O PAPEL DO COAF NA PREVENÇÃO E COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO E AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO. Outubro de 2014

Documentos relacionados
O CRUZAMENTO DE INFORMAÇÕES SOB A ÓTICA DOS ÓRGÃOS DE CONTROLE CRC/RS - COAF

MINISTÉRIO DA FAZENDA UNIDADE DE INTELIGÊNCIA FINANCEIRA DO BRASIL. Abril de 2018

19 de Setembro de 2013 Hotel Tivoli São Paulo Mofarrej

A seguir, é apresentado o volume de comunicações efetuadas pelos setores obrigados entre 1998 e 2014:

O que faz o COAF? Brasília,julho de 2019

MINISTÉRIO DA FAZENDA UNIDADE DE INTELIGÊNCIA FINANCEIRA DO BRASIL

Informações sobre Comunicação de não ocorrência/ Declaração Negativa referente ao exercício de 2017

CTVM, DTVM e o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à LD/FT. Departamento

Notícia de Portugal. Visão geral. Atividades e Profissões Não Financeiras Designadas (APNFD) 02/05/2017. O notário contra a lavagem de dinheiro

PROBLEMA: DROGAS - CRIME ORGANIZADO. RESPOSTA: Convenção de Viena PRIVAR OS CRIMINOSOS DOS PRODUTOS DO CRIME COMO:

SIGILOSO. Via Destinada a (ao): MPF/RJ. Relacionados Crédito Débito Provisionamento Crédito Débito

ANBIMA CONGRESSO DE FUNDOS DE INVESTIMENTO

A ATUAÇÃO DO COAF NA SUPERVISÃO DO SEGMENTO DE FOMENTO

Tipologias na Perspectiva da Inteligência Financeira

SIGILOSO. Via Destinada a (ao): DPF/PR. Relacionados Crédito Débito Provisionamento Crédito Débito

ANEXO I BICICLETA ESCOLAR. Modelo de ofício para adesão à ata de registro de preços (GRUPO 1)

O Papel do Banco Central no Sistema Nacional de PLD/CFT

COAF. Conselho de Controle de Atividades Financeiras. Phelipe Linhares

TABELA I - OPERAÇÕES REALIZADAS PELAS DISTRIBUIDORAS

CAF: CONTAG: CPR: FETRAF: NPT: ONG: PNCF: SAC: SAT: SIB: SIC: SQD: UTE:

COAF - RESOLUÇÃO Nº 14, DE 23 DE OUTUBRO DE 2006

CIRCULAR Nº 19/2013 REF.: PREVENÇÃO DE LAVAGEM DE DINHEIRO E AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO

LAVAGEM DE DINHEIRO NO MERCADO DE SEGUROS. Professor: Aluízio Barbosa

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.530, DE 22 DE SETEMBRO DE O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no uso de suas atribuições legais e regimentais,

Política de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e ao Financiamento do Terrorismo. São Paulo, dezembro de 2013 Versão 1

RES CFC 1.445/13 DECLARAÇÃO NEGATIVA OU DECLARAÇÃO DE INEXISTENCIA DE OPERAÇÕES AO COAF

Tipo de Frete Estado Capital Peso do pedido (até) Frete capital Frete interior 1 AC RIO BRANCO 5,00 57,23 65,81 1 AC RIO BRANCO 10,00 73,49 84,51 1

22 de setembro de 2015 Belo Horizonte Luciano Nunes

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13

RESOLUÇÃO CFC N.º 1.445/13 CRIME DE LAVAGEM DE DINHEIRO

A Lei nº 9.613/98, e alterações posteriores, definem a lavagem como:

Corretores de Imóveis e Imobiliárias - Brasil. Quantos são e onde estão

DADOS ESTATÍSTICOS DE PRETENDENTES - BRASIL TOTAL % 1. Total de Pretendentes cadastrados: ,00%

Documento Base do GT Coleta de Assinaturas Partido Pirata

CONSELHEIROS DO COAF EM 31/12/2014. MINISTRO DA FAZENDA Joaquim Vieira Ferreira Levy

O ISS e o SIMPLES NACIONAL Questões Relevantes em Silas Santiago Secretário-Executivo Comitê Gestor do Simples Nacional

