Cervejas de malte. 40 Ex 01 - Chope 40



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Transcrição:

APOSTILA ELABORADA PELO PROF. ROBERTO RIBEIRO I - IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS - IPI Professora Glória Castro O imposto sobre produtos industrializados (IPI) incide sobre produtos industrializados, nacionais e estrangeiros. Suas disposições estão regulamentadas pelo Decreto 7.212 de 2010 (RIPI/2010). Por ser seletivo em função da essencialidade do produto, a Constituição Federal estabelece que, quanto mais essencial for o produto, menor deverá ser a incidência do imposto sobre ele. Do mesmo modo que, quanto mais supérfluo for o produto, maior deverá ser a incidência. Exemplos: Tabela do IPI Decreto 7.660/2011 1006.20 - Arroz descascado (arroz cargo ou castanho) 1006.20.10 Parboilizado NT 1006.20.20 Não parboilizado NT 1006.30 - Arroz semibranqueado ou branqueado, mesmo polido ou brunido 1006.30.1 Parboilizado 1006.30.11 Polido ou brunido NT 2203.00.00 Cervejas de malte. 40 Ex 01 - Chope 40 24.02 Charutos, cigarrilhas e cigarros, de tabaco ou dos seus sucedâneos. 2402.10.00 - Charutos e cigarrilhas, que contenham tabaco 30 Ex 01 - Cigarrillhas 300 2402.20.00 - Cigarros que contenham tabaco 300 O campo de incidência do imposto abrange todos os produtos com alíquota, ainda que zero, relacionados na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), observadas as disposições contidas nas respectivas notas complementares, excluídos aqueles a que corresponde a notação "NT" (não tributado). 1.1 - PRODUTO INDUSTRIALIZADO - CONCEITO Produto industrializado é o resultante de qualquer operação definida no RIPI como industrialização, mesmo incompleta, parcial ou intermediária. 1.2 - INDUSTRIALIZAÇÃO

Caracteriza industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para consumo, tal como: I a que, exercida sobre matéria-prima ou produto intermediário, importe na obtenção de espécie nova (transformação). Exemplo: Leite se transforma em requeijão; II a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto (beneficiamento). Exemplo: Arroz com casca se beneficia em arroz branqueado. III a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal (montagem). Exemplo: montadoras de veículos. IV a que importe em alterar a apresentação do produto, pela colocação da embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou recondicionamento). Exemplo: Acondicionar o produto na embalagem. V a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização (renovação ou recondicionamento). Exemplo: recondicionamento de pneu. Abaixo relacionamos os processos, previstos em Lei, que não são considerados industrialização: I o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de apresentação: a) na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias, confeitarias, padarias, quitandas e semelhantes, desde que os produtos se destinem a venda direta a consumidor; b) em cozinhas industriais, quando destinados à venda direta a corporações, empresas e outras entidades, para consumo de seus funcionários, empregados ou dirigentes; II o preparo de refrigerantes, à base de extrato concentrado, por meio de máquinas, automáticas ou não, em restaurantes, bares e estabelecimentos similares, para venda direta a consumidor; III a confecção ou preparo de produto de artesanato. IV - confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou usuário, em oficina ou na residência do confeccionador;

V o preparo de produto, por encomenda direta do consumidor ou usuário, na residência do preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, seja preponderante o trabalho profissional; VI a manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de medicamentos oficinais e magistrais, mediante receita médica; VII a moagem de café torrado, realizada por comerciante varejista como atividade acessória; VIII - a operação efetuada fora do estabelecimento industrial, consistente na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte: a) edificação (casas, edifícios, pontes, hangares, galpões e semelhantes, e suas coberturas); b) instalação de oleodutos, usinas hidrelétricas, torres de refrigeração, estações e centrais telefônicas ou outros sistemas de telecomunicação e telefonia, estações, usinas e redes de distribuição de energia elétrica e semelhantes; c) fixação de unidades ou complexos industriais ao solo; Nota: O disposto neste item não exclui a incidência do imposto sobre os produtos, partes ou peças utilizados nas operações nele referidas. IX a montagem de óculos, mediante receita médica; X o acondicionamento de produtos classificados nos Capítulos 16 a 22 da TIPI, adquiridos de terceiros, em embalagens confeccionadas sob a forma de cestas de natal e semelhantes; XI o conserto, a restauração e o recondicionamento de produtos usados, nos casos em que se destinem ao uso da própria empresa executora ou quando essas operações sejam executadas por encomenda de terceiros não estabelecidos com o comércio de tais produtos, bem assim o preparo, pelo consertador, restaurador ou recondicionador, de partes ou peças empregadas exclusiva e especificamente naquelas operações; XII o reparo de produtos com defeito de fabricação, inclusive mediante substituição de partes e peças, quando a operação for executada gratuitamente, ainda que por concessionários ou representantes, em virtude de garantia dada pelo fabricante; XIII a restauração de sacos usados, executada por processo rudimentar, ainda que com emprego de máquinas de costura; XIV a mistura de tintas entre si, ou com concentrados de pigmentos, sob encomenda do consumidor ou usuário, realizada em estabelecimento varejista, efetuada por máquina

