UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Fisiologia do Exercício CARLOS ROBERTO PLAZA DIAS



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Transcrição:

UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Fisiologia do Exercício CARLOS ROBERTO PLAZA DIAS PERFIL DO POLICIAL MILITAR DA 3ª COMPANHIA PM DO 9º BPM/I E ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS TESTES DE APTIDÃO FÍSICA LINS SP 2008

CARLOS ROBERTO PLAZA DIAS PERFIL DO POLICIAL MILITAR DA 3ª COMPANHIA PM DO 9º BPM/I E ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS TESTES DE APTIDÃO FÍSICA Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, como requisito parcial para obtenção do título de especialista em Fisiologia do Exercício, sob a orientação dos Prof M. Sc Wonder Passoni Higino e orientação técnica da Profª M. Sc Heloisa Helena Rovery da Silva. LINS SP 2008

Não é o crítico o que conta; não aquele que mostra como o forte tropeçou ou aponta onde o autor de proezas poderia ter feito melhor. O mérito pertence ao homem que está no campo de batalha; que se esforça e é valente; cujo rosto está desfigurado de pó, suor e sangue; que erra e tem deficiências repetidas vezes; que conhece os grandes entusiasmos, as grandes devoções e se consome numa causa digna; aquele que na melhor das hipóteses conhece afinal o triunfo da grande conquista; e que, na pior das hipóteses, se fraqueja, no mínimo, fraqueja porque ousa. Por isso, seu lugar nunca será junto às almas frias e tímidas que não conhecem a vitória ou a derrota. Theodore Roosevelt

DEDICATÓRIA A meus amados pais, Maria Pilar Plaza e Miguel Plaza, pelo grande amor e esforço para criar, educar e transmitir os ensinamentos de Deus aos seus cinco filhos, com muita dificuldade, porém com muita dedicação e honestidade. A minha querida esposa, Andréa, pela compreensão, companheirismo, amizade e apoio nos momentos de minha ausência. Aos meus irmãos, Deucides, Denise, Paulo e Valéria, que também são responsáveis pela minha formação. A meus sobrinhos Rogério, Patrícia, Valter Jr, Fernanda, Miguel, Gustavo, Felipe, Maria Eduarda e Guilherme, que sempre estão presentes e representam o futuro de minha família. A minha sogra Suieko e ao amigo José, pela amizade e companheirismo de sempre. A meus cunhados Valter, Valdeir, Celso Jr, Robson, Margareth, Katlin e Alessandra, por também passarem a fazer parte de minha família.

AGRADECIMENTOS Ao Sr Deus, Criador do Universo, norteador de minha sabedoria, meu corpo, alma e espírito e por todas as bênçãos e oportunidades de crescimento; Aos meus pais e demais familiares, que com suas atitudes grandiosas, sempre fortaleceram a minha decisão de perseverar, a quem dedico esta monografia; A minha amada esposa Andréa, que com paciência, soube compreender e apoiar-me em todos os momentos; Ao Cabo PM Carlos Roberto Pelegrine Marini, por ter fornecido materiais fundamentais e me auxiliado na coleta de dados para elaboração deste trabalho, junto ao Gabinete de Instruções do Batalhão; Aos mestres, de toda minha formação escolar, do ensino fundamental, médio e superior; Ao coordenador do Curso de Educação Física, da Universidade de Marília, Prof. Dr. Manoel Osmar Seabra Junior, pelos ensinamentos, apoio, incentivos e amizade; À coordenadora do Curso de Tecnologia em Alimentos da FATEC Marília SP, Profª Drª Marie Oshiiwa, pela colaboração e ensinamentos na melhor forma de distribuição e representação de dados estatísticos. Aos meus orientadores, professores M. Sc Wonder Passoni Higino e M. Sc Heloisa Helena Rovery da Silva pela paciência, pelas aulas e pelas orientações

