RELATÓRIO FINAL OFICINA HIV/AIDS PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE BUCAL



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Transcrição:

RELATÓRIO FINAL OFICINA HIV/AIDS PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE BUCAL Este documento descreve os principais resultados alcançados com o movimento das instituições parceiras no atendimento ao portador do HIV/Aids em Belo Horizonte, em dezembro de 2006. Junho de 2007

1. INTRODUÇÃO Em abril de 2006, o Ministério da, através da Secretaria Estadual de de Minas Gerais, ofereceu oportunidade para 10 dentistas de Belo Horizonte participarem de uma capacitação para formação de facilitadores em educação permanente no atendimento de pacientes HIV/Aids. Entre os trabalhos que deveriam ser desenvolvidos nesse processo, havia a necessidade de elaborar um diagnóstico loco-regional sobre o atendimento desses pacientes no município. Para isso, foi realizado um levantamento nos bancos de dados municipais, documentos oficiais e em estudos acadêmicos para caracterizar a situação epidemiológica da infecção pelo HIV, a organização dos serviços e a assistência odontológica aos portadores de HIV/Aids. A partir deste movimento, considerando a discussão mais ampla das questões da saúde, e dando continuidade ao processo de educação permanente dos trabalhadores da saúde bucal, buscou-se, através de cursos teórico-práticos, uma maior sistematização da lógica assistencial em saúde bucal e da atenção aos portadores do HIV/Aids. A intenção era de que a parte prática favorecesse o vínculo entre pacientes e profissionais das unidades básicas, permitindo a descentralização do atendimento, que vinha ocorrendo principalmente na unidade de referência, CTR-DIP Orestes Diniz. O pressuposto é de que, ao organizar melhor a assistência e sensibilizar a equipe de saúde bucal para a especificidade do portador do HIV/Aids, podemos avançar na construção do SUS, favorecendo assim o acesso aos serviços e a conquista de um direito de cidadania. No período de outubro a dezembro de 2006, a Coordenação de Bucal e Coordenação de DST/Aids da Secretaria Municipal de de Belo Horizonte, em parceria com a Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Minas Gerais, a Coordenação de DST/Aids da Secretaria Estadual de de Minas Gerais e a Escola de Pública de Minas Gerais, mobilizaram todos os profissionais da rede para atividades de educação permanente em HIV/Aids. O curso aconteceu entre os meses de outubro a dezembro de 2006 e foi dirigido a toda equipe de saúde bucal da rede SUS/BH; cerca de 300 cirurgiões dentistas, 80 técnicos de higiene dental e 300 auxiliares de consultório dentário. A carga horária total foi de 16 horas, sendo 12 horas de exposição dialogada (relacionada à organização do serviço e ao controle de infecção intra bucal do portador do HIV/Aids) e 4 horas de prática (o C.Dentista fez o

atendimento clinico ao portador do HIV/Aids nas clínicas da FOUFMG e os THD e ACD tiveram atividades teórico-práticas sobre a manipulação de material odontológico, o ionômero de vidro, no laboratório de materiais). Para atender aos objetivos propostos as seguintes ações educacionais foram realizadas: 1.1 Debate nos Distritos / Centros de O debate sobre organização local das ações de (e saúde bucal) já estava acontecendo no 2º semestre de 2006 em toda a rede do SUS/BH, nos Distritos e Unidades Básicas de. Para esta discussão um documento da SMSA/BH ( A Atenção Básica de em Belo Horizonte: recomendações para a organização local ) oferecia os subsídios necessários para a reflexão das práticas em saúde. Uma ferramenta de diagnóstico local (Anexo I) foi disponibilizada para as referências técnicas dos distritos, para ser usada, se indicado, no sentido de favorecer o reconhecimento da situação atual de cada Centro de e as ações de mudanças necessárias, tomando como referencial as diretrizes do município. As discussões sobre a organização dos serviços de saúde Bucal foram programadas para acontecer nos distritos (Centros de ), como parte integrante do processo de oficinas para discussão do documento de diretrizes da atenção básica. 1.2 Exposições dialogadas Objetivaram contribuir na reflexão sobre a prática em saúde bucal, de modo específico sobre a assistência a pacientes com infecção pelo HIV/Aids. Para avaliação do conteúdo teórico, foi aplicado um questionário, onde o CD, THD e ACD atribuíam notas de zero a cinco à cada tema apresentado. Os temas e resultados obtidos estão apresentados adiante. 1.3 Levantamento de necessidades Com o objetivo de descrever a situação de saúde bucal dos pacientes com HIV/Aids, foi realizado, de agosto a novembro de 2006, um levantamento de necessidades de tratamento e presença de lesões de mucosas de usuários cadastrados nos serviço ambulatorial especializado do PAM Sagrada Família e CTR-DIP Orestes Diniz. Todos os 271 usuários examinados foram agendados para atendimento clínico nas clínicas da UFMG, por profissionais da rede SUS-BH. Como critério de hierarquização de necessidades foi utilizado o sistema de codificação na identificação de lesões cavitadas, doença periodontal, necessidade de exodontia, presença ou ausência de lesões de mucosa, adotado pelo Programa de Bucal da Prefeitura Belo

Horizonte (PBH) denominado como Critérios para codificação de necessidades em Bucal (Tabela 1). O mesmo levantamento de necessidades foi feito ao final do atendimento clínico, na UFMG, demarcando assim os resultados alcançados. TABELA 1: CÓDIGOS E CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DO LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES EM SAÚDE BUCAL BELO HORIZONTE, 2006 CÓDIGO CRITÉRIO DE CLASSIFICAÇÃO 0 Não apresenta dente permanente e/ ou temporário com cavidade. Não necessita de restauração ou extração 1 Apresenta até 03 dentes permanentes ou temporários com cavidades evidentes necessitando de restauração e/ou extração 2 Apresenta de 03 a 08 dentes permanentes ou temporários com cavidades evidentes necessitando de restauração e/ou extração 3 Apresenta mais de 8 dentes permanentes ou temporários com cavidades necessitando de restauração e/ou extração 4 Apresenta indicação de exodontia do restante dos elementos dentais. aplica-se em usuários adultos com grande número de restos radiculares onde a prótese total aparece como solução mais indicada 5 Apresenta a cárie dentária sob controle. a doença periodontal apresenta-se como o maior problema * Marcar com um asterisco quando houver queixa de dor aguda 1.4 Atendimento clínico Fonte: SMSA BH/GEAS/Coordenação de Bucal Inúmeros estudos reportados na literatura mostram que a disposição de cirurgiõesdentistas para o atendimento de pacientes HIV/Aids está associada com experiência prévia. Estes resultados ressaltam a importância do contato interpessoal como um importante fator capaz de modificar as atitudes e as crenças dos profissionais com relação às pessoas com HIV/Aids. Seguindo esta lógica, foram agendados os pacientes que participaram do levantamento de necessidades. O atendimento clínico ocorreu nos dias 11 e 13 de dezembro, entre 08:00h e 18:00h, de maneira concentrada, em duas clínicas da UFMG. Foram ocupados 48 equipamentos em quatro turnos de trabalho. O atendimento clínico dos pacientes HIV/Aids se fez por meio do controle das doenças bucais e da consulta de Estomatologia, componentes essenciais em programas de assistência. Esta é uma estratégia que possibilita a universalização da atenção básica e reduz a iniquidade (dificuldade de acesso, recusa de atendimento), quase sempre associada com o atendimento odontológico de pacientes HIV/Aids. As atividades desenvolvidas na clínica foram: ações de auto cuidado (escovação supervisionada, orientações básicas); ações individuais de controle: (ART- Tratamento Restaurador Atraumático, pulpotomia, exodontia, raspagem, polimento coronário; tratamento de algumas lesões de mucosa/biópsia e endodontia).

Ao final do atendimento o paciente respondeu a um questionário onde se avaliou a acessibilidade e satisfação do usuário. A prática clínica do C. Dentista foi apoiada por uma equipe de professores da UFMG, nas especialidades de dentística, periodontia, endodontia, estomatologia. Para este evento, houve ainda o apoio logístico da Coordenação de saúde bucal e Coordenação DST/AIDS da SMSA/PBH, dos profissionais de referência técnica de odontologia dos distritos sanitários, profissionais da Escola de de MG e da Coordenação de DST/Aids da SES/MG. 1.5 Aula prática para manipulação de material odontológico O Protocolo para atenção básica em saúde bucal da SMSA BH propõe o uso de restaurações permanentes com ionômero de vidro de alta viscosidade, baseadas no Tratamento Restaurador Atraumático (ART) como uma estratégia para auxiliar o controle das doenças bucais e ampliar o acesso da população aos serviços. Para viabilizar a introdução deste novo material na rede, o ionômero de vidro de alta viscosidade, houve a necessidade de desenvolver atividades teórico-práticas de manipulação deste material para ACD e THD. Esta ação educacional foi realizada no laboratório da Faculdade de Odontologia da UFMG, orientada por professoras de materiais dentários, com o apoio da Coordenação de Bucal da SMSA/PBH. 2. RESULTADOS Analisando os instrumentos de avaliação utilizados pelos profissionais, constatamos que a articulação dos momentos teóricos e prático, foi considerado um aspecto fundamental desse curso. 2.1 EXPOSIÇÕES DIALOGADAS Os temas apresentados, receberam notas de zero a cinco, pelos CD, THD e ACD. As tabelas 2 e 3 demonstram a freqüência de notas dadas pelos profissionais em relação a cada tema. As médias atribuídas por temas apontam para uma avaliação positiva do evento.

TABELA 2 - AVALIAÇÃO DOS TEMAS APRESENTADOS NA OFICINA HIV/AIDS PELAS 175 THD E ACD PARTICIPANTES, SEGUNDO NOTAS DE 0 A 5. BELO HORIZONTE, DEZEMBRO DE 2006 TEMAS ABORDADOS 0 1 2 3 4 5 Média Atenção em saúde bucal para pacientes HIV/Aids de Belo Horizonte - Diagnóstico loco - regional- THD e ACD 1 2 21 49 61 4,2 Aspectos psico sociais no atendimento ao portador do HIV/Aids THD e ACD 1 15 41 115 4,6 Biossegurança ACD 2 16 48 93 4,5 Biossegurança THD 1 8 19 37 4,4 Tratamento Restaurador Atraumático THD 1 4 6 6 31 4,3 Ações coletivas em saúde bucal ACD 1 1 12 45 89 4,5 Manifestações das doenças bucais no portador do HIV/Aids THD 1 4 8 43 4,6 Raspagem e Polimento coronário THD 1 3 5 10 10 3,1 Atividade prática Manipulação do ionômero THD e ACD 1 5 7 162 4,9 Fonte: Coordenação de Bucal / CSB/GEAS/SMSA BH TABELA 3 - AVALIAÇÃO DOS TEMAS APRESENTADOS NA OFICINA HIV/AIDS PELOS 211 CD PARTICIPANTES, SEGUNDO NOTAS DE 0 A 5. BELO HORIZONTE, DEZEMBRO DE 2006 TEMAS ABORDADOS 0 1 2 3 4 5 Média Atenção em saúde bucal para pacientes HIV/Aids de Belo Horizonte Diagnóstico loco-regional - CD 1 4 14 23 29 35 3,7 Aspectos psico sociais no atendimento ao portador do 1 1 5 12 35 55 4,2 HIV/Aids CD Biossegurança CD 1 3 8 14 37 46 4,0 Manifestações das doenças bucais no portador do HIV/Aids CD 0 0 4 7 22 68 4,5 Atividade prática CD Atendimento Clínico 0 9 14 30 29 32 3,5 Fonte: Coordenação de Bucal / CSB/GEAS/SMSA BH A presença dos profissionais por tema está registrada na Tabela 4. TABELA 4-COMPARECIMENTO DE PROFISSIONAIS NAS OFICINAS HIV/AIDS POR TEMA APRESENTADO. BELO HORIZONTE, 2006 DATA T LOCAL INSTRUTOR TEMA TURMA TOTAL 03/10/06 M Museu Rhânia Dulce 03/10/06 M CROMG Dulce Rhânia 04/10/06 T Museu Rhânia Márcia 04/10/06 T CROMG Márcia Rhânia 10/10/06 M Museu Rhânia Márcia 10/10/06 M CROMG Márcia Rhânia 17/10/06 M CROMG Dulce Rhânia HIV: aspectos psico sociais Experiências da rede Experiências da rede HIV: aspectos psico sociais HIV: aspectos psico sociais Experiências da rede Experiências da rede HIV: aspectos psico sociais HIV: aspectos psico sociais Experiências da rede Experiências da rede HIV: aspectos psico sociais Experiências da rede HIV: aspectos psico sociais 1-CD 79 1-ACD 70 2-CD 92 2-ACD 89 3-CD 104 3-ACD 101 1-THD 69