automática ou manual, desde que fabricante e varejista não sejam empresas interdependentes, controladora, controlada ou coligadas. Também por força do artigo 12 da Lei 11.051/2004, não se considera industrialização a operação de que resultem os produtos relacionados nos códigos 2401.10.20, 2401.10.30, 2401.10.40 e na subposição 2401.20 da TIPI (fumos), quando exercida por produtor rural pessoa física. 1.3 - ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL CONCEITO Estabelecimento industrial é o que executa qualquer das operações consideradas industrialização, de que resulte produto tributado, ainda que de alíquota zero ou isento. Equiparam-se a estabelecimento industrial: I os estabelecimentos importadores de produtos de procedência estrangeira, que derem saídas a esses produtos; II os estabelecimentos, ainda que varejistas, que receberem, para comercialização, diretamente da repartição que os liberou, produtos importados por outro estabelecimento da mesma firma; III as filiais e demais estabelecimentos que exercerem o comércio de produtos importados, industrializados ou mandados industrializar por outro estabelecimento do mesmo contribuinte, salvo se aqueles operarem exclusivamente na venda a varejo e não estiverem enquadrados na hipótese do inciso anterior; IV os estabelecimentos comerciais de produtos cuja industrialização haja sido realizada por outro estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, mediante a remessa, por eles efetuada, de matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou modelos; V os estabelecimentos comerciais de produtos do Capítulo 22 da TIPI -Bebidas (cerveja, refrigerante, vinhos etc), cuja industrialização tenha sido encomendada a estabelecimento industrial, sob marca ou nome de fantasia de propriedade do encomendante, de terceiro ou do próprio executor da encomenda; VI os estabelecimentos comerciais atacadistas dos produtos classificados nas posições 7101 a 7116 da TIPI. (Pedras preciosas ou semipreciosas)

VII os estabelecimentos atacadistas e cooperativas de produtores que derem saída a bebidas alcoólicas e demais produtos, de produção nacional, classificados nas posições 2204, 2205, 2206 e 2208 da TIPI e acondicionados em recipientes de capacidade superior ao limite máximo permitido para venda a varejo, com destino aos seguintes estabelecimentos (Lei nº. 9.493, de 1997, art. 3º): a) industriais que utilizarem os produtos mencionados como insumo na fabricação de bebidas; b) atacadistas e cooperativas de produtores; c) engarrafadores dos mesmos produtos. Os estabelecimentos industriais quando derem saída a matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem, adquiridos de terceiros, com destino a outros estabelecimentos, para industrialização ou revenda, serão considerados estabelecimentos comerciais de bens de produção e obrigatoriamente equiparados a estabelecimento industrial em relação a essas operações. 1.4 - IMUNIDADE São imunes da incidência do IPI: I os livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão; II os produtos industrializados destinados ao exterior; III o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial; (o ouro desde sua extração, inclusive, o ouro que, em qualquer estado de pureza, em bruto ou refinado, for destinado ao mercado financeiro) IV a energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País. Se a imunidade estiver condicionada à destinação do produto, e a este for dado destino diverso, ficará o responsável pelo fato sujeito ao pagamento do imposto e da penalidade cabível, como se a imunidade não existisse. Cessará a imunidade do papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos quando este for consumido ou utilizado em finalidade diversa da prevista, ou encontrado em poder de pessoa que não seja fabricante, importador, ou seus estabelecimentos distribuidores, bem assim que não sejam empresas jornalísticas ou editoras. 1.5 - CONTRIBUINTES São obrigados ao pagamento do IPI como contribuinte: (Art. 51 do CTN) I o importador, em relação ao fato gerador decorrente do desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira;