e correções que foram fundamentais para concretização desta obra; Ao coordenador do curso de Pós-Graduação do Centro Universitário Calólico Salesiano Auxiliun, Prof M. Sc Flávio Piloto Cirillo e em especial para a funcionária Silvia e a todos os demais funcionários, pela acolhida, durante a realização do curso. Aos Professores Doutores Dartagnan Pinto Guedes, Camila Coelho Greco, Luiz Cláudio Reeberg Stanganélli, Márcio Pereira da Silva, Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo, Fabiana Andrade e Claudia Chueire de Oliveira, aos Professores Mestres Runer Augusto Marson, Tiago Rezende Figueira e a Professora Especialista Renata Selvatici Borges Januário, por todos os importantes e primordiais conhecimentos compartilhados; Ao Comando, Oficiais e Praças da 3ª Cia PM do 9 BPM/I e de todas as demais Companhias PM, pelo apoio e companheirismo, ao longo de minha carreira policial militar, cumulativamente ao transcorrer do curso de especialização em fisiologia do exercício e, Aos companheiros do Curso de Pós-Graduação e em especial ao Ricardo, Vivian, Débora, Renato, Rubens e Silvio, pelos inesquecíveis momentos de convívio ao longo desses dezoito meses.

RESUMO O presente trabalho teve em primeiro momento, o objetivo de se conhecer, através de pesquisas bibliográficas e em arquivos do Batalhão, como a PM, se instalou na cidade de Marília e seu progresso desde o ano de 1929, até os dias atuais, pendendo para a instalação da 3ª Cia PM que é nosso foco. Em um segundo momento, analisar os resultados dos TAFs que foram aplicados em 25% do efetivo até o ano de 2008 e que usando como critério, os policiais que já haviam sido submetidos aos testes, até o mês de agosto de 2008 e nesse mesmo número de PMs, comparar e analisar os seus resultados, em forma de pesquisa longitudinal, nos anos de 2006 e 2007, sendo que tal coleta de dados realizou-se de forma direta. Na mesma amostra populacional aplicou-se um questionário com questões abertas e fechadas visando conhecer seus gostos, preferências e intenções, relacionadas à prática de atividades físicas, conhecendo-se também alguns problemas de saúde a que os policiais militares da 3ª Cia PM são acometidos e também verificar o uso do álcool e de fumo. O questionário foi respondido de forma estratificada por 27 PMs, pois a 3ª Cia PM possui em seu efetivo no ano de 2008, o número de 107 PMs, divididos em: 1º Pel: 31 PMs = 8 amostras, 2º Pel: 39 PMs = 10 amostras, 3º Pel: 29 PMs = 7 amostras e Adm: 8 PMs = 2 amostras, perfazendo um total de 25% do efetivo total da Companhia. Quanto aos resultados dos TAFs, verificase que no ano de 2006 a média de pontos da Cia foi: 331, com o conceito MUITO BOM em 51,85%; no ano de 2007 a média de pontos foi: 321, com o conceito BOM em 44;44% e, no ano de 2008 a média de pontos foi: 326, com o conceito BOM em 66,66%. Já nos resultados do questionário aplicado, verifica-se que apenas os PMs da Adm (50%), praticam atividades físicas em seus turnos de serviço; já nos seus períodos de folga, 75,62% praticam diversos tipos de atividades físicas, com destaque para as caminhadas em 30% e corridas 25% nos mais diversos locais destacando-se as vias públicas (60%), a freqüência semanal de três vezes se destaca em 57,14%. Além disso, os PM se consideram Pouco Ativos (48,66%), sendo que, 38,2% dos PMs não se sentem prontos para o TAF, onde 96,3% do efetivo gostariam que fosse inserida a prática de atividades físicas durante o serviço. De todos os PMs avaliados, 77,77% não possuem qualquer problema de saúde e dos que possuem destaca-se o colesterol elevado (7,4%). Além disso, a maioria dos PMs não fumam (85,1%) e boa parte não ingerem bebidas alcoólicas (42,14%) Frente aos resultados, faz-se necessário propor ao comando da 3ª Cia PM, a elaboração e aplicação de uma Proposta de Condicionamento Físico para seu efetivo, para ser praticado em seu turno de trabalho. PALAVRAS-CHAVE: Atividade física. Policial militar. Testes de aptidão física.

