TÍTULO: O IMPACTO DA INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA EM PACIENTES OSTOMIZADOS POR CÂNCER CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS SUBÁREA: PSICOLOGIA INSTITUIÇÃO: UNIÃO DAS FACULDADES DOS GRANDES LAGOS AUTOR(ES): THAIS REGINA FERNANDES DE OLIVEIRA ORIENTADOR(ES): ALINI DANIELE VIANA SABINO
O IMPACTO DA INTERVENÇÃO PSICOLÓGICA EM PACIENTES OSTOMIZADOS POR CÂNCER 1. RESUMO O presente estudo tem como objetivo identificar o impacto da intervenção psicológica em pacientes ostomizados por câncer, bem como identificar os efeitos do atendimento sobre os sintomas depressivos e ansiosos possibilitando melhor qualidade de vida. São colaboradores deste estudo, pacientes ostomizados com diagnóstico de câncer colorretal, com idade entre 18 e 80 anos. Para a coleta dos dados é utilizado um protocolo elaborado para o estudo, Inventário Beck de Depressão (BDI) e Inventário Beck de Ansiedade (BAI). Foram realizadas sete sessões de intervenção baseadas no modelo psicoeducacional buscando minimizar o impacto da doença. Os resultados obtidos antes e após a intervenção psicológica poderão indicar a importância e eficácia do acompanhamento psicológico em pacientes ostomizados por câncer para remissão dos sintomas emocionais, os quais podem alterar o curso da doença. Da mesma forma, os resultados poderão indicar a necessidade da atuação de profissionais de saúde mental junto às equipes interdisciplinares com o objetivo de dispensar maior atenção psicossocial para a organização de estratégias adequadas para o tratamento dos sintomas que afetam diretamente a qualidade de vida dessa população. Palavras-chave: Câncer; Ostomia; Psicologia; Depressão; Ansiedade. 2. INTRODUÇÃO A ostomia é um procedimento cirúrgico que consiste na abertura entre um órgão interno e o exterior, com a finalidade de suprir a função do órgão afetado. A ostomia intestinal, especificamente, remove parte do intestino comprometido ligando a parte saudável à parede abdominal, tornando possível a eliminação das secreções intestinais, por meio de uma bolsa coletora que é adaptada ao estoma (COUTO & MEDEIROS, 2013). Entre as causas que levam à realização de uma ostomia estão os tumores benignos e o câncer do intestino. (GEMELLI & ZAGO, 2002). A presença da ostomia causa impacto significativo na vida do indivíduo e o obriga a realizar importantes transformações pessoais (SALES et al, 2010). Dessa forma, os dados alcançados com esta pesquisa poderão contribuir com a sociedade, orientando-a sobre os aspectos psicossociais envolvidos no processo de adoecimento, bem como aos aspectos indispensáveis à adaptação da pessoa ostomizada à sua nova condição (CASCAIS, MARTINI & ALMEIDA, 2007). Poderão conduzir a realização de projetos de intervenção interdisciplinares envolvendo as ciências psicológicas e por tratar-se de uma produção de
material científico, pode ser utilizado para outras pesquisas e conscientização de estudantes, futuros profissionais para a importância do tema. 3. OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL Identificar o impacto da intervenção psicológica em pacientes ostomizados por câncer. 3.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS 3.3 Identificar efeitos psicológicos dos ostomizados. Identificar sintomas de ansiedade em pacientes ostomizados. Identificar sintomas de depressão em pacientes ostomizados. 