19/10/06 T Museu Mª Carmo Biossegurança 1-CD 98 19/10/06 T CROMG Maria Tereza Biossegurança 1-ACD 75 23/10/06 T Museu Mª Carmo Biossegurança 2-CD 103 23/10/06 T CROMG Mª Tereza Biossegurança 2-ACD 76 06/11/06 T Museu Mª Carmo Biossegurança 3-CD 109 06/11/06 T CROMG Mª Tereza Biossegurança 3-ACD 103 07/11/06 M CROMG Mª Carmo Biossegurança 1-THD 67 Rubinho ART 09/11/06 T Museu Luiz Cláudio Manifestações da doença 1-CD 96 09/11/06 T CROMG Eliana Ações coletivas em saúde bucal 1-ACD 91 10/11/06 M Museu Luiz Cláudio Manifestações da doença 2-CD 92 10/11/06 M ESPMG Mara Ações coletivas em saúde bucal 2-ACD 60 13/11/06 M CROMG Luiz Cláudio Manifestações da doença 1-THD 106 Andrea Raspagem e Polimento 14/11/06 M Museu Luiz Cláudio Manifestações da doença 3-CD 96 14/11/06 M CROMG Marisa Ações coletivas em saúde bucal 3-ACD 76 2.2 ATENDIMENTO CLÍNICO Segundo os registros colhidos, a atividade prática trouxe impacto tanto para os trabalhadores de saúde como para os usuários dos serviços. Considerando os dados disponíveis na Gerência de Gestão do Trabalho e Educação em (GGTE) por meio de listas de chamada, foi possível identificar o comparecimento de 64,5% dos CD da Atenção Básica da rede à clinica da UFMG. Estes resultados estão expressos na tabela 5. TABELA 5- RELAÇÃO DE COMPARECIMENTO DE CD DA REDE BÁSICA, POR DISTRITO SANITÁRIO, NO ATENDIMENTO CLÍNICO NA UFMG. BELO HORIZONTE, DEZEMBRO DE 2006 DISTRITOS Nº de CD Presentes Nº de CD ausentes BARREIRO 23 16 CENTRO-SUL 38 28 LESTE 19 15 NORTE 15 13 NORDESTE 21 06 NOROESTE 31 19 OESTE 29 09 PAMPULHA 13 02 VENDA NOVA 22 08 TOTAL 211 116 A GGTE forneceu à coordenação de saúde Bucal dados colhidos das listas de presença disponibilizadas durante os momentos teóricos e prático. Estas planilhas serão repassadas às Gerências de Atenção à dos Distritos, para análise.

