado no sulco entre o rádio e a ulna, do mão-pelada, assim como no puma (CONCHA et al., 2004) e no quati (SANTOS et al., 2010), encontra-se o músculo abdutor longo do primeiro dedo (músculo extensor oblíquo do carpo), que possui origem na borda lateral do corpo da ulna e na membrana interóssea, o qual se insere na extremidade proximal do osso metacárpico I. Este músculo abduz o primeiro dedo no mão-pelada, assim como no cão e gato (DONE et al., 2002), no puma (CONCHA et al., 2004) e no quati (SANTOS et al., 2010). O músculo flexor radial do carpo está posicionado entre os músculos pronador redondo e flexor superficial dos dedos, como ocorre no mão-pelada (fig. 3), nos cães (EVANS; de LAHUNTA, 2001), no macaco Cebus apella (AVERSI- FERREIRA et al., 2006) e no quati (Santos et al., 2010). No mão-pelada sua origem é no epicôndilo medial do úmero e borda medial do rádio e sua inserção está na face palmar da extremidade proximal dos ossos metacárpicos II e III, assim como nos cães (EVANS; de LAHUNTA, 2001) e no quati (SANTOS et al., 2010). Sua função é flexionar o carpo e auxiliar na estabilidade, idêntico ao puma (CONCHA et al., 2004) e ao quati (SANTOS et al., 2010). O flexor superficial dos dedos do mão-pelada (fig. 3) é um músculo bastante volumoso, que possui origem no epicôndilo medial do úmero e inserção na face palmar da falange média dos dedos II ao V, semelhante ao observado nos cães (EVANS; de LAHUNTA, 2001), no macaco Cebus apella (AVERSI- FERREIRA et al., 2006) e no quati (SANTOS et al., 2010). Possui ação de flexionar o carpo e as articulações interfalangiana proximal e metacarpofalangeana (SCHALLER, 1999; EVANS; de LAHUNTA, 2001).

Cb Se Pq Fpd Erc Frc Fucu Fsd Fucum Pr Bb Ta Tm Tfa RM 3 Figura 3- Fotografia do braço e antebraço direito do mão- pelada em vista medial. Observar os músculos: (Cb) coracobraquial; (Se) subescapular; (RM) redondo maior; (Tfa) tensor da fáscia do antebraço; (Tm) tríceps cabeça medial; (Ta) tríceps cabeça acessória; (Bb) bíceps braquial; (Erc) extensor radial do carpo; (Pr) pronador redondo; (Frc) flexor radial do carpo; (Fsd) flexor superficial dos dedos; (Fpd) flexor profundo dos dedos; (Fucu) flexor ulnar do carpo (cabeça ulnar); (Fucum) flexor ulnar do carpo (cabeça umeral); (Pq) pronador quadrado. O músculo flexor profundo dos dedos no mão-pelada (fig. 3), assim como no cão (EVANS; de LAHUNTA, 2001), no puma (CONCHA et al., 2004), na lhama (CONSTANTINESCU et al., 2008) e no quati (SANTOS et al., 2010) possui três cabeças: umeral, radial e ulnar, com origens na cabeça do úmero na margem medial do rádio e ao longo da ulna respectivamente. Todas possuem inserção comum, localizada na face flexora de cada uma das falanges distais. Possui ação de flexionar o carpo e as articulações interfalângicas (SCHALLER, 1999; SANTOS et al., 2010). No mão-pelada, semelhante ao quati (SANTOS et al., 2010) esse músculo pode