Candidatos por Vaga Processo Seletivo Simplificado / 2008: IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - ANALISTA CENSITÁRIO

Palestra COAF. Outubro 2015

Corretores de Imóveis e Imobiliárias - Brasil. Quantos são e onde estão

Mortos e Acidentes por Unidade Federativa

Prouni Balanço das inscrições e resultados

CAF: CONTAG: CPR: FETRAF: NPT: ONG: PNCF: SAC: SAT: SIB: SIC: SQD: UTE:

Palestra. Fiscalização Preventiva: "Orientações e Procedimentos" Agosto/2016. Elaborado por: JANEIRO/

Dispõe sobre os procedimentos a serem observados pelas empresas de fomento comercial ou mercantil (factoring).

Valor integral da anuidade para 2019* Descontos Pagamento à vista até 10/1 R$ 700,00. Pagamento parcelado 8x de R$ 100,00.

COAF - RESOLUÇÃO Nº 24, DE 16 DE JANEIRO DE 2013 (Esta Resolução entra em vigor em )

Comparativo da Receita

Comparativo da Receita

CAF: CONTAG: CPR: FETRAF: NPT: ONG: PNCF: SAC: SAT: SIB: SIC: SQD: UTE:

Apresentação do resultado consolidado da pesquisa sobre Boas Práticas em Contratações Públicas

ALTERAÇÕES NO RICMS/MG

Nova Pesquisa Nacional de Ataques a Bancos

Produtos e Serviços Financeiros no Varejo

Consolidação das Coletâneas I, II e III, ampliada e atualizada em julho de 2016

MANUAL DE PREVENÇÃO E COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO

PONTO 1: LAVAGEM DE DINHEIRO 1. LAVAGEM DE DINHEIRO. Lei nº 9.613/98. Gerações: lavagem está sempre relacionada a outro crime.

CONSELHEIROS DO COAF EM 31/12/2018 EM 31/12/2018. MINISTRO DA FAZENDA Eduardo Refinetti Guardia

MERCADO BRASILEIRO CAPITALIZAÇÃO

Nota de Acompanhamento de Beneficiários Edição: Nº Data base: Outubro de 2018

MANDATO EM Foram pesquisados ao todo (69,2%) dos municípios brasileiros, tornando esta amostra extremamente representativa.

MAGISTRATURA FEDERAL

C AF ATUAÇÃO DO COAF NA PREVENÇÃO E COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO E AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO

MERCADO BRASILEIRO CAPITALIZAÇÃO

Nota de Acompanhamento de Beneficiários Edição: Nº Data base: Julho de 2016

CPLD-FT - Guia de Referência de Estudos_. Versão 001- Dezembro 2017

MERCADO BRASILEIRO DE SEGURO GARANTIA I BIMESTRE DE 2011

COAF Resolução 23 - Comercialização de JÓIAS Qua, 09 de Janeiro de :47 - Última atualização Seg, 28 de Janeiro de :57

CONTEÚDO Seção I - Do Alcance Seção II - Dos procedimentos e controles internos Seção III - Do Cadastro de Clientes

Balanço do Programa Caminho da Escola

POLÍTICA DE PREVENÇÃO E COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO DA IDEIASNET S.A.

Nota de Acompanhamento de Beneficiários Edição: Nº Data base: Janeiro de 2018

Art. 1º Os arts. 1º e 5º da Circular nº 3.461, de 24 de julho de 2009, passam a vigorar com a seguinte redação: "Art. 1º...

SESI EM NÚMEROS Um retrato do hoje

CONSELHO FEDERAL DE ECONOMIA

IMÓVEIS DO FUNDO DO REGIME GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Eleições municipais atuação do controle social. Denise Goulart Schlickmann Secretária de Controle Interno e Auditoria TRE/SC

Comparativo da Receita TAXAS PELO EXERCÍCIO DO PODER DE POLICIA ANOTAÇÃO DE RESPONSABILIDADE TÉCNICA. Anotação de Responsabilidade Técnica

Associação Comercial, Industrial e de Serviços ACI

Incubadoras em Implantação. Distribuição regional NORTE AM 01 AP 02 PA 03 RO 01 TO 01 TOTAL 08

Superior Tribunal de Justiça

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS EM CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR E DE NÍVEL MÉDIO DEMANDA DE CANDIDATOS POR VAGA

Observatório do Turismo de Bonito-MS Boletim Informativo Setembro 2015

É um seguro que garante ao Proprietário o recebimento dos aluguéis e de outras despesas mensais quando o inquilino deixar de pagar o aluguel.

