DELIBERAÇÃO CVM Nº 539/08 RESOLUÇÃO CFC Nº 1.121/08 NBC T 1 PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO



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Transcrição:

COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - CPC DELIBERAÇÃO CVM Nº 539/08 RESOLUÇÃO CFC Nº 1.121/08 NBC T 1 PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS elaborou PRONUNCIAMENTO CONCEITUAL BÁSICO Dispõe sobre Estrutura para a Preparação e a Apresentação das Demonstrações Contábeis IASB (Framework for the Preparation and Presentation of Financial Statements) Estrutura conceitual para elaboração e apresentação das demonstrações contábeis Correlação com as normas internacionais de Contabilidade Aprovado pela Del. CVM nº 539/08 e Res. CFC nº 1121/08 NBC T 1 Obrigatório para as companhias abertas exercício 2008 Aplicável as demais sociedades Revogou a Deliberação CVM 29 de 05.12.1986 FINALIDADES DA ESTRUTURA CONCEITUAL OUTROS ASPECTOS a) Dar suporte ao desenvolvimento de novos Pronunciamentos Técnicos e à revisão de Pronunciamentos existentes quando necessário; a) Relaciona-se com demonstrações contábeis destinadas a usuários externos. b) Dar suporte aos responsáveis pela elaboração das demonstrações contábeis na aplicação dos Pronunciamentos Técnicos e no tratamento de assuntos que ainda não tiverem sido objeto de Pronunciamentos Técnicos; c) Auxiliar os auditores independentes a formar sua opinião sobre a conformidade das demonstrações contábeis com os Pronunciamentos Técnicos; b) Prevê a inexistência de conflitos com pronunciamentos técnicos, normas de organismos reguladores e outras determinações de ordem legal ou fiscal. c) Trata sobre demonstrações contábeis para finalidades gerais não alcançando as elaboradas para fins específicos. d) Sujeita a revisões periódicas. d) Apoiar os usuários das demonstrações contábeis na interpretação de informações nelas contidas, preparadas em conformidade com os Pronunciamentos Técnicos; e e) Proporcionar, àqueles interessados, informações sobre o enfoque adotado na formulação dos Pronunciamentos Técnicos. Esta estrutura conceitual aborda: ABORDAGENS - ALCANCE CARACTERÍSTICAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Visam atender necessidades de grande número de usuários. Preparadas e apresentadas pelo menos anualmente. a) o objetivo das demonstrações contábeis; Balanço patrimonial Demonstração do resultado b) as características qualitativas que determinam a utilidade das informações contidas nas demonstrações contábeis; c) a definição, o reconhecimento e a mensuração dos elementos que compõem as demonstrações contábeis; Inclui Demonstração dos fluxos de caixa Demonstração das mutações do patrimônio líquido Notas explicativas Demonstrações suplementares informações relevantes adicionais sobre elementos contidos nas demonstrações contábeis d) os conceitos de capital e de manutenção do capital. Não inclui Relatórios da administração Relatório do diretor presidente Demonstrações gerenciais Aplicável a entidades Comerciais Industriais Prestadoras de serviços Públicas ou Privadas Responsabilidade primária da administração pela preparação/apresentação. 1

USUÁRIOS OBJETIVO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Investidores atuais e potenciais Posição patrimonial recursos econômicos controlados Empregados Fornecer informações sobre Posição financeira liquidez/solvência Credores por empréstimos Desempenho - rentabilidade Mutações das posições agilidade operacional Fornecedores e outros credores comerciais Clientes Governo e suas agências Público em Geral Atender necessidades comuns da maioria dos usuários. Apresentar os resultados da atuação da administração na gestão. Permitir a prestação de contas accountability. Inter-relação entre as demonstrações contábeis. PRESUPOSTOS BÁSICOS UTILIZADOS NA ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Regime de competência Reconhecimento dos efeitos das transações a medida de sua ocorrência Independente do período de recebimento/pagamento Confrontação da receita com despesas CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS COMPREENSIBILIDADE Pronto entendimento pelos usuários Presunção de conhecimento razoável dos usuários Negócios Contabilidade Atividades não deixar de incluir assuntos complexos sob o pretexto de não entendimento pelos usuários Úteis às necessidades dos usuários Continuidade Presume-se não intenção necessidade > de entrar em liquidação reduzir fortemente as operações Em caso de descontinuidade - bases diferentes devidamente divulgadas RELEVÂNCIA X MATERIALIDADE Informações capazes de influenciar as decisões Ajudam a avaliar o impacto dos eventos Afetada pela natureza e materialidade Quando uma informação ou omissão desta, puder influenciar decisões Depende do tamanho do item ou do erro CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONFIABILIDADE Livre de erros Livre de vieses> relevantes Ao longo do tempo REPRESENTAÇÃO ADEQUADA DAS TRANSAÇÕES OCORRIDAS (atender critérios de reconhecimento) Com informações da própria entidade terceiros PRIMAZIA DA ESSÊNCIA SOBRE A FORMA (influências legais) NEUTRALIDADE/IMPARCIALIDADE (indução a erro) PRUDÊNCIA (emprego de certo grau de precaução no exercício de julgamento necessário às estimativas) INTEGRIDADE (completabilidade dentro dos limites de materialidade e custo/benefício) COMPARABILIDADE Consistências ao longo dos períodos Informação sobre práticas contábeis adotadas Apresentação de período(s) anterior(es) uniformidade das práticas aperfeiçoamento é incentivado 2

LIMITAÇÕES NA RELEVÂNCIA E CONFIABILIDADE DAS INFORMAÇÕES ELEMENTOS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Tempestividade Equilíbrio entre custo e benefício limitação de ordem prática Demora indevida perda de relevância Divulgação precoce ao conhecimento de todos os elementos prejudica a confiabilidade O aguardo por todos os elementos reduz a utilidade Equilíbrio Relevância X Confiabilidade Benefícios devem exceder os custos de produzir informação Os benefícios devem ser aproveitados/uso da informação Demonstrações contábeis retratam Elementos diretamente relacionados com a mensuração da posição patrimonial e financeira Elementos diretamente relacionados com a mensuração do desempenho Efeitos patrimoniais e financeiros das transações Outros eventos (doações) Ativos Receitas Despesas Passivos Patrimônio líquido julgamento profissional - subjetivo Apresentação verdadeira/apropriada observância das normas contábeis Apresentação dos elementos Natureza dos negócios Área geográfica ELEMENTOS DIRETAMENTE RELACIONADOS COM A MENSURAÇÃO DA POSIÇÃO PATRIMONIAL E FINANCEIRA S: recursos controlados pela entidade como resultado de eventos passados e dos quais se espera que resultem futuros benefícios econômicos BENEFÍCIOS ECONÔMICOS: potencial em contribuir direta ou indiretamente para o fluxo de caixa Produtivo: quando o recurso integra as atividades operacionais de produção de bens ou serviços destinados à venda Conversível: transformação em caixa ou equivalente ou utilizado na liquidação de passivos Redutor de Custos: capacidade de reduzir saídas de caixa Distribuído: Entregue aos proprietários ELEMENTOS DIRETAMENTE RELACIONADOS COM A MENSURAÇÃO DA POSIÇÃO PATRIMONIAL E FINANCEIRA S: obrigação presente derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios futuros. passivos resultam de eventos/transações passadas certos passivos somente podem ser mensurados com emprego de elementos de elevado grau de estimativa (provisões) FORMAS DE EXTINÇÃO DE OBRIGAÇÃO PRESENTE : Pagamento em dinheiro Transferência de outros ativos Prestação de serviços Substituição da obrigação por outra Conversão em capital Renúncia do credor/perda de direito creditício ELEMENTOS DIRETAMENTE RELACIONADOS COM A MENSURAÇÃO DA POSIÇÃO PATRIMONIAL E FINANCEIRA PATRIMÔNIO LÍQUIDO: valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos RESULTADO: DESEMPENHO medida de desempenho ou base para outras avaliações de retorno do investimento Subclassificações Capital - recursos aportados pelos sócios apropriações de lucros Reservas manutenção do capital ELEMENTOS: Receitas ou Ganhos aumentos dos benefícios econômicos Entrada de recursos Aumento de ativos Redução de passivos Constituição das Reservas Legais Estatutárias/contratuais Despesas ou Perdas decréscimos nos benefícios econômicos Saída de recursos Redução de ativos Aumento de passivos Receitas e despesas usuais APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS: Demais receitas/despesas Outras formas que prestem informações relevantes 3

RECONHECIMENTO DOS ELEMENTOS NAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS RECONHECIMENTO DOS ELEMENTOS NAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS RECONHECIMENTO: ENVOLVE: processo de incorporação dos elementos nas demonstrações contábeis Descrição dos elementos Atribuição de valor Balanço patrimonial Demonstração do resultado S: Reconhecidos no balanço patrimonial quando for provável que benefícios econômicos futuros deles provenientes fluirão para a entidade e o seu custo ou valor puder ser determinado em bases confiáveis.(se transformar em disponibilidades que, por sua vez, voltam a integrar a dinâmica empresarial e, portanto, a ser aplicada em ativos). NOTAS EXPLICATIVAS: não corrigem a falta de reconhecimento dos elementos OBRIGAÇÕES DE RECONHECIMENTO DE S E S: For provável que algum benefício econômico futuro referente ao item ser < recebido entregue > pela entidade Tiver custo ou valor que possa ser medido em base confiáveis Sejam relevantes pela sua natureza e materialidade S: RECEITAS: Reconhecidos no balanço patrimonial quando for provável que uma saída de recursos envolvendo benefícios econômicos seja exigida em liquidação de uma obrigação presente e o valor pelo qual essa liquidação se dará possa ser determinado em bases confiáveis. Reconhecidas na demonstração do resultado quando possam ser determinadas em bases confiáveis, e resultem em benefícios econômicos futuros provenientes do aumento de ativos ou a diminuição de passivos. INTER-RELAÇÃO DOS ELEMENTOS Ativo Passivo Receita Passivo Despesa Ativo DESPESAS: Reconhecidas na demonstração do resultado quando surge decréscimo nos futuros benefícios econômicos provenientes da diminuição de ativos ou do aumento de passivos e possam ser determinadas em base confiáveis. MENSURAÇÃO DOS ELEMENTOS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS MENSURAÇÃO DOS ELEMENTOS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Bases de mensuração: MENSURAÇÃO Processo que consiste em determinar os valores pelos quais os elementos das demonstrações devem ser reconhecidos e apresentados: Balanços Patrimoniais Demonstração do Resultado Custo Histórico (mais usado) S: S: Custo Corrente são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição, podendo ou não ser atualizados pela variação na capacidade geral de compra da moeda. são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias (por exemplo, imposto de renda), pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa que serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações, podendo também, em certas circunstâncias, ser atualizados monetariamente. S: S: são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa que teriam de ser pagos como se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data do balanço. são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data do balanço. MENSURAÇÃO DOS ELEMENTOS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Bases de mensuração: Valor Realizável (valor de realização ou de liquidação) S: S: Valor Presente S: S: são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos pela venda numa forma ordenada. são mantidos pelos seus valores de liquidação, isto é, pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da entidade. são mantidos pelo valor presente, descontado, do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo ativo no curso normal das operações da entidade. são mantidos pelo valor presente, descontado, do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessária para liquidar o passivo no curso normal das operações da entidade. FINANCEIRO CONCEITOS DE CAPITAL Sinônimo de patrimônio líquido Dinheiro investido ou poder de compra investido Adotado pela maioria das empresas na preparação de suas demonstrações contábeis FÍSICO: capacidade produtiva da entidade baseada nas unidades de produção SELEÇÃO DO CONCEITO: baseada nas necessidades dos usuários Diária Mensal FINANCEIRO adotado se os usuários estão interessados na manutenção do capital nominal investido ou no poder de compra do capital investido. FÍSICO - adotado se a preocupação dos usuários é com a capacidade operacional da entidade. 4

CONCEITOS DE MANUTENÇÃO DE CAPITAL E DETERMINAÇÃO DO LUCRO CONCEITOS DE MANUTENÇÃO DE CAPITAL O conceito de manutenção do capital está relacionado com a forma que a entidade define o capital que ele procura manter. Representa um elo entre os conceitos de capital e os conceitos de lucro. Fornece o ponto de referência para medição do resultado. Essencial para distinguir o retorno sobre o capital e a recuperação do capital. Somente teremos lucro (retorno sobre o capital) quando os ingressos de ativos excederem os valores necessários para manutenção do capital. Lucro é o valor remanescente depois que as despesas tiverem sido deduzidas inclusive os ajustes de manutenção do capital quando apropriado. Se as despesas excederem a receita = prejuízo. MANUTENÇÃO DO CAPITAL FINANCEIRO: De acordo com esse conceito, o lucro é auferido somente se o montante financeiro (ou dinheiro) dos ativos líquidos no fim do período excede o seu montante financeiro (ou dinheiro) no começo do período, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período. A manutenção do capital financeiro pode ser medida em qualquer unidade monetária nominal ou em unidades de poder aquisitivo constante. MANUTENÇÃO DO CAPITAL FÍSICO: De acordo com esse conceito, o lucro é auferido somente se a capacidade física produtiva (ou capacidade operacional) da entidade (ou os recursos ou fundos necessários para atingir essa capacidade) no fim do período excede a capacidade física produtiva no início do período, depois de excluídas quaisquer distribuições aos proprietários e seus aportes de capital durante o período. DIFERENÇA ENTRE OS CONCEITOS: Está no tratamento dos efeitos das mudanças nos preços dos ativos e passivos. CONCEITOS DE MANUTENÇÃO DE CAPITAL CONCEITOS DE MANUTENÇÃO DE CAPITAL CONCEITO FINANCEIRO DE MANUTEÇÃO CONCEITO FÍSICO DE MANUTEÇÃO Não requer o uso de base específica de mensuração. Requer a adoção do custo corrente como base de avaliação. A escolha da base depende do tipo de capital que a entidade procura manter. O lucro representa o aumento do capital físico no período. O capital é definido em termos de unidades monetárias nominais. Lucro representa o aumento do capital nominal no período. Quando a manutenção do capital é definido em termos de unidades de poder aquisitivo constante, o lucro representa o aumento do poder aquisitivo, no período, do capital investido. Somente a parcela do aumento dos preços dos ativos que exceder o aumento do nível geral de preços é considerada lucro. O restante é tratado como ajuste como parte integrante do patrimônio líquido. As mudanças nos preços são vistas como mudanças da capacidade física produtiva. Os ajustes para manutenção do capital são parte do patrimônio líquido e não lucro. A seleção das bases de mensuração e o conceito de manutenção de capital determinarão o modelo contábil a ser usado na preparação das demonstrações contábeis. Duas empresas, a Companhia 1 e a Companhia 2 iniciam suas atividades no dia 02.01.2003. Ambas fazem uma integralização de capital social em dinheiro no valor de $ 20. Além disso, atuam no mesmo ramo de negócio, comprando à vista o mesmo tipo de mercadorias pelo mesmo preço do mesmo fornecedor e vendendo à vista no mesmo mercado, também pelo mesmo preço. A única diferença entre as duas empresas reside na forma como elas consideram o lucro que pode ser distribuído aos seus investidores na forma de dividendos. A Companhia 1 considera em suas análises os preços históricos das transações. Ou seja, basicamente ela considera a manutenção do capital monetário. Ao final do dia 02.01.03, elas apresentam o seguinte balanço patrimonial. Quadro 1 Balanço Patrimonial em 02/01/2003 COMPANHIAS 1 e 2: Caixa 20 Capital 20 Já a Companhia 2 considera os preços de reposição, de tal forma que em suas análises considera a manutenção do capital físico. Ambas as empresas pagam os dividendos aos investidores logo após a transação de venda. 5

No dia seguinte, as duas empresas adquirirem duas unidades de mercadorias para o estoque, ao preço unitário de $ 10. A Companhia 2 decide que, a partir desse momento, buscará manter a capacidade de seu capital equivalente a duas unidades de mercadorias em estoque. Ao final do dia 03/01/03, elas apresentam o seguinte balanço patrimonial: Quadro 2 Balanço Patrimonial em 03/01/2003 COMPANHIAS 1 e 2: Estoque 20 Capital 20 No dia 15.01.03, por volta das nove horas da manhã, ambas as empresas vendem ao preço unitário de $ 20 as suas mercadorias em estoque. Após essa transação, Companhia 1 apresenta as seguintes demonstrações: Quadro 3 Balanço Patrimonial em 15/01/2003 Caixa 40 Capital 20 Lucros Acumulados 20 Total do ativo 40 Total do passivo 40 Quadro 4 DRE em 15/01/2003 Receita de vendas 40 (-) Custo das mercadorias vendidas (20) (=) Lucro líquido 20 Já a Companhia 2 apresenta as seguintes demonstrações contