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Transcrição:

AVALIAÇÃO EXTERNA DAS ESCOLAS Relatório Agrupamento de Escolas Aquilino Ribeiro OEIRAS 14 a 16 janeiro 2013 Área Territorial de Inspeção de Lisboa e Vale do Tejo

1 INTRODUÇÃO A Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a avaliação externa. Neste âmbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliação dos jardins de infância e das escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de avaliação em junho de 2011. A então Inspeção-Geral da Educação foi incumbida de dar continuidade ao programa de avaliação externa das escolas, na sequência da proposta de modelo para um novo ciclo de avaliação externa, apresentada pelo Grupo de Trabalho (Despacho n.º 4150/2011, de 4 de março). Assim, apoiando-se no modelo construído e na experimentação realizada em doze escolas e agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver esta atividade consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de janeiro. O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escolas Aquilino Ribeiro Oeiras, realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efetuada entre 14 e 16 de janeiro de 2013. As conclusões decorrem da análise dos documentos fundamentais do Agrupamento, em especial da sua autoavaliação, dos indicadores de sucesso académico dos alunos, das respostas aos questionários de satisfação da comunidade e da realização de entrevistas. Espera-se que o processo de avaliação externa fomente e consolide a autoavaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento, constituindo este documento um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e áreas de melhoria, este relatório oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de ação para a melhoria e de desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere. ESCALA DE AVALIAÇÃO Níveis de classificação dos três domínios EXCELENTE A ação da escola tem produzido um impacto consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em campos relevantes. MUITO BOM A ação da escola tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes. BOM A ação da escola tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes. SUFICIENTE A ação da escola tem produzido um impacto aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola. INSUFICIENTE A ação da escola tem produzido um impacto muito aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa. A equipa de avaliação externa visitou a escolasede do Agrupamento, a Escola Básica de Porto Salvo e a Escola Básica Pedro Álvares Cabral. A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilização do Agrupamento, bem como a colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação. O relatório do Agrupamento apresentado no âmbito da Avaliação Externa das Escolas 2012-2013 está disponível na página da IGEC. 1

2 CARACTERIZAÇÃO DO AGRUPAMENTO O Agrupamento de Escolas Aquilino Ribeiro localiza-se na freguesia de Porto Salvo, concelho de Oeiras, distrito de Lisboa. Inclui a Escola Básica e Secundária Aquilino Ribeiro (escola-sede) e as escolas básicas de Talaíde (no concelho de Cascais), Custódia Marques, Pedro Álvares Cabral e de Porto Salvo, estas duas últimas com jardim de infância. Foi avaliado em 2008-2009 e no ano letivo seguinte foi incluído no programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP2). Integra duas unidades de apoio a alunos com multideficiência (UAAM). Frequentam o Agrupamento 162 crianças na educação pré-escolar (7 grupos), 639 alunos no 1.º ciclo do ensino básico (35 turmas), 284 no 2.º ciclo (13 turmas), 383 no 3.º ciclo (17 turmas), 64 formandos nos cursos de educação e formação de tipos 2 e 3 (4 turmas), 25 alunos em duas turmas do Programa Integrado de Educação e Formação (PIEF), 76 nos cursos científico-humanísticos do ensino secundário (3 turmas) e 84 nos cursos profissionais de Turismo e de Animação Sociocultural (4 turmas), num total de 1717 (dados de outubro de 2012 fornecidos pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência). No âmbito da Ação Social Escolar (ASE), 56% dos alunos não beneficiam de auxílios económicos, percentagem que diminui consideravelmente, se apenas se considerarem os alunos do 2.º ciclo, os dos cursos de educação e formação e os dos cursos profissionais. Há 12% de alunos de outras nacionalidades, predominando os de países africanos de língua oficial portuguesa e do Brasil. Têm computador e acesso à internet em casa 34% dos alunos do ensino básico e 61% do ensino secundário. Exercem funções na organização educativa 143 docentes, dos quais 44% são contratados, o que indica pouca estabilidade, e 74% lecionam há 10 ou mais anos, indiciando uma experiência profissional significativa. O pessoal não docente perfaz 45 trabalhadores, sendo que 80% destes têm 10 ou mais anos de serviço. Trabalham ainda neste Agrupamento um psicólogo e dois elementos da segurança escolar. Em relação às habilitações académicas dos pais e mães dos alunos do ensino básico, verifica-se que 11% têm formação de nível superior e 30% secundário e superior; no ensino secundário, estes valores descem para 5% e 24%, respetivamente. Quanto à sua ocupação profissional, 22% dos do ensino básico exercem atividades de nível superior e intermédio, descendo para 18%, nos do ensino secundário. No ano letivo de 2010-2011, ano para o qual há referentes calculados, os valores das variáveis de contexto para os anos terminais de ciclo (média das idades dos alunos, percentagem de alunos que não beneficiam dos auxílios económicos da ASE, média de alunos por turma, escolaridade dos pais e das mães e percentagem de docentes dos quadros) apontam, globalmente, para um contexto desfavorável, quando comparados com escolas de contexto análogo, em particular no que se refere às percentagens de docentes do quadro e dos alunos do ensino secundário regular. 3- AVALIAÇÃO POR DOMÍNIO Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa e tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realizada, a equipa de avaliação formula as seguintes apreciações: 3.1 RESULTADOS RESULTADOS ACADÉMICOS No ano letivo de 2010-2011, ano para o qual foram criados grupos de referência para comparação estatística dos resultados académicos, verifica-se que o Agrupamento atingiu valores acima dos 2

medianos do seu grupo, nas percentagens de alunos que concluíram o 4.º ano, o 6.º e o 9.º, no sucesso nas provas de aferição de matemática do 4.º ano e na média obtida no exame de português do 12.º ano. Quando comparados os mesmos resultados com os das escolas que têm valores análogos nas variáveis de contexto, verifica-se que, no ensino básico, as percentagens dos alunos que concluíram o 4.º ano, o 6.º e o 9.º se situaram acima dos valores esperados. No entanto, as percentagens de sucesso na avaliação externa foram diferenciadas: situaram-se além dos valores esperados nas provas de aferição do 4.º ano em língua portuguesa e matemática; dentro do esperado no exame de matemática do 9.º ano; abaixo do esperado nas provas de aferição do 6.º ano, nas duas disciplinas, e no exame de língua portuguesa de 9.º ano. No ensino secundário, os resultados obtidos nos exames nacionais ficaram ao nível do esperado na disciplina de português e além do esperado em matemática A. Já a percentagem dos alunos que concluíram o ensino secundário ficou aquém do valor esperado. Os resultados académicos de 2010-2011 foram globalmente congruentes com o contexto socioeconómico desfavorável em que o Agrupamento se insere. Apesar de se terem registado resultados com valores além dos esperados, há ainda um trabalho a desenvolver para que o mesmo ocorra na avaliação externa do 6.º ano, nos exames de língua portuguesa do 9.º e na percentagem de conclusão do 12.º ano. Considerando os resultados anteriores ao último triénio, tendo em conta os dados do último relatório do projeto TEIP, verifica-se que houve uma melhoria nos três ciclos do ensino básico regular, mais acentuada no 1.º ciclo, como resultado da implementação daquele projeto. No entanto, no último ano letivo houve uma diminuição generalizada do sucesso, em particular nas provas de aferição do 4.º ano e nos exames de matemática do 9.º ano. Não foi apresentada uma causa para estes resultados, cuja involução teve mais expressão no 3.º ciclo, o que revela alguma inconsistência no trabalho realizado. No ensino secundário regular, verificaram-se progressos nos exames das disciplinas de biologia e geologia e de física e química. Perante a dificuldade em atingir as metas de sucesso previstas no projeto educativo, a direção implementou um projeto inovador em parceria com a Universidade Nova de Lisboa, no âmbito do projeto ESCXEL, direcionado aos alunos do 5.º ano. O relatório da equipa de investigação da Universidade sobre os resultados do 1.