CREA/PR. Comparativo da Receita. Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Parana CNPJ: / Página:1/5

Ferramenta de Exportação Como auxiliar na internacionalização das empresas. Moacir Araújo Tosin Superintendente Comercial

MERCADO BRASILEIRO DE SEGUROS AUXÍLIO FUNERAL

CFO Conselho Federal de Odontologia CNPJ: /

CFO Conselho Federal de Odontologia CNPJ: /

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL Seção de São Paulo SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA STJ. Atualizado em 09/11/2016

O aumento dos Senadores e Deputados Federais e seu impacto nas outras esferas

CIDE Combustíveis e a Federação

BAHIA. Previdenciária. ria PNAD BRASÍLIA, MAIO DE 2011

Nota de Acompanhamento de Beneficiários Edição: Nº Data base: Dezembro de 2017

POLÍTICA DE PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO

Observatório do Turismo de Bonito-MS Boletim Informativo Outubro 2015

MERCADO BRASILEIRO DE CAPITALIZAÇÃO JAN A DEZEMBRO DE 2014 SUSEP SES

FONTE DE DADOS. Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde: Dados de todos os estabelecimentos de saúde do Brasil.

NORMA DE PREVENÇÃO À LAVAGEM DE DINHEIRO E COMBATE AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO NA GESTÃO DE RECURSOS DE TERCEIROS

Transcrição:

MINISTÉRIO DA FAZENDA UNIDADE DE INTELIGÊNCIA FINANCEIRA DO BRASIL O PAPEL DO COAF NA PREVENÇÃO E COMBATE À LAVAGEM DE DINHEIRO E AO FINANCIAMENTO DO TERRORISMO Outubro de 2014 1

Criação do COAF Art. 14 da Lei nº 9.613/98 Lei nº 9.613/98 Tipificação do crime de lavagem de dinheiro Instituição de controles para prevenção à lavagem de dinheiro Criação do COAF Tipo penal e disposições processuais especiais Pessoas sujeitas aos mecanismos de controle Obrigações Regulação e Supervisão Inteligência Financeira Responsabilidade administrativa (sanções) Políticas e procedimentos específicos Identificação de clientes Regular setores econômicos Aplicar penas administrativas Receber Analisar Manutenção de registros Disseminar Comunicação de operações financeiras 2

Setores Obrigados Art. 9º da Lei 9.613/98 COAF Joias Bens de luxo Assessoria etc BACEN Bancos e cooperativas Consórcios Corretoras e distribuidoras Arranjos de pagamento COFECI Promoção Imobiliária/Compra/ venda de imóveis CVM Títulos e Valores Bolsas PREVIC Previdência complementar fechada SUSEP Seguradora Previdência aberta Capitalização ANS Operadoras de planos de saúde DPF Transportadora de valores CFC Contadores, empresas contábeis e auditores SEAE Loterias COFECON Economistas, empresas de assessoria econômica e financeira DREI (DNRC) Juntas comerciais COAF Factoring >> BACEN Bolsas de mercadorias >> CVM Arte e antiguidades >> IPHAN Cartões >> BACEN TJs/CNJ Registros públicos SEAE Sorteios e promoções comerciais OAB / CFA Assessoria etc???? Atletas, artistas, feiras, exposições Bens de alto valor de origem rural 3

O Processo de Produção de Inteligência Financeira RELATÓRIO DE INTELIGÊNCIA FINANCEIRA RIF Setores Obrigados Autoridades Público em geral COAF Autoridades Competentes Recebimento Análise Disseminação COMUNICAÇÕES SOLICITAÇÕES DE INTERCÂMBIO DENÚNCIAS 4