4. METODOLOGIA O presente estudo foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da União das Faculdades dos Grandes Lagos e aprovado, estando de acordo com a Resolução CNS 466/12. São colaboradores deste estudo, pacientes ostomizados com diagnóstico de câncer colorretal, com idade entre 18 e 80 anos. Para a coleta dos dados é utilizado um protocolo elaborado para o estudo, Inventário Beck de Depressão (BDI) e Inventário Beck de Ansiedade (BAI). Os dados coletados foram analisados segundo o método quantitativo em pesquisa, os resultados avaliados. 5. DESENVOLVIMENTO A assistência psicológica ao paciente ostomizado está relacionada ao enfrentamento da doença e à promoção da saúde. Sendo assim, o suporte psicológico no processo de ostomização é considerado medida imprescindível ao tratamento que deve receber atenção interdisciplinar especializada (CEREZETTI, 2012). Cabe ao psicólogo, auxiliar o ostomizado na utilização de estratégias de enfrentamento que facilite o manejo e a adaptação à nova situação. Aos
poucos, as intervenções devem possibilitar a percepção de que a mudança ocorre em sua condição física, porém ele continua possuindo as mesmas características pessoais que o tornam único, sendo tal restruturação cognitiva responsável pela melhora da qualidade de vida (CEREZETTI, 2012). Os participantes deste estudo, após receberem orientações sobre a realização do estudo, bem como assinatura do Termo de Consentimento Informado Pós-Esclarecido, foram submetidos á sete sessões de intervenção baseadas no modelo psicoeducacional buscando minimizar o impacto da doença. 6. RESULTADOS PRELIMINARES Os dados coletados anterior à intervenção psicológica indicam que os sujeitos avaliados neste estudo apresentam sintomas significativos de ansiedade (gráfico 1) e depressão (gráfico 2). Gráfico 1 Escore do Beck de Ansiedade (BAI) Ansiedade Leve Ansiedade Moderada Ansiedade Grave 36 8 6 12 17 19 Suj.1 Suj. 2 Suj. 3 Suj. 4 Suj. 5 Suj. 6 Gráfico 2: Escore do Beck de Depressão (BDI) Depressão Leve Depressão Moderada Depressão Grave 22 20 13 14 29 31 Suj.1 Suj. 2 Suj. 3 Suj. 4 Suj. 5 Suj 6.
7. FONTES CONSULTADAS ABRASO- Associação Brasileira de Ostomizados. Disponível em http://www.abraso.org.br/declaracao_ioa.htm. Acesso em 10 Mar. 2014. BARBUTTI, Rita Cristina Silva; SILVA, Mariza de Carvalho Póvoas da; ABREU, Maria Alice Lustosa de. Ostomia, uma difícil adaptação. Rev. SBPH, Rio de Janeiro, v. 11, n. 2, dez. 2008. Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php. Acesso em 3 mar. 2014. BECK, J. S. Terapia Cognitiva Comportamental: Teoria e Prática. Trad. Sandra Costa. Porto Alegre. Editora Artmed. 2013.v 2. 416 p. CASCAIS, Ana Filipa Marques Vieira; MARTINI, Jussara Gue; ALMEIDA, Paulo Jorge dos Santos. O impacto da ostomia no processo de viver humano. Texto contexto - enferm., Florianópolis, v. 16, n. 1, mar. 2007. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.pdf. Acesso em 5 mar. 2014. CASSERO, P; AGUIAR, J. Percepções Emocionais influenciadas por uma ostomia. Saúde e pesquisa, América do Norte, 2 ago. 2009. Disponível em http://www.unicesumar.edu.br/pesquisa/periodicos/index.php/saudepesq/article/ view/1058. Acesso em 10 Mar.2014. CEREZZETTI, Christina Ribeiro Neder. Orientações Psicológicas e capacidade reativa de pessoas ostomizadas e seus familiares. Rev. O Mundo da Saúde, São Paulo, 2012, 36(2): 322.339 p. Disponível em http://www.saocamilo-sp.br/pdf/mundo_saude/93/art09.pdf.acesso em 4 mar. 2014 COUTO, Gonçalves Patrícia; MEDEIROS Soares Sandra. Sentimentos da pessoa submetida a ostomia instestinal: Uma visão Holística. Bacarena: Universidade Atlântica, 2013. 153 p. FREITAS NETO, E.A. et al. Aspectos Psicossociais do paciente ostomizado. Revista Brasileira de Coloproctologia, p.22-24. 1989. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0101-98802006000300017&lng=en&nrm=iso. Acesso em 12 Mar. 2014.