Uma vez identificados os profissionais que não participaram da prática clínica, e havendo necessidade e interesse de acordo com a avaliação local, um processo de recuperação poderá ser implementado. O serviço especializado CTR Orestes Diniz estará como retaguarda para ações educacionais a serem desenvolvidas com os profissionais que não participaram da prática na UFMG. A organização de uma escala de trabalho no CTR poderá ocorrer por meio de contatos das GERASA dos distritos com a gerência do CTR Orestes Diniz, para agendamento de atividades de atendimento clínico com apoio dos profissionais daquela unidade. Dos 271 pacientes que participaram do levantamento de necessidades, 177 compareceram para o atendimento clínico, 93 faltaram e 1 não quis ser atendido. A tabela 6 apresenta a produção alcançada durante o atendimento clinico na UFMG. TABELA 6- RELAÇAO DE PROCEDIMENTOS REALIZADOS NO ATENDIMENTO CLÍNICO ODONTOLOGICO NAS CLINICAS DA UFMG, OFICINAS HIV/ AIDS. BELO HORIZONTE, DEZEMBRO DE 2006 PROCEDIMENTO TOTAL PROCEDIMENTO TOTAL Exames clínicos 177 Drenagem de abscesso 03 Rest. com resina fotopolimerizável 49 Ajuste oclusal 02 Restauração ionômero de vidro 228 Refixação de provisória 01 Exodontias 115 Cirurgia exo com retalhamento 03 Profilaxias 104 Tratamento endodontico 19 Encaminhamento para endodontia 25 Tratamento pericoronarite 01 Encaminhamento para periodontia 09 Restauração amálgama 03 Encaminhamento disfunção ATM 02 Escovação supervisionada 177 Encaminhamento para UBS 12 Curativo 06 Encaminhamento para CTR 10 Aplicação tópica de flúor 10 Encaminhamento para prótese total 01 Pulpectomia 06 Encaminhamento para cirurgia 06 Capeamento direto 02 Encaminhamento para prót. parcial 02 Tratamento completado 93 Tratamento Lesões de mucosa 39 Baseado nas anotações dos prontuários dos pacientes atendidos na UFMG Dos 177 portadores do HIV atendidos : 93 tiveram seu tratamento completado na atenção básica. Isto corresponde ao fato de que 52% dos usuários atendidos concluíram o controle das doenças bucais. 12 foram referenciados para Unidades Básicas de * 142 não apresentaram lesões de mucosa, conforme tabela 7. 55 foram encaminhados para serviços especializados de endodontia, periodontia, disfunções da ATM, cirurgia, prótese total e parcial.

* Para atender ao objetivo de vinculação do paciente HIV /Aids aos Centros de, ficou acordado com o CTR DIP Orestes Diniz, que o usuário que procurar diretamente o serviço especializado será orientado a se dirigir a unidade básica mais próxima de sua residência ou se ele preferir, outra unidade da rede. Respeitando critérios discutidos e acordados com a coordenação DST/Aids e serviços especializados, já disponibilizados no SISREG (Anexo 2), o profissional do Centro de que prestar o atendimento básico poderá solicitar o agendamento do paciente HIV imunossuprimido para o CTR-DIP Orestes Diniz, observando os critérios de prioridades. Assim, a partir do dia 11 de junho de 2007, quando foram agendadas as primeiras consultas pelo SISREG, o serviço especializado em pacientes HIV/Aids, CTR Orestes Diniz coloca como foco principal do seu atendimento os casos de maior complexidade, aproximando-se, desta forma, da sua missão maior de ser unidade de referência e não de exclusividade para atendimento desses usuários. TABELA 7- LEVANTAMENTO DO NÚMERO DE LESÕES DE MUCOSA NOS PORTADORES DO HIV. BELO HORIZONTE, DEZEMBRO DE 2006 Código Tipo de lesão 0 Sem lesão 1 Lesão branca 2 Lesão vermelha 3 Lesão enegrecida 4 Lesão arroxeada 5 Lesão acastanhada 6 Lesão semelhante à cavidade bucal Número de Lesões 1 6 0 1 4 0 1 2 0 1 0 0 8 0 6 0 4 0 2 0 0 Código 0 Código 1 Código 2 Código 3 Código 4 Código 5 Código 6 C ó d ig o s 2.3 ESTUDO DE ACESSIBILIDADE E SATISFAÇÃO O questionário, para avaliar a satisfação e acessibilidade do usuário aos serviços de saúde bucal foi respondido pelos 177 pacientes atendidos e demonstra que: 51% dos usuários são do sexo feminino e 49% do sexo masculino 40% estão na faixa etária entre 30 a 40 anos 72% tiveram acesso aos serviços de saúde bucal, num período menor ou igual a seis meses e 27% num período maior que seis meses. 62% declaram que tiveram seus problemas de saúde bucal totalmente resolvidos.

