COMO APRENDEM OS INGRESSANTES EM CURSOS DA ÁREA DE COMPUTAÇÃO: UM ESTUDO VIA INVENTÁRIO DE KOLB

Documentos relacionados
DESCOBRINDO MEU ESTILO DE APRENDIZAGEM*

MATERIAL COMPLEMENTAR 1 As características na aprendizagem

E-BOOK E-BOOK. Clever Corp. soluções em EAD INVENTÁRIO DE ESTILOS DE APRENDIZADO DE

Alcione Cappelin (Bolsista PIBID) Emanuella Galvan (Bolsista PIBID) Profa. Dra.Teodora Pinheiro Figueroa (Orientadora)

XVIII ENDIPE Didática e Prática de Ensino no contexto político contemporâneo: cenas da Educação Brasileira

TEORIA e PRÁTICA PRÁTICA e TEORIA?

Aprendizagem em Física

Estilos de Aprendizagem dos alunos de Engenharia de Produção da EESC-USP

UM ESTUDO DA CORRELAÇÃO ENTRE O ESTILO DE ENSINO- APRENDIZAGEM DOS ALUNOS E DOCENTES DO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Aplicando o Inventário de Estilos de Aprendizagem de Kolb como Ferramenta de Apoio ao Processo de Ensino Aprendizagem em Cursos de Computação

TEORIA e PRÁTICA PRÁTICA e TEORIA?

Recursos Didáticos e a motivação dos alunos em EaD

Curso Gestão Escolar e Tecnologias PUC/SP Microsoft Brasil Centro Paula Souza. O uso das tecnologias no contexto da escola:

ANÁLISE DA PRODUÇÃO ESCRITA: uma ferramenta de avaliação para as aulas de Matemática

Prof. Dra. Eduarda Maria Schneider Universidade Tecnológica Federal do Paraná Curso Ciências Biológicas Licenciatura Campus Santa Helena

JOGOS BOOLE: A MANEIRA DIVERTIDA DE APRENDER

A PERCEPÇÃO DOS ALUNOS NO ENSINO MÉDIO E SUPERIOR SOBRE O USO DE JOGOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DO QUÍMICA

O ENSINO DA MATEMÁTICA EM SALA DE AULA: UM ESTUDO DIDÁTICO-REFLEXIVO COM UMA TURMA DO 8º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL

OS JOGOS DIDÁTICOS NO ENSINO DE CIÊNCIAS DA NATUREZA: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA DE AUXÍLIO À APRENDIZAGEM

Campus de IFC - Araquari. Nº de bolsas de supervisão 3

Aula 5 OFÍCINA TEMÁTICA NO ENSINO DE QUÍMICA

Pesquisa realizada com alunos do 1º ano do ensino médio de uma escola pública estadual. 2

EDUCAÇÃO PROFISSIONAL VOLTADA À INCLUSÃO SOCIAL

INSTITUTO FEDERAL SUL RIOGRANDENSE CAMPUS CaVG- PELOTAS MESTRADO PROFISSIONAL EM CIENCIAS E TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO. Produto de Dissertação

Involving Kolb Learning Styles: Initial Studies on the Importance of Identifying Learning Styles of Graduate Students

INVESTIGAÇÃO DO APRENDIZADO SOBRE MODELOS ATÔMICOS DOS ALUNOS DE UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE CAXIAS-MA

Bases psicopedagógicas para a matriz conceitual do ENEM. Robert Lassance MSc, Prof. UCB, Pesquisador Inep

MATEMÁTICA, AGROPECUÁRIA E SUAS MÚLTIPLAS APLICAÇÕES. Palavras-chave: Matemática; Agropecuária; Interdisciplinaridade; Caderno Temático.

RELAÇÃO ENTRE A CONTEXTUALIZAÇÃO E A EXPERIMENTAÇÃO ACERCA DAS QUESTÕES DO ENEM EM QUÍMICA

PRÁTICAS PEDAGÓGICAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA INOVAÇÃO NA ENGENHARIA - ABORDAGENS POR PROJETOS

P-83 Andragogia o modo como o adulto aprende impacta na aprendizagem organizacional (1h15 ) Profª Ms. Carmem Maria Sant Anna

Thiago Pereira da Silva¹ Universidade Estadual da Paraíba- Campus I

CUBO MÁGICO: uma estratégia pedagógica utilizada nas aulas de matemática 1

ETNOMATEMÁTICA E LETRAMENTO: UM OLHAR SOBRE O CONHECIMENTO MATEMÁTICO EM UMA FEIRA LIVRE

1 ESCOLHA O AMBIENTE 2 PLANEJE O ESTUDO

CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO

VISÃO DO ALUNO DE ENGENHARIA DA PUCRS SOBRE SUAS HABILIDADES MAIS IMPORTANTES

FORMAÇÃO DE PROFESSORES: IMPORTÂNCIA DA EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA

Representações de conteúdo inseridas no plano de ensino de professores em formação continuada