COMUNICAÇÕES RECEBIDAS DOS SETORES OBRIGADOS ATÉ 15/09/2014 COMUNICAÇÕES RECEBIDAS DOS SETORES OBRIGADOS SETORES OBRIGADOS - ART. 9 DA LEI 9.613/98 1998-2010 2011 2012 2013 2014 Total % Util Bens de Luxo ou de Alto Valor 0 0 0 3.589 2.985 6.574 0,65 Cartões de Crédito 1.257 558 14.166 26.368 20.885 63.234 0,80 Factoring 70.381 15.026 17.114 32.376 12.933 147.830 5,85 Jóias, Pedras e Metais Preciosos 74 28 176 321 321 920 3,37 Objetos de Arte e Antiguidades 13 3 19 9 21 65 1,54 Remessa Alternativa de Recursos 5.590 1.069 24.170 61 223 31.113 3,24 Assessoria, Consultoria, Auditoria, etc 0 0 1 8 9 18 11,11 COAF 0,07% COFECI 0,34% Imóveis 15.789 3.768 5.473 4.446 2.401 31.877 2,64 PREVIC 0,65% Previdência Complementar 33.403 6.076 7.433 7.152 6.156 60.220 0,36 BACEN 52,74% Instituições Financeira (COE) 1.824.578 729.395 811.869 859.994 656.026 4.881.862 7,18 Instituições Financeiras (COS) 134.678 37.237 41.819 53.244 39.537 306.515 15,88 SEAE 7,37% Loterias e Sorteios 150.322 162.128 195.499 170.789 3.194 681.932 0,54 CVM 0,10% Mercado de Valores Mobiliários 4.264 1.176 1.139 1.616 1.384 9.579 9,64 SUSEP 32,76% Seguro, Previdência, Capitalização e Resseguro 2.075.699 332.606 467.512 125.451 31.637 3.032.905 1,28 DPF 0,02% Transporte e Guarda de Valores 5 17 1.014 723 131 1.890 1,27 CFC 0,00% Assessoria, Consultoria, etc 0 0 0 0 62 62 1,61 COFECON 0,00% Assessoria, Consultoria, etc 0 0 0 0 0 0 0,00 LEI 0,00% Outros setores previstos na Lei nº 9.613/1998 0 0 23 86 18 127 0,79 TOTAL 100,00% 4.316.053 1.289.087 1.587.427 1.286.233 777.923 9.256.723 4,90 5

COMUNICAÇÕES RECEBIDAS POR UF EM 2014 COMUNICAÇÕES RECEBIDAS POR UF UF COS COE OUTRAS Total %PART AC 115 1.817 46 1.978 0,25% AL 152 5.042 422 5.616 0,72% AM 407 16.052 797 17.256 2,22% AP 37 3.222 111 3.370 0,43% BA 938 18.390 2.752 22.080 2,84% CE 487 20.108 1.509 22.104 2,84% DF 767 8.088 2.157 11.012 1,42% ES 436 7.757 1.678 9.871 1,27% GO 1.053 17.914 2.334 21.301 2,74% MA 211 9.942 728 10.881 1,40% MG 4.496 52.374 6.489 63.359 8,14% MS 764 6.528 1.214 8.506 1,09% MT 1.391 5.652 1.131 8.174 1,05% PA 391 17.665 802 18.858 2,42% PB 153 6.410 427 6.990 0,90% PE 820 20.638 1.841 23.299 3,00% PI 66 7.742 418 8.226 1,06% PR 3.621 27.832 6.444 37.897 4,87% RJ 3.943 52.036 11.795 67.774 8,71% RN 212 7.279 796 8.287 1,07% RO 350 5.073 314 5.737 0,74% RR 25 2.500 66 2.591 0,33% RS 2.079 53.043 4.796 59.918 7,70% SC 2.806 25.216 4.365 32.387 4,16% SE 73 7.808 244 8.125 1,04% SP 13.648 247.975 28.308 289.931 37,27% TO 94 1.923 377 2.394 0,31% Total 39.535 656.026 82.361 777.922 100,00% Fonte: SISCOAF em 15/09/2014 6

TIPOS DE COMUNICAÇÕES COS - pressupõe a descrição da suspeição, da devida diligência, de informações do princípio conheça o seu cliente, e que permita seguir o dinheiro - ANÁLISE DE MÉRITO 7

TIPOS DE COMUNICAÇÕES COA - pressupõe comunicação pelo fato definido, AUTOMÁTICA E SEM ANÁLISE DE MÉRITO. 8

Avaliação da Qualidade das COS Feedback ao comunicante ITEM QUESITOS PARA AVALIAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES PONTUAÇÃO I II Envolvidos e informações substancialmente idênticas a fenômenos já comunicados pela mesma instituição nos últimos seis meses? Comunicação foi motivada exclusivamente pelo recebimento de ofício judicial determinando a quebra do sigilo bancário ou por notícia de mídia, ou apresenta valor simbólico, e não apresenta detalhamento da movimentação que permita identificar a origem/destino dos recursos ou agregar outros dados relevantes? Terminativa Terminativa III IV V VI VII VIII Comunicação recepcionada no Siscoaf em período inferior a três meses da data do final da operação comunicada? Informações adicionais da comunicação apresentam compatibilidade com os enquadramentos, explicando os sinais de alerta identificados? Comunicação apresenta informações adicionais que permitam identificar a origem de parte relevante dos recursos, inclusive contrapartes? Comunicação apresenta informações adicionais que permitam identificar o destino de parte relevante dos recursos, inclusive contrapartes? Comunicação apresenta informações adicionais que permitam identificar as características da movimentação financeira informada? Comunicação apresenta elementos derivados do princípio conheça seu cliente, que permitam identificar a situação ou comportamento do cliente? A nota final da comunicação é dada pelo somatório da pontuação (P) atribuída a cada um dos quesitos III a VIII, dividida por dois, exceto no caso de resposta positiva nas questões 1 e/ou 2, quando a nota final será 1 SOMATÓRIO DA PONTUAÇÃO NOTA CONCEITO P/2 1 1 Insuficiente 1 < P/2 2 2 Insuficiente 2 < P/2 3 3 Regular 3 < P/2 5 4 Bom 5 < P/2 < 6 5 Muito Bom P/2 = 6 6 Excelente 1 2 2 2 2 3 9

O Processo de Produção de Inteligência Financeira Gerenciamento de Riscos e de Prioridades RECEBIMENTO DAS COMUNICAÇÕES SISCOAF/ANÁLISE SISTÊMICA Regras de Diferimento pelo sistema DISTRIBUIÇÃO ALEATÓRIA ANÁLISE INDIVIDUALIZADA DAS COMUNICAÇÕES Regras de Diferimento pelo analista CENTRAL DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E PRIORIDADES Cálculo do Risco e Classificação dos Casos pelo Risco CASO RELATÓRIO DE INTELIGÊNCIA FINANCEIRA Comitê Consultivo Alçadas e Competências 10

Análise de Inteligência Financeira Recebimento Análise Disseminação CPF e CNPJ CNIS Infoseg TSE Base de Dados do SISCOAF DOI SIAPE SIR Segregação de perfis para acesso às bases de dados COMUNICAÇÕES AUTOMÁTICAS COMUNICAÇÕES SUSPEITAS (ATÍPICAS) Convênios para utilização de bases de dados externas Grandes Devedores União DPV INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES COM AUTORIDADES NACIONAIS INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES COM UIFs CNE Comércio Exterior 11