ABSTRACT The present work had at first moment, the objective of if knowing, through bibliographical research and in archives of the Battalion, as the p.m., if it installed in the city of Marília and its progress since the year of 1929, until the current days, hanging for the installation from 3ª Cia PM that is our focus in the present work. At as a moment, to analyze the results of the TAFs that had been applied in 25% of the cash until the year of 2008 and that using as criterion, the policemen that already had been submitted to the tests, until the month of August of 2008 and in this exactly number of PMs, to compare and to analyze its results, in form of longitudinal research, in the years of 2006 and 2007, being that such collection of data was become of direct form. In the same population sample a questionnaire with open and closed questions was applied aiming at to know its taste, preferences and intentions, it practices related it of physical activities, knowing also some problems of health the one that the military policemen of 3ª Cia p.m. are to possess and also to verify the use of the alcohol and the tobacco. The questionnaire was answered of form extract for 27 PMs, therefore 3ª Cia p.m. possess in its cash in the year of 2008, the number of 107 PMs, divided in: 1º Pel: 31 PMs = 8 samples, 2º Pel: 39 PMs = 10 samples, 3º Pel: 29 PMs = 7 samples and Adm: 8 PMs = 2 samples, adding a total of 25% of the total cash of the Company. How much to the results of the TAFs, one concluded that in the year of 2006 the average of points of the Cia was: 331, with the VERY GOOD concept in 51,85%; in the year of 2007 the average of points was: 321, with the GOOD concept in 44; 44% e, in the year of 2008 the average of points were: 326, with the GOOD concept in 66,66%. Already in the results of the applied questionnaire, one concluded that only the PMs of the Adm in 50%, practices physical activities in its turns of service; already in its periods of recess around 75,62%, they practice diverse types of physical activities, with prominence for the walked ones in 30% and races 25% in the most diverse places being distinguished saw public to it in 60%, the weekly frequency of three times if it detaches in 57,14%; the p.m. if considers Little Asset in 48,66%; around 38,2% of the PMs, if they do not feel ready for the TAF, being that 96.3% of the cash, would like that the practical one of physical activities was inserted during the service; 77.77% of the PMs do not possess any problem of health and of that they possess is distinguished colesterol^, in 7,4%, the PMs that do not smoke, add 85.1% and the PMs that do not ingest alcoholic beverage add 42.14% Front to the results, become necessary to consider to the command of 3ª Cia p.m., the elaboration and application of a Proposal of Physical Conditioning for its cash, to be practiced in its turn of work. KEYWORDS: Physical activity. Military policeman. Tests of physical aptitude.

LISTA DE TABELAS Tabela 1. Ilustra a classificação do teste de 12 minutos para homens em relação à distância percorrida em metros, para policiais do sexo masculino em suas faixas etárias... 40 Tabela 2. Ilustra a classificação do teste de 12 minutos para mulheres em relação à distância percorrida em metros, para policiais do sexo feminino em suas faixas etárias... 40 Tabela 3. Quadro de pontuação das provas do TAF masculino, por faixa etária... 41 Tabela 4. Quadro de pontuação das provas do TAF feminino, por faixa etária... 42 Tabela 5. Ilustração de pontos em relação aos movimentos executados, metros percorridos e tempo de.execução, das provas do TAF, para ambos os sexos... 42 Tabela 6. Média, desvio-padrão e resultado do teste estatístico para as pontuações obtidas pelos PMs dos 1º, 2º e 3º Pelotões nos TAFs de 2006, 2007 e 2008... 49 Tabela 7. Média, desvio-padrão e resultado do teste estatístico para o peso dos PMs dos 1º, 2º e 3º Pelotões nos TAFs de 2006, 2007 e 2008... 50 Tabela 8. Média, desvio-padrão e resultado do teste estatístico para o índice de massa corporal (IMC) dos PMs dos 1º, 2º e 3º Pelotões nos TAFs de 2006, 2007 e 2008... 50 Tabela 9. Classificação de valores do IMC para adultos, segundo a Organização Mundial de Saúde... 50 Tabela 10. Média, desvio-padrão e resultado do teste estatístico para % de gordura dos PMs dos 1º, 2º e 3º Pelotões nos TAFs de 2006, 2007 e 2008... 51 Tabela 11. Amostra médias com desvio padrão de idade, peso, altura e tempo de serviço dos PMs da 3ª Cia PM, no ano de 2008, quando responderam aos questionários... 52 Tabela 12. Amostra percentual da freqüência e duração da pratica de

atividades físicas realizadas pelos PMs da 3ª Cia PM, em seus horários de folga... 56 Tabela 13. Amostra percentual da classificação que os próprios PMs fizeram com relação ao seu nível de atividade física, por pelotões e média da 3ª Cia PM... 56 Tabela 14. Fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas... 64

