Curso de Atualização em Boas Práticas de Farmácia Hospitalar 2012/2013. Comissão de Farmácia Hospitalar

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Transcrição:

Curso de Atualização em Boas Práticas de Farmácia Hospitalar 2012/2013 Comissão de Farmácia Hospitalar

GERMICIDAS HOSPITALARES IZELÂNDIA VERONEZE Comissão de Farmácia Hospitalar

GERMICIDAS HOSPITALARES Processos de Desinfecção e Anti-sepsia Medidas de Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas a Assistência a Saúde (IRAS)

ANTI-SÉPTICOS DESINFETANTES

RESERVATÓRIOS DE MICROORGANISMOS Paciente - materiais biológicos Ambiente (equipamentos e mobiliários próximos ao paciente) Veículos de transmissão ( mãos, materiais, equipamentos)

SUPERFÍCIES CONTAMINADAS AUMENTAM A TRANSMISSÃO CRUZADA X REPRESENTA CULTURA POSITIVA PARA VRE Abstract: The Risk of Hand and Glove Contamination after Contact with a VRE (+) Patient Environment. Hayden M, ICAAC, 2001, Chicago, IL.

SOBREVIDA DO ACINETOBACTER NO AMBIENTE 329 dias: de sobrevida in vitro (Wagenvoort JHT, Joosten EJAJ. J Hosp Infect 2002;52:226-229) 11 dias de sobrevida em fórmica e 12 dias em aço inox (Webster C et al. Infect Control Hosp Epidemiol 2000;21:246) Mais que 4 meses em superfícies secas (Wendt C et al. J Clin Microbiol 1997;35:1394-1397) 60 minutos nas pontas dos dedos (Musa et al J Hosp Infect 1990; 15:219-27)

Outros estudos - Acinetobacter sp 3d a 5 meses - Pseudomonas sp 6h a 16 meses - MRSA 4 sem a 7 meses - Klebsiella sp 2h a 30 meses (Clinical Microbiology Reviews, Out 2004)

MEIOS DE PREVENÇÃO DE IRAS Higiene das mãos Uso de E PI s meio de proteção e prevenção Preparo cirúrgico de pele Limpeza e desinfecção de superfície e do ambiente Limpeza e desinfecção de materiais e equipamentos

GERMICIDAS HOSPITALARES GERMES HOSPITALARES SÃO RESISTENTES AOS ANTIBIÓTICOS MAS EM GERAL NÃO AOS DESINFETANTES

Memo Circular nº 125/2012-SVS/DEVS/DVVSP álcool etílico na forma de gel LEGISLAÇÕES ESPECÍFICAS Resolução RDC Nº 35,de 16 de Agosto de 2010 Revoga a Port. Nº 15 de 1988 Resolução RDC Nº 31 de 07 de Julho de 2011 Revoga a RDC N 33 de 2010 Regulamentado pela Res. GMC n 50/06, anexa a Res. nº 14 de 28/02/2007 Resolução SESA nº 321, de 14 de Junho de 2004 Produtos com ação antimicrobiana utilizados em artigos críticos e semicríticos Indicação dos produtos na categoria de esterilizantes sob a forma de imersão e Desinf Hosp p/ Art semicríticos Desinfetantes hospitalares para superfícies fixas áreas críticas, semicríticas e não criticas Executada por profissional farmacêutico ou sob a sua supervisão direta

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA RDC Nº 14 de 2007 Desinfetantes hospitalares para superfícies fixas e artigos não críticos e desinfetante/sanitizante para roupas hospitalares S. aureus, Salmonella choleraesuis e P. aeruginosa. Desinfetante para lactários S. aureus, Salmonella choleraesuis, E. coli. Esterilizantes RDC Nº 35 DE 2010 Bacillus subtilis, Clostridium sporogenes e Micobacterium massiliense Desinfetante de alto nível S. aureus, Salmonela choleraesuis, E. coli, P. aeruginosa, Tricophyton mentagrophytes, Candida albicans, Mycobacterium amegmatis e Mycobacterium bovis, Micobacterium massiliense, Bacillus subtilis, Clostridium sporogenes Desinfetantes de nível intermediário S. aureus, Salmonela choleraesuis, E. coli, P. aeruginosa, Tricophyton mentagrophytes, Candida albicans, Mycobacterium amegmatis e Mycobacterium bovis.

CLASSIFICAÇÃO DOS DESINFETANTES DESINFETANTE DE ALTO NÍVEL RDC Nº 35 DE 2010 DESINFETANTE DE NÍVEL INTERMEDIÁRIO RDC Nº 35 DE 2010 DESINFETANTE PARA SUPERFÍCIES FIXAS E ARTIGOS NÃO CRÍTICOS RESOLUÇÃO Nº 14 DE 2007 Proibe formaldeído, paraformaldeído, glutaraldeído e glioxal T E M P O D E C O N T A T O T E S T A D O E A P R O V A D O

PRINCIPAIS FONTES DESINFETANTES HOSPITALARES LIMPEZA, DESINFECÇÃO E ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE 2010 Guideline for Disinfection and Sterilization in Healthcare Facilities, 2008 2010

DEFINIÇÃO DE TERMOS ESTERILIZAÇÃO DESINFECÇÃO DESCONTAMINAÇÃO LIMPEZA Destruição de MO, inclusive esporos Destruição de todos os MO na forma vegetativa Eliminação total ou parcial de carga microbiana, segurança para manuseio seguro Remoção de sujidades

PROCESSO DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO CRITICIDADE DA ÁREA OU DOS ARTIGOS LIMPEZA CONCORRENTE OU TERMINAL PRODUTO ESPECIFICIDADE PROCESSO DE LIMPEZA E DESINFECÇÃO PRESENÇA OU AUSÊNCIA DE GMR

CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS RISCO AUMENTADO DE IRAS: Processos envolvendo artigos críticos ou material biológico ou pacientes críticos ou GMR RISCO MODERADO A BAIXO DE IRAS: Processos envolvendo artigos semicríticos ou pacientes não-críticos, sem GMR ÁREAS ONDE PACIENTES NÃO TEM ACESSO ÁREAS CRÍTICAS ÁREAS SEMI- CRÍTICAS ÁREAS NÃO CRÍTICAS

PRÁTICAS DE LIMPEZA PODEM SER DUVIDOSAS... - A limpeza diária das superfícies próximas ao paciente não é higienizada adequadamente - A limpeza terminal dos quartos após a saída do paciente é frequentemente inadequada VRE encontrado no botão da campainha após limpeza -Carling e colaboradores encontraram que apenas 47% das superfícies direcionadas para limpeza terminal tinham sido limpas Carling PC et al. Clin Infect Dis 2006;42:385 Eckstein BC et al. BMC Infect Dis 2007;7:61

CLASSIFICAÇÃO DE ARTIGOS Resolução Nº 14 de 2007 ARTIGOS NÃO CRÍTICOS PELE INTEGRA TERMÔMETROS, ESTETOSCÓPIOS, COMADRES, PAPAGAIOS DESINF. NÍVEL INTERMEDIÁRIO Resolução N 35 de 2010 ARTIGOS SEMI CRÍTICOS PELE NÃO INTEGRA OU MUCOSA INTEGRA CÂNULA ENDOTRAQUEAL, ENDOSCÓPIOS, CONJUNTO DE NEBULIZAÇÃO DESINF. ALTO NÍVEL OU ESTERILIZAÇÃO Resolução N 35 de 2010 ARTIGOS CRÍTICOS PROCEDIMENTOS INVASIVOS AGULHAS, CATÉTERES, INSTRUMENTAL CIRÚRGICO ESTERILIZAÇÃO

