Airbus H175 - "Brazil Demo Tour"



Documentos relacionados
Programa UHP: Marinha do Brasil avalia o helicóptero H145 1

Polícia alemã opta pelo mais moderno helicóptero policial: o EC145 T2

Primeiro EC135 T3/P3 da Airbus Helicopters já opera na Itália em missões de busca e salvamento

Marinha utiliza 400 militares nas ações de monitoramento dos rejeitos de MG

estava a 110 Km da costa

super tucano Infográfico

Fokker Fabio Augusto Alvarez Biasi

KC-390: Governo português

Operação. É com grande satisfação que anunciamos este marco importante para o Programa KC-390, disse Jackson Schneider, presidente e

Esquadrão HU-2 completa 29 anos

Helibras inaugura seu novo. Simuladores no Rio de Janeiro

BELL 206L4 Conceituado helicóptero capaz de realizar multi-missões com baixos custos operacionais.

BELL 412EP Uma aeronave indispensável para o uso diário com uma cabine ampla proporcionando flexibilidade de multi-missão.

Seção Artigos Técnicos

REPRESENTANTE EXCLUSIVA

29 de ABRIL a 3 de MAIO 8h às 18h

Operação Pré-Fronteira Sul II: Esquadrão VF-1 opera pela primeira vez no Pantanal

Especial 27 anos da Aviação

Peso bruto certificado Aumento até kg/7.500 lbs PORTUGUÊS

TRANSPORTE AEROMÉDICO OPERAÇÕES

UH-15A da Marinha do Brasil recebe integração do míssil Exocet

Helicóptero Tigre HAD faz primeira apresentação em voo na Polônia

Brasil e Paraguai renovam acordo militar até 2021*

Seção Artigos Técnicos

CONFORTO INIGUALÁVEL UMA CLASSE DIFERENTE DE JATO EXECUTIVO. DADOS DE DESEMPENHO. (LRC, NBAA IFR res) Velocidade operacional máxima M 0.

GRAER/PR participa de treinamento em CRM

Desiro Mainline. A nova geração de Trens Regionais da Siemens. Março de Transportation Systems. pagina 1

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

AERONAVES DIAMOND SEGURANÇA ALTA PERFORMANCE ECONOMIA E CONFORTO. Diamond Service Center

Esquadrilha da Fumaça alcança marca histórica na FIDAE 2016

DGS Defence DAN participa. embarcação DGS 888 Raptor

Seis tecnologias automotivas que vieram dos aviões Freios ABS

Esquadrão HU-4 realiza EVAM a 200Km de Corumbá

Helibras diversifica aumentar receita

T E C N O L O G I A S A S E R V I Ç O D A S E G U R A N Ç A D E V Ô O

EASA certifica o reprojetado eixo de engrenagem do EC225

TRATORES/ SÉRIE TL TL60E TL75E TL85E TL95E TRATORES/ SÉRIE TL TL60E TL75E TL85E TL95E

Ministro da Defesa recebe presidente da Helibras

A FORÇA TOTALMENTE RENOVADA PONSSE BEAR

Type 001A - Novo porta aviões da PLA Navy ainda sem nome.

Tecnologias Drones Aplicadas a Inspeção e Monitoramento de Estruturas

Seção Artigos Técnicos

Airbus Helicopters entrega 6º H130 para táxi aéreo Monacair

Aviação de Patrulha 70 anos do primeiro disparo da FAB em combate na Segunda Guerra Mundial

As imagens mostradas são representações do artista

Seção Artigos Técnicos

Jubileu de Ouro do Esquadrão HS-1 1

DESEMPENHO. Velocidade de Estol Velocidade de cruzeiro (75%) Distância de decolagem (obstáculo 15m) Autonomia de 4 horas

DESEMPENHO. Distância de decolagem (obstáculo 15m) Autonomia de 4 horas

Uma USV multifuncional para salvar vidas, economizar dinheiro, economizar tempo e coletar dados sobre o ambiente onde vivemos.