LISTA DE FIGURAS Figura 1. Brasão do 37 BPM...... 22 Figura 2. Brasão atual do 9 BPM/I...... 23 Figura 3. Fachada principal do 9 BPM/I, sediado na cidade de Marília SP... 23 Figura 4. Vista parcial da cidade de Marília, localizada na região Oeste do Estado de São Paulo... 23 Figura 5. Organograma de distribuição de efetivo entre os pelotões existentes na 3ª Cia PM e seu efetivo administrativo... 25 Figura 6. Ilustra o percurso da corrida de 50 metros... 33 Figura 7. Ilustra a posição inicial de pegada em pronação com braços estendidos e suspensão do corpo, sem contato com o solo.. 35 Figura 8. Ilustra a flexão de braços com vista lateral e frontal do movimento completo... 35 Figura 9. Exercício de apoio de frente sobre o banco para policiais de sexo feminino... 36 Figura 10. Ilustra o movimento completo do exercício de apoio de frente sobre o solo... 37 Figura 11. Ilustra o movimento completo do abdominal remador, em sua vista lateral... 38 Figura 12. Ilustra a prova de resistência em 12 minutos e a área pra sua realização... 40 Figura 13. Organograma de distribuição de efetivo entre os pelotões existentes na 3ª Cia PM e o número de amostras estratificadas, que foram colhidas entre o efetivo existente... 46 Figura 14. Valores médios, em números reais, da pontuação dos resultados do TAF e percentual médio dos conceitos obtidos nos TAFs de PMs, da 3ª Cia PM, nos anos de 2006, 2007 e até o mês de agosto de 2008... 52 Figura 15. Amostra percentual de PMs que responderam o questionário, de acordo com sua graduação... 52 Figura 16. Amostra percentual das funções desempenhadas pelos

Figura 17. Figura 18. Figura 19. Figura 20. Figura 21. Figura 22. Figura 23. Figura 24. Figura 25. Figura 26. policiais que responderam o questionário, dentro dos ramos operacionais e administrativos pertencentes a 3ª Cia PM... 53 Amostra percentual de PMs que praticam atividades físicas durante os turnos de serviço, pertencentes à administração e aos pelotões da 3ª Cia PM (1º, 2º e 3º Pel)... 53 Amostra percentual de PMs que praticam atividades físicas durante suas folgas, pertencentes a administração e aos pelotões da 3ª Cia PM (1º, 2º e 3º Pel)... 54 Amostra percentual, da preferência com relação as atividades físicas praticadas pelos PMs, em seus horários de folga, pertencentes a todo o efetivo da 3ª Cia PM... 55 Amostra percentual, da preferência com relação aos locais para a prática de atividades físicas, pelos PMs, pertencentes a todo efetivo da 3ª Cia PM, durante seu período de folga... 55 Amostra percentual dos PMs da 3ª Cia PM, que já praticaram ou não atividades físicas, com orientação de um profissional, visando à preparação para aplicação do TAF... 57 Amostra percentual de PMs, por pelotões, administração e média da Cia, pertencentes a 3ª Cia PM, que se sentem, ou não preparados para a realização do TAF... 57 Amostra percentual, por pelotões, administração e média da Cia, de PMs que acreditam, que se fossem submetidos a um programa de treinamento físico, melhorariam a sua saúde, o seu condicionamento físico e também os seus resultados no TAF, por PMs da 3ª Cia PM... 58 Amostra percentual de PMs, por pelotão, administração e média da 3ª Cia PM, que desejam, ou não a instituição de um programa de treinamento físico... 59 Amostra percentual de PMs, por pelotão, administração e média da 3ª Cia PM, que desejam a instituição de um programa de treinamento físico, por períodos... 59 Amostra percentual média de PMs que possuem ou não