GERMICIDAS HOSPITALARES PRINCIPAIS ATIVOS - DESINFETANTES ARTIGOS SEMI-CRÍTICOS Desinfecção de alto nível ou Esterilização Térmica GLUTARALDEIDO SUPERFÍCIES FIXAS E ARTIGOS NÃO CRÍTICOS Alto nível e intermediário ÁLCOOIS COMPOSTOS LIBERADORES DE CLORO MONOPERSSULFATO DE POTÁSSIO ÁCIDO PERACÉTICO ÁCIDO PERACÉTICO + PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO Não usar p/ endoscópios ORTOFTALDEIDO ÁCIDO PERACÉTICO + PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO ÁCIDO PERACÉTICO in situ QUATERNARIO DE AMÔNIO DE 4ª. G + ASSOCIAÇÕES GLUCOPROTAMINA

DESINFETANTES DE ALTO NÍVEL Desinfecção Alto Nível 30 minutos GLUTARALDEIDO 2% Fixação de Matéria Orgânica Estabilidade: 14d, 28d, 30d Alta toxicidade - trato respiratório local ventilado ou com sistema de exaustão Pode causar queimadura em pele e mucosas luvas cano longo Não é Biodegradável no Paraná é autorizado seu descarte na rede de esgoto VERIFICAR LEGISLAÇÕES LOCAIS COMPATIBILIDADE Metal, borracha, plásticos e instrumentos com lentes Não Corrosivo USOS - Materiais Termosensíveis Endoscópios

DESINFETANTES DE ALTO NÍVEL ÁCIDO PERACÉTICO + associações Não forma biofilmes, apresenta ação oxidante Sem resíduos enxágue simples de artigos Biodegradável Baixa toxicidade irritante ocular EPI s padrão: protetor facial ou ocular, luvas plásticas, máscara e avental USOS: materiais termosensíveis- compatíveis e superfícies fixas FORMULAÇÕES COM COMPATIBILIDADES TEMPO DE CONTATO: geralmente 30 Sterilife - Lifemed e Perax Rio - Rioquímica ác. peracético 0,2%, adicionar inibidor de corrosão; validade da solução: 30 dias Sekusept Aktiv - Profilática ác. peracético in situ, pó, preparar a solução 2% (agitar por 15 ); validade da solução: 3 dias; testado para C. difficile, em superfícies fixas. Peresal - Profilática - ác. peracético + peróxido de hidrogênio não utilizar para endoscópios

DESINFETANTES DE ALTO NÍVEL ORTOFTALDEIDO 0,55% Solução pronta para uso, não requer ativação Excelente compatibilidade com materiais (metais e plásticos) Tempo de imersão: 30 É necessário inativação com 25g glicina p/ 3,78L aguardar 1h p/ neutralização antes do descarte Toxicidade: olhos e pele Estabilidade Sol. em Uso: 14 d Validade do galão aberto (solução sem uso): 75 dias Validade da solução em uso: (conc. Mín. 0,3%) monitorar a concentração das soluções com fitas teste (seguir orientação do fabricante para realização do teste) Ausência de precipitados na solução (mesmo apresentando ação na presença de matéria orgânica - 5%)

DESINFECÇÃO DE ALTO NÍVEL IMERSÃO EM SOLUÇÕES GERMICIDAS APLICAÇÃO: ARTIGOS SEMICRÍTICOS INSTRUMENTAIS TERMOSENSÍVEIS CUIDADOS NO PROCESSO DE DESINFECÇÃO DE ARTIGOS SEMI-CRÍTICOS Limpeza rigorosa e secagem completa antes da imersão Os materiais devem ser completamente imersos na solução, inclusive com os lumens preenchidos Controle rigoroso do tempo de contato cronometro Enxague com água estéril Secar com compressa estéril ou ar comprimido medicinal Monitorar a concentração das soluções em uso método colorimétrico - fitas reagentes Uso de EPI s e estrutura física adequada

SUPERFÍCIES FIXAS E ARTIGOS NÃO CRÍTICOS Alto nível e intermediário ÁLCOOIS COMPOSTOS LIBERADORES DE CLORO MONOPERSSULFATO DE POTÁSSIO só superfícies ÁCIDO PERACÉTICO + PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO ÁCIDO PERACÉTICO in situ QUATERNARIO DE AMÔNIO DE 4ª. G + ASSOCIAÇÕES GLUCOPROTAMINA