II o industrial, em relação ao fato gerador decorrente da saída de produto que industrializar em seu estabelecimento, bem assim quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar; III o estabelecimento equiparado a industrial, quanto ao fato gerador relativo aos produtos que dele saírem, bem assim quanto aos demais fatos geradores decorrentes de atos que praticar; IV os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras, o papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, quando alcançado pela imunidade. É ainda responsável, por substituição, o industrial ou equiparado a industrial, mediante requerimento, em relação às operações anteriores, concomitantes ou posteriores às saídas que promover, nas hipóteses e condições estabelecidas pela Secretaria da Receita Federal. 1.6 - FATO GERADOR Fato gerador do IPI é: 1 o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira; 2 a saída de produto do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial. Considera-se ocorrido o fato gerador: I na entrega ao comprador, quanto aos produtos vendidos por intermédio de ambulantes; II na saída de armazém-geral ou outro depositário do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial depositante, quanto aos produtos entregues diretamente a outro estabelecimento; III na saída da repartição que promoveu o desembaraço aduaneiro, quanto aos produtos que, por ordem do importador, forem remetidos diretamente a terceiros; IV na saída do estabelecimento industrial diretamente para estabelecimento da mesma firma ou de terceiro, por ordem do encomendante, quanto aos produtos mandados industrializar por encomenda; V na saída de bens de produção dos associados para as suas cooperativas, equiparadas, por opção, a estabelecimento industrial; VI no quarto dia da data da emissão da respectiva nota fiscal, quanto aos produtos que até o dia anterior não tiverem deixado o estabelecimento do contribuinte;

VII no momento em que ficar concluída a operação industrial, quando a industrialização se der no próprio local de consumo ou de utilização do produto, fora do estabelecimento industrial; VIII no início do consumo ou da utilização do papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, em finalidade diferente da que lhe é prevista na imunidade, ou na saída do fabricante, do importador ou de seus estabelecimentos distribuidores, para pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras; IX na aquisição ou, se a venda tiver sido feita antes de concluída a operação industrial, na conclusão desta, quanto aos produtos que, antes de sair do estabelecimento que os tenha industrializado por encomenda, sejam por este adquiridos; X na data da emissão da nota fiscal pelo estabelecimento industrial, quando da ocorrência de qualquer das hipóteses enumeradas no RIPI. XI no momento da sua venda, quanto aos produtos objeto de operação de venda que forem consumidos ou utilizados dentro do estabelecimento industrial; XII na saída simbólica de álcool das usinas produtoras para as suas cooperativas, equiparadas, por opção, a estabelecimento industrial. XIII - na data do vencimento do prazo de permanência da mercadoria no recinto alfandegado, antes de aplicada a pena de perdimento, quando as mercadorias importadas forem consideradas abandonadas pelo decurso do referido prazo. Na hipótese de venda, exposição à venda, ou consumo no Território Nacional, de produtos destinados ao exterior, ou na hipótese de descumprimento das condições estabelecidas para a isenção ou a suspensão do imposto, considerar-se-á ocorrido o fato gerador na data da saída dos produtos do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial. 1.7 Base de Cálculo O Decreto 7.212 de 15 de junho de 2010, que Regulamenta do IPI, dispõe no Art. 190 o valor tributável, ou seja, a base de cálculo do tributo. Da Base de Cálculo Valor Tributável Art. 190. Salvo disposição em contrário deste Regulamento, constitui valor tributável: I - dos produtos de procedência estrangeira:

a) o valor que servir ou que serviria de base para o cálculo dos tributos aduaneiros, por ocasião do despacho de importação, acrescido do montante desses tributos e dos encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis (Lei n o 4.502, de 1964, art. 14, inciso I, alínea b ); e b) o valor total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento equiparado a industrial (Lei n o 4.502, de 1964, art. 18); ou II - dos produtos nacionais, o valor total da operação de que decorrer a saída do estabelecimento industrial ou equiparado a industrial (Lei n o 4.502, de 1964, art. 14, inciso II, e Lei n o 7.798, de 1989, art. 15). 1.7.1 - Entendimento do STF em 04/09/2014 3 o Não podem ser deduzidos do valor da operação os descontos, diferenças ou abatimentos, concedidos a qualquer título, ainda que incondicionalmente (Lei n o 4.502, de 1964, art. 14, 2 o, Decreto-Lei n o 1.593, de 1977, art. 27, e Lei n o 7.798, de 1989, art. 15). 05/09/2014 - Supremo decide que IPI não incide sobre descontos de operações (Notícias Agência Brasil - ABr) O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incide no valor final das operações de compra e venda, e não no valor de tabela do produto. A questão foi definida em um julgamento no qual a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional questionou decisão da Justiça Federal que reconheceu o direito de uma indústria de plásticos de excluir da base de cálculo do imposto o valor de descontos incondicionais fornecidos diretamente pelo vendedor, sem condições prévias. Por unanimidade, os ministros decidiram manter decisão da Justiça Federal, por entenderem que o Artigo 15 da Lei Ordinária 7.798/89, que trata da cobrança do IPI, é inconstitucional. Segundo os ministros, somente uma lei complementar pode tratar de base de cálculo de tributos. 1.8 - Contabilização do IPI Recuperável

