PAC 15. Análises Laboratoriais

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Transcrição:

Página 1 de 13 Análises Laboratoriais

Página 2 de 13 1. Objetivo----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------03 2. Referências-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------03 3. Campo de Aplicação------------------------------------------------------------------------------------------------------------03 4. Definições-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------03 5. Responsabilidades--------------------------------------------------------------------------------------------------------------06 6. Descrição--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------06 6.1 Análise Microbiológica e Físico-química da Água-----------------------------------------------------------------06 6.2 Análise Microbiológica e Físico-química dos Produtos-----------------------------------------------------------07 6.3 Colheita, preparação e transporte de amostras--------------------------------------------------------------------09 7. Monitoramento -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------12 8. Não Conformidades e Ações Corretivas ---------------------------------------------------------------------------------- 13 9. Ações Preventivas -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 13

Página 3 de 13 1. Objetivo 1.1 Adotar as precauções necessárias para evitar a contaminação dos produtos através das superfícies de contato. 1.2 Redução dos riscos da ocorrência de perigos biológicos, visando à inocuidade dos alimentos produzidos. 2. Referência 2.1 Decreto MAPA (RIISPOA) nº 30.691, de 29 de Março de 1952. 2.2 Decreto-Lei nº.986, de 21 de Outubro de 1969. 2.3 Lei nº 11.904, de 09 de Fevereiro de 1993. 2.4 Decreto nº 4.019, de 09 de Julho de 1993. 2.5 Portaria MAPA nº.146, de 07 de Março de 1996. 2.6 Portaria MAPA nº 368, de 04 de Setembro de 1997. 2.7 Portaria MAPA nº 46, de 10 de Fevereiro de 1998. 2.8 Resolução RDC ANVISA nº 12, de 2 de Janeiro de 2001. 2.9 Instrução Normativa MAPA nº 51, de 18 de Setembro de 2002. 2.10 Instrução Normativa MAPA nº. 70, de 06 de Outubro de 2003. 2.11 Resolução- RDC nº 216, de 15 de Setembro de 2004 2.12 Circular MAPA nº 175, de 16 de Maio de 2005. 2.13 Instrução Normativa AGRODEFESA nº. 005, de 24 de Julho de 2006. 2.14 Ofício Circular DILEI/CGI/DIPOA nº. 7, de 11 de Setembro de 2009. 2.15 Ofício Circular GAB/DIPOA nº.24, de 11 de Setembro de 2009. 2.16 Circular MAPA nº 004, de 01 de Outubro de 2009. 3. Campo de Aplicação 3.1 Este se aplica a todos os setores dos Frigoríficos, Laticínios, Indústrias de Derivados Cárneos, Doces e Entrepostos de Mel, Ovos e Pescados. 4. Definições 4.1 Amostra Indicativa: É a amostra composta por um número de unidades amostrais inferior ao estabelecimento em plano amostral constante na legislação específica.

Página 4 de 13 4.2 Amostra representativa: É a amostra constituída por um determinado número de unidades amostrais estabelecidas de acordo com o plano de amostragem. 4.3 Análise Fiscal: A efetuada sobre o alimento apreendido pela autoridade fiscalizadora competente e que servirá para verificar a sua conformidade. 4.4 Bactérias: São microrganismos amplamente distribuídos na natureza, sendo encontrados em todos os ambientes. Podem ser responsáveis por doenças no homem, nos animais, e nas plantas ou por deteriorarem os alimentos e materiais diversos. 4.5 Bactérias Patogênicas: São aquelas que causam doenças. Estas bactérias não alteram o produto em nada. 4.6 Bactérias Deteriorantes: São aquelas responsáveis pela deterioração dos alimentos com a sua diminuição de vida de prateleira. 4.7 Boas Práticas de Fabricação: Procedimentos higiênicos, sanitários operacionais que devem ser aplicados em todo o fluxo de produção, desde a obtenção dos ingredientes e matérias-primas até a distribuição do produto final, com o objetivo de garantir a qualidade dos alimentos. 4.8 Bolores: São fungos filamentosos que se encontram amplamente distribuídos na natureza. São encontrados no solo, em superfícies vegetais, nos animais, no ar e na água. Estão em maiores quantidades geralmente nos vegetais, especialmente em frutos, através dos quais provocam doenças. São utilizados na produção de certos alimentos (queijos, alimentos orientais), bem como na produção de medicamentos (penicilina, por exemplo). 4.9 Características Sensoriais: Utilizada para medir, analisar e interpretar as reações das características dos alimentos e materiais que são percebidas pelos sentidos da visão, olfato, gosto, tato e audição. 4.10 Coliformes a 45ºC: É equivalente à denominação de coliformes de origem fecal e de coliformes termotolerantes. 4.11 Contaminação: É a presença de microrganismos causadores de doenças em qualquer superfície. Para viver e proliferar (multiplicar), os microrganismos necessitam de umidade e calor.