SUPERFÍCIES FIXAS E ARTIGOS NÃO CRÍTICOS ÁLCOOL 70% (p/p) MODO DE USAR Fricção por 30 ou intercalar 3 aplicações c/ secagem natural Imersão 10 CARACTERÍSTICAS Não mancha Ação rápida Não deixa resíduos Evaporação pode alterar a concentração Inativado por matéria orgânica Danifica lentes Tende a endurecer plásticos e borrachas

SUPERFÍCIES FIXAS E ARTIGOS NÃO CRÍTICOS HIPOCLORITO DE SÓDIO É utilizado nas concentrações de 0,02 a 1% 0,5% (50000 p.p.m) p/ C. difficile Artigos de Láctarios e Cozinha 0,02% (200 p.p.m) 60 Artigos de inaloterapia e oxigenoterapia 0,1% (1.000 p.p.m) por 30 M. tuberculosis CARACTERISTICAS Baixo custo e ação rápida Corrosivo para metais Baixa toxicidade e irritabilidade Inativado pela matéria orgânica Sofre ação do calor e da luz (frascos opacos, bem fechados)

SUPERFÍCIES FIXAS MONOPERSSULFATO DE POTÁSSIO ATUA EM PRESENÇA DE MATÉRIA ORGÂNICA Limpeza e Desinfecção simultâneas Tempo de contato: 10, com remoção do resíduo do produto Validade: 5 dias ou perda de coloração rósea

SUPERFÍCIES FIXAS E ARTIGOS NÃO CRÍTICOS ÁCIDO PERACÉTICO + PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO SOLUÇÃO a 0,5% ATUA EM PRESENÇA DE MATÉRIA ORGÂNICA 0,5% - Limpeza e Desinfecção simultâneas em superfícies Cuidado na diluição automatizada pressão d água Monitorar a concentração da solução Estabilidade: 7 dias

SUPERFÍCIES FIXAS E ARTIGOS NÃO CRÍTICOS NOVOS PRODUTOS QUATERNÁRIO DE AMÔNIO DE 4ª. G + ASSOC. Optigerm - Oleak GLUCOPROTAMINA Incidin Extra N - Profilática DETERGENTE ENZIMÁTICO COM AÇÃO ANTIMICROBIANA (RDC nº 40 de 2008)

MÉTODOS PARA MONITORAR AS PRÁTICAS DE LIMPEZA/DESINFECÇÃO

*SISTEMA DE MARCAÇÃO FLUORESCENTE (glow germ + lâmpada UV) 1. Marcar as superfícies que se deseja avaliar com pó fluorescente invisível 2. Realiza o processo de limpeza e desinfecção conforme rotina 3. Escurecer o ambiente e verificar o resultado da limpeza com luz UV

**CONTAGEM DE COLÔNIAS AERÓBICAS INDICADO SOMENTE EM SITUAÇÕES ESPECIFICAS: SURTOS ÁREAS LIMPAS

COLETA DE AMOSTRA

***BIOLUMINESCÊNCIA COM ATP (adenosina trifosfato) Aumento em nº de células ou contaminação microbiana Aumentam os níveis de ATP Aumenta a emissão de luz (RLU) Equipamento 3M QUAIS LIMITES SÃO ACEITÁCEIS?

