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Transcrição:

Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Conjuntura Macroeconômica Semanal 29 de julho de 2016 Concessões de crédito ao segmento de veículos devem voltar a crescer em 2017 Daniela Cunha de Lima Ao longo dos últimos anos, observamos uma importante evolução do mercado de crédito voltado à aquisição de veículos. Com o aumento do emprego e da renda, aliado ao processo de formalização do mercado de trabalho e de bancarização da população, houve um expressivo aumento da venda de veículos. Acompanhando o mercado automotivo, o crédito destinado à aquisição de veículos para pessoa física também mostrou forte crescimento. Contudo, respondendo principalmente à recessão da economia, às mudanças nas condições do mercado (com recomposição de impostos), à antecipação de parte do consumo nos últimos anos e à queda da confiança das famílias, temos visto menor dinamismo do setor de veículos e menor demanda por esse tipo de crédito. CONJUNTURA MACROECONÔMICA SEMANAL Nesse ambiente, as famílias adotaram uma postura mais cautelosa, aumentando a poupança precaucional. Com isso, houve natural redução da aquisição de bens que exigem maior dispêndio e longevidade no pagamento, como automóveis. Com a menor demanda, a média diária das concessões de crédito à aquisição de veículos neste ano chegou a R$ 281 milhões, queda de 12% em relação à média observada no ano passado e de 25% ante o ano anterior. Acreditamos que a demanda por crédito voltado à aquisição de veículos deverá acelerar de forma gradual no final deste ano e esperamos crescimento de 1,7% em 2017 marcando o primeiro resultado positivo em cinco anos. Para tanto, esperamos expansão de 2,4% das vendas internas de veículos novos e usados - reflexo da melhora da confiança do consumidor e da expectativa de recuperação, ainda que lenta, do mercado de trabalho. Federal Reserve melhorou sua avaliação sobre a economia norte-americana e tornou mais provável um novo aumento de juros em 2016 Estevão Augusto Oller Scripilliti O Federal Reserve alterou sua avaliação sobre as condições da economia norte-americana, com um tom mais positivo. Em relação ao consumo, o Fed alterou sua avaliação de que vinha se fortalecendo para um novo status de que está em ritmo de expansão forte. Os dados divulgados nos últimos meses dão sustentação a essa melhora de avaliação da autoridade monetária. As vendas no varejo do grupo de controle, indicador que serve como insumo para PIB de consumo, tiveram expansão de 7,4% (em termos anualizados) nos últimos 3 meses. Outro ponto que teve ajuste marginal positivo na avaliação do Federal Reserve foi a condição do mercado de trabalho. Após dois meses de resultados fracos da pesquisa de emprego (payroll), com criação média de vagas de apenas 80 mil entre de abril e maio, houve importante reversão em junho (com criação de 287 mil vagas). Apesar da melhora na avaliação geral da situação econômica, o Federal Reserve manteve sua visão intacta em relação às pressões de preços e salários. Do ponto de vista da inflação mais ampla, o diagnóstico é de que os índices de inflação permanecem abaixo da meta, com tendência a gradual convergência para meta ao longo de 2017. Em suma, o conteúdo do comunicado do Federal Reserve nos deixou mais confiantes em relação ao nosso cenário de mais uma alta de juros em 2016. Pela ausência de sinal de urgência em voltar ao processo de normalização, e o relativo conforto que o comitê ainda apresenta sobre as dinâmicas de inflação e salários, entendemos que o mais provável é um novo aumento de juros em dezembro. 1

Concessões de crédito ao segmento de veículos devem voltar a crescer em 2017 Daniela Cunha de Lima Ao longo dos últimos anos, observamos importante evolução do mercado de crédito voltado à aquisição de veículos. Com o aumento do emprego e da renda, aliado ao processo de formalização do mercado de trabalho e de bancarização da população, houve um importante aumento da venda de veículos em especial de veículos novos. Acompanhando o mercado automotivo, o crédito destinado à aquisição de veículos para pessoa física também mostrou crescimento expressivo. Contudo, respondendo principalmente à recessão, às mudanças nas condições do mercado (com recomposição de impostos), à antecipação de parte do consumo nos últimos anos e à queda da confiança das famílias, temos visto menor dinamismo do setor de veículos e menor demanda por esse tipo de crédito. Acreditamos, contudo, que com a retomada da atividade em 2017, devemos observar crescimento moderado da carteira de aquisição de veículos à pessoa física, de quase 2% marcando o primeiro resultado positivo em cinco anos, após retração de 13% em 2016. Entre 2002 e 2012, as vendas internas de veículos novos (automóveis e comerciais leves) saltaram de 1,396 milhão para 3,634 milhões unidades ao ano. No mesmo período, o estoque de crédito à aquisição de veículos a pessoas físicas cresceu 660%, atingindo R$ 187 bilhões em dezembro de 2012. Desde então, temos observado um crescimento mais gradual das concessões de crédito a veículos, cuja participação na carteira de recursos livres à pessoa física recuou de 35% em 2011 para menos de 20% neste ano mesmo período em que o crédito consignado avançou de 25% para 35% da carteira. Ao longo dos últimos anos, houve também uma mudança do perfil do crédito: a modalidade de leasing, que foi muito popular no passado, tem perdido cada vez mais participação para o CDC, que hoje representa 99% do mercado (ante 75% em março de 2011). Do pico de 2012 a 2015, contudo, as vendas de veículos leves novos acumularam queda de mais de 30%. 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 11,2% Crédito 12 meses: aquisição Veículos (série antiga) Crédito 12 meses: aquisição Veículos (série nova) Vendas de veículos em 12 meses - novos + usados (eixo dir.) 50% 5,5% 5,0% 20,0% 15,0% 10,0% 5,0% Saldo aquisição de veículos pessoa física - vs. Venda de veículos novos e usados - variação acumulada em 12 meses - % Cenário Doméstico 10,0% 0,0% -10,0% -20,0% dez/06 mar/07 jun/07 set/07 dez/07 mar/08 9% 6% jun/08 set/08 dez/08 mar/09-6,9% jun/09 set/09-1,3% Ao longo do ano passado, observamos piora adicional do mercado de trabalho, com crescimento do número de desligados e uma correspondente queda da confiança do consumidor (com elevação significativa, inclusive, do indicador de medo de perder o emprego). Nesse ambiente, as famílias adotaram uma postura mais dez/09 mar/10 jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12 dez/12 mar/13 jun/13 set/13 dez/13 mar/14-0,8% jun/14 set/14-5% dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 0,0% -5,0% -6,9% -14% -10,0% Fonte: BCB, FENABRAVE cautelosa, aumentando a poupança precaucional que pode ser ilustrada pela diferença entre a retração da massa salarial, já ajustando para os efeitos da inflação, e o recuo mais intenso do consumo. Com isso, houve natural redução da aquisição de bens que exigem maior dispêndio e longevidade no pagamento, como 2