Página 5 de 13 4.12 Contaminação Cruzada: É a contaminação adquirida ao se entrar em contato com um ambiente, equipamento, ou pessoa já contaminada. Neste processo os microrganismos de uma área são transportados para outra área em geral por um manipulador de alimentos, causando desta forma a contaminação dos alimentos ou superfície, em um lugar que antes estava sanitizado. 4.13 Higienização: Redução a níveis microbianos não nocivos à saúde ou deteriorantes. Tratamento de objetos e materiais inanimados. Higiene pessoal: pele, membranas e cavidades corpóreas. 4.14 Infecções Alimentares: Causadas por agentes bacterianos, virais e parasitários que têm capacidade de causar infecções. Exemplos: Salmonella typhi, Streptococcus do grupo A, vírus da Hepatite infecciosa, vírus Norwalk, Toxoplasma gondii, Escherichia coli O157:H7, Vibrio cholerae O1. 4.15 Intoxicação Alimentar: Síndromes que tem como agente uma toxina ou uma substância química. Exemplos: Pesticidas, resíduos de drogas veterinárias, histaminas, tiraminas, antibióticos e hormônios não tolerados, contaminantes inorgânicos como mercúrio, cádmio, chumbo. 4.16 Inocuidade do Alimento: Garantia de que o alimento é aceitável para o consumo humano de acordo com seu uso esperado. 4.17 Microbiologia: É a ciência que estuda a vida nas formas microscópicas, chamadas de microrganismos ou germes. É o estudo dos microrganismos. 4.18 Microrganismos: São formas de vida microscópicas invisíveis a olho nu e só podem ser vistas com o auxílio do microscópio óptico/ microscópio eletrônico. Elas incluem bactérias, fungos, vírus, protozoários, algas unicelulares, viroides e príons. Os microrganismos que produzem doenças no indivíduo são chamados de Microrganismos Patogênicos. 4.19 Padrão de Identidade e Qualidade: O estabelecimento pelo órgão competente do Ministério da Saúde dispondo sobre a denominação, definição e composição de alimentos, matérias-primas alimentares, alimentos in natura e aditivos intencionais, fixando requisitos de higiene, normas de envasamento e rotulagem, métodos de amostragem e análise. 4.20 Procedimento Padrão de Higiene Operacional - PPHO: São procedimentos descritos, desenvolvidos, implantados e monitorizados, visando estabelecer a forma rotineira pela qual o estabelecimento industrial evitará a contaminação direta ou cruzada e a adulteração do produto,