Foguete brasileiro transporta experimentos alemães

Iraque faz pedido de compra de helicópteros Bell 412 EP aos EUA

São Paulo tem a maior frota de helicópteros do mundo

AW119Kx Koala: da instrução ao multiemprego 1. Por Luiz Padilha

H225M: Posição oficial das Forças Armadas Brasileiras

ebook O Tecnólogo em Transporte Aéreo

Conexão FAB AH-2 Sabre do Esquadrão Poti em ação

Projetado para o mundo de hoje

Farnborough Mock-up do F-35 e sua turbina de decolagem vertical. (Fotos: autor)

A agricultura está cada vez mais profissional.

NPa 500 BR O navio patrulha da Marinha 1

FA-18E/F UMA OPÇÃO ADEQUADA PARA A FAB

OPERAÇÕES AÉREAS COM EMPREGO DE ÓCULOS DE VISÃO NOTURNA (OVN) QUARTZO ENGENHARIA DE DEFESA, INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA

SH-16 Seahawk: O Guerreiro da Marinha do Brasil 1

OPEL MOVANO.

Na Suécia, Defesa participa da apresentação do novo Gripen NG*

Relatório de Estágio Curricular

Formando pilotos de Caça na Marinha do Brasil 1. Por Emídio Neto

PRONAE. DAN entrevista o Diretor Geral do Material da Marinha do Brasil PRONAE e Forças Distritais 1. Por Luiz Padilha

1º Workshop sobre Capacitação de Aeronavegantes e Mantenedores da Aeronave KC-390

Entrevista com o AE Leal Ferreira Forças Distritais

Programa ASTROS 2020 incrementa artilharia do Exército Brasileiro 1

Cessna 152. Débora de Rezende Mestrinari

Desenvolvimento Tecnológico de VANT

O submarino não nuclear mais moderno do mundo: S-80 SSK da Navantia

O que acontece quando uma aeronave desconhecida é detectada pelos radares da FAB

AERÓDROMO MUNICIPAL DE PONTE DE SOR

TRATORES/ SÉRIE T6 T6.110 T6.130 TRATORES/ SÉRIE T6 T6.110 T6.130

EQUIPA MENTOS DIRIGÍVEIS

Aviões E-99 da Força Aérea Brasileira passam por modernização

DA62

Esquadrão HU-5 realiza QRPB com a Fragata Greenhalgh

Evolução dos Corpos de Bombeiros Apresentação do Serviço Aéreo Organograma As viaturas que operamos Estatísticas Características do Serviço Aéreo

Especificação Técnica

GLADIADOR Melhor relação peso/potência da categoria

SAFETY MEMO. Divulgação de Segurança Operacional Nº 06/GSO/2015

Entrevista com o CC Dos Anjos, Comandante do Esquadrão HU-4

Batismo de Fogo. Eng. Attílio Bruno Veratti Inspetor Termografista ITC Nível III

Feira e Seminário Latino Americano de Suprimentos e Serviços para a Aviação. Expo Center Norte Pavilhão Amarelo São Paulo SP Brasil

RBHA 91. Adriano Tunes de Paula Especialista em Regulação de Aviação Civil Gerência de Operações de Empresas de Transporte Aéreo 121

WL20e Carregadoras articuladas de rodas. Inovadora, elétrica, livre de emissões: WL20e a carregadora sobre rodas com acionamento elétrico

IMPERADOR 3000 e A melhor eficiência em pulverização

GESTÃO UNIFICADA DEL. ARISTÓTELES TAVARES

NDM Bahia (G 40) foi homologado pela Marinha 1

HMS Ocean Marinha deve assinar este mês a compra do Porta Helicópteros

Rio 2016: 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromovel) realizou treinamento para emprego durante as Olimpíadas

ZSAV FURGÃO BIMOTOR. DOIS MOTORES ROTAX 115 HP 1200 KG MAXIMO DECOLAGEM 360 KG DE CARGA PAGA EM 4 HORAS A 840 KM DE DISTÂNCIA

INSTRUÇÃO SUPLEMENTAR IS

NPaOc Amazonas em exercício com a Marinha da África do Sul

(Equipamento reformado com aproximadamente h)

Transcrição:

Airbus H175 - "Brazil Demo Tour" Por Luiz Padilha A Airbus Helicopters dando sequência ao Brazil Demo Tour, após apresentar o H145 ao mercado civil e militar, trouxe seu mais novo helicóptero, o H175, ao aeroporto de Jacarepaguá, Rio de Janeiro, para realizar alguns voos com clientes e pilotos da aviação executiva e de offshore. O DAN foi convidado a participar de um desses voos, e prontamente aceitou o convite, pois, quando estivemos na fábrica da Airbus Helicopters em Marignane, França, só havia um EC175 (na época o protótipo tinha essa nomenclatura) voando, não sendo possível para nós, naquela oportunidade, conferir a qualidade e o desempenho da aeronave.

Por esta razão, vamos colocar abaixo algumas imagens inéditas da linha de montagem do H175, pois quando a visitamos, nenhum helicóptero ainda havia sido entregue aos clientes. Linha de montagem do H175 em Marignane-França Certamente, a aeronave que o DAN teve a oportunidade de voar ontem, estava entre as que vimos durante nossa visita, pois trata-se da aeronave S/N 5003.

Essa aeronave possui algumas partes da carenagem construídas na China, otimizando assim o tempo de fabricação de cada aeronave na linha de montagem. Mas vamos voltar ao H175 que veio ao Brasil. Antes do nosso voo, fomos gentilmente recebidos por representantes da Helibras que assessorava a equipe da Airbus nesta oportunidade. O Sr. François De Bray, especialista do H175 na equipe de Marketing da Airbus Helicopters, fez uma apresentação sobre as características da aeronave para os jornalistas presentes nas dependências da Lider no aeroporto de Jacarepaguá, a qual iremos abordar no próximo artigo.

O H175 em que voamos, estava configurado para 15 passageiros e com autonomia para até 4 horas de voo. O que é um dado excelente para a utilização pelas empresas que operam offshore no Brasil. Como pode ser visto na foto de seu interior, a aeronave possui abafadores para os passageiros, mas apenas um ou outro

jornalista que participou do voo utilizou, pois a aeronave é bem silenciosa. Atrás de cada poltrona, existe um safety card, como todas as orientações para uma evacuação de emergência. Esta aeronave surpreende por sua tecnologia e capacidades, podendo levar até 18 passageiros com conforto em sua cabine refrigerada por um ar condicionado excelente. E a julgar pelo feedback que tivemos com alguns pilotos que fizeram o voo seguinte, a aeronave tem grande potencial para operar na área do pré-sal pelas empresas que operam off-shore no Brasil. Assista ao vídeo do pouso no aeroporto de Jacarepaguá-RJ

Vídeo do H225M (Futuro UH-15 N-7107) durante a demonstração na Polônia COLABOROU: BrunoFN H225M destinado à Marinha do Brasil é destaque no Paris Air Show

Por Guilherme Wiltgen A aeronave H225M (ex-ec725), destinada à Marinha do Brasil (UH-15 Super Cougar N-7107), estará exposta durante a Paris Air Show, que começa nesta segunda-feira (15), em Le Bourget. Esta aeronave, cedida pela Helibras e ainda não entregue ao usuário final, seguiu para testes na fábrica da Airbus Helicopters em 18.11.14 a bordo do cargueiro An-124 da empresa russa Volga Dnepr Airlines, do aeroporto de São José dos Campos SP.

Esta mesma aeronave foi utilizada para demonstrações na Índia, onde o H225M participa da concorrência do programa NMRH (Naval Multi-Role Helicopter) da Marinha indiana, que prevê a aquisição de até 120 helicópteros navais de médio porte.

Mais recentemente, ela também demonstrou suas capacidades em uma demonstração aérea na Polônia, onde o H225M foi préselecionado pela Ministério da Defesa, para participar da licitação de aquisição de 70 unidades de um novo modelo de aeronave para as suas Forças Armadas.