Consulta Integrada Consulta Integrada Registros/Ocorrências de: FULANO DA SILVA (000.000.00-00) Informações da Secretaria da Receita Federal: Dados cadastrais da pessoa CPF: 000.000.000-00 Nome: FULANO DA SILVA Nome da mãe: FULANA DA SILVA Data do nascimento: 20/02/1956 Sexo: M Situação cadastral: Regular Unidade Administrativa: 0818000 Município: SAO PAULO UF: SP CEP 000000 Logradouro: Rua... Complemento: APTO 202 Número: 1786 Bairro: x Telefone: 0011-00000000 Fax: 0011-00000000 Ano Óbito: 0000 E-mail: Data da inscrição: 00/00/0000 Estrangeiro: N País: Sociedade em empresas Sócio das empresas Votante Social Data Data Nome CPF/CNPJ Qualificação % % inclusão exclusão XXX 00.000.000/0001-00 SOCIO 0,00 80,00 05/11/1999 00/00/0000 SOCIO YYYY 00.000.000/0001-01 0,00 37,00 19/04/2000 00/00/0000 ADMINISTRADOR AAA 00.000.000/0001-33 ADMINISTRADOR 0,00 1,00 18/09/2008 05/10/2009 Responsável pelas empresas Nome xxxxxx 00.000.000/0001-00 CPF/CNPJ Operações Imobiliárias Consulta CNIS Informações do SIAPE: Informações do TSE Nada Consta Base de Grandes Devedores da União (PGFN) Nada Consta Tomadas de Contas Especiais (TCE) - Base de dados do TCU Nada Consta Informações do Portal da Transparência Nada Consta Bases Complementares 12

ESTUDO DE CASOS

Envolvido : Sr. José Policial de Carreira Data do Fato : 31.03.2003. Valor da Ocorrência : R$ 238.600,00 Abertura da Conta : 27.01.2003 Enquadramento na Carta-Circular 2.826 BACEN: Movimentação de recursos incompatíveis com o patrimônio, a atividade Econômica ou a ocupação profissional e a capacidade presumida do cliente (II a ). Operação ou proposta no sentido de sua realização, com vínculo direto ou indireto, em que a pessoa estrangeira seja residente, domiciliada ou tenha sede em região considerada paraíso fiscal, ou em locais onde é observada a prática contumaz dos crimes previstos no art. 1 da Lei n 9.613/98 (III a ). Informações Adicionais: Policial Federal, residente em Vitória (ES). Renda mensal declarada R$ 3.500. Recebimento de depósitos via transferência eletrônica e de ordem de pagamento do exterior, com a seguinte movimentação: Fev/03 R$ 120 mil, Mar/03 R$ 118 mil.

Envolvido : Sr. José Fazendeiro Data do Fato : 31.05.2003. Valor da Ocorrência : R$ 210.320,00 Abertura da Conta : 27.01.1999 Enquadramento na Carta-Circular 2.826 BACEN: Movimentação de recursos incompatíveis com o patrimônio, a atividade Econômica ou a ocupação profissional e a capacidade presumida do cliente (II a ). Informações Adicionais: Pecuarista, com renda mensal declarada R$ 5.000. Movimentação acima da capacidade financeira declarada em cadastro. Movimentação (Débitos e Créditos): Dez/02 R$ 11 mil, Jan/03 R$ 31 mil, Fev/03 R$ 72 mil, Mar/03 R$ 35 mil, Abr/03 R$ 42 mil, Mai/03 R$ 29 mil. Conta conjunta com a esposa (Sra....) e possui contas de poupança n 99999 e 88888.

Envolvido: Sr. José Policial de Carreira ANÁLISE INTERNA: Policial recém transferido de Brasília(DF) para Vitória (ES). Consta venda de imóvel situado na Asa Sul, registrada no DOI pelo valor de R$ 220 mil. Há registro ainda, de aquisição de imóvel, em Vitória, no valor de R$ 185 mil. Valores recebidos em conta corrente, mediante DOC e transferência Internacional, são oriundos do SR. XXXXX, comprador do imóvel em Brasília. Considerando-se que as operações acham-se inscritas nos registros da SRF, entendemos afastados os indícios que pairavam sobre a movimentação. Diante do exposto, propomos o diferimento da presente Comunicação.

ESTUDO DE CASOS DIFERIR

Envolvido: Sr. José Fazendeiro ANÁLISE INTERNA: Trata-se de comunicação oriunda do Banco X, agência de Brejinho(PE), município com 7 mil habitantes, localizado no polígono da maconha. Consta em seu nome 2 fazendas, com registro de improdutivas junto ao INCRA. As movimentações financeiras do Sr. José foi comunicada Às autoridades competentes e ocasionando a chamada Operação Mandacaru. Sr. José movimentou milhões em outras contas, no período de junho/98 a julho/99. Relatório envolveu 391 nomes originados da citada operação.