Página 6 de 13 preservando sua qualidade e integridade por meio da higiene antes, durante e depois das operações industriais. 4.21 Padrão microbiológico: Lei ou regulamento administrativo oficial, que estabelece o número máximo tolerável de microrganismos, determinado por métodos estipulados oficialmente. 4.22 Toxinoses Alimentares: Doenças que tem como agente toxinas microbianas pré formadas no alimento. O que diferencia a toxinose da infecção, é que neste a toxina é o agente ingerido e não as células viáveis do microrganismo patogênico. Exemplos: Toxina botulínica, estafilocócica, toxina do Bacillus cereus emético. 4.23 Toxinfecções Alimentares: Doença alimentar decorrente da liberação de toxina in vivo, sem a colonização pelo microrganismo produtor. Exemplos: Clostridium perfringens Tipo A. 5. Responsabilidades 5.1. Cabe à administração da garantir o pleno funcionamento deste, criando condições para que seus colaboradores possam manter o mesmo em funcionamento. 5.2. Cabe ao Responsável Técnico elaborar, treinar, implementar, monitorar e revisar este Programa de Autocontrole. 5.3. Cabe ao SIE Serviço de Inspeção Estadual fiscalizar a aplicação deste programa. 6. Descrição 6.1 Análise Microbiológica e Físico Química da Água 6.1.1 É obrigatória a realização de análises, de água, microbiológica e físico química anualmente. 6.1.2 As amostras deverão ser coletadas em um dos pontos de coleta da indústria, ou seja, depois da etapa de cloração da água. 6.1.3 As análises devem ser realizadas e os resultados analisados conforme a Portaria MS nº. 2914/2011.

Página 7 de 13 6.1.4 Análises físico químicas: Análise Padrão/VMP Cor Aparente 15 UH² Odor/Gosto Não Objetável Turbidez Cloro Residual 5UT(4) 0,2 2mg/L ph 6,0 9,5 Dureza 500mg/L Ferro 0,3mg/L Cloretos 250mg/L Sólidos Totais 1000mg/L Fluoretos 1,5mg/L Amônia (como NH3) 1,5mg/L Nitrito 1mg/L VMP: Valor Máximo Permitido 6.1.5 Análises microbiológicas: Análise Escherichia Coli ou Coliformes Termotolerantes Coliformes Totais Bactérias Heterotróficas VMP: Valor Máximo Permitido Padrão Ausência em 100 ml Ausência em 100 ml 500 UFC 6.2 Análise Microbiológica e Físico Química dos Produtos 6.2.1 É obrigatória a realização análises microbiológica e físico-química de produtos acabados, mensalmente. 6.2.2 Os requisitos com os padrões das análises deverão ser seguidos pelo Regulamento de Identidade e Qualidade específico para cada produto e pela Resolução RDC nº.12, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). 6.2.3. Exemplo de análises laboratoriais dos produtos a serem realizadas:

Página 8 de 13 Leite Pasteurizado Acidez (%Ácido Latico) Estabilidade ao alizarol 72% Extrato Seco Total Extrato Seco Desengordurado Fosfatase Índice Crioscópio Lipídeos Peroxidase Volume Rotulagem Análises Microbiológicas Contagem Padrão em Placas NMP Coliformes Totais NMP Coliformes Termotolerantes Pesquisa de Salmonella spp./25g Derivados Lácteos Extrato Seco Total Odor Umidade Cor Critérios Macro/Microscópicos Rotulagem Análises Microbiológicas Contagem de Coliformes Totais Staphylococcus Coagulase Positiva Pesquisa de Salmonella spp./25g Pesquisa de Listeria monocytogenes/25g Carnes in natura (bovina/suína/aves) ph Prova de Filtração Prova de Amônia Textura Coloração Odor Consistência Critérios Macro/Microscópicos Rotulagem Análises Microbiológicas NMP Coliformes Termotolerantes Pesquisa de Salmonella spp./25g Pescados ph Prova de Filtração Prova de Amônia Aspecto Coloração Odor Critérios Macro/Microscópicos Rotulagem Análises Microbiológicas NMP Coliformes Termotolerantes Pesquisa de Salmonella spp./25g Staphylococcus Coagulase Positiva