automóveis. Com a menor demanda, a média diária das concessões de crédito à aquisição de veículos neste ano chegou a R$ 281 milhões, descontados os efeitos sazonais, o que representa uma queda de 12% em relação à média observada no ano passado e de 25% ante o ano anterior. 450 415 400 350 300 250 mar/11 MÉDIA 2011: 405 jun/11 416 set/11 dez/11 mar/12 340 441 MÉDIA 2012: 370 jun/12 327 set/12 dez/12 375 mar/13 jun/13 MÉDIA 2013: 367 set/13 dez/13 392 mar/14 359 jun/14 set/14 391 dez/14 mar/15 MÉDIA 2014: 377 332 MÉDIA 2015: 320 jun/15 set/15 292 273 273 dez/15 mar/16 jun/16 279 Concessão média diária de CDC veículos para pessoa física em R$ milhões (dados dessazonalizados) Fonte: BCB Taxa de inadimplência acima de 90 dias (série antiga vs. Nova) pessoa física veículos (em %) vs. Caged saldo líquido em 12 meses acumulada (Em mil) 8,0 7,0 6,0 5,0 378 4,0 3,0 2,6 2,0 1,0 Inadimplência veículos (série antiga) Inadimplência veículos (série nova) Caged - saldo líquido - 12 meses - eixo direito invertido 5,5 613 2.074 1,9 1,7 2.305 7,1 616 3,8-3.000-2.000-1.766-1.000 0 4,6 1.000 2.000 3.000 Fonte: BCB 0,0 jun/00 dez/00 jun/01 dez/01 jun/02 dez/02 jun/03 dez/03 jun/04 dez/04 jun/05 dez/05 jun/06 dez/06 jun/07 dez/07 jun/08 dez/08 jun/09 dez/09 jun/10 dez/10 jun/11 dez/11 jun/12 dez/12 jun/13 dez/13 jun/14 dez/14 jun/15 dez/15 jun/16 4.000 Vale a pena destacar que, a despeito da retração do estoque a partir de 2013 e da piora das condições do mercado de trabalho, a taxa de inadimplência acima de 90 dias da carteira de crédito a veículos mostrou elevação moderada, passando de 3,8% para 4,4% em um ano. Diferentemente do verificado em 2011, observamos uma postura mais cautelosa tanto do lado da oferta como da demanda do crédito. Mesmo assim, os indicadores de atraso (entre 15 a 90 dias) passaram de 6,9% para 7,9% nos últimos 15 meses sugerindo que podemos observar alguma elevação adicional da taxa de inadimplência até o final do ano. 32,0% 24,0% 29,7% Vendas veículos (novos + usados) Estoque crédito à veículos (12M) Vendas de veículos e estoque de crédito (variação anual) 16,0% 15,4% 14,6% Cenário Doméstico 8,0% 0,0% -8,0% -16,0% 3,7% 2008 1,1% 2009 9,3% 2010 8,6% 2,8% 2,5% -0,7% 2011 2012 1,5% 2013-4,9% 3,1% 2014-6,6% -0,9% -3,10% -13,0% -13,2% 2,40% 1,7% 2015 2016* 2017* Fonte: BCB, FENABRAVE Elaboração e projeção: BRADESCO 3

Acreditamos que a demanda por crédito voltado à aquisição de veículos deverá acelerar de forma gradual no final deste ano e esperamos crescimento de 1,7% em 2017 marcando o primeiro resultado positivo em cinco anos. Para tanto, após retração de 18% e alta de 0,7% esperada para os segmentos de novos e usados, nessa ordem, para este ano, projetamos expansão de 2,4% das vendas internas de veículos novos e usados em 2017 - reflexo da melhora da confiança do consumidor e da expectativa de recuperação, ainda que lenta, do mercado de trabalho. Cenário Doméstico 4

Federal Reserve melhorou sua avaliação sobre a economia norte-americana e tornou mais provável um novo aumento de juros em 2016 Estevão Augusto Oller Scripilliti O Federal Reserve decidiu pela manutenção da taxa básica de juros em 0,5% ao ano (limite superior da banda), em sua reunião de política monetária desta semana. Ainda assim, alterou sua avaliação sobre as condições da economia norte-americana, com um tom mais positivo. Em relação ao consumo, o Fed alterou sua avaliação de que vinha se fortalecendo para um novo status de que está em ritmo de expansão forte. Os dados divulgados nos últimos meses dão sustentação a essa melhora de avaliação da autoridade monetária. As vendas no varejo, por exemplo, aceleraram de forma intensa ao longo do segundo trimestre. Conforme ilustrado no gráfico a seguir, as vendas no varejo do grupo de controle, indicador que serve como insumo para PIB de consumo, tiveram expansão de 7,4% (em termos anualizados) nos últimos 3 meses. Considerando que o peso do consumo é de aproximadamente de 70% do PIB norte-americano, a melhora da dinâmica nesse setor produz aumento da confiança das autoridades de que a economia como um todo terá um bom desempenho nos próximos trimestres. Vale a ressalva adicional de que essa expansão acelerada do varejo se deu após dois trimestres de resultados relativamente fracos. 