ESTUDO DE CASOS Ministério Público

Central de Gerenciamento de Riscos e de Prioridades 20

Distribuição de Casos para análise, com base na pontuação de risco 21

Caso 22

Relatório de Inteligência Financeira SIGILOSO O conteúdo deste Relatório de Inteligência Financeira é protegido por sigilo constitucional, inclusive nos termos da Lei Complementar 105, de 10 de janeiro de 2001, não estando, portanto, sujeito às classificações da Lei 12.527, de 18 de novembro de 2011, ficando o destinatário responsável pela sua preservação. Relatório de Inteligência Financeira n.0000 Data: --DataFinalizacao-- Difusão: AUTORIDADE Via Destinada a (ao): --Orgao-- Resumo das Operações Financeiras de que trata a Lei 9.613/98 R$ Milhões Relacionados Qtde COE* COS** Crédito Débito Provisionamento Crédito Débito Outras*** Pessoa Física 8 Pessoa Jurídica 6 0,14 4,33 0,00 0,42 0,46 0,00 Total 14 5,34 *Comunicações de Operações em Espécie **Comunicações de Operações Suspeitas; ***Comunicações dos demais segmentos e COS, do Sistema Financeiro, recebidas até 14/09/2009 RELATO Anexo I do RIF Relação de comunicações automáticas de operações. Anexo II do RIF Relação das pessoas físicas e jurídicas citadas. Dado o grande volume de informações recebidas, a atualização automática deste relatório não pode ser assegurada. Em caso de necessidade, roga-se às autoridades interessadas que solicitem a sua atualização. 23

Relatórios de Inteligência Financeira RIF produzidos Quantidade de comunicações e de pessoas relacionadas nos RIFs 24

Relatórios de Inteligência Financeira Difusão de RIF por UF - 2014 25

Intercâmbio de Informações PEDIDOS DE INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES RECEBIDOS 2003-2013 2014 TOTAL PJ 29,53% DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL 5.365 483 5.848 POLÍCIA CIVIL 1.075 251 1.326 MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL 1.634 127 1.761 MP 8,89% MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL 4.226 622 4.848 PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA 10 5 15 OUTROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO 10 0 10 JUSTIÇA FEDERAL 1.276 78 1.354 JU 6,84% JUSTIÇA ESTADUAL 1.446 158 1.604 OUTROS DO JUDICIÁRIO 209 178 387 SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL 496 84 580 FC 2,93% CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO 464 9 473 COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO 58 0 58 DIVERSOS 365 6 371 ÁFRICA 13 2 15 AMÉRICA CENTRAL/CARIBE 87 11 98 AMÉRICA DO NORTE 73 4 77 EX 0,08% AMÉRICA DO SUL 255 26 281 ÁSIA 31 4 35 EUROPA 632 27 659 OCEANIA 3 1 4 TOTAL 17.728 2.076 19.804 Posição em 15/09/2014 26

Pedidos enviados para UIFs PEDIDOS DE INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES ENVIADOS 2003-2013 2014 TOTAL ÁFRICA 6 1 7 AMÉRICA CENTRAL/CARIBE 149 6 155 AMÉRICA DO NORTE 177 11 188 EX AMÉRICA DO SUL 126 1 127 ÁSIA 22 3 25 EUROPA 268 24 292 OCEANIA 9 0 9 TOTAL 757 46 803 Posição em 15/09/2014 27

Corrupção e Fraude em Licitação

CORRUPÇÃO E FRAUDE EM LICITAÇÃO SINAIS DE ALERTA Recebimento de recursos com imediata realização de saques em espécie. Movimentação de recursos incompatíveis com o patrimônio, atividade econômica e capacidade financeira. 29

CORRUPÇÃO E FRAUDE EM LICITAÇÃO DESCRIÇÃO DO CASO Logo após o recebimento de pagamento feito pela Prefeitura, empresa de construção civil realiza saques de valores em espécie e, simultaneamente, efetua depósitos em contas tituladas por servidor público da mesma Prefeitura Os valores dos depósitos na conta do servidor representam entre 10% a 20% do valor recebido da Prefeitura. Da conta do servidor público, parte dos recursos é sacada em espécie e parte é transferida para contas de pessoas ligadas, por graus de parentesco, ao prefeito da cidade. 30