273 auxiliar na escavação de tocas, assim como na busca de alimentos dentro de ocos, já que eles possuem habilidades manuais mais apuradas (BEISIEGEL, 2001). Preenchendo o espaço entre a ulna e o rádio, e com fixações nas superfícies opostas desses ossos, encontra-se o músculo pronador quadrado, que no mãopelada (fig. 3), de forma similar ao quati (SANTOS et al., 2010), aos demais carnívoros domésticos (SCHALLER, 1999) e ao macaco Cebus apella (AVERSI- FERREIRA et al., 2006). Este músculo possui ação de pronação da mão, auxiliando na revirada de buracos e na busca de alimentos, como ocorre no quati (SANTOS et al., 2010), além da capacidade de manipular os mesmos (BEISIEGEL, 2001). CONSIDERAÇÕES FINAIS À UNIFEOB pelo incentivo à produção científica e à FAPESP por permitir a dedicação à pesquisa em período integral do autor principal. REFERÊNCIAS AVERSI-FERREIRA, T. A.; VIEIRA, L. G.; PIRES, R. M.; SILVA, Z.; PENHA- SILVA, N. Estudo anatômico dos músculos flexores superficiais do antebraço no macaco Cebus apella. Bioscience Journal. vol. 22, n. 1, p. 139-144, 2006. BEISIEGEL, B. M. Notes on the coati, Nasua nasua (Carnívora: Procyonidae) in an Atlantic Forest area. Brazilian Journal of Biology. vol. 6, n. 4, p. 689-692, 2001. Conclui-se com este trabalho que a origem e inserção dos músculos do ombro, braço e antebraço do mão-pelada se assemelham aquelas encontradas nos cães, puma e quatis, descritos na literatura. Também existe similaridade com os padrões anatômicos encontrados na alpaca e macaco Cebus apella. AGRADECIMENTOS CONCHA, I.; ADARO, L.; BORRÓN, C.; ALTAMIRANO, C. Consideraciones anatómicas sobre la musculatura intrínseca del miembro torácico del puma (Puma concolor). International Journal of Morphology. vol. 22, n. 2, p. 121-125, 2004. CONSTANTINESCU, G. M.; REED, S. K.; CONSTANTINESCU, I. A. The suspensory apparatus and digital flexor muscles of the llama (Lama glama) 1: The

274 Santos, A.C. dos, et al. thoracic limb. International Journal of Morphology. vol. 26, n. 3, p. 543-550, 2008. DENVER, M. Procionidae and Viverridae. In: Fowler, M. & Miller, R. E. (Eds). Zoo and Wild Animal Medicine. 5th. Missouri: Saunders, 2003. p. 516-523. DONE, S. H.; GOODY, P. C.; EVANS, S. A.; STICKLAND, N. C. Atlas Colorido de Anatomia Veterinária do Cão e do Gato. Barueri: Manole, 2002. 275p. EVANS, E.; de LAHUNTA, A. Guia para a dissecção do cão. 5ed., Rio de Janeiro: Guanabara Koogan 2001. 250 p INTERNATIONAL COMITEE ON VETERINARY GROSS ANATOMICAL NOMENCLATURE. Nomina Anatomica Veterinaria. 5ed. Hannover, Columbia, Gent, Sapporo, 2005. 165pp. KOENEMANN, J. G.; TUMELEIRO, L. K.; OLIVEIRA, E. V. Microdesgaste dentário em Procyon cancrivorus (Cuvier, 1798) (Mammalia, Procyonidae). Neotropical Biology and Conservation. vol. 4, n. 2, p. 106-110, 2009. MANZANARES, M. A. Adaptaciones musculares relacionadas a áreas corporales que participan activamente en el vuelo de Anhima cornuta (Aves: Anseriformes, Anhimidae). Revista Peruana de Biologia. vol. 14, n. 1, p. 145-150, 2007. POUGH, H. F.; JANIS, C. M.; HEISER, J. B. A Vida dos Vertebrados. 3ed. São Paulo: Atheneu, 2003. 596p SANTOS, A. C. BERTASSOLI, B. M.; OLIVEIRA, V. C.; CARVALHO. A. F.; ROSA. R. A.; MANÇANARES, C. A. F. Morfologia dos músculos do ombro, braço e antebraço do quati (Nasua nasua, Linnaeus, 1758). Revista Biotemas. vol. 23, n. 3, p. 167-173, 2010. SCHALLER, O. Nomenclatura anatômica veterinária ilustrada. São Paulo: Manole, 1999. 576p. St. CLAIR, L. E. Músculos do carnívoro. In: GETTY, R. D. V. M. (Ed.). Anatomia dos animais domésticos. vol. 2. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1986. 2000p. TATARUNAS, A. C.; MATERA, J. M. Tenotomia artostrópica do músculo bíceps braquial em cádaveres de cães. Ciência Rural. vol. 36, n. 6, p. 1824-1829, 2006. TEIXEIRA, R. H. F.; AMBRÓSIO, S. R. Carnívora-Proyonidae. In: CUBAS, Z. S.; SILVA, J. C. R; DIAS, J. C. (Eds). Revista da FZVA. Uruguaiana, v.17, n.2, p. 262-275. 2010

275 Tratado de animais selvagens. Roca, São Paulo, 2007. p.571-573.