15,0% 10,0% 5,9% 5,0% 10,6% 11,7% 6,7% Vendas no varejo Total (variação em 3 meses) Vendas no varejo Controle (Ex-autos, Gasolina, Construção) variação em 3 meses 9,5% 8,4% 8,1% 7,0% 7,4% 7,0% 4,5% 3,6% 4,2% 7,4% 5,9% Vendas no Varejo (variação em 3 meses) 0,0% -0,5% 3,2% 0,3% 2,6% 0,3% 2,0% -0,2% 1,1% -5,0% -3,1% -3,5% fev/10 abr/10 jun/10 ago/10 out/10 dez/10 fev/11 abr/11 jun/11 ago/11 out/11 dez/11 fev/12 abr/12 jun/12 ago/12 out/12 dez/12 fev/13 abr/13 jun/13 ago/13 out/13 dez/13 fev/14 abr/14 jun/14 ago/14 out/14 dez/14 fev/15 abr/15 jun/15 ago/15 out/15 dez/15 fev/16 abr/16 jun/16 Fonte: Bloomberg Cenário Externo Apesar da melhora de avaliação em relação ao consumo, houve o reconhecimento de que focos de fragilidade nos setores de investimentos e de manufatura persistem. Tanto a queda mais intensa dos preços das commodities, com efeitos sobre várias cadeias produtivas e seus investimentos, quanto o fortalecimento do dólar, que conteve aumento de rentabilidade de algumas empresas de manufatura, contribuem para um crescimento mais moderado da economia norte-americana. É razoável imaginarmos que a dinâmica futura do consumo permanecerá com uma expansão saudável. Boas condições de emprego têm se consolidado ao longo do tempo e os índices de confiança do consumidor permanecem elevados. Além disso, do ponto de vista da percepção de riqueza das famílias, os preços dos principais ativos mostraram ganhos: as bolsas em seus níveis mais altos, os preços de bonds muito próximos de seus maiores valores (yields perto do nível mais baixo) e os preços de imóveis 5

em expansão. Todos esses fatores dão sustentação à boa avaliação do Federal Reserve em relação ao consumo. Outro ponto que teve ajuste marginal positivo na avaliação do Federal Reserve foi a condição do mercado de trabalho. Esse tinha se tornado o maior fator de incerteza nos últimos meses em relação às condicionantes da economia. Após dois meses de resultados fracos da pesquisa de emprego (payroll), com criação média de vagas de apenas 80 mil entre de abril e maio, houve importante reversão em junho (com criação de 287 mil vagas). Isso sugere que o dado mais fraco do que o esperado de maio foi mais um ruído do que um sinal de desaceleração mais consistente do mercado de trabalho. Com a informação de junho voltamos a um ritmo de geração de vagas ao redor de 150 mil por mês, na média dos últimos três meses. Julgamos que esse nível de criação de vagas é compatível com o atual momento da economia americana, mais próxima do pleno emprego e com crescimento potencial um pouco inferior ao que tínhamos antes da crise. A hipótese de PIB potencial ligeiramente menor está centrada em fatores estruturais e conjunturais, que não são objetos dessa publicação (demografia, crescimento lento da produtividade, repressão financeira por questões regulatórias, entre outros). O próprio Federal Reserve tem incorporado essa hipótese em suas projeções de crescimento de PIB de longo prazo (em 2%, segundo a última projeção do comitê). Com o resultado da pesquisa de emprego de junho, na visão do comitê, dirimiu-se o risco de enfraquecimento do mercado de trabalho. Dessa forma foi reduzido o peso desse risco na avaliação geral da economia pelo Federal Reserve. 360 60 26 296 109 292 114 206 99 309 253 137 267 92 248 133 276 272 203 282 200 147 114 Criação de vagas de trabalho (média trimestral) -240-134 -213-79 -540-840 jun/02 jan/03 ago/03 mar/04 out/04 mai/05 dez/05 jul/06 fev/07 set/07 abr/08 nov/08-772 jun/09 jan/10 ago/10 mar/11 out/11 mai/12 dez/12 jul/13 fev/14 set/14 abr/15 nov/15 jun/16 Fonte: Bloomberg Cenário Externo Apesar da reversão da perspectiva negativa de criação de vagas, há elementos que ainda permitem ao comitê uma abordagem bastante gradual em relação à normalização da política monetária. De fato, os indicadores de salários refletem algum grau residual de ociosidade no mercado de trabalho representado, por exemplo, pelo alto grau de emprego em tempo parcial. Os salários têm subido em ritmo de 2,6%, ao ano, segundo o indicador de salário por hora trabalhada. Esse nível não é muito diferente do ritmo dos últimos anos e ainda não caracteriza uma pressão mais disseminada de custos salariais. Apesar dessa avaliação de conforto em relação à dinâmica atual dos salários, há alguns indicadores alternativos de acompanhamento do mercado de trabalho que, considerados metodologicamente superiores, começam a mostrar uma pressão maior de salários. Há um indicador desenvolvido pelo Fed de Atlanta, por exemplo, que mede a mediana dos salários para pessoas com mesmas ocupações nos últimos doze meses. Esse indicador alternativo registrou alta de 3,6% nos últimos doze meses e se aproxima dos níveis de expansão antes da crise, quando oscilava entre 4% e 5%. O indicador do Fed de Atlanta, ao considerar apenas a variação dos salários das mesmas pessoas empregadas doze meses atrás controla a variação do salário pela qualidade do empregado, enquanto o índice nacional é afetado pela mudança de composição da força de trabalho ao longo do tempo. Há um debate sobre qual indicador reflete melhor as condições do mercado de trabalho e a dinâmica de salários, mas vale o registro de que pelo indicador do Fed de Atlanta, os salários sobem a um ritmo (3,6% em 12 meses) superior ao indicado pelo índice nacional tradicional. Em tese, quando o mercado de trabalho está com muita ociosidade, é grande a possibilidade de troca de mão-de-obra com uma mesma qualificação, mas com menores salários. Isso favorece que o índice nacional apresente variações abaixo do índice do Fed Atlanta. 6

Sendo assim, a discrepância atual entre os dois indicadores é um elemento adicional que sugere que estamos em ambiente de algum grau residual de ociosidade no mercado de trabalho, o que sustenta a ausência de urgência mostrada pelo Federal Reserve em normalizar a política monetária. Entretanto, com o mercado de trabalho se tornando gradualmente mais apertado, tendência que deve se intensificar nos próximos trimestres com a taxa de desemprego se aproximando de pleno emprego, poderemos observar os salários crescendo num ritmo gradualmente mais acelerado ao longo dos próximos trimestres, sustentando uma alta geral de preços mais alinhada com a meta do Federal Reserve (de 2% para o PCE 1 ) ao longo de 2017. 4,5 4,1 3,7 3,6 3,3 4,2 3,7 4,3 3,9 3,3 3,3 3,6 Indicador de salários do Federal Reserve de Atlanta (variação em 12 meses) 2,9 2,5 2,1 1,7 1,3 1,6 2,0 jan/05 abr/05 jul/05 out/05 jan/06 abr/06 jul/06 out/06 jan/07 abr/07 jul/07 out/07 jan/08 abr/08 jul/08 out/08 jan/09 abr/09 jul/09 out/09 jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 jan/16 abr/16 2,2 1,9 2,4 2,0 2,5 2,9 Fonte: Federal Reserve de Atlanta Como último fator positivo de reavaliação da situação econômica por parte do Fed, houve a manifestação de que os riscos de curto prazo para atividade econômica se reduziram. Em parte, esse diagnóstico está associado à questão já abordada da redução de incertezas em relação ao mercado de trabalho. De qualquer forma, chama a atenção que o Federal Reserve não considerou o resultado do referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit) como algo que acrescentasse risco e incerteza relevante para o ambiente econômico no curto prazo. Em outros episódios de aumento da incerteza e volatilidade global - como a crise europeia, a deterioração de perspectiva de crescimento da China e os efeitos sobre emergentes -, o Federal Reserve incorporou essas informações como riscos por determinado período. Apesar da melhora na avaliação geral da situação econômica, o Federal Reserve manteve sua visão intacta em relação às pressões de preços e salários. Em relação aos salários, a visão geral permanece de alta moderada e gradual, alinhada com o crescimento de 2,6% do rendimento por horas trabalhadas, já comentado. Do ponto de vista da inflação mais ampla, o diagnóstico é de que os índices de inflação permanecem abaixo da meta, com tendência a gradual convergência para meta ao longo de 2017. De um lado, há alguns elementos de aceleração gradual dos núcleos de inflação, mas de outro permanecem expectativas de inflação abaixo da meta da autoridade monetária inclusive para horizontes mais extensos. Isso pode sinalizar um risco de que a convergência para a meta seja mais incerta do que o comitê contempla em seu cenário central. Cenário Externo Em suma, o conteúdo do comunicado do Federal Reserve nos deixou mais confiantes em relação ao nosso cenário de mais uma alta de juros em 2016. Pela ausência de sinal de urgência em voltar ao processo de normalização, e o relativo conforto que o comitê ainda apresenta sobre as dinâmicas de inflação e salários, ainda entendemos que o cenário mais provável é que o novo aumento de juros ocorra em dezembro. Até lá, haverá tempo para que se consolide a perspectiva de um cenário econômico benigno e mais estável. 1 Personal consumption expenditure price index, que é o índice de preços dos gastos com consumo pessoal. 7

80,0% 60,0% 74,0% 72,4% 55,1% 55,1% 25 BPS 50 BPS 75 BPS Probabilidade para Fed Funds nas próximas reuniões 40,0% 37,9% 37,9% 26,0% 27,0% 20,0% 0,0% 0,0% 0,6% 6,9% 6,9% SETEMBRO NOVEMBRO DEZEMBRO FEVEREIRO Fonte: CEIC, Bloomberg Os mercados continuam com uma precificação muito próxima de níveis de grande aversão ao risco, com uma probabilidade inferior a 50% de que a alta de juros adicional ocorrerá ainda em 2016, conforme ilustrado no gráfico anterior. Mas acreditamos que isso é reflexo muito mais da percepção de alguma probabilidade de evento de cauda negativo do que uma avaliação direta do movimento do Federal Reserve. Diante do crescimento global modesto e de incertezas remanescentes, a economia norteamericana ainda parece a mais saudável dentre os países desenvolvidos. Nesse ambiente, o Federal Reserve deve seguir em sua estratégia de gradual e suave normalização das condições monetárias, conforme as condições econômicas não mostram riscos negativos substanciais - e que nos parecem ser compatível com uma nova alta de juros em 2016, mais provavelmente em dezembro. Cenário Externo 8