O ENSINO DA BIOLOGIA ATRAVÉS DA EXPERIMENTAÇÃO EM UMA ÓTICA CONSTRUTIVISTA

ELEMENTOS ARTÍSTICOS COMO ESTRATÉGIA DE SALA DE AULA PARA A INOVAÇÃO DO USO DO LAPTOP EDUCACIONAL NO CONTEXTO ESCOLAR

ESTILOS DE APRENDIZAGEM DE ESTUDANTES DA UFS: UMA APLICAÇÃO DO INVENTÁRIO DE KOLB

SEDUC SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO ESCOLA ESTADUAL DOMINGOS BRIANTE ELIANE CALHEIROS

CURRÍCULO. Profª. Paula Regina Costa Ribeiro Profª. Raquel Pereira Quadrado

Habilidades Cognitivas. Prof (a) Responsável: Maria Francisca Vilas Boas Leffer

Anais do Evento PIBID/PR. Foz do Iguaçu 23 e 24 Outubro 2014 ISSN:

PLANO DE ENSINO Projeto Pedagógico: Disciplina: Didática e Metodologia da Matemática Carga horária: 80

TRABALHO COLABORATIVO DE UMA PROFESSORA ESPECIALISTA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL EM UMA ESCOLA COM EDUCAÇÃO EM TEMPO INTEGRAL

A VISÃO DA DISCIPLINA DE FÍSICA PELA ÓTICA DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO DO IFPI Apresentação: Pôster

ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS Curso de Graduação

ESTUDOS INICIAIS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO DOS ESTILOS DE APRENDIZAGEM DE ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

APLICAÇÕES DA MODELAGEM COMPUTACIONAL NO ENSINO DE FUNÇÕES UTILIZANDO O SOFTWARE DE SIMULAÇÕES MODELLUS

Grupo de pesquisa: CIEI Cultura, infância e educação infantil

Questões de Aprendizagem e Pesquisa relacionadas com Instrução Baseada na Web

CURSO DE ENFERMAGEM 1. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

COMISSÃO PRÓPRIA DE AVALIAÇÃO DA FACULDADE ARAGUAIA

MESA REDONDA: Avaliação na EaD corporativa: práticas e indagações?

Material Didático Estratégias de Ensinagem. Método do Caso e Workshop

APLICAÇÃO DO TESTE DE KOLB NA ANÁLISE DOS ESTILOS DE APRENDIZAGEM EM INGRESSANTES DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO PROFISSIONAL

ALMANAQUE DE PALAVRAS CRUZADAS: APRENDENDO QUÍMICA COM AS PALAVRAS

A IMPORTÂNCIA DE PROJETOS DE PESQUISA NA FORMAÇÃO INICIAL DO PROFESSOR DE MATEMÁTICA

ANÁLISE DA PRODUÇÃO ESCRITA COMO ESTRATÉGIA DE DIAGNÓSTICO EM UM PROGRAMA DE EXTENSÃO

O JOGO DAS TRÊS PISTAS COMO PROPOSTA DIDÁTICA NO ENSINO DE ZOOLOGIA PARA O ENSINO MÉDIO

ESTILOS DE APRENDIZAGEM DOS ALUNOS DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DA UTFPR/PATO BRANCO: APLICAÇÃO DO INVENTÁRIO DE DAVID KOLB

ENSINO DE GEOMETRIA NOS DOCUMENTOS OFICIAIS DE ORIENTAÇÃO CURRICULAR NO ENSINO MÉDIO: BREVE ANÁLISE

VALIDAÇÃO DO QUESTIONÁRIO DE ÍNDICE DE ESTILOS DE APRENDIZAGEM DE FELDER (ILS) EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

Palavras-chave: Engenharia de Telecomunicações, Engenharia de Alimentos, Processo ensino-aprendizagem, investigação, avaliação.

RECURSOS EDUCACIONAIS

Conteúdos: como se aprende

Inteligência Lingüística:

PESQUISA AVALIATIVA GERAL (GRADUAÇÃO TRADICIONAL E TECNOLÓGICA)

Estilos de ensino e aprendizagem

Inovação Educacional Caminhos do Blended Learning

ANEXO F QUADRO RESUMO DOS NÚCLEOS DE SENTIDO POR ESTÁGIO

PROPOSTA DE EXPERIMETANÇÃO PARA O ENSINO DE QUÍMICA NO ENSINO MÉDIO: PREPARAÇÃO DE PERFUME

Sérgio Camargo Setor de Educação/Departamento de Teoria e Prática de Ensino Universidade Federal do Paraná (UFPR) Resumo

Atividade externa Resenha. MÁTTAR NETO, João Augusto. Metodologia científica na era da informática. São Paulo: Saraiva, p.

Desafios SECULO xxi!

Esse dado informa o percentual de estudantes que se encontram nos diferentes níveis de desempenho para cada etapa e disciplina avaliadas:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA DAS CRIANÇAS NOS ANOS INICIAIS NO ENSINO FUNDAMENTAL: A IMPORTÂNCIA DA ARGUMENTAÇÃO

CONSTRUÇÃO E AVALIAÇÃO DE UM JOGO DIDÁTICO PARA TRABALHAR O CONTEÚDO DE TABELA PERIÓDICA COM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO

Crenças, Valores e Práticas da International School

O construtivismo e o construcionismo fundamentando a ação docente em ambiente informatizado. Anair Altoé Marisa Morales Penati

Maria Claudete Schorr Magda Bertch

Situação problema Disciplina de Metrologia Elétrica

SABERES DOCENTES E SUAS RELAÇÕES COM O LUDISMO EM SALA DE AULA

A IMPORTÂNCIA DA MONITORIA DE NEUROANATOMIA FUNCIONAL NO CURSO DE PSICOLOGIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

O USO DA EXPERIMENTAÇÃO DE CIÊNCIAS NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL EM TRÊS ESCOLAS DE BOM JESUS PIAUÍ

O USO DA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA POR PROFESSORES NO ENSINO FUNDAMENTAL

LABQUÍMICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO USO DE UM JOGO DE COMPUTADOR PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM DE QUÍMICA NO ENSINO MÉDIO

AVALIAÇÃO DE UM JOGO LÚDICO COMO RECURSO DIDÁTICO AUXILIAR PARA A COMPREENSÃO DE CONCEITOS DE QUÍMICA ORGÂNICA COM ALUNOS DO ENSINO MÉDIO.

A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

ENSINO DE BIOLOGIA NA PERSPECTIVA DOS ALUNOS DO ENSINO MÉDIO. Palavras chave: ensino de Biologia, ensino médio, evasão escolar.

PERFIL DE APRENDIZAGENS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Perf il Caliper Overview

A INTERDISCIPLINARIDADE COMO EIXO NORTEADOR NO ENSINO DE BIOLOGIA.

Transcrição:

COMO APRENDEM OS INGRESSANTES EM CURSOS DA ÁREA DE COMPUTAÇÃO: UM ESTUDO VIA INVENTÁRIO DE KOLB Reginaldo A. Zara reginaldo.zara@unioeste.br Universidade Estadual do Oeste do Paraná Unioeste Programa de Pós-graduação em Ensino Câmpus de Foz do Iguaçu Rua Universitária, 2069, CEP 85810-150 - Cascavel -PR Kátya Regina de Freitas kr_freitas@yahoo.com.br Universidade Tecnológica Federal do Paraná UTFPR Câmpus Cornélio Procópio Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências Humanas, Sociais e da Natureza Câmpus de Londrina Rua Alberto Carazzai, 1640 CEP 86300-000 - Cornélio Procópio - PR Resumo: O inventário de Kolb foi utilizado para avaliar os estilos de aprendizagem dominantes em alunos ingressantes em cursos da área Computação, em particular o curso de Ciência da Computação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste Câmpus Cascavel) e de Engenharia da Computação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR Câmpus Cornélio Procópio). Verificou-se que em ambas as Instituições de Ensino Superior os estudantes apresentaram estilo de aprendizagem assimilador. Este tipo de informação pode fornecer subsídios para a preparação de aulas com atividades específicas que aproveitam as características pessoais dos estudantes (para o caso de atividades que explorem suas preferências de aprendizagem) ou que estimulem o desenvolvimento de outras habilidades necessárias ao seu desenvolvimento. Palavras-chave: Estilos de Aprendizagem, Modelo de Kolb, Inventário de Kolb. 1 INTRODUÇÃO As orientações curriculares para o Ensino Médio (BRASIL, 2006) destacam que a importância da área de Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias no desenvolvimento intelectual dos estudantes de Ensino Médio reside mais na qualidade do que na quantidade de conceitos trabalhados nas componentes curriculares de Física, Química, Matemática e Biologia. Apesar dessas orientações curriculares nacionais já contarem com quase uma década de publicação, o ensino de Ciências continua sendo objeto