º período regista já alguns progressos nas duas disciplinas monitorizadas, português e matemática. Nos cursos profissionais de Técnico de Turismo e de Técnico de Animação Sociocultural de nível secundário, frequentados por uma percentagem significativa de alunos, o sucesso tem vindo a aumentar desde 2007, considerando o número de alunos inscritos e os que concluíram. No entanto, as metas definidas para a redução do número de módulos em atraso não foi atingida. O sucesso nos cursos de educação e formação foi mais elevado nos que tiveram um maior número de alunos inscritos, como o de Ação Educativa (85%), Operador de Informática (75%) e o de Jardinagem e Espaços Verdes (74%); já o de Costureira Modista, com 17 jovens inscritas, ficou-se pelos 59%. À semelhança do que já sucedia aquando da anterior avaliação externa do Agrupamento, é feito um tratamento estatístico detalhado dos resultados académicos, que é analisado pelos docentes e integrado, posteriormente, no relatório final de autoavaliação. Este não inclui qualquer análise global sobre a evolução das aprendizagens das crianças que frequentam os dois jardins de infância, o que daria uma perspetiva mais alargada do trabalho realizado neste nível de educação. O trabalho realizado com as crianças é dado a conhecer aos encarregados de educação e a avaliação qualitativa por áreas de conteúdo é-lhes comunicada regularmente, dada a relação de proximidade existente, e, de forma mais formal, trimestralmente. As taxas de abandono diminuíram no ensino básico regular desde a última avaliação externa (a média era de 3%), embora ainda atinja os 1,6%, no 3.º ciclo. O facto de alguns alunos estrangeiros deixarem o país sem anular a matrícula explica, em parte, a persistência do problema. 3

RESULTADOS SOCIAIS Os alunos conhecem o regulamento interno, sentem-se seguros na escola que frequentam e consideram que o clima educativo é bom, não obstante a indisciplina continuar a ser identificada como um dos pontos fracos a superar em duas das escolas do Agrupamento. No último ano letivo, houve uma diminuição da conflitualidade durante os intervalos em resultado das atividades de animação dos pátios, reforçada este ano na escola-sede, em articulação com as da sala de ocupação dos alunos (SOA). Por outro lado, apesar de se ter registado um progresso, comparativamente a anos anteriores, houve um aumento de ocorrências nas salas de aula da escola-sede, no último ano letivo, o que indicia dificuldades, por parte dos docentes, em aplicar As estratégias para a prevenção da indisciplina na sala de aula definidas em resultado de um trabalho reflexivo realizado por todos os docentes. Foi dada continuidade aos projetos que revelaram progressos relativamente aos pontos de partida, designadamente o Integrarte, que engloba as oficinas de vídeo, das artes, de teatro, as bandas de garagem, as tutorias e as mentorias, esta última ação como forma de responsabilização dos alunos mais velhos pelos mais novos. Apesar do sucesso destes projetos, as metas definidas no projeto TEIP não foram atingidas, no que diz respeito à prevenção do abandono, da indisciplina e do absentismo. A auscultação dos alunos sobre aspetos relacionados com a vida escolar é promovida nas aulas de educação para a cidadania, nos conselhos de turma intercalares e nas reuniões periódicas de delegados com a direção. Também a forte participação dos alunos no processo eleitoral para a associação de estudantes, responsável pela organização de algumas atividades, evidencia que foi ultrapassado o ponto fraco assinalado na avaliação externa anterior, neste aspeto. O Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família desenvolve um trabalho relevante no sentido da inclusão, a diversos níveis, desde ações de solidariedade até ações de formação destinadas aos pais, com impacto no suprimento de carências económicas e na valorização da escola. Embora noutro âmbito, merecem igualmente referência os progressos conseguidos no processo de integração e socialização dos alunos apoiados nas UAAM. Dos jovens que se candidataram na 1.ª fase ao ensino superior, 70% foram colocados na 1.