FATORES QUE CONTRIBUEM PARA LIMPEZA/DESINFECÇÃO INADEQUADA Equipes não entram em acordo sobre quem deve higienizar Equipes muitas vezes não compreendem: Qual detergente/desinfetante deve ser utilizado Qual concentração deve ser utilizada Qual a forma de aplicação Tempo para liberação para uso Outros fatores: A necessidade de liberar o mais rápido possível (efeito tornado) Equipes pequenas Mudanças frequentes dos profissionais ( turnover )

PRINCIPAIS FONTES ANTI-SÉPTICOS 2002 1999 2009 2009

HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS Higienização Simples - 40 a 60 Remove os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele (microbiota transitória), assim como suor, oleosidade e células mortas. Não apresenta ação sobre a microbiota residente. Higienização Anti-Séptica 40 a 60 Promove a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos. Fricção de Mãos com Anti-Séptico 20 a 30 Reduz a carga microbiana, não remove sujidades (substitui a Higienização simples, para as mãos visivelmente limpas) Anti-sepsia Cirúrgica de Mãos ou Preparo Pré-operatório das Mãos 3 a 5 Elimina a microbiota transitória e reduz a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual.

OS 5 MOMENTOS DA HIGIENIZAÇÃO DE MÃOS

ANTI-SÉPTICOS MAIS UTILIZADOS GRUPO Álcoois (70%p/p ou 77% v/v) Clorexidina (2% ou 4%) Compostos de Iodo Iodóforos (1% iodo livre) Triclosan INDICAÇÕES DE USO 1. Fricção anti-séptica de mãos 2. Higienização anti-séptica de mãos 3. Preparo cirúrgico de mãos 3 a 5 1ª. Cirurgia / 2 a 3 cirurgias subsequentes 1. Higienização anti-séptica de mãos 2. Preparo cirúrgico de mãos 3. Preparo cirúrgico de pele 4. Banho pré-operatório 5. Higiene oral (0,12%) Em desuso: Causam queimaduras na pele e são Irritantes quando usados na higienização anti-séptica das mãos 1. Preparo cirúrgico de mãos 2. Preparo cirúrgico de pele 3. Sondagem vesical Dados insuficientes para classificar esse agente como seguro e efetivo como anti-séptico de mãos (ANVISA. Higiênização de Mãos, 2009)

SOLUÇÕES ANTI-SÉPTICAS GRUPO Bactérias Gram - Bactérias Gram + Micobacterias Fungos Virus Velocidade de Ação Mantém atividade na presença de matéria orgânica Álcoois +++ +++ +++ +++ +++ Rápida Não Clorexidina (2% ou 4%) +++ ++ + + +++ Intermediária Sim Compostos de Iodo +++ +++ +++ ++ +++ Intermediária Não Iodóforos +++ +++ + ++ ++ Intermediária Não Triclosan +++ ++ + - +++ Intermediária Não +++ excelente / ++ bom / + regular / - nenhuma ou insuficiente atividade antimicrobiana Adaptado de Higienização de Mãos ANVISA, 2009

GRUPO Álcoois (70%p/p ou 77% v/v) Clorexidina (2% ou 4%) Iodóforos (1% iodo livre) SOLUÇÕES ANTI-SÉPTICAS COMENTÁRIOS 1. Não apresentam efeito residual 2. Devem ser livres de esporos, quando utilizados para anti-sepsia de pele antes de procedimentos invasivos 3. Não utilizar soluções alcoólicas em mucosas ou olhos 4. Anti-séptico de maior utilização para higienização de mãos 5. Após atender pacientes com C. difficile, higienizar as mãos com água e sabonete, seguida de fricção com álcool 70% 1.Apresenta efeito residual (6h) 2. Raras reações alérgicas 3. Apresenta ototoxicidade, toxicidade ocular 4. Pode manchar tecidos se utilizado com compostos clorados 1. Irritação da pele menor que a de compostos de iodo,porém com aceitabilidade variável 2. Apresenta efeito residual (2 a 4h) 4. Não devem ser utilizados em gestantes, mulheres que estão amamentando e recém-nascidos, risco de hipotireoidismo, quando utilizado em amplas áreas e por tempo prolongado (Manual de Cirurgia Segura, ANVISA, 2009)