de preocupação tendo em vista que além das dificuldades apresentadas pelos alunos em aprender, muitos não sabem o motivo pelo qual estudam estas disciplinas. Além disso, nem sempre o conhecimento é transmitido de maneira que o aluno possa entender a sua importância. Um dos grandes desafios que os educadores enfrentam no planejamento de suas atividades em sala de aula é encontrar estratégias de ensino que permitam a máxima exploração do potencial que seu o ambiente educacional oferece e atender ao maior número possível de alunos, considerando as suas diferenças individuais. Com isso, na maioria das escolas é dada maior ênfase ao ensino tradicionalista com a mera transmissão de conteúdos e a memorização de fatos, símbolos, nomes, fórmulas em detrimento da construção do conhecimento científico dos alunos e da vinculação entre o conhecimento e o cotidiano. Abordagens construtivistas da escolarização sugerem que, mesmo partindo dos mesmos pré-requisitos, as pessoas não aprendem igualmente por possuírem diferentes modos de aprender e que diferem em vários aspectos, como o cognitivo, afetivo, ambiental, físico, entre outros (TREVELIN & NEIVA, 2011). Estas diferentes formas de aprender são objeto de diversos estudos reunidos na temática denominada estilos de aprendizagem. Diferentes teorias sobre estilos de aprendizagem têm levado a diversos modelos de identificação e classificação dos modos preferenciais exibidos pelos indivíduos durante o processo de absorção de informação e produção de conhecimento. Na literatura podem ser encontradas diferentes definições para os estilos de aprendizagem, porém a maioria tem como ponto em comum a descrição de como um indivíduo recebe e processa informações durante a aquisição de conhecimento sobre determinado tema ou assunto. Uma vez que nem todos os teóricos definem estilos de aprendizagem nos mesmos termos, seus métodos para observar e avaliar podem diferir. Por exemplo, Felder & Henriques (FELDER & HENRIQUES, 1995) tratam os estilos de aprendizagem como meios através dos quais indivíduos adquirem, retêm e recobram informações. Felder e Silverman (FELDER & SILVERMAN, 1988) propõem que a aprendizagem é um processo de duas fases: 1) recepção e 2) processamento da informação. Na fase da recepção, a informação interna (que indivíduo já possui ou desenvolve, de modo introspectivo) e a informação externa (passada ao indivíduo e captada pelos sentidos) ficam disponíveis para o indivíduo, que seleciona e o material em tela ignorando informações adicionais não relacionadas ao material de interesse. Já a fase de processamento pode envolver a memorização direta, raciocínio (dedutivo ou indutivo), reflexão, ação, introspecção ou interação com outros indivíduos. Kolb (KOLB, 1984) sugere que os indivíduos desenvolvem estilos de aprendizagem que enfatizam a dominância de algumas habilidades sobre outras, resultante das experiências individuais, exigências do meio ambiente ou herança hereditária. Em suma, segundo Kolb, cada indivíduo desenvolve um estilo pessoal de aprendizagem. O conhecimento sobre a relação entre o processo de ensino e aprendizagem e as características individuais e cognitivas dos alunos pode contribuir para o planejamento de estratégias didáticas e pedagógicas, que melhor se adaptem à diversidade em questão. Assim, o conhecimento das preferências de aprendizagem dos alunos, suas motivações e dificuldades podem contribuir para a concepção de modelos de ambientes de aprendizagem, a criação de estratégias didático-pedagógicas e processos avaliativos ajustados aos estilos de aprendizado do aluno, favorecendo a melhoria do processo de ensino e aprendizagem. Neste contexto, o trabalho de Pereira (PEREIRA, 2013) apresenta evidências da correlação entre estilos de aprendizagem de alunos da disciplina de Matemática do Ensino Médio e os de seus professores. Esta correlação sugere que quando o estilo de aprendizado dos alunos se assemelha ao estilo de ensino dos professores, melhores níveis de aproveitamento são atingidos. Em particular, Pereira investigou a relação entre estilos de aprendizagem professores da disciplina de

Matemática do Ensino Médio de escolas públicas da rede estadual de Minas Gerais. Usando como base o inventário de perfis de aprendizagem de Felder e Silverman (FELDER & SILVERMAN, 1988) o perfil predominante de aprendizagem dos alunos foi identificado, classificado e comparado aos estilos dos professores da disciplina de Matemática. A análise mostrou que alunos que apresentavam melhor desempenho na disciplina apresentaram estilos de aprendizagem mais próximos àqueles demonstrados pelos professores da disciplina. Da mesma forma para outras áreas do conhecimento, diferentes investigações sugerem correlações entre as preferências de aprendizado com o patamar de aprendizado atingido (PEREIRA et al, 2004), (NOGUEIRA, 2009), (LINDEMANN, 2008), (MAZUROSKI Jr et al, 2008). A posse deste tipo de informação pode fornecer subsídios para a preparação de aulas com atividades específicas que aproveitam as características pessoais dos estudantes, com o desenvolvimento de atividades que explorem suas preferências de aprendizagem ou que estimulem o desenvolvimento de outras habilidades necessárias ao seu desenvolvimento intelectual, servindo como auxílio para o planejamento das aulas visando a melhoria da qualidade da informação compartilhada com os alunos, conforme preconizado pelas orientações curriculares. O objetivo do presente trabalho é avaliar similaridades e discrepâncias nos estilos de aprendizagem de estudantes ingressantes em cursos superiores da área de Computação em diferentes contextos. Para isso, o inventário de modos de aprendizagem de Kolb (KOLB,1984) foi utilizado para avaliar os estilos de aprendizagem dominantes em alunos ingressantes no curso de Ciência da Computação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste - Cascavel) e de Engenharia da Computação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR Cornélio Procópio). Os cursos são ofertados em Instituições de Ensino Superior (IES) na região Oeste do Paraná (estadual) e a outra na região Norte do Estado (federal) distanciadas por 450 km. As IES possuem processos de seleção de ingressantes diferenciados: a estadual realiza vestibular e a federal via SISU. Desta forma os cursos são não idênticos tendo como ponto de contato a área afim. Espera-se que as características dos cursos citados sejam suficientes para evitar correlações entre as respostas apresentadas em cada Instituição. Os resultados mostram muitas similaridades quanto aos estilos de aprendizagem que sugerem pistas importantes para a construção de um perfil geral para estudantes ingressantes em Cursos da área de Computação e algumas diferenças no que se refere aos estilos específicos de aprendizagem, as quais podem ser atribuídas ao perfil do Curso em análise. 2 ESTILOS DE APRENDIZAGEM DE KOLB Diferentes modelos de estilos de aprendizagem têm sido propostos no campo da educação com o intuito de investigar como os indivíduos aprendem resultando em muitos instrumentos para estimar as maneiras pelas quais aprendizes preferem perceber e processar as novas informações ou experiências (FELDER & HENRIQUES, 1995; FELDER & SILVERMAN, 1988; KOLB,1984). Neste trabalho é utilizado o modelo de estilos de aprendizagem de Kolb (KOLB,1984) que, através de um inventário classifica o aprendiz quanto à sua inserção em escalas relativas às maneiras pelas quais prefere perceber e processar as informações. Nas próximas seções são descritos sucintamente o modelo de Kolb e seu ciclo de aprendizagem, bem como o instrumento para avaliação de estilos de aprendizagem, conhecido como inventário de modos de aprendizagem de Kolb.

2.1 Modelo de Kolb e Ciclo de Kolb Kolb (KOLB,1984) propõe um esquema de aprendizagem dividido em quatro etapas sucessivas baseadas na experiência: 1) ter uma experiência, 2) transmitir ou dividir a experiência, 3) tirar conclusões, 4) planejar os próximos passos. Com isso, o modelo de Kolb é composto por quatro estágios e quatro estilos de aprendizagem, que formam o Ciclo de Kolb mostrado na Figura 1. Os quatros estágios formam um processo contínuo que pode ser repetido indefinidamente, de acordo com a maturidade adquirida pelo aprendiz. Estes quatro estágios compõem um ciclo de experiência concreta que leva o aprendiz à observação reflexiva a partir da qual ele constrói ou assimila conceitos produzindo novas implicações para ações que podem ser ativamente testadas, as quais, por sua vez podem criar novas experiências. Figura 1. Modos de Aprendizagem expressos através do Ciclo de Kolb. No ciclo de aprendizagem Kolb identifica duas dimensões: a dimensão de percepção composta por pensar e sentir e a dimensão de processamento composta por fazer e observar. A primeira dimensão refere-se à forma como a experiência é percebida e a segunda como se processam as informações da experiência. A classificação de Kolb pode ser resumida em quatro modos de aprender de acordo com a preferência do indivíduo: Na Experiência Concreta (EC) o indivíduo vivencia a experiência; na Observação Reflexiva (OR), recebe e analisa informação da experiência; na Conceituação Abstrata (CA) generaliza e elabora hipóteses; e Experimentação Ativa (EA) aplica e executa a experiência. As dimensões de percepção (sentir e pensar) e de processamento (fazer e observar) podem ser combinadas em uma matriz cujos cruzamentos dos atributos de cada dimensão que expressam os estilos de aprendizagem de Kolb (Tabela 1). Tabela 1 Matriz de cruzamento dos atributos das dimensões de percepção e de processamento. Dimensão Fazer Observar Sentir Acomodação Divergência Pensar Convergência Assimilação No modelo de Kolb a combinação dos modos de aprendizagem geram quatro estilos de aprendizagem conhecidos como Acomodador, Divergente, Convergente e Assimilador. No estilo Acomodador o indivíduo é independente e líder natural altamente ativo e criativo, aprendendo por tentativa e erro o que o leva a descobrir

novos conhecimentos por conta própria. Integra a experiência com sua aplicação e adapta-se facilmente a novas situações e dá preferência a realizar planos e experiências. No estilo Divergente a criatividade e imaginação são pontos fortes, o indivíduo prefere aprender integrando a experiência com seus valores pessoais; prefere ouvir e partilhar ideias; é criativo e possui tem facilidade para propor alternativas e reconhecer problemas; gosta de saber o valor do que irá aprender. No estilo Convergente a força está na capacidade de solucionar problemas e tomar decisões, integrar teoria e prática. Em geral gostam de resolver problemas práticos e de tarefas técnicas e utilizam tanto a abstração quanto o senso comum na aplicação prática de conceitos e teorias e procura a melhor solução para um problema. Indivíduos de estilo Assimilador dão preferência à observação, à reflexão e ao uso do raciocínio lógico buscando integrar a experiência com o conhecimento existente, utilizar a dedução na solução de problemas; lida bem com assimilar novas ideias e pensamentos e, em geral é mais interessado pela lógica de uma ideia do que pelo seu valor prático. 2.2 Inventário de Kolb e determinação de estilos de aprendizagem O primeiro inventário de estilos de aprendizagem de Kolb foi desenvolvido em 1971 e desde então, pequenas alterações e revisões foram introduzidas visando aumentar a eficiência e confiabilidade do instrumento (KOLB, 1984). O inventário de estilos de aprendizagem de Kolb e composto de sentenças, com quatro possíveis respostas para cada sentença, que devem ser ordenadas pelo avaliado em graus de 1 a 4, sendo 1 a maneira de menor importância ao processo de de aprender e 4 a maneira mais eficiente de aprender. Cada palavra nas respostas de cada sentença está relacionada com um dos modos citados a seguir: Sentir: Experiência Concreta; Observar: Observação Reflexiva; Pensar: Conceituação Abstrata; Fazer: Experimentação Ativa. As sentenças são agrupadas em conjuntos pré-determinados (de acordo com os critérios do modelo de Kolb) e os graus associados às respectivas respostas são somados gerando escores. O maior escore corresponde ao modo de aprendizagem predominante para o indivíduo em análise. No Quadro 1 é mostrada uma das versões do inventário de Kolb e que foi utilizado neste trabalho para a identificação das preferências de aprendizagem. Após a identificação das preferências de aprendizagem, pode-se identificar o Estilo de Aprendizagem. Para isto, pode ser utilizado o plano de Kolb, construído através do seguinte procedimento. Subtraem-se os escores associados aos modos de aprendizagem CA de EC, sendo que um resultado positivo nesta escala indica um estilo mais abstrato (relativo à conceituação abstrata), e um resultado negativo indica uma dimensão tendendo à concreta (relativo à experiência concreta). Da mesma forma subtrai-se o escore do modo EA daquele do modo OR e, se o resultado for positivo, obtém-se um resultado mais ativo (relativo a Experimentação Ativa), do contrário tende a ser mais reflexivo (relativo à Observação Reflexiva). As quantidades resultantes das possíveis combinações CA-EC e EA-OR formam os eixos de um diagrama chamado de plano de Kolb. Ao identificar o ponto correspondente à quantidade CA-EC e EA-OR no plano de Kolb é possível identificar o estilo predominante de aprendizagem uma vez que cada um quatro quadrantes do diagrama corresponde a um estilo de aprendizagem: acomodador, divergente, convergente e assimilador, conforme mostrado na Figura 2.