FOTO: Airbus Helicopters H-36 Caracal: A realizando REVO helicópteros FAB com Por Guilherme Wiltgen Com o recebimento previsto para este ano da primeira aeronave da versão operacional do H-36 Caracal (H225M), pela Força Aérea Brasileira (FAB), os pilotos do Esquadrão Falcão (1 /8 GAV), sediado em Belém (PA), vão iniciar nos próximos meses o treinamento para realizarem Reabastecimento em Voo (REVO). Para isso, vão voar os caças A-1B e F-5FM para

aprenderem as técnicas utilizadas para este tipo de missão. Esta versão do H-36 Caracal será a primeira aeronave de asasrotativas da América Latina a possuir uma sonda de reabastecimento em voo, que possibilitará realizar REVO com os atuais KC-130 Hércules e futuramente com o KC-390. Apesar da sonda ser retrátil, e de se estender à frente durante o REVO, o rotor principal do H-36 estará girando a uma distância de 1,00m da mangueira de reabastecimento do aviãotanque, o que torna este tipo de operação muito complexa, exigindo total concentração e destreza por parte dos pilotos. Treinando REVO

Em uma das etapas iniciais, os pilotos do 1 /8 GAV vão treinar o voo na ala do KC-130 do Esquadrão Gordo (1º/1º GT), para em seguida, iniciar o processo de familiarização já a bordo dos A-1B e F-5FM. Será feito treinamento com a aeronave reabastecedora até a posição de pré-contato, afim de adestrar os pilotos do Esquadrão Falcão neste tipo de voo, mas sem conexão com a mangueira e/ou transferência de combustível, explicou o TC Marcelo Figueiras.

A possibilidade de realizar REVO vai proporcionar à FAB um ganho operacional muito grande, como por exemplo nas missões de SAR em alto-mar. Na sua versão básica, o H-36 tem autonomia de 3:50hs de voo, o que é suficiente para realizar um salvamento a 250Km da sua base, proporcionando 60 min de busca e 15 min para realização do resgate em si. Com a adoção da sonda, segundo o chefe da Engenharia da Helibras, Não há restrições. Em termo de sistema, não existe limitação. disse Walter Filho com relação a ampliação da autonomia. Combat-SAR (C-SAR)

Do total de aeronaves H225M (ex-ec725) destinadas à FAB, dentro do programa H-XBR, oito serão da versão operacional, que são semelhantes as aeronaves utilizadas pelas Forças Armadas francesas em missões de operações especiais e C-SAR. Os novos helicópteros da FAB serão dotados de modernos sensores integrados de auto-defesa (IDAS Integrated Defensive Aids Suite), como RWR (Radar Warning Receiver), LWS (Laser Warning Systems), MAWS (Missile Approach Warning Systems), que proverão capacidade de detectar radares e mísseis inimigos, aumentando a capacidade de sobrevivência da aeronave, além de possuir lançadores de Chaff e Flare.

Esta versão ainda conta com imageador térmico (FLIR) com câmera IR e detector a laser para rastrear alvos, além de equipamento para gravação de vídeo e voz. O H-36 ainda possui full glass cockpit compatível com o uso de OVN (Óculos de Visão Noturna NVG), proteção balística (blindagem) reforçada, guincho (hoist) duplo, gancho (cargo hook) e capacidade de instalar duas metralhadoras de 7.62mm de cada lado para auto-proteção. Com um espaço interno superior aos dos demais helicópteros utilizados pela FAB, o H-36 tem capacidade para acomodar até onze macas e uma equipe de 4 profissionais de saúde, podendo transportar até 31 pessoas em missões convencionais.

Uma nova geração de helicópteros É uma outra geração de helicópteros. Modifica totalmente a nossa doutrina e as nossa possibilidades, disse o ComandanteGeral de Operações Aéreas (COMGAR), Ten. Brigadeiro do Ar Gérson Nogueira Machado, ressaltando quanto ao treinamento necessário para se aproveitar todas as potencialidades do H-36. Com o início das operações do H-36 Caracal, a FAB vai inaugurar um novo conceito de utilização de helicópteros nos modernos campos de batalha, inédito na América Latina, e se colocando no mesmo patamar das principais Forças Aéreas do mundo no que diz respeito a utilização do helicóptero em combate.