ª opção. Refira-se, no entanto, que apenas cerca de um terço dos inscritos para exame se candidatou. A maioria pretende um acesso mais rápido ao mercado de trabalho, optando por isso pelos cursos profissionais, ainda que a oferta existente não corresponda inteiramente às suas preferências, o que explicará algumas anulações de matrícula. Dos 19 alunos que concluíram o curso de Técnico de Turismo, por exemplo, seis prosseguiram estudos na mesma área, desconhecendo-se quantos ingressaram no mercado de trabalho. RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE O sucesso dos alunos, quer no domínio académico quer dos valores e atitudes, é valorizado através do quadro de excelência e do quadro de valores exposto na escola-sede e, de uma forma mais reforçada e dinâmica (porque os distinguidos vão variando, periodicamente, ao longo do ano), numa das escolas do Agrupamento. As exposições, as festas, as comemorações e outros eventos divulgam e valorizam, junto da comunidade educativa, os produtos do trabalho dos alunos. Os grupos de teatro, dança e música participam em eventos locais ou a convite de escolas de outros concelhos. No âmbito desportivo, há atividades de referência e com um reconhecimento consolidado. Os alunos revelam um elevado grau de satisfação relativamente ao trabalho desenvolvido pelos docentes, já o mesmo não sucede relativamente à indisciplina, que é percecionada pela comunidade educativa como um problema não totalmente resolvido. A importância do papel educativo do Agrupamento, com um forte e diversificado pendor de inclusão, é sublinhada por encarregados de educação, pelos representantes autárquicos e parceiros sociais. 4

A ação do Agrupamento tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. O Agrupamento apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de BOM no domínio Resultados. 3.2 PRESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO O projeto curricular do Agrupamento constitui um bom documento estratégico, que fundamenta a oferta curricular existente e contém orientações para a lecionação da disciplina de oferta complementar e para a elaboração dos planos curriculares de turma. Tem, também, uma referência à articulação interdisciplinar (identificada como ponto fraco na anterior avaliação externa) ainda que restrita a disciplinas afins, que tem vindo a ser generalizada e consolidada. O planeamento é feito atempadamente, no final do ano letivo anterior, o que é fundamental, atendendo à rotatividade do corpo docente. Os projetos curriculares/planos de grupo e de turma seguem uma estrutura comum e contêm um diagnóstico aprofundado do contexto familiar e do percurso escolar de cada criança e aluno. No entanto, dos que foram analisados, apenas o do 5.º ano identifica as estratégias a adotar em função dos problemas e potencialidades de cada aluno e os conteúdos relevantes a lecionar, numa perspetiva interdisciplinar, bastante mais abrangente do que a prevista no projeto curricular do Agrupamento, o que constitui uma prática digna de relevo. A informação detalhada fornecida pelas educadoras sobre as aprendizagens e características das crianças aos docentes do 1.º ciclo facilita a sua integração. São também promovidas algumas atividades entre diferentes ciclos e níveis de educação e ensino com o mesmo objetivo. O trabalho colaborativo entre os docentes tem permitido a partilha de materiais e a organização de atividades conjuntas, sendo de realçar as realizadas pelas professoras bibliotecárias em articulação com os docentes de todos os níveis de educação e ensino. Os guiões de apoio/orientação à pesquisa e para apresentação de trabalhos constituem um bom exemplo dessa articulação. PRÁTICAS DE ENSINO A adequação do ensino aos ritmos de aprendizagem e necessidades dos alunos é referida por estes e pelos encarregados de educação, como sendo uma prática dos docentes. Também no relatório Práticas de Ensino Inovadoras (Microsoft, julho de 2012), a maioria dos docentes respondentes consideram que utilizam uma pedagogia centrada no aluno. Porém, as planificações de médio e longo prazo anexadas aos projetos curriculares e planos de turma analisados não a refletem. As práticas de diferenciação pedagógica são mais evidentes nas turmas com projetos específicos, de que são exemplo as turmas PIEF, e nas que integram alunos com necessidades educativas especiais. O trabalho realizado com estes alunos, em articulação com os técnicos de diversas estruturas de apoio, é objeto de reflexão aprofundada, periodicamente, e é feita a monitorização da eficácia dos programas educativos individuais, no sentido de avaliar a adequação dos apoios prestados, sendo redefinidas estratégias, quando tal se revela necessário. As práticas experimentais são mais frequentes na escola-sede. O projeto Aqui há Ciência! que visa a literacia científica das crianças da educação pré-escolar e do 1.º ciclo está implementado na escola básica de Porto Salvo, mas ainda numa fase embrionária de extensão à sala de aula. Na escola básica Pedro Álvares Cabral é de realçar o projeto MUS-E, que tem como objetivo promover a inclusão através da 5