Quadro 1 - Inventário de estilos de Aprendizagem de Kolb. Estilos Individuais de Aprendizagem 1. Ordene as frases de cada linha assinalando com um 4 a frase que melhor caracteriza sua maneira de aprender e com um 1, aquela que pior caracteriza seu estilo de aprendizagem 2. Dê uma pontuação diferente a cada frase de cada linha 3. Duas frases não podem ter a mesma pontuação 1 2 3 4 5 Escolho Experimento Envolvo-me Sou prático Sou receptivo Esforço-me por ser coerente Analiso Sou imparcial Sinto Observo Penso Ajo Aceito a situação Corro riscos Avalio a situação Presto atenção Utilizo a minha intuição Obtenho resultados Utilizo a lógica Questiono 6 Prefiro a abstração Prefiro a observação Prefiro as coisas concretas Prefiro a ação 7 Vivo o presente Reflito Projeto-me no futuro Sou fragmático 8 Apoio-me na minha experiência Observo Formulo conceitos Experimento 9 Some as notas das linhas Soma Concentro-me Sou reservado Racionalizo Responsabilizo- me 2,3,4,5,7,8 1,3,6,7,8,9 2,3,4,5,8,9 1,3,6,7,8,9 EC OR CA EA Figura 2 - Plano de Kolb no espaço.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Kolb argumenta que ao passar cada etapa do ciclo de aprendizagem, cada pessoa dá maior atenção a uma das etapas, sendo esta preferência chamada de modo de aprendizagem. Como o conhecimento dos modos de aprendizagem pode ser útil no planejamento de atividades adequadas aos estilos individuais de cada participante do processo de ensino, neste trabalho é utilizado o inventário de modos de aprendizagem de Kolb para avaliar os estilos de aprendizagem dominantes em alunos ingressantes em cursos da área Computação, em particular o curso de Ciência da Computação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste Câmpus Cascavel) e de Engenharia da Computação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR Câmpus Cornélio Procópio). O questionário apresentado no Quadro 1 para levantamento de preferências de aprendizagem necessário para o inventário de estilos de aprendizagem de Kolb foi aplicado aos alunos ingressantes em Curso de Ciência da Computação da Unioeste, para vinte e sete alunos e de Engenharia da Computação da UTFPR para vinte e nove. A análise quantitativa dos questionários respondidos revela a distribuição de modos preferenciais de aprendizagem mostrados na Tabela 2. Observa-se uma concentração de estudantes nos modos de aprendizagem de Observação Reflexiva e Conceituação Abstrata sendo que o último modo concentra a maioria dos alunos. Ambos os modos de aprendizagem estão relacionados a elevado nível de abstração diferindo na forma preferencial para solução de problemas: enquanto a CA sugere resolução de problemas preferencialmente de forma mais lógica e sistemática a OR busca a resolução de problemas dando ênfase a julgamentos cuidadosos e pacientes. Tabela 2 - Modos preferenciais de aprendizagem segundo o inventário de Kolb. IES Observação Conceituação Experimentação Experiência Reflexiva (OR) Abstrata (CA) Ativa (EA) Concreta (EC) Unioeste 40,7% 55,6% 3,7% 0,0% UTFPR 20,7% 70,4% 3,4% 3,4% Com base nos dados do inventário nas características dos modos de aprendizagem, poder-se-ia conjecturar que a discrepância nos percentuais de aprendizes em cada modo estaria ligada ao perfil do Curso: os estudantes de Engenharia da Computação da UTFPR seriam mais pragmáticos lógicos e sistemáticos do que os reflexivos e criteriosos estudantes de Ciência da Computação da Unioeste. Na Figura 3 é mostrada a distribuição dos modos de aprendizagem segundo o diagrama de Kolb no espaço resultante da composição referente a pontuação de cada um destes modos de aprendizagem. Cada ponto do gráfico corresponde a um estudante. Observa-se uma grande concentração estilos de aprendizagem no quadrante relativo ao estilo de aprendizagem assimilador. De fato, a análise quantitativa leva a uma concentração de estudantes no estilo de aprendizagem assimilador tendo 66,7% dos alunos da UTFPR e 85,2% dos alunos da Unioeste com seus modos de aprendizagem ligados preferencialmente à observação e reflexão. Em ambas as Instituições o estilo de aprendizagem divergente (para o qual a criatividade, a imaginação a e integração da experiência com seus valores pessoais são pontos fortes) teve a segunda maior frequência, sendo 20,7% para a UTFPR e 11,1% para a Unioeste. Embora com baixa frequência, nos estilos Acomodador e Convergente aparecem diferenças entre as Instituições: enquanto para a Unioeste a frequência de estilo Acomodador é nula, para a UTFPR este é o estilo com a terceira maior frequência de

observação. Por fim, em cada Instituição observa-se a presença de um estudante cujo inventário de Kolb classifica como de estilo de aprendizagem convergente. Figura 3 - Determinação de estilos de aprendizagem via Plano de Kolb para estudantes da Unioeste Câmpus Cascavel e da UTFPR Câmpus Cornélio Procópio. De acordo com Kolb, para um indivíduo, a aprendizagem eficaz requereria o movimento cíclico passando pelos quatro estilos de aprendizagem, embora cada indivíduo apresente maior afinidade por um deles. No caso de aplicação ao contexto escolar, ao percorrer os quatro estilos de aprendizagem o professor estaria contemplando todos os alunos, cada qual com seu estilo particular de aprendizagem. Porém, neste trabalho, os dados mostram que a maioria dos estudantes dos Cursos analisados possuem estilos de aprendizagem bastante próximos, o que poderia ser útil no planejamento de atividades que explorem de forma mais adequada às preferências individuais, ou seja, atividades de ensino que exploram as habilidades naturais dos indivíduos podem ser propostas no intuito de potencializar estas habilidades enquanto outras atividades específicas, fora do domínio preferencial dos estudantes poderiam ser aplicadas com o objetivo de desenvolver habilidades e competências que, embora menos exploradas pelo indivíduo, são importantes para o crescimento intelectual e social.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste trabalho o inventário de modos de aprendizagem de Kolb foi utilizado para avaliar os estilos de aprendizagem dominantes em alunos ingressantes em cursos da área Computação, em particular o curso de Ciência da Computação da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste Câmpus Cascavel) e de Engenharia da Computação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR Câmpus Cornélio Procópio). Para ambas a Instituições os resultados mostram alta frequência de estudantes cujo estilo de preferencial de aprendizagem é enquadrando, segundo a classificação de Kolb, como estilo assimilador. Este tipo de informação pode fornecer subsídios para a preparação de aulas com atividades específicas que aproveitam as características pessoais dos estudantes (para o caso de atividades que explorem suas preferências de aprendizagem) ou que estimulem o desenvolvimento de outras habilidades necessárias ao seu desenvolvimento intelectual, profissional e social. REFERÊNCIAS BRASIL, Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC, SEB, 2006. FELDER, R. M.; SILVERMAN, L. K. Learning and teaching styles in engineering education. Engineering Education, Leicestershire v. 78, n. 7, p. 674-681, 1988. FELDER, R., HENRIQUES, E. R. Learning and teaching styles in foreign and second language education. Foreign Language Annals, 28 n.1, p.21-31, 1995. KOLB, D. A. Experimental learning: Experience as the source of learning and development. New Jersey: Prentice-Hall, Englewood Cliffs, 1984. LINDEMANN, V. Estilos de aprendizagem: buscando a sinergia, Porto Alegre, 165p., 2009. Tese(Doutorado) Universidade Federal do Rio Grande do Sul. MAZUROSKI Jr., A.; AMATO, L. J. D.; JASINSKI, L.; SAITO, M. Variação nos estilos de aprendizagem: investigando as diferenças individuais na sala de aula. ReVEL. Vol. 6, n. 11, P.1-16, 2008 NOGUEIRA, D. R. O impacto do estilo de aprendizagem desempenho acadêmico: um estudo empírico com alunos das disciplinas de contabilidade geral e gerencial na Educação a distância, Curitiba, 133p., 2009. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Paraná. PEREIRA, E. J. Estilos de Aprendizagem no ensino médio e a sua influência na disciplina de Matemática. Lavras, 74p., 2013. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal de Lavras. PEREIRA, M. A., KURI, N.P.,SILVA, A.N.R, Os estilos de Aprendizagem e o ensino de Engenharia de Transportes. In: XVIII Congresso de Pesquisa e Ensino em Transporte. Anais... UFSC -Florianópolis: ANPET Associação Nacional de Pesquisa e Ensino em Transportes, 2004. Disponível em http://www.cbtu.gov.br/estudos/pesquisa/anpet_xviiicongrpesqens/ac/arq135.pdf Consultado em 05/08/2014. TREVELIN, A.T.C., NEIVA, J.S.F.S., Estilos de Aprendizagem e Avaliação no Ensino Superior. In: VI Workshop de Pós-Graduação e Pesquisa do Centro Paula Souza, Porto Alegre. Anais... São Paulo: FATEC Centro Paula Souza, 2011. Disponível em http://www.centropaulasouza.sp.gov.br/pos-graduacao/workshop-de-pos-graduacao-epesquisa/anais/2011/ Consultado em 05/08/2014.

HOW DO LEARN THE STUDENTES FROM COMPUTATIONAL AREAS: AN INVESTIGATION VIA KOLB LEARNIG INVENTORY STYLES Abstract: The Kolb Learning Styles Inventory was used to evaluate the dominant learning styles of freshman students in graduation courses of the Computer area, particularly the course of Computer Science from the State University of West of Paraná (Unioeste - Campus Cascavel) and Computer Engineering at the Technological Federal University of Paraná (UTFPR - Campus Cornélio Procópio). It was found that in both institutions the students exhibit assimilative learning style. This kind of information may provide a basis for the preparation of lessons with specific activities that could take advantage of the personal characteristics of the students (in the case of activities that explore their learning preferences) or could stimulate the development of complementary skills required for their personal and educational improvement. Key words: Individual Learning Styles, Kolb Model, Kolb Learning Styles Inventory.