2.4 LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES Comparando os dados do levantamento de necessidades executado antes (no CTR) com os dados colhidos após o atendimento clínico dos pacientes (UFMG), constatou-se que, no exame inicial apenas 4% dos pacientes era código zero (não necessita de restauração ou extração). Após o atendimento clinico e exame final, este percentual foi de 60%. Isto demarca uma excelente resolutividade da clínica de atenção básica, sobretudo ao considerar que quase todos os usuários passaram apenas por uma sessão clinica. A tabela 8 e o gráfico 1 mostram os resultados alcançados. TABELA 8-LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES EM SAUDE BUCAL EM PACIENTES HIV-SMSA- EXAME INICIAL E FINAL- BELO HORIZONTE, DEZEMBRO DE 2006 CLASSIFICAÇÃO NO PRIMEIRO EXAME CLASSIFICAÇÃO APÓS ATENDIMENTO CÓDIGO 0 1 2 3 4 5 0 1 2 3 4 5 TOTAL 7 88 37 29 3 13 107 38 10 9 1 12 PERCENTUAL 4% 50% 21% 16% 2% 7% 60% 21% 6% 5% 1% 7% GRAFICO 1: PROPORÇAO DE USUARIOS PORTADORES DO HIV/AIDS COM CODIGOS DE NECESSIDADES EM SAUDE BUCAL ANTES E APOS ATENDIMENTO ODONTOLOGICO NA UFMG. BELO HORIZONTE, 2006 6 0 6 0 5 0 5 0 4 0 3 0 2 0 2 1 2 1 1 0 0 4 C ó d ig o 0 C ó d ig o 1 C ó d ig o 2 1 6 6 5 1 2 C ó d ig o 3 C ó d ig o 4 7 C ó d ig o 5 7 1 º E x a m e 2 º E x a m e

3.CONCLUSÕES No geral, os temas abordados receberam uma avaliação positiva pelos profissionais, deixando um indicativo de que a ação desenvolvida foi ao encontro dos seus interesses. A adesão dos CD ao atendimento clínico foi de 64,5%. Considerando a impossibilidade de uma análise específica acerca dos motivos que levaram à ausência dos outros profissionais (35,5%), os dados estão sendo disponibilizados para conferência e avaliação pelas respectivas gerências distritais e das unidades. Entretanto, cabe registrar que dois tipos de relatos dos profissionais chamaram a atenção: primeiro, o de que muitos foram impedidos de se ausentarem das unidades em algum momento da capacitação pelos próprios gerentes locais. Considerando que se tratava de um movimento dirigido a todos os profissionais e organizado de modo a não deixar as unidades descobertas, tal atitude gerencial precisa ser melhor refletida. Segundo, que muitos profissionais optaram por não participar desta atividade, de caráter convocatório, promovida institucionalmente no horário de trabalho. Igualmente, é necessário refletir sobre esta opção de não participar de ações educacionais direcionadas a todos os profissionais, com objetivo de promover ajustes no processo de trabalho, e a respectiva conduta gerencial nestes casos. Somente um estudo local poderá demonstrar o que realmente ocorreu e demarcar o significado destes resultados. Para análise detalhada, consultar o documento Consolidado de presença na Oficina HIV por Centro de 2006. No geral, a presença de CD, THD e ACD nas exposições dialogadas teve um percentual maior que 90%. Muitos registros escritos reforçam a necessidade sentida pelos profissionais em ações educacionais desta natureza. Quanto ao estudo de acessibilidade e satisfação dos usuários, 62% consideraram que seus problemas de saúde bucal foram resolvidos e 32% reconheceram que foram parcialmente resolvidos. Este resultado foi considerado como bastante satisfatório, sobretudo quando se sabe que, de uma maneira geral, cada usuário recebeu atendimento clinico em uma única sessão. Quando comparado com os dados de produção clínica (57,7% dos pacientes tiveram seu tratamento completado na atenção básica), constata-se a justificativa para o nível de satisfação encontrado. Ao utilizar o levantamento de necessidades como instrumento de organização verificouse, ao comparar o exame inicial com o segundo exame dos pacientes que compareceram ao atendimento clínico, um aumento significativo no código 0 (sem necessidade de tratamento) passando de 4% para 60%. As necessidades de