arte, em particular da música. O projeto Integrarte constitui outro exemplo emblemático da importância dada à dimensão artística. Esta abrange também os alunos com necessidades educativas especiais, através de um projeto específico. A educação ambiental e intercultural e a educação para a saúde têm expressão em diversas atividades. O acompanhamento da prática letiva é feito pelos coordenadores de departamento, mediante a análise do relatório trimestral feito por cada docente sobre as estratégias utilizadas, os resultados alcançados e as propostas de reformulação. Contudo, a inexistência de práticas institucionalizadas de supervisão das atividades letivas em contexto de sala de aula compromete a monitorização da implementação das estratégias mais adequadas a cada criança ou aluno e, consequentemente, o desenvolvimento profissional dos docentes. MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS No departamento curricular da educação pré-escolar é prática consistente a monitorização dos progressos das crianças. Este trabalho sistemático reflete-se na organização das atividades educativas e é realizado em todos os departamentos. Os docentes utilizam instrumentos de avaliação diversificados, sendo a avaliação diagnóstica uma prática generalizada. Os testes são elaborados de acordo com matrizes comuns, frequentemente vinculadas às dos exames nacionais, sobretudo em anos terminais de ciclo. A aplicação de testes comuns a uma mesma disciplina e ano de escolaridade e a sua correção em conjunto, ainda que esta última não seja uma prática generalizada, promovem a aferição de critérios e graus de exigência. Com o mesmo objetivo são, também, aplicados testes intermédios disponibilizados pelo Ministério da Educação e Ciência. A avaliação sumativa trimestral tem como referência as metas de sucesso estabelecidas para cada turma e as definidas no projeto educativo e é parte integrante dos projetos curriculares e planos de turma, o que permite uma monitorização mais rigorosa dos resultados das estratégias aplicadas e a sua reformulação. A resposta às dificuldades de aprendizagem é, de um modo geral, avaliada através da análise do sucesso. A eficácia dos planos de recuperação e de acompanhamento, em 2011-2012, foi variável, verificando-se que o sucesso foi menor no 6.º ano e em todo o 3.º ciclo. A reduzida eficácia dos apoios educativos, motivada pela falta de assiduidade dos alunos, levou à sua reformulação, centrando-os na sala de aula, o que poderá ser uma boa opção se forem postas em prática estratégias de diferenciação pedagógica. Quanto aos alunos com necessidades educativas especiais, não é feito um tratamento estatístico que permita ter uma perspetiva global da eficácia dos apoios prestados. O Agrupamento desenvolve ações de prevenção da desistência e do abandono. A monitorização minuciosa da assiduidade dos alunos, a diversidade da oferta educativa e formativa disponibilizada, as mentorias e as tutorias e o acompanhamento da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Oeiras têm constituído respostas para suster as muitas situações de risco. A ação do Agrupamento tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. O Agrupamento apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de BOM no domínio Prestação do Serviço Educativo. 6

3.3 LIDERANÇA E GESTÃO LIDERANÇA A visão e o planeamento estratégico encontram-se definidos no projeto educativo que destaca a educação para a cidadania democrática e para os direitos humanos e a educação para a valorização dos saberes académicos e para a promoção do sucesso educativo como duas das suas principais finalidades. Esta visão é partilhada pelas lideranças, que assumem o desenvolvimento do Agrupamento, sustentado em princípios de inclusão e de abertura a todas as crianças e jovens que o procuram. Os objetivos estratégicos e as metas definidas são claras e avaliáveis. Estas foram definidas em função do Programa Educação 2015 sem terem em conta o contexto em que o Agrupamento se insere e, eventualmente, com um faseamento desajustado, o que poderá explicar, em parte, o facto de não terem sido atingidas, no último ano. Os documentos de