Realizar anti-sepsia do local de inserção do catéter. Evitar o uso de tintura de iodo devido ao efeito potencial sobre a tireóide neonatal. Outros produtos contendo iodo (PVP-I) podem ser utilizados. (categoria IB) Clorexidina não é aprovada pelo FDA para crianças menores de 2 meses 15% dos neonatos com < 1000g que utilizaram clorexidina tiveram dermatite de contato Clorexidina alcoólica 0,5% diminui a colonização relacionada a catéter venoso central, porém não reduziu a incidência de infecção

LEMBRETES CUIDADO COM AS MÃOS: utilizar diariamente cremes hidratantes Não passar álcool 70% após degermação cirúrgica de mãos ou higienização anti-séptica FRICÇÃO DAS MÃOS COM ÁLCOOL 70%: A quantidade de álcool deve cobrir toda a superfície das mãos Mesma técnica da Higienização Simples de Mãos Utilizar sempre na mão seca Não secar papel toalha

AVALIAÇÃO DE NOVAS TECNOLOGIAS DESINFETANTES HOSPITALARES E ANTI-SÉPTICOS PRODUTO DOCUMENTAÇÃO, CARACTERISTICAS E CUSTO PARCIAL PROCESSO AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TÉCNICA, PRATICIDADE E TEMPO RESULTADO ACEITAÇÃO DA EQUIPE E CUSTOS

DOCUMENTAÇÃO AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO NO MS REGISTRO DO PRODUTO NO MS (1 anti-sépticos / 2 cosméticos /3 Saneantes-Desinfetantes) CERTIFICADO DE BOAS PRÁTICAS LAUDOS DE EFICÁCIA (RDC Nº 35/2010 e RDC Nº 14/2007) LAUDOS TOXICOLÓGICOS

AVALIAÇÃODE NOVAS TECNOLOGIAS CARACTERISTICAS DO PRODUTO DESINFETANTES HOSPITALARES ANTI-SÉPTICOS Espectro de ação antimicrobiana Ação sobre matéria orgânica Biodegradabilidade Solução pronta para uso Compatibilidade com materiais Inodoro ou de odor agradável Espectro de ação antimicrobiana Baixa inativação por matéria orgânica Ação rápida, com efeito residual e cumulativo Não causar hipersensibilidade, irritação e fissuras Inodoro ou de odor agradável Baixa toxicidade AVALIAÇÃO PRELIMINAR DE CUSTOS

AVALIAÇÃODE NOVAS TECNOLOGIAS AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO AMOSTRA: definir locais de teste - maiores usuários DEFINIR CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO (CHECK-LIST) VIÉS - Técnicos - Praticidade de utilização - Tempo de processo X custos AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS ACEITAÇÃO DA EQUIPE E CUSTOS EFICÁCIA SEGURANÇA CUSTOS

CUIDADOS NA ARMAZENAGEM, DILUIÇÃO E UTILIZAÇÃO Em locais específicos (prateleiras) Não expor ao sol e calor excessivo (15º-30º C) ARMAZENAGEM Profissionais capacitados Qualidade da água Concentração do produto diluído Validade pós diluição Embalagens descartáveis ou processo de higienização validado DILUIÇÃO Indicações de uso ( concentrações para processos) Técnica de utilização/aplicação Respeitar o tempo de contato UTILIZAÇÃO TREINAMENTO/CAPACITAÇÃO DE TODAS AS ETAPAS DO PROCESSO

FONTES UTILIZADAS ANVISA. Limpeza e desinfecção de superficies, 2010. ANVISA. Manual de Cirurgia Segura, 2009. ANVISA. Manual de Higiene de Mãos. Guideline for Disinfection and Sterilization in Healthcare Facilities, 2008. Guideline for Hand Hygiene, 2002. Guideline for Prevention of Surgical Sites, 1999. APECIH. Limpeza, Desinfecção e Esterilização de Artigos em Serviços de Saúde, 2010. Resolução RDC Nº 35, de 16 de Agosto de 2010. Resolução RDC Nº 33, de 16 de Agosto de 2010. Resolução Nº 14 de 28 de Fevereiro de 2007. SVS/DEVS/DVVSP. Nota Técnica anexa ao Memo Circular Nº 125/2012