CORRUPÇÃO E FRAUDE EM LICITAÇÃO 31

Financiamento de Campanha com Desvio de Recursos Públicos

SINAIS DE ALERTA Recebimento de recursos públicos por empresa recém-criada, sem empregados registrados, cujos sócios são ligados direta ou indiretamente a funcionários públicos. Movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, com a atividade econômica e com a capacidade financeira. Fragmentação de saques, em espécie, de forma a dissimular o valor total da movimentação. Resistência ao fornecimento de informações necessárias para a atualização cadastral. Movimentação de quantia significativa por meio de conta até então pouco movimentada 33

FINANCIAMENTO DE CAMPANHA COM DESVIO DE RECURSOS PÚBLICOS DESCRIÇÃO DO CASO Um grupo de ONGs recebe recursos do Estado para supostamente realizar serviços de interesse público, sem realização dos procedimentos licitatórios. Para a execução dos serviços, as ONGs subcontratam empresas, cujos proprietários são ligados direta ou indiretamente a seus dirigentes. Após o recebimento dos recursos, cujos valores indicam a existência de superfaturamento, as empresas doam parte dos valores para campanhas eleitorais de candidatos ligados a servidores do executivo responsáveis pela liberação de recursos para as ONGs, sem realização de licitações.. 34

FINANCIAMENTO DE CAMPANHA COM DESVIO DE RECURSOS PÚBLICOS 35

Aquisição de Imóveis para Desvio de Recursos Públicos

Desvio de Verbas Públicas via Convênio

R$ 237,3 mil R$ 185,4 mil R$ 1.458,9 mil R$ 263,2 mil R$ 1.525,8 mil R$ 1.237,1 mil R$ 1.959,3 mil R$ 1.587,4 mil R$ 1.957,3 mil R$ 1.731,9 mil R$ 1.450,3 mil R$ 1.328,0 mil R$ 1.130,0 mil R$ 1.701,3 mil R$ 257,3 mil R$ 1.953,2 mil R$ 1.413,9 mil R$ 293,2 mil R$ 1.204,6 mil R$ 1.350,70 mil R$ 1.210,5 mil

AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS PARA DESVIO DE RECURSOS PÚBLICOS SINAIS DE ALERTA Transações imobiliárias com aparente aumento ou diminuição injustificada do valor do imóvel. Transações imobiliárias ou propostas que, por suas características, no que se referem às partes envolvidas, valores, forma de realização, instrumentos utilizados ou pela falta de fundamento econômico ou legal, possam configurar indícios de crime. Transação imobiliária incompatível com o patrimônio, a atividade principal desenvolvida ou a capacidade financeira presumida das partes. Recebimento de recursos com imediata compra de instrumentos para a realização de pagamentos ou de transferências a terceiros, sem justificativa. Movimentação de recursos incompatível com o patrimônio, a atividade econômica e a capacidade financeira. 40

AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS PARA DESVIO DE RECURSOS PÚBLICOS DESCRIÇÃO DO CASO A fundação para apoio universitário (organização não governamental sem fins lucrativos) recebe recursos públicos de instituição de ensino para o desenvolvimento de pesquisas e projetos. Em data muito próxima ao repasse, compra imóveis de terceiras empresas. Pouco tempo depois, a fundação vende os mesmos imóveis à instituição de ensino que a criou, por valores muitas vezes superiores aos praticados na compra. Analisados os registros de transações imobiliárias, verifica-se que esses imóveis pertenceram, anteriormente, à fundação (*), foram recomprados anos depois pela própria fundação, pelos mesmos valores. 41

AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS PARA DESVIO DE RECURSOS PÚBLICOS 42

Obrigado! CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS Setor de Autarquias Sul - Quadra 01 Lote 03A - Edifício Anexo PGFN - Ministério da Fazenda 70070-010 Brasília DF Tel.: (61) 2025-4001 Fax: (61) 2025-4000 Sitio:www.coaf.fazenda.gov.br e-mail: coaf@fazenda.gov.br