orientação educativa, incluindo os relatórios de autoavaliação, articulam-se entre si e são coerentes com os objetivos do projeto educativo. As atividades do plano anual estão organizadas de forma integrada, de acordo com os objetivos estratégicos e operacionais, superando assim um dos pontos fracos identificados pela avaliação externa anterior. O conselho geral tem assumido um papel importante, evidente nas recomendações que emite, tendo em vista alterações na condução da estratégia da organização escolar. A liderança da diretora evidencia uma clara partilha de responsabilidades, numa linha indutora de procedimentos de melhoria organizacional, que tem permitido a emergência de lideranças participativas na maioria das estruturas de gestão intermédia, que se assumem como elementos fundamentais no desenvolvimento do Agrupamento. Porém, apesar dos esforços concertados na orientação e coordenação da ação educativa, o impacto na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos ainda não é o desejável. Docentes e não docentes estão motivados e empenhados no exercício das respetivas funções, num clima de relações interpessoais bastante positivo, o que contribui para um bom ambiente educativo. A direção do Agrupamento tem apostado no estabelecimento de parcerias e protocolos com diversas instituições da comunidade, na procura de soluções que possam melhorar os processos educativos. Destacam-se os celebrados com as câmaras municipais de Oeiras e Cascais, as associações de pais e encarregados de educação, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, o Centro de Saúde de Oeiras e diversas entidades empresariais, instituições do ensino superior, entre outras, que, na generalidade, têm contribuído para uma prestação do serviço educativo de qualidade. A participação dos pais e encarregados de educação, assim como da associação de pais e encarregados de educação da escola-sede, continua a não ser a desejável na vida do Agrupamento, apesar de algumas estratégias implementadas, como os Encontros de Pais, da responsabilidade da diretora. Contudo, as associações das outras escolas têm contribuído para a resolução de alguns problemas, como por exemplo, o acompanhamento dos alunos na Escola Básica de Porto Salvo, para suprir a carência de pessoal não docente ou a da Escola Básica Custódia Marques que se organizou para pintar o edifício. GESTÃO A diretora gere eficazmente os recursos humanos tendo em conta as suas competências pessoais e profissionais e os critérios de natureza pedagógica, como manter a continuidade das equipas de professores, tarefa que se encontra dificultada devido à falta de estabilidade do pessoal docente e ao decréscimo do número de não docentes, situação esta que é minimizada com recurso a trabalhadores com contrato emprego-inserção. A integração de novos profissionais assume, assim, um caráter determinante e é convenientemente efetuada nas diferentes estruturas pelos respetivos coordenadores. 7

Há uma valorização das formações específicas dos trabalhadores na afetação às diferentes funções e cargos, que tem subjacente as suas competências pessoais e profissionais, aliadas a outros fatores como o perfil e a experiência, nomeadamente na atribuição das turmas PIEF e de percursos curriculares alternativos a determinados docentes, bem como dos não docentes, caso dos que prestam serviço na biblioteca escolar e nos laboratórios. A formação profissional tem sido mais significativa, desde a última avaliação externa, tendo em conta as prioridades definidas no projeto educativo e no projeto TEIP, em áreas relacionadas com as relações interpessoais, tecnologias educativas e gestão de conflitos, entre outras. Os circuitos de informação e comunicação interna e externa são eficazes, verificando-se que a maioria dos trabalhadores considera que a informação circula bem no Agrupamento. O recurso às tecnologias contribui para a divulgação dos documentos estruturantes e das atividades e projetos a toda a comunidade. Nos serviços administrativos a redução do horário de atendimento ao público é motivo de insatisfação por parte de alguns alunos e encarregados de educação, pois não se adequa às suas necessidades. AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA O Agrupamento evoluiu no campo da autoavaliação relativamente à última avaliação externa, fruto de um grande investimento neste âmbito. A integração no programa TEIP veio também reforçar as estas