Quadro de Projeções - PIB real Mundial e países selecionados 2007-2017 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016p 2017p Países Desenvolvidos 2,8 0,1-3,6 3,0 1,7 1,2 1,1 1,8 1,9 1,4 1,1 Estados Unidos 1,9-0,3-3,5 2,5 1,6 2,2 1,5 2,4 2,4 1,6 1,7 Área do Euro 3,0 0,4-4,3 1,8 1,5-0,6-0,4 0,9 1,5 1,3 1,0 Alemanha 3,4 0,8-5,1 3,6 3,1 0,9 0,4 1,6 1,7 1,7 1,7 França 2,3-0,1-3,1 1,7 1,7 0,0 0,3 0,4 1,1 1,3 1,5 Itália 1,7-1,2-5,5 1,8 0,4-2,7-1,9-0,3 0,4 1,3 1,2 Reino Unido 3,6-1,0-4,0 1,8 0,9 0,3 1,9 2,7 2,2 1,4 0,4 Japão 2,2-1,0-5,5 4,7-0,5 1,5 1,5 0,0 0,4 0,5 0,0 Países Emergentes 8,6 6,2 2,8 7,4 6,3 5,2 5,0 4,4 4,0 3,7 4,0 China 14,2 9,6 9,2 10,4 9,3 7,7 7,7 7,4 6,9 6,5 6,3 Coréia 5,1 2,3 0,3 6,3 3,6 2,0 2,8 3,3 2,6 2,0 2,0 Rússia 8,5 5,2-7,8 4,5 4,3 3,4 1,3 0,6-3,7-0,9 0,5 Índia 9,7 8,2 6,4 9,7 7,5 5,1 4,5 5,2 7,6 7,2 6,7 América Latina 5,8 4,3-1,3 6,1 4,9 3,1 2,9 1,4 0,0-0,5 1,9 Brasil 6,0 5,0-0,1 7,5 3,9 1,9 3,0 0,1-3,8-3,0 1,5 Argentina 8,0 3,1 0,1 9,1 8,4 0,8 2,9 0,5 2,1-0,8 1,5 Chile 5,2 3,3-1,1 7,5 4,8 5,5 4,3 1,9 2,1 1,8 2,5 Colômbia 6,9 3,6 5,8 4,0 6,6 4,0 4,9 4,6 3,1 2,6 3,1 México 3,2 1,2-6,2 5,1 4,0 4,0 1,4 2,1 2,5 2,3 2,5 Peru 8,9 10,1 1,1 8,4 6,5 6,0 5,6 2,4 3,3 3,3 4,0 Mundo 5,4 2,9-0,6 5,4 4,2 3,4 3,3 3,4 3,1 2,7 2,8 Fonte: FMI Elaboração e (p) projeção: BRADESCO Quadro de Projeções Macroeconômicas Externas 9

Quadro de Projeções Macroeconômicas - Ano base 2007-2017 Quadro de Projeções Macroeconômicas Domésticas 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016* 2017* ATIVIDADE, INFLAÇÃO E JUROS PIB (%) 6,1 5,1-0,1 7,5 3,9 1,9 3,0 0,1-3,8-3,0 1,5 Agropecuária (%) 3,2 5,5-3,8 6,8 5,6-3,1 8,4 0,4 1,8 1,5 2,5 Indústria (%) 6,0 3,9-4,8 10,4 4,1-0,7 2,2-1,2-6,2-3,5 2,5 Serviços (%) 5,8 4,8 1,9 5,8 3,4 2,9 2,8 0,7-2,7-2,7 1,0 Consumo Privado (%) 6,3 6,4 4,2 6,4 4,8 3,5 3,6 0,9-4,0-4,0 1,0 Consumo da Adm. Pública (%) 4,1 2,1 2,9 3,9 2,2 2,3 1,5 1,3-1,0-2,5 0,5 Investimento (FBKF) (%) 12,0 12,7-1,9 17,8 6,6-2,6 5,9-4,4-14,1-7,0 4,5 Exportações Bens e Serviços Não Fatores (%) 6,2 0,4-9,2 11,7 4,8 0,3 2,4-1,1 6,1 9,0 5,0 Importações Bens e Serviços Não Fatores (%) 19,6 17,0-7,6 33,6 9,4 0,7 7,2-1,0-14,3-12,0 3,0 PIB (R$) - bilhões (Preços Correntes) 2.720 3.110 3.333 3.886 4.374 4.806 5.316 5.687 5.904 6.168 6.618 PIB (US$) - bilhões 1.397 1.695 1.669 2.208 2.611 2.459 2.464 2.417 1.772 1.772 2.034 População - milhões 189,5 191,5 193,5 195,5 197,4 199,2 201,0 202,8 204,5 206,1 207,7 PIB per capita - US$ 7.281 8.717 8.469 11.084 13.229 12.344 12.256 11.919 8.668 8.598 9.793 Produção Industrial - IBGE (%) 5,9 3,1-7,1 10,2 0,4-2,3 2,0-3,3-8,3-6,5 1,9 Taxa Média de Desemprego - IBGE (1) 8,9 8,1 8,6 8,3 7,6 7,3 7,2 6,7 8,4 11,0 11,9 Vendas no Comércio Varejista - Restrita (%) 9,7 9,1 5,9 10,9 6,7 8,4 4,3 2,2-4,2-5,0 0,9 IPCA - IBGE (%) 4,5 5,9 4,3 5,9 6,5 5,8 5,9 6,4 10,7 6,9 5,0 IPC - FIPE (%) 4,4 6,2 3,7 6,4 5,8 5,1 3,9 5,2 11,1 7,0 5,5 IGP-M - FGV (%) 7,8 9,8-1,7 11,3 5,1 7,8 5,5 3,7 10,5 8,4 5,5 IGP-DI - FGV (%) 7,9 9,1-1,4 11,3 5,0 8,1 5,5 3,8 10,7 8,2 5,5 Taxa Selic (final de período) % 11,25 13,75 8,75 10,75 11,00 7,25 10,00 11,75 14,25 13,25 10,25 Taxa Selic nominal (acumulado 12 meses) % 11,85 12,48 9,92 9,78 11,62 8,48 8,21 10,91 13,29 13,95 11,15 Taxa Selic real / IPCA (acumulado 12 meses) % 7,1 6,2 5,4 3,7 4,8 2,5 2,2 4,2 2,4 6,6 5,8 Taxa Selic real / IGP-M (acumulado 12 meses) % 3,8 2,4 11,8-1,4 6,2 0,6 2,6 7,0 2,5 5,1 5,3 EXTERNO, CÂMBIO, RISCO E BOLSA Balança Comercial (US$ bilhões) 40,0 24,8 25,3 20,1 29,8 19,4 2,6-3,9 19,7 45,5 42,4 Exportações (US$ bilhões) 160,6 197,9 153,0 201,9 256,0 242,6 242,2 225,1 191,1 193,1 215,2 Importações (US$ bilhões) 120,6 173,0 127,6 181,6 226,2 223,1 239,6 229,0 171,5 147,5 172,7 Corrente de Comércio (% PIB) 20,1 21,9 16,8 17,4 18,5 18,9 19,6 18,8 19,7 19,1 18,9 Déficit em serviços e rendas (US$ bilhões) -42,5-57,3-52,9-70,3-107,5-94,2-78,8-100,3-79,4-71,1-85,4 Saldo em conta-corrente (US$ bilhões) 1,6-28,2-24,3-47,3-77,0-74,1-74,8-103,6-58,9-22,7-39,9 Saldo em conta-corrente (% PIB) 0,1-1,7-1,6-3,4-2,9-3,0-3,0-4,3-3,2-1,3-2,0 Investimento Direto no País (US$ bilhões) 34,3 45,1 