Página 9 de 13 Coloração Odor Textura Umidade Nitritos Rotulagem Derivados Cárneos Análises Microbiológicas NMP Coliformes Termotolerantes Pesquisa de Salmonella spp./25g Clostridium Sulfito Redutor Staphylococcus Coagulase Positiva Ovos Sólidos Totais Odor Umidade Gordura Critérios Macro/Microscópicos Peso Médio Coloração casca ph Rotulagem Análises Microbiológicas NMP Coliformes Termotolerantes Pesquisa de Salmonella spp./25g Mel Umidade Acidez ph Cor Microscopia Direta sacarose Glicose Reação de Lund 6.3 Colheita, preparação e transporte de amostras 6.3.1 As amostras para análise físico químicas deverão ser enviadas em caixas separadas daquelas destinadas as análises microbiológicas. 6.3.2 As amostras devem ser enviadas em sua embalagem original para evitar modificações em suas características. 6.3.3 As amostras para análise de produtos deverão ser acondicionadas em recipientes limpos, estéreis, íntegros, refrigerados e enviados em recipientes e/ou embalagens individuais, devidamente lacrados em sua embalagem original, para evitar modificações em suas características. 6.3.4 A quantidade mínima de 500 g ou 500 ml, por amostragem (sendo uma amostra para análise físico-química, e outra para análise microbiológica) devidamente lacradas, sem violação da embalagem.

Página 10 de 13 6.3.5 As amostras a serem colhidas em frigoríficos: Bovinos Porção de tecido muscular, (peso mínimo de 500 g para físico-química e 500 g para microbiológica). Suínos Porção de tecido muscular, (peso mínimo de 500 g para físico-química e 500 g para microbiológica). Aves Uma ave (unidade) para análise físico-química e uma ave (unidade) para análise microbiológica, com peso mínimo de 500g para cada. Peixes Um peixe (unidade) para análise físico-química e um peixe (unidade) para análise microbiológica, com peso mínimo de 500g para cada. Ovos Uma caixa (com 6 ou doze unidades). 6.3.6 A porção de tecido muscular retirado para análise (bovinos e suínos) poderá ser dos cortes Coxão, Paleta ou Pescoço, podendo ser misturado pedaços até atingir 500g. 6.3.7 Amostras a serem colhidas em laticínios e derivados: Leite Um litro para análise físico química e um litro para análise microbiológica. Iogurte 500 ml ou 500 g de cada sabor para análise físico-química e 500 ml ou 500 g de cada sabor para análise microbiológica. Queijo, Manteiga, Doce e outros derivados em produtos sólidos 500 g para análise físicoquímica e 500 g para análise microbiológica. 6.3.8 No caso de leite pasteurizado, o tempo entre a colheita e a remessa não deverá ultrapassar 24 horas, respeitando-se, também, o prazo de validade do produto. 6.3.9 Amostras a serem colhidas em embutidos, produtos cárneos e outros: 500 g para análise físico-química e 500 g para análise microbiológica. 6.3.10 Não coletar amostras de produtos que apresentarem evidências de violação nas embalagens, produtos deteriorados ou estiverem com data de validade vencida. 6.3.11 Após a colheita as amostras deverão ser acondicionadas em sacos de polietileno, devidamente fechados para evitar trocas com o meio, e lacradas quando a colheita for de efeito fiscal. 6.3.12 As amostras de produtos altamente perecíveis deverão ser acondicionadas em recipientes

Página 11 de 13 isotérmicos, acompanhadas de gelo ou outra substância refrigerante até chegar ao laboratório, para evitar possíveis alterações das condições físico-químicas e microbiológicas. O gelo ou a água resultante do degelo, em hipótese nenhuma deverá ter contato direto com a amostra. Evitar estocagem intermediária entre o ponto de colheita e o laboratório. 6.3.13 Procedimento de Colheita de Água: 6.3.13.1 A quantidade de água necessária é de no mínimo 01 (um) litro, para análise físico química e 500 ml para análise microbiológica em frasco de boca larga. Os frascos para análises microbiológicas são específicos (estéreis e com conservantes para manutenção do teor de cloro), porém deverão ser retirados no laboratório a realizar as análises. 6.3.13.2 Colheita em torneiras: - Lavar a parte externa da torneira com água e sabão; - Passar somente álcool nas torneiras de plástico e flambar (álcool depois fogo) as torneiras de metal; - Deixar a água correr de 3 a 5 minutos; - Diminuir o fluxo de água deixando correr um filete pouco intenso de água; - Retirar a tampa do frasco, flambar o bocal e colher 2/3 da capacidade do vidro, mínimo de 500 ml (1/2 litro) para microbiologia e 1 litro para análise físico-química. - Flambar novamente o bocal, fechar e vedar com fita adesiva. 6.3.13.3 Colheita em reservatórios: - Utilizar balde de metal, lavá-lo interna e externamente com água e sabão; - Enxugar bem e flambar (álcool depois fogo); - Submergir o balde na água, imediatamente após a flambagem; - Transferir a água colhida do balde para frasco estéril; - Refrigerar e levar para o laboratório em caixa isotérmica com gelo. Observação: Colocar a amostra, devidamente identificada, dentro de um saco plástico de polietileno limpo e resistente. Transportar dentro de caixa isotérmica com gelo, e encaminhar ao Laboratório o mais rápido possível. Para análise físico-química, o frasco não precisa ser esterilizado, mas tem que estar limpo, sem nenhum resíduo e com a quantidade mínima de 1 litro. 6.3.14 Lacração: Terá por objetivo evitar qualquer alteração deliberada do conteúdo da embalagem. A lacração poderá ser feita não somente com o uso do lacre mais, ainda, por vedação hermética

Página 12 de 13 para que, em caso de violação, está se torne evidente. 6.3.15 Rotulagem: Cada amostra colhida deverá ser rotulada de modo a não ser confundida. O método mais simples é escrever as características da amostra diretamente no saco da embalagem em etiquetas amarradas diretamente, mencionando a identificação no relatório de acompanhamento da amostra. 6.3.16 Transporte: A amostra deverá ser remetida para o Laboratório de Controle de Qualidade de Alimentos o mais rapidamente possível. Deve ser tomadas as devidas precauções para assegurar que o resultado da análise não seja comprometido pela utilização de um método inadequado de transporte, que acarrete longas demoras, ou no qual o recipiente da amostra esteja sujeito a deterioração. 7. Monitoramento Análise laboratorial Microbiológica e Físico-química da água. O quê Como Quando Quem Coletando a água conforme especificações e enviando-a para o laboratório. Anualmente A ser definido pela. Análises Microbiológica e Físico Química dos Produtos Inspeção visual dos laudos das análises Mensalmente A ser definido pela.

Página 13 de 13 8. Não Conformidades e Ações Corretivas Não Conformidade Ação Corretiva Quando Quem Análises Microbiológica e/ou Físico-química da Água fora do padrão Análises Microbiológica e/ou Físico-química dos Produtos fora do padrão Coleta de novas amostras em dias sucessivos até que novas amostras revelem resultado satisfatório. A recoleta deve incluir no mínimo 2 amostras simultâneas, sendo uma no mesmo ponto e as outras nos demais pontos. Revisar a frequência do cronograma de higienização do reservatório de água Investigar o motivo e adotar as medidas necessárias para cada caso específico. Coletar novas amostras até obtenção de um resultado satisfatório. Quando da necessidade. Quando da necessidade. A ser definido pela. A ser definido pela. 9. Ações Preventivas 9.1. Em caso de desvios das análises, faz-se uma revisão de todo o processo envolvendo as pessoas responsáveis por estes, com o intuito de rastrear e identificar a causa do mesmo e trazê-lo novamente a níveis aceitáveis e satisfatórios. Isto pode ocorrer devido a um procedimento operacional inadequado, higienização pessoal e/ou ambiental inadequada em setores que manipulam os produtos. 9.2. É fundamental que após um histórico de ocorrências, inicie um processo de ações preventivas com o intuito de prevenir reincidências. 9.3 Outras medidas também poderão ser adotadas conforme julgamento dos responsáveis pelo programa com intuito de prevenir reincidências.