De acordo com o Art. 289, 3º do RIR/1999, para determinar o custo das mercadorias revendidas e das matérias-primas utilizadas, não se incluem os impostos recuperáveis por meio de créditos na escrita fiscal, como o ICMS e o IPI. Dessa forma, assim como foi demonstrado na contabilização do ICMS Recuperável, o IPI pago na aquisição de mercadorias ou matérias-primas deverá ser contabilizado no Ativo Circulante em uma conta intitulada IPI a Recuperar. Exemplificando teríamos: 1) Compra a prazo de matérias-primas para industrialização, no valor de R$ 1.000,00, com incidência de IPI a alíquota de 10% e tributado pelo ICMS a alíquota de 17% através de Nota Fiscal: Contabilização da nota fiscal de compra: Valor total da NF = R$ 1.100,00 (mercadoria + o IPI) Débito: Estoques de Matérias-Primas (Ativo Circulante) R$ 830,00 Débito: IPI a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 100,00 Débito: ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 170,00 Crédito: Fornecedores (Passivo Circulante) R$ 1.100,00 Contabilização do IPI nas Vendas do Contribuinte Industrial 1) Venda a prazo de produtos prontos no valor de R$ 1.800,00, com incidência de IPI a alíquota de 10% e tributado pelo ICMS a alíquota de 17% por meio de nota fiscal: Débito: Clientes ou Duplicatas a Receber (Ativo Circulante) R$ 1.980,00 Crédito: Receita de Vendas (Resultado) R$ 1.980,00 Débito: IPI sobre Vendas (Dedução da Receita) R$ 180,00 Crédito: IPI a Recolher (Passivo Circulante) R$ 180,00 Debita: ICMS sobre Vendas (Dedução da Receita) R$ 306,00 Credita: ICMS a Pagar (Passivo Circulante) R$ 306,00 Nesse exemplo, a receita líquida de vendas estaria demonstrada da seguinte forma na DRE:

Vendas de Mercadorias R$ 1.980,00 (=) Deduções da Receita R$ 486,00 (-) ICMS Sobre Vendas R$ 306,00 (-) IPI Sobre Vendas R$ 180,00 = Receita Líquida de Vendas R$ 1.494,00 Contabilização do IPI Não Recuperável Para as pessoas jurídicas que adquirirem mercadorias ou produtos para uso e consumo próprio ou que adquirem insumos ou matérias-primas que serão empregados exclusivamente em produtos cuja saída não seria tributada, o crédito referente ao imposto deverá ser anulado, contabilizando-se o valor do IPI pago na compra como parte integrante do bem adquirido. 1) Como exemplo, considere que a empresa Batista Ltda. adquiriu mercadorias para revenda de uma indústria, valor de R$ 5.000,00, com incidência de IPI a alíquota de 10% e incidência de ICMS a alíquota de 17%, por meio de nota fiscal. Debita: Estoques de Mercadorias (Ativo Circulante) R$ 4.650,00 Debita: ICMS a Recuperar (Ativo Circulante) R$ 850,00 Credita: Fornecedores (Passivo Circulante) R$ 5.500,00 Obs: o IPI faz parte do custo do produto. Consideramos, para fins de exemplificação, uma operação realizada por um fabricante de lâmpadas estabelecido no Estado de Goiás com destino a um cliente localizado no próprio Estado, cujo valor da venda é de R$ 1.000,00 e com IPI calculado a uma alíquota de 15%, teremos: ICMS da operação própria R$ 1.000,00 x 17% (origem GO destino GO) = R$ 170,00 Base cálculo da ST R$ 1.000,00 + R$ 150,00 (IPI) + 40% (margem de valor agregado) = R$ 1.610,00

APOSTILA ELABORADA PELO PROF. ROBERTO RIBEIRO R$ 1.610,00 x 17% (alíquota interna praticada em GO) = R$ 273,70 Professora Glória Castro Como, de conformidade com o citado, o valor do imposto substituição será a diferença entre o calculado de acordo com o estabelecido no subitem Base de cálculo e o devido pela operação normal do estabelecimento que efetuar a substituição tributária, terão : R$ 273,70 R$ 170,00 = R$ 103,70 O ICMS Substituição (ICMS-ST), também denominado imposto retido, ao contrário do ICMS normal, que se encontra embutido no preço, será cobrável por fora do destinatário, como permitem os Convênios e Protocolos específicos. Exemplo do Cálculo do imposto na nota fiscal com ICMS ST com IPI (Sendo Substituto Tributário) Cálculo do Imposto Base de Cálculo do ICMS Valor do ICMS Base de Cálculo do ICMS Substituição Tributária Valor do ICMS ST Valor Total dos Produtos 1.000,00 170,00 1.610,00 103,70 1.000,00 Valor do Frete Valor do Seguro Descontos Valor do IPI Valor Total da NF 150,00 1.253,70 BIBLIOGRAFIA: Decreto 7.212/2010 - RIPI www.planalto.gov.br TEIXEIRA, Paulo Henrique e ZANLUCA, Júlio César, Contabilidade Tributária. Portal Tributário. FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade Tributária, Atlas. WWW.portaltributario.com.br