problemas de saúde, pertencentes ao efetivo da 3ª Cia PM.. 60 Figura 27. Amostra percentual média da 3ª Cia PM, de problemas de saúde, apresentados por policiais militares... 60 Figura 28. Amostra percentual, por pelotões, administração e média da Cia, de PMs que fumam, não fumam ou que já fumaram... 61 Figura 29. Amostra percentual, por pelotões, adm e média da 3ª Cia PM, de PMs que ingerem ou não bebidas alcoólicas... 62 Figura 30. Amostra percentual, da média de toda a 3ª Cia PM, em relação a freqüência semanal de ingestão de bebidas alcoólicas... 62 Figura 31. Atividades físicas desenvolvidas... 66 Figura 32. Recomendação de atividade física... 67

LISTA DE SIGLAS Adm: Administração Btl: Batalhão Cap: Capitão Cb: Cabo CFO: Curso de Formação de Oficiais CFSd: Curso de Formação de Soldados Cia: Companhia DEI: Diretoria de Ensino e Instrução EEFPM: Escola de Educação Física da Polícia Militar FPESP: Força Pública do Estado de São Paulo GI: Gabinete de Instrução GRPae: Grupamento de Patrulha Aérea OAE: Organização de Apoio e Ensino OPM: Organização Policial Militar OTF: Oficial de Treinamento Físico Pel: Pelotão PM: Polícia Militar / Policial Militar PMESP: Polícia Militar do Estado de São Paulo PMs: Policiais militares POP: Procedimento Operacional Padrão PPT-3-PM: Programa Padrão de Treinamento nº 3 da Policia Militar PPT-4-PM: Programa Padrão de Treinamento nº 4 da Policia Militar P/5: Seção de Relações Públicas QOS: Quadro de Oficiais de Saúde Sd: Soldado TAF: Teste de Aptidão Física Ten Cel: Tenente Coronel 3ª Cia PM: Terceira Companhia de Polícia Militar 9º BPM/I: Nono Batalhão de Polícia Militar do Interior 37 BPM: Trigésimo Sétimo Batalhão de Polícia Milit ar

SUMÁRIO INTRODUÇÃO... 17 CAPÍTULO I RESGATE HISTÓRICO... 21 1 HISTÓRICO DE CRIAÇÃO DO 9º BPM/I... 21 1.1 A origem do Batalhão... 21 1.2 Surgimento e criação do 9º BPM/I... 22 1.3 Criação da 3ª Cia PM do 9ºBPM/I... 24 CAÍTULO II O TESTE DE APTIDÃO FÍSICA APLICADO NA PM... 27 2 TESTE DE APTIDÃO FÍSICA (TAF)... 27 2.1 Finalidade do TAF... 27 2.1.1 Princípios de aplicação do TAF... 27 2.1.2 Formas de aplicação do TAF... 29 2.1.2.1 Teste de Aptidão Física 1 (TAF-1)... 29 2.1.2.2 Teste de Aptidão Física 2 (TAF-2)... 30 2.1.2.3 Teste de Aptidão Física 3 (TAF-3)... 31 2.1.2.4 Teste de Aptidão Física 4 (TAF-4)... 31 2.1.3 TAF-3 e suas valências físicas aplicadas no teste... 32 2.2 As provas que consistem o TAF... 33 2.2.1 Corrida de 50 metros... 33 2.2.2 Flexão e extensão de cotovelos na barra fixa... 34 2.2.3 Apoio de frente sobre o banco (PMs do sexo feminino)... 35 2.2.3.1 Apoio de frente sobre o solo PMs do sexo masculino)... 36 2.2.4 Resistência abdominal... 37 2.2.5 Resistência em 12 minutos... 38 2.3 A aprovação no TAF-3... 41 2.4 Responsabilidades da aplicação do TAF... 43 CAPÍTULO III MÉTODOS E TÉCNICAS... 45 3 PROCEDIMENTOS ADOTADOS... 45 3.1 Delimitação do campo de pesquisa... 45