25,9 48,5 66,7 65,3 64,0 96,9 75,1 63,0 68,5 Taxa de câmbio (final de período) R$ / US$ 1,77 2,34 1,74 1,67 1,88 2,08 2,35 2,65 3,90 3,20 3,30 Taxa de câmbio (média anual) R$ / US$ 1,95 1,83 2,00 1,76 1,67 1,95 2,16 2,35 3,33 3,48 3,25 Desvalorização nominal ponta (%) -17,15 31,94-25,49-4,09 12,58 10,86 12,81 12,96 47,35-18,05 3,12 Desvalorização nominal média (%) -10,53-5,82 8,98-9,93-4,85 16,67 10,43 9,06 41,54 4,48-6,52 Reservas internacionais (US$ bilhões) - liquidez 180,3 206,8 239,1 288,6 352,0 378,6 375,8 374,1 379,7 387,3 395,0 Dívida Externa Total Médio e Longo Prazo (US$ bilhões) 193,2 198,3 198,2 256,8 298,2 312,9 308,6 348,7 355,6 347,4 361,3 Dívida Externa / Exportações 1,2 1,0 1,3 1,3 1,2 1,3 1,3 1,6 1,9 1,8 1,7 Reservas Internacionais / Importações 1,5 1,2 1,9 1,6 1,5 1,7 1,6 1,6 2,2 2,7 2,4 Rating Soberano Moody's Ba1 Ba1 Baa3 Baa3 Baa2 Baa2 Baa2 Baa2 Baa3 - - Rating Soberano S&P BB+ BBB- BBB- BBB- BBB BBB BBB BBB- BB+ - - IBOVESPA - Pontos 63.886 37.550 68.588 69.305 56.754 60.952 51.507 50.007 43.349 - - FISCAL Resultado primário do setor público (R$ bilhões) 88,1 103,6 64,8 101,7 129,0 105,0 91,3-32,5-110,8-148,6-120,2 Resultado primário do setor público (% PIB) 3,2 3,3 1,9 2,6 2,9 2,2 1,7-0,6-1,9-2,4-1,8 Resultado nominal do setor público - sem câmbio (% PIB) -2,7-2,0-3,2-2,4-2,5-2,3-3,0-6,0-10,3-9,2-8,1 Dívida Bruta do Setor Público (R$ bilhões) 1.542,9 1.740,9 1.973,4 2.011,5 2.243,6 2.583,9 2.748,0 3.252,4 3.910,7 4.627,3 5.284,9 Dívida Bruta do Setor Público (% PIB) 56,7 56,0 59,2 51,8 51,3 53,8 51,7 57,2 66,2 74,7 79,2 Dívida Bruta do Setor Público - Reservas Internacionais (% PIB) 45,0 41,4 46,7 39,4 36,2 37,7 35,1 39,7 42,0 53,9 56,7 Dívida Líquida do Setor Público (% PIB) 44,5 37,6 40,9 38,0 34,5 32,3 30,6 33,1 36,0 46,3 50,0 (1): Em 2016, a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) será descontinuada e apenas a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua passará a existir. / A série foi retropolada até 2012.. Atualizado com dados até 29/julho/2016 (*) Estatísticas referentes ao Balanço de Pagamentos seguem metodologia nova BPM6. Fonte: Dados oficiais para números efetivos Elaboração e (*)projeção: BRADESCO 10

Equipe Técnica Equipe Técnica Octavio de Barros - Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos Fernando Honorato Barbosa Superintendente Executivo Economistas: Ana Maria Bonomi Barufi / Andréa Bastos Damico / Ariana Stephanie Zerbinatti / Constantin Jancso / Daniela Cunha de Lima / Ellen Regina Steter / Estevão Augusto Oller Scripilliti / Fabiana D Atri / Igor Velecico / Leandro Câmara Negrão / Marcio Aldred Gregory / Myriã Tatiany Neves Bast / Priscila Pacheco Trigo / Regina Helena Couto Silva / Thomas Henrique Schreurs Pires Estagiários: Bruno Sanchez Honório / Carlos Henrique Gomes de Brito / Christian Frederico M. Moraes / Fabio Rafael Otheguy Fernandes / Mariana Silva de Freitas / Rafael Martins Murrer O BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. Todos os dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser tomados, em nenhuma hipótese, como base, balizamento, guia ou norma para qualquer documento, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, ressaltamos que todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BRADESCO de todas as ações decorrentes do uso deste material. Lembramos ainda que o acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de responsabilidade e uso. A reprodução total ou parcial desta publicação é expressamente proibida, exceto com a autorização do Banco BRADESCO ou a citação por completo da fonte (nomes dos autores, da publicação e do Banco BRADESCO). 11