práticas. A equipa de autoavaliação é experiente, motivada e, ainda que seja constituída apenas por docentes, envolve todos os membros da comunidade educativa através de procedimentos de auscultação. Elaborou um projeto que teve como ponto de partida a anterior avaliação externa, ampliando os campos de análise ao domínio da prestação do serviço educativo, e que serviu para a conceção do projeto educativo em vigor. Anualmente, é produzido um relatório que é um instrumento eficaz de orientação estratégica, ao proporcionar elementos de avaliação que permitem a introdução de ajustes ao projeto educativo, concretamente, na redefinição de indicadores e respetivas metas, fornecendo igualmente dados pertinentes para a elaboração dos planos de ação de melhoria congregados no plano anual de atividades, de forma a concretizar as metas que foram estabelecidas. Este relatório, para além de um tratamento estatístico exaustivo dos resultados académicos, sociais e do grau de satisfação da comunidade, que evidencia um conhecimento claro da evolução da organização educativa, integra outros, tais como, o intercalar e final de avaliação do plano anual de atividades, o ranking das escolas secundárias do concelho de Oeiras 2011, os relatórios semestral e anual do TEIP, o relatório ESCXEL Scoreboard e o relatório da investigação Partners in Learning, da Microsoft, sobre práticas de ensino inovadoras. A sua divulgação à comunidade educativa privilegia os órgãos de direção, administração e gestão, mas é também publicitado na página do Agrupamento. Embora se verifique que as ações implementadas têm produzido algum impacto em diversas áreas, nomeadamente nos resultados dos alunos e na indisciplina, os desvios registados no cumprimento das metas estabelecidas e a involução verificada nos resultados do último ano indiciam que há uma deficiente monitorização das ações. O alargamento do âmbito da autoavaliação às práticas de ensino que se encontra previsto, constituirá mais um desafio e mais uma oportunidade de melhoria. A ação do Agrupamento tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. O Agrupamento apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais eficazes. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de BOM no domínio Liderança e Gestão. 8

4 PONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho do Agrupamento: Diversificação da oferta educativa e implementação de projetos bem consolidados e com resultados na prevenção do abandono e desistência; Ações de apoio à inclusão com impacto no suprimento de carências económicas e na valorização da escola; Trabalho de integração e socialização dos alunos apoiados nas Unidades de Apoio a Alunos com Multideficiência, potenciando o desenvolvimento das suas capacidades; Contributo de algumas associações de pais na resolução de problemas do Agrupamento; Documentos orientadores da ação educativa bem estruturados, claros e articulados, que permitem uma fácil apropriação por parte dos elementos da comunidade educativa; Promoção da assunção de responsabilidades que tem permitido a emergência de lideranças participativas na maioria das estruturas de gestão intermédia, que se têm revelado fundamentais no desenvolvimento do Agrupamento; Processo de autoavaliação concebido como uma estratégia de desenvolvimento organizacional e profissional, com recolha e tratamento de informação pormenorizada e abrangente, tendo em vista o conhecimento dos pontos fortes e fracos da organização. A equipa de avaliação entende que as áreas onde o Agrupamento deve incidir prioritariamente os seus esforços para a melhoria são as seguintes: Monitorização da implementação das estratégias definidas para a prevenção da indisciplina na sala de aula; Generalização e consolidação de práticas de diferenciação pedagógica em sala de aula, promovendo o sucesso de todos os alunos; Supervisão da atividade letiva em sala de aula enquanto estratégia para o desenvolvimento profissional do corpo docente; Monitorização contínua das ações de melhoria, de modo a evitar desvios às metas estabelecidas. A Equipa de Avaliação Externa: Ana Serra, Filomena Aldeias e Maria Luísa de Freitas Concordo. À consideração do Senhor Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, para homologação. A Subinspetora-Geral da Educação e Ciência Homologo. O Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar ass) Maria Leonor Duarte 13-05-2013 ass) João Casanova de Almeida 04-06-2013 9