3.2 Métodos... 45 3.2.1 Estudo de caso... 45 3.3 Técnicas... 46 CAPÍTULO IV RESULTADOS E DISCUSSÃO... 49 4 ANALISE DOS RESULTADOS... 49 4.1 Análise de resultados dos TAFs e questionários aplicados... 49 CONCLUSÃO... 69 REFERÊNCIAS... 73 ANEXO A: Autorização e questionário para coleta de dados... 75

INTRODUÇÃO O presente trabalho monográfico, em um primeiro plano, visa ilustrar como se instalou a Polícia Militar na cidade de Marília, em particular a 3ª Cia PM (Terceira Companhia de Polícia Militar), contando um pouco de sua história de criação. Hoje em dia, acredito que poucos policiais militares que servem na 3ª Cia PM do 9 BPM/I (Nono Batalhão de Polícia Mil itar do Interior), conhecem como surgiu, como se instalou, e como chegamos até os dias de hoje, sendo a cidade de Marília considerada a sede de um dos mais importantes batalhões da Polícia Militar do Estado de São Paulo. Em segundo plano, este autor que é policial militar e sabedor que na PMESP (Policia Militar do Estado de São Paulo), obrigatoriamente, todo PM (policial militar), anualmente é submetido ao TAF (Teste de Aptidão Física), que visa avaliar o seu real estado de condicionamento físico e em muitos casos o condicionamento físico, deixa muito a desejar, pois as condições de trabalhos diários, aliados a problemas familiares, de saúde e de até falta de orientação, fazem com que o mesmo sequer, pratique quaisquer atividades físicas, tornando-se uma pessoa totalmente sedentária, ensejando assim um decréscimo de condicionamento físico; motivo esse, que nessa obra o perfil do policial militar foi traçado, visando conhecer o mesmo em seus resultados de testes físicos, de acordo com os TAFs já avaliados em anos anteriores e no presente ano e também conhecer os seus gostos e preferências pelas atividades físicas e também saber, sobre eventuais problemas de saúde que poderiam ser amenizados e controlados com a prática regular de atividades físicas. Os componentes da aptidão física que devem constar em qualquer programa regular de condicionamento físico, voltado para a promoção de saúde são: força, resistência muscular, flexibilidade e aptidão cardiorespiratória (MONTEIRO, 1999, p. 15). Com o perfil traçado em relação a práticas de atividades físicas, do atual efetivo da 3ª Cia PM do 9 BPM/I, sediado na cidade de Marília e sendo conhecedor de que em novembro de 1999, a Escola de Educação Física da Polícia Militar (EEFPM) elaborou o Programa Mínimo de Condicionamento Físico do Policial Militar, que é uma proposta de alteração do Programa de

Treinamento Físico, em vigência desde 1993, a fim de garantir o aprimoramento do treinamento físico planejado voltado à melhoria do condicionamento físico geral da tropa e, em conseqüência, dos resultados do Teste de Aptidão Física (TAF), aliado ao fato de que conhecendo a carência do policial militar, lotado na Cia PM (Companhia de Polícia Militar), se estará propondo, que se coloque em prática o Programa Mínimo de Condicionamento Físico do Policial Militar ou até mesmo o programa contido no PPT-3-PM (Programa Padrão de Treinamento Três da Polícia Militar), o que virá de encontro ao que foi proposto no ano de 1999 pela Escola de Educação Física da Polícia Militar e que o policial militar poderá realizá-lo, garantindo assim seu bem estar físico, profissional e familiar, aliado a manutenção de sua saúde, o que é primordial. Conceitua a Revista Atividade Física & Saúde (1998, p. 66) : A educação física é uma prática sistematizada da atividade física, onde o indivíduo possui o interesse pelo condicionamento físico. Na educação física são seguidos planos de trabalhos e regras objetivas para que sejam atingidas as alterações fisiológicas esperadas. Este trabalho foi estruturado em quatro capítulos. O primeiro capítulo nos, relata o histórico de criação do batalhão, pendendo para instalação da atual 3ª Cia PM, ilustrado com diversas figuras, nos mostrando desde a criação e instalação da policia militar na cidade de Marília até os dias atuais; o segundo capítulo no trás conhecimentos do TAF, que atualmente é aplicado na PMESP; o terceiro capítulo, nos trás o material e método aplicado em pesquisa de campo e o quarto capítulo nos mostra os resultados, para assim conhecermos o perfil do policial militar, de acordo com o que foi obtido no trabalho de pesquisa de campo, ilustrado com gráficos comparativos e tabelas de informações. Justifica-se, pois, a necessidade deste estudo monográfico, em razão de se desejar conhecer como está atualmente o perfil do policial militar pertencente a 3ª Cia PM do 9 BPM/I, bem como suas preferências na prática de atividades físicas, que são realizadas por eles, a fim de que se possam fornecer subsídios para uma melhora em seu condicionamento físico proporcionando assim um bem estar para o mesmo, vindo de encontro ao