Pronto para servir: H145M recebe certificação EASA Helicóptero militar produzido a partir da versão civil começa a ser entregue ainda este ano O H145M da Airbus Helicopters foi certificado neste mês de maio pela autoridade de aeronavegabilidade europeia EASA (European Aviation Safety Agency), abrindo caminho para a homologação militar e duas entregas iniciais do helicóptero biturbina multifunção nessa versão antes do final do ano. O primeiro cliente a receber a aeronave será a Bundeswehr (Forças Armadas Alemãs), que encomendou 15 H145M para serem operados pela Força Aérea do país. O segundo cliente, a Royal Thai Navy, da Tailândia, começará a receber os helicópteros em 2016. O H145M é adaptado para uma ampla gama de operações militares

incluindo transporte, reconhecimento, busca e salvamento, apoio ao combate a incêndios e resgate de feridos. Usando como base a certificação civil já obtida, buscamos uma abordagem de baixo risco e baixo custo para os nossos clientes, evitando uma dupla e cara qualificação para a versão militar. Este processo se beneficiou da própria certificação civil do H145 no ano passado, garantindo que os mais recentes padrões de segurança e aeronavegabilidade sejam cumpridos, disse Manfred Merk, diretor do programa do H145. O H145M traz uma capacidade ainda maior que o mesmo modelo em versão civil e governamental. Ele apresenta um aumento do peso máximo de decolagem, dispondo agora de 3,7 toneladas e pode ser equipado com instrumentos de missão que incluem um suporte para armas montado na porta e a capacidade de transportar armas sobre os pilares externos. Conta também com sensores ópticos infravermelhos com capacidade de mira, bem como aviônicos militares para comunicações, navegação e gerenciamento de voo. Um sistema de fast rope está disponível para operações especiais, e a segurança total da tripulação é reforçada pela proteção balística do H145M, tanques de combustível autovedantes e um sistema de contramedidas eletrônico para proteção contra ameaças de mísseis. Beneficiando-se da robustez, baixo custo operacional e alta disponibilidade operacional já comprovada pela família EC145/ H145 da Airbus Helicopters, o novo H145M possui motores Turbomeca Arriel-2E com controles digitais de dois canais com capacidade total (FADEC), um rotor de cauda tipo Fenestron, juntamente com a atualização das caixas de transmissão dos rotores principal e de cauda. O peso máximo de decolagem bruto foi elevado em 50 kg, enquanto o seu excelente desempenho mesmo em situações com um motor inoperante é crucial para a segurança do voo e o sucesso da missão, especialmente durante tarefas de operações especiais e de busca e salvamento em combate.

DIVULGAÇÃO: Convergência Comunicação Estratégica Programa UHP: Marinha do Brasil avalia o helicóptero H145 Durante três dias, o Defesa Aérea & Naval acompanhou na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia, a avaliação do helicóptero H145, que se encontrava realizando o Brazil Demo Tour, e que está sendo ofertado pela Helibras para o programa UHP. Por Guilherme Wiltgen A Marinha do Brasil, através da Diretoria de Aeronáutica da Marinha (DAerM), realizou no período

de 08 a 10 de abril, na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (BAeNSPA), a avaliação do helicóptero H145, cuja versão militar H145M está participando da concorrência do projeto de obtenção dos Helicópteros de Emprego Geral de Pequeno Porte (UHP), que visa a substituição dos helicópteros utilizados nos Esquadrões HU-1, HU-3, HU-4 e HU-5, principalmente o UH-13 Esquilo Bi-Turbina do Esquadrão HU-1, já que este inexoravelmente se aproxima do fim de sua vida útil e por ser esta a aeronave utilizada pelo Destacamento Aéreo Embarcado da Operação Antártica (DAE-OPERANTAR). A aeronave O H145M é a versão militar do H145, helicóptero bimotor multimissão de porte médio da Airbus Helicopters, com 3.700 Kg. Moderno e versátil, oferece uma vasta gama de equipamentos opcionais, oferecendo de forma simples uma flexibilidade excepcional de missão para operadores militares. O H145M é capaz de transportar um piloto e 10 passageiros, ou 1.500kg de carga no Hook (gancho). Possui velocidade de cruzeiro de aproximadamente 135 kts, com uma autonomia de