tratamento diminuíram até o código 4 demonstrando a efetividade da ação. Só onde a doença periodontal aparece como o maior problema é que o quadro permaneceu inalterado. Em parte, isto se explica pelo fato de ser uma doença crônica, com evolução lenta, e que também exige um tempo maior para ser mensurado um resultado terapêutico positivo. Dos usuários atendidos, apenas 7,4% foram referenciados para os Centros de. Considerando que esta era uma das finalidades do movimento (deslocar o portador do HIV/Aids que estava aguardando atendimento clínico nas unidades de atenção especializada para a atenção básica), o resultado final parece tímido, demarcando a necessidade de outras ações de organização do serviço. Também há que se considerar o fato de que, ainda que em documentos oficiais da SMSA BH esteja declarado há vários anos que a porta de entrada para o sistema é a unidade básica, a prática de deixar aberto a unidade especializada ensina um caminho duvidoso para a organização dos serviços. Romper com esta cultura exige determinação e paciência histórica. 4. PROPOSTAS Estudar sobre os motivos do não comparecimento dos 35,5% dos cirurgiões dentistas no atendimento clínico na UFMG e estabelecer parceria com o centro de especialidades CTR Orestes Diniz, na busca de uma recuperação de oportunidade de colocar a equipe em contato direto com um usuário sabidamente portador do HIV/ Aids. Investir no processo de vinculação dos usuários HIV não sintomático aos Centros de. Implementar na rede básica, os critérios para referenciamento dos usuários HIV sintomáticos para atenção especializada, usando os parâmetros do SISREG.

EQUIPE RESPONSÁVEL Coordenação de Bucal: Carlos Alberto Tenório Cavalcante Dulce Helena Amaral Gonçalves Eliana Maria de Oliveira Sá Rubens de Menezes Santos Estagiárias da CSB: Marília Aparecida Mendes de Oliveira Suelen Bracarense de Magalhães Distritos Sanitários: Barreiro: Márcia Jabace Maia Centro Sul: Eliane Guimarães Pequeno Abrantes Leste: Márua Bittar Musse Nordeste: Maria Rita Siqueira de Oliveira Noroeste: Mônica de Carvalho Martins Marques Norte: Eliete Míriam Neves de Pinho e Medeiros Oeste: Rosângela Saliba Houri Pampulha: Rosilene Aparecida Menezes Silva Venda Nova: Dardannya Kelly Abreu Maia Profissionais da atenção básica e especializada Elvira Pires Monteiro de Castro Jussara Guimarães Sousa Jussara Neves Marques Barbosa Porfirio Maria do Carmo Freitas da Costa Marla Garcia Greco Maria Tereza Araújo Costa Neves Maria José Moreira Felipe Coordenação Municipal de DST/Aids: Carmen Teresinha Mazzilli Marques Isabela Simone Silva Lélis (Assist. Administ.)

Coordenação Estadual de DST/Aids: Raymundo Roja Júnior Escola de Pública de Minas Gerais: Lucas Azevedo de Oliveira Nora Nei Reis Pereira Rhânia Viegas Professores envolvidos: Andrea Vargas (UFMG) Alysson Nogueira Moreira (UFMG) Antonio Paulino Ribeiro Sobrinho (UFMG) Enio Lacerda Vilaça (UFMG) Linaena Meryci da Silva Fonseca (UFMG) Luciano Marques da Silva (UFMG) Luiz Cláudio Viegas Costa (SMS Betim) Mara Vasconcelos (UFMG) Maria Antonieta Siqueira Moraes (UFMG) Maria Carmem Carvalho Sepra (UFMG) Maria Guiomar de Azevedo Bahia (UFMG) Maria Inês Senna (UFMG) Mariela Dutra Gontijo de Moura (UFMG) Marisa Maia Drumond (UFMG) Raquel Conceição Ferreira (UFMG) Ricardo Alves de Mesquita (UFMG) Takeshi Gato Segundo (UFMG)

Anexo 1: Diagnóstico situacional 1. Quem planeja as ações de saúde bucal na UBS? (Marque 1 ou mais opções em cada pergunta) C.Dentista THD ACD Gerente Equipe da Família Outros / Especificar 2. Que ferramentas/ instrumentos você usa para conhecer as necessidades da população? Em todos os pacientes no momento do atendimento Levantamento de necessidades De maneira programada em conjunto de pessoas/famílias que se pretende atender Em populações específicas (idosos, crianças, escolares...) Outros momentos / outros grupos. Especificar Outros instrumentos / Especificar Não utilizo nenhuma ferramenta / instrumento para este fim 3. Qual a porta de entrada? Por meio do instrumento usado para conhecer as necessidades da população Fila /livro Urgência Grupos organizados Por faixa etária: Bebês Crianças Jovens / Adultos Idosos Acolhimento Resultado de visita domiciliar Por problemas comuns (hipertensos, diabéticos, entre outros) Encaminhamento ESF 4. Promoção das ações de auto cuidado Não Realizada de forma integrada ao atendimento clínico na UBS? Sim Sim Domicílio Creches Escolas Escolas Especiais Instituições longa permanência Realizada em espaços coletivos? Não Outros De que forma? Realiza diretamente através dos membros da equipe de saúde bucal Através dos cuidadores das instituições coletivas 5. Qual a estratégia usada para o atendimento individual Escovação pré atendimento Grupos Operativos Controle das doenças bucais (ART, exodontias, rasp...) Escovação supervisionada em casos indicados Situações terapêuticas Tratamento restaurador convencional Orientação durante o atendimento clínico 6. Atendimento ao paciente HIV/AIDS Nas UBS quando o usuário concorda Todos Encaminhado para a Unidade de Referência Após atendimento básico (CTR Oreste Diniz) Usuário com complexidade sistêmica 7. A população participa da definição e avaliação das ações? Não Sim De que forma? Conselhos Conferências Outras / Especificar Em parte

Anexo 2: Critérios para marcação de consultas para o portador do HIV/ Aids no Sistema de Regulação (SISREG) ODONTOLOGIA / INFECTOLOGIA PRIORIDADE ALTA - Usuários doentes de Aids, com contagem de linfócitos CD4 menor que 200 células com ou sem queixas, sinais ou sintomas de alterações patológicas buco-faciais. PRIORIDADE MÉDIA - Usuários portadores do HIV com CD4 entre 200 e 350células que durante a consulta tenham queixas ou sinais e sintomas de alterações patológicas buco-faciais. PRIORIDADE BAIXA - Usuários portadores do HIV com CD4 entre 200 e 350células sem queixas ou sinais e sintomas de alterações patológicas buco-faciais. Observação - Os usuários portadores do HIV com CD4 maior que 350 devem ser atendidos nos Centros de de suas áreas de abrangência, desde que haja concordância do usuário. Caso contrário, devem ser encaminhados para outro Centro de, conforme seu interesse. - Usuários com CD4 maior que 350 que apresentarem lesões bucais sugestivas de doenças oportunistas (exemplo: sarcomoma de Kaposi) devem ser encaminhados para a especialidade de estomatologia. - As ações de controle e manutenção preventiva em saúde bucal desenvolvidas nos Centros de, deverão ocorrer sistematicamente, a fim de reduzir as possibilidades de recidivas e novas lesões da mucosa bucal. - Para a definição das prioridades, a equipe de saúde da família deve consultar o relatório de contra referência emitido pelo serviço especializado. Caso o relatório não esteja disponível para as equipes, fazer contato com o serviço de referência onde o usuário está cadastrado.