Programa Padrão de Treinamento (PPT-03-PM) e ao Programa Mínimo de Condicionamento Físico do Policial Militar. Espera-se que não somente o Policial Militar da 3ª Cia PM do 9 Batalhão de Polícia Militar do Interior, nosso principal alvo, mas também a Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP), a sociedade e a própria Educação Física tenham a ganhar com esse estudo, pois um policial militar mais bem preparado, só tem a trazer benefícios à sociedade e à Corporação em que serve e mais uma vez a Educação Física ganha com a comprovação em campo de estudos de sua ciência. Tal trabalho objetiva dar conhecimento aos demais policiais militares, da rica história de criação do 9 BPM/I e também verif icar como está o perfil do policial militar pertencente a 3ª Cia PM e conhecer suas preferências na área de atividades físicas e com isso poder oferecer no futuro próximo, um método de condicionamento físico individual simples, mas eficaz, sem utilizar material sofisticado ou instalações específicas, possibilitando ao policial militar desenvolvê-lo individual ou coletivamente, com orientações, segurança e controle do seu desenvolvimento. Até os dias de hoje, os únicos planejamentos de treinamento físico na Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP) são os atuais modelos do Programa Padrão de Treinamento Policial Militar (PPT-03-PM), publicado em fevereiro de 1993 e que ainda está em vigor, já que a proposta de alteração ainda não foi publicada e o Programa Mínimo de Condicionamento Físico do Policial Militar, que foi publicado em novembro de 1999, pela Escola de Educação Física da Polícia Militar (EEFPM) que é uma proposta de alteração do Programa de Treinamento Físico, sendo certo que ambos apesar de estarem em vigor, não são praticados na 3ª Cia PM e na grande maioria dos batalhões da Polícia Militar do Estado de São Paulo, com isso uma grande parcela de policiais militares, são pouco ativos ou sedentários, dessa forma colaborando negativamente, para uma incidência maior de problemas de saúde, que poderiam ser evitados com a prática regular de atividades físicas. Segundo o PPT-04-PM (2002, p. 4) [...]considerando que a manutenção de um bom nível de condicionamento físico requer prática contínua, é indispensável incutir a mentalidade de treinamento na tropa, inclusive após o período de formação, instituindo ainda, treinamento em caráter obrigatório e prioritário.

Com este trabalho, pelo menos para a 3ª Cia PM do 9 BPM/I inicialmente, procurar-se-á fornecer subsídios aos policiais militares que são muito carentes em seus horários de serviço e de folga, no tocante à realização de atividades físicas, para que se possa manter um condicionamento físico mínimo e necessário para a realização de suas tarefas diárias; e também para serem submetidos ao Teste de Aptidão Física (TAF), que no caso em questão se dá anualmente e geralmente no mês de aniversário do policial militar e por vezes na realização desses testes, os policiais militares não se encontram em condições físicas ideais de realizá-los e se expõe a riscos, que não deveriam existir, se estivessem em uma realidade um pouco diferente em relação as suas atividades físicas, com certeza favoreceria na melhora dos resultados, não só dos testes físicos, mas também na manutenção de sua saúde, proporcionando mais satisfação em sua vida, pois, a prática regular de atividades físicas de forma consciente, dá prazer, melhora a auto estima, proporciona a interação entre pessoas, melhora a saúde e uma série de benefícios, poderiam advir, para se ajudar a combater as conseqüências de um serviço tão desgastante, que é o serviço policial militar.

CAPÍTULO I RESGATE HISTÓRICO 1 HISTÓRICO DE CRIAÇÃO DO 9º BPM/I 1.1 A origem do Batalhão A Polícia Militar na cidade de Marília, que é uma das importantes cidades do Estado de São Paulo, possui o Nono Batalhão de Polícia Militar do Interior, o 9 BPM/I, que é destaque no cenário da segurança pública, hoje com 79 anos de existência e a cada dia, procura-se buscar os melhores caminhos profissionais para a instituição, seus homens e para a comunidade, vejamos como tudo começou: A origem do atual batalhão remonta dos idos do ano de 1929, quando foi criado o município de Marília, também era instalado um destacamento policial da então Força Pública do Estado de São Paulo e naquela época esse destacamento, era subordinado a 2ª Companhia do Quarto Batalhão de Caçadores de Bauru. (REGISTRO HISTÓRICO DO 9º BPM/I, 1929, em construção, s. p.). Em 13 de julho de 1958 a então Força Pública foi reestruturada e assim na cidade de Marília foi instalada a 1ª Companhia do 4 Batalhão de Caçadores de Bauru e teve como primeiro comandante o Capitão Domício Silveira e sua sede funcionava na Rua Bandeirantes, n 40, onde hoje está instalado o edifício João Paulo II e a Igreja Nossa Senhora da Glória. A partir de 07 de junho do ano de 1965, o policiamento local, desvincula-se do Quarto Batalhão de Caçadores de Bauru e passa a se denominar 4 Companhia Independente; que era uma un idade autônoma e seu primeiro comandante foi o Capitão Irahy Vieira Catalano, que tinha sob seu comando o número de 420 (quatrocentos e vinte) policiais, que eram distribuídos na região da alta paulista, desde as nascentes dos Rios do Peixe e Aguapeí, até as barrancas do Rio Paraná, englobando 40 (quarenta) municípios. No mês de julho de 1966 graças a um entendimento entre o Capitão Irahy e o Delegado Regional de Policia, através da portaria de n 39; a área de

Marília foi dividida em dois territórios ficando um com a Guarda Civil e o outro com a Força Pública, sendo que em Marília foram criadas a Companhia de Comando e Serviços, a 1ª Companhia e a 5ª Companhia, com um efetivo de 338 (trezentos e trinta e oito) homens. E nas cidades de Tupã, Assis e Lins, foram criadas as 2ª, 3ª e 4ª Companhias respectivamente, com efetivo distribuído entre elas no total de 723 (setecentos e vinte e três) homens e dessa forma a cidade de Marília ficou com uma área menor para ser policiada. Em 23 de dezembro de 1966 foi criado em Marília o 2 Grupamento de Policiamento Independente da FPESP (Força Pública do Estado de São Paulo) e dessa forma a 4ª Companhia Independente foi extinta, sendo certo que no ano de 1967 foram iniciadas as obras do novo quartel que abrigaria o grupamento. Em 07 de abril de 1970 foi criada a Policia Militar do Estado de São Paulo, com a junção da Força Pública e a Guarda Civil e em 01 de março de 1971, foi criado em Marília o 37 BPM (Trigésimo Sé timo Batalhão de Polícia Militar), cuja instalação oficial se deu em 02 de abril de 1971, já instalado no prédio recém construído e que havia sido inaugurado em 25 de agosto de 1969. Fonte: P/5 do 9 BPM/I. Figura 1. Brasão do 37 BPM. 1.2 Surgimento e criação do 9 BPM/I A Polícia Militar não parou de crescer, até que por força do Decreto n 7.289 de 15 de dezembro de 1975 teve novo aumento de efetivo e nova reestruturação, tendo o 37 BPM, a partir dessa dat a passou a ser denominado 9 BPM/I. (REGISTRO HISTÓRICO DO 9º BPM/I, 1929, e m construção, s. p.).