pouco mais de 3:30Hs, aproximadamente 660km. No caso da MB, a aeronave pode ser configurada para transportar dois pilotos, fiel e mais sete passageiros. Os potentes motores Turbomeca Arriel 2E com FADEC de Duplo canal, full glass cockpit com aviônicos Helionix e um sistema elétrico de última geração, contribuem para um aumento significativo da segurança de voo e na redução da carga de trabalho dos pilotos. A aeronave possui duplo AFCS de 4 eixos, derivado do H225M (ex-ec725), com precisão e estabilidade superiores que são reconhecidas por todos os operadores por possui alta estabilidade e precisão, proteção do envelope de voo da Airbus Helicopters (aeronave, CTP, e proteção do motor), decolagem automática e aproximação acoplada (ILS ou LPV) até o pairado, gerenciamento automático de falhas do motor (mesmo durante o cruzeiro, decolagem e pairado), proporcionam ao piloto se

concentrar mais no gerenciamento da trajetória do que no pouso da aeronave. Externamente a grande mudança está na cauda. A adoção do rotor de cauda do tipo Fenestron confere um aumento da segurança para o pessoal de apoio no solo, assim como também na operação com as portas tipo concha da cabine. Esta alteração no H145M, o tornou um dos modelos mais silenciosos da sua categoria, inclusive com níveis de ruído abaixo do que é exigido para categorias de helicópteros menores. O Fenestron confere ainda uma maior capacidade de sobrevivência e tolerância a danos em combate, mais eficiência de controle anti-torque/potencial de crescimento, menor demanda de potência em voo pairado e em deslocamento, menor nível de ruído e menor risco de impacto do rotor de cauda, principalmente quando em operações em áreas confinadas.

O seu Full Glass Cockpit proporciona uma consciência situacional apurada e totalmente compatível com o uso de óculos de visão nourna (OVN/NVG). Possui três grandes display s e 1 back-up (Integrated Electronic Standby Instrument), AFCS Dual-Duplex de 4 eixos, Conceito Inovador de Power Limit -FLI, H-TAWS, TAS, WX, SatCom & tracking, DMAP, Synthetic Vision, Moving Map EURONAV VII, capacidade de navegação IFR por satélite (SBAS/LPV WAAS/EGNOS) e ADS-B. Adota o conceito One Line, onde todas as informações são apresentados em uma linha única de leitura (Margem de potência, velocidade, altitude, razão de subida e altura do solo, provenientes da Interface Homen-Máquina (HMI Human Machine Interface) da Airbus.

O acesso à Cabine e ao Cockpit é feito por portas dianteiras e deslizantes de 216cm x 113cm, enquanto que ao compartimento de carga é feito por amplas portas tipo concha, com dimensões de 140cm x 99cm, que facilitam o carregamento pelas portas traseiras o fácil embarque de até duas macas em uma missão de Evacuação Aeromédica (EVAM), dobrando a atual capacidade de remoção, tanto do UH-12 quanto do UH-13.

Capacidade 1 piloto + 10 passageiros ou 1.500 kg de carga no gancho ou 2 pilotos + 8/9 passageiros Pesos Peso máx. de decolagem: 3.650 Kg Peso máx. de decolagem com carga externa: 3.650 Kg Peso vazio: 1.919 kg Motorização 2 turbinas TURBOMECA ARRIEL 2E Potência máx. de decolagem por motor: 894 shp Desempenho (com peso máximo de decolagem) Velocidade máxima (VNE): 268 km/h 145 kts Velocidade de cruzeiro rápido: 248 km/h 134 kts Razão de subida: 9,3 m/s Teto de serviço: 5.165m Autonomia com tanque standard: 3:37Hs Alcance máximo com tanque standard: 663 km

Dimensões Comprimento (com rotor girando): 13,63m Comprimento da fuselagem: 11,69m Altura: 4m Diâmetro do rotor principal: 11m As avaliações A avaliação iniciou com o voo realizado pelo CA Primo, Diretor de Aeronáutica da Marinha, entre o HeliRio, localizado no Recreio dos Bandeirantes, e a BAeNSPA, na Região dos Lagos, pousando no pátio de aeronaves do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (HU-1), onde a aeronave permaneceu durante o período de avaliação.

CA Primo (DAerM) com a equipe de Voo de Testes da Airbus Helicopters Na sequência, a aeronave foi apresentada aos CF Sasse e CC André Marcelo, Comandantes do HU-1 e HU-3 respectivamente, e aos demais militares do Esquadrão HU-1 e da DAerM. Momento este em que puderam ver de perto as características externas do moderno helicóptero, entre eles uma novidade para a Aviação Naval, o rotor de cauda tipo Fenestron.

No período da tarde, iniciou-se os voos de avaliação, que se estenderam até sexta-feira, quando diversos aviadores navais tiveram a oportunidade de pilotar a aeronave e realizar diversas missões simuladas, que hoje são executadas pelo HU-1 e os Esquadrões Distritais, como escolta armada, SAR,

transporte de pessoal/tropa/carga, lançamento de paraquedista e EVAM além de realizarem voos IFR e de endurance, afim de verificar a autonomia da aeronave em diferentes tipos de configuração, além da demostração de algumas manobras de emergência, como o voo monomotor.

O que chamou a atenção foi a rápida adaptação dos pilotos à aeronave, pois no primeiro contato e após um rápido briefing no cockpit, já decolaram, voaram e pousaram o H145 com muita facilidade, sem auxílio ou intervenção do piloto da Airbus Helicopters, relatando que a tecnologia embarcada foi primordial para essa sinergia entre homem e máquina, tão necessária ao Esquadrão Faz Tudo da Marinha do Brasil.

Enquanto os pilotos testavam a aeronave, foi realizada uma apresentação aos mecânicos do HU-1 pelo Sr. Marcelo Faria, do Suporte Técnico da Helibras, e na sequência realizada uma demonstração para a DAerM e ao HU-1, dos procedimentos para remoção das pás do rotor principal e da dobragem da pá, para acomodação do H145 no hangar do navio, bem como as medições da aeronave, inclusive com e sem as rodas auxiliares para movimentação do helicóptero.

CC Quadros (DAerM) recebe explicação sobre o sistema de dobragem manual da pá O sistema de dobragem das pás do rotor principal é dividido em dois kits:

Kit básico: Consiste de 2 parafusos de desengate rápido das pás (ao invés dos parafusos normais), provisões fixas para kit de manuseio no solo, consistindo de suportes na estrutura central dianteira e no cone de cauda (para fixação do conjuntos de berço dianteiro e traseiro). Kit de manuseio no solo: Consistindo de 2 conjuntos de berço da pá do rotor principal (para suporte da pá na posição dobrada, GSE), 1 barra de reboque (para suporte da pá durante o processo de dobragem, GSE), 2 conjuntos de braçadeira (para fixar a pá na posição dobrada na cabeça do rotor, GSE) e 1 bolsa de estocagem. Armamento Também foi verificado pela DAerM, a compatibilidade dos atuais pedestais das metralhadoras 7,62mm que a MB utiliza nos UH-12 e 13, visando identificar as modificações necessárias para adaptá-lo à aeronave.

O H145M foi concebido com a característica de que tudo que pode ser utilizado nele é de fácil instalação, tipo plug and play, e a aeronave ainda apresenta uma gama de armamentos axiais possíveis de serem utilizados.

Manobrabilidade Após o término das avaliações, o piloto chefe de testes da Airbus Helicopters, Volker Bau, fez uma demonstração aérea de toda a manobrabilidade e agilidade do H145, realizando diversas manobras, algumas inimagináveis de serem realizadas com as nossas atuais aeronaves.

Após o pouso, e seguindo as tradições das unidades aéreas, o Comandante e o Imadiato do HU-1, CF Sasse e CF Fabio Casaes, respectivamente, presentearam os tripulantes com a bolacha do HU-1, marcando de forma bem descontraída apresentação da aeronave ao Esquadrão. o êxito da

Pouso a bordo do NPo Alte Maximiano (H 41) Para o uso naval, o H145M pode ser configurado com flutuadores de emergência, radar de busca, FLIR e Hoist (guincho) eletrétrico, com 90m de cabo e capacidade de içar até 272Kg (600lbs), que pode ser montado em ambos os lados da cabine. A aeronave também recebe proteção anti-corrosão, durante a fabricação na Alemanha, e está certificada para operar em Estado do Mar 6.

Visando um aspecto geral da avaliação da aeronave embarcada, no dia 13 de abril, ocorreu o ponto alto da demonstração. As 10:40hs o H145 pousou a bordo do Navio Polar Alte. Maximiano (H 41), que se encontrava atracado no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ), realizado pelo CC Paiva (1P), tendo o piloto da Airbus, Volker Bau, como 2P.

Este evento foi fundamental para que a Marinha do Brasil pudesse verificar as condições de operação da aeronave a bordo e as possíveis adaptações que deverão ser realizadas nos navios, principalmente com relação aos hangares, para que estes possam comportar a futura aeronave a ser selecionada no programa UHP, que atualmente se encontra em curso.

Neste caso específico, face a necessidade iminente de se substituir a aeronave que opera na Antártica, foi escolhido o Tio Max devido este ser o único navio, que participa da OPERANTAR, a possuir hangar.

Além das verificações normais quanto a operação da aeronave no convoo, que reflete diretamente na segurança das operações aéreas, foi realizada a hangaragem da aeronave. Para isso, as pás do rotor principal foram penteadas (dobradas) na forma usual do H145, duas a vante e duas a ré.

É importante ressaltar que a Airbus Helicopters está desenvolvendo um kit de dobragem manual das pás, de forma que as quatro dobrem à ré (imagem a baixo), de forma que fiquem paralelas ao cone de cauda, reduzindo as dimensões do H145M e facilitando assim a sua acomodação no hangar do navio.

Com a aeronave no hangar, os militares da DAerM realizaram todas as verificações para a acomodação no seu interior, realizando as medições necessárias para a elaboração do relatório de avaliação, bem como verificar a possibilidade de acomodar duas aeronaves no hangar do navio, assim como hoje é feito com o UH-13 Esquilo na OPERANTAR.

Também foram verificados os pontos para peiar a aeronave no convoo e no hangar, tendo em vista que o navio opera em diferentes ambientes e condições de mar, como os verificados no Atlântico Sul.

A substituição do UH-13 é uma condição Sine qua non para que a Marinha do Brasil possa continuar a realizar o imprescindível, e indispensável, apoio aéreo durante as suas missões de apoio logístico, transporte de pesquisadores, de pessoal/carga, em atendimento as necessidades da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (CIRM) e da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM), durante a OPERANTAR. O UH-13, quando não está sendo utilizado na Antártica, também opera regularmente com a Esquadra brasileira, como aeronave orgânica nos Escoltas, Navios Patrulha Oceânicos, Navios Anfíbios e provendo o Navio-Aeródromo São Paulo de aeronave de guarda diurno (Pedro). Estas missões poderão ser ampliadas, e melhoradas, face as modernas capacidades do H145M: Aviônicos modernos, reserva de potência, flexibilidade, manobrabilidade e capacidade superior de transporte de carga, pessoal e armamentos, ampliando as capacidades dos meios em que estiver embarcado, seja cumprindo missões na quente e úmida Amazônia, na imensidão da Amazônia Azul ou no congelado Continente Antártico.

Segundo a Marinha do Brasil, A demonstração serviu para incrementar a quantidade de informações disponíveis sobre as aeronaves existentes na categoria, proporcionando um melhor conhecimento sobre as possibilidades e limitações de cada uma delas, a fim de permitir a determinação da que melhor atenderá aos interesses da Marinha do Brasil.

AGRADECIMENTOS: O DAN agradece ao CA Primo (DAerM), CA Mathias (ComForAerNav), ao CMG Benoni (Comandante do NPo Alte Maximiano), CMG Bruno (CEM ForAerNav), ao CF Sasse (Comandante do HU-1), ao CC Quadros (DAerM), ao Sr. François Arnoud (VP de Vendas e Marketing da Helibras), a Sra. Elaine Watoniki (Gerente de Comunicação da Helibras), a Srta. Amanda Torres (Vendas Mercado Militar MB da Helibras), ao Sr. Marcelo Faria (Suporte Técnico da Helibras), Sr. Deyvid Marins (Helibras) a equipe de Voo de Teste da Airbus Helicopters, e a todos os militares da Marinha do Brasil, que não pouparam esforços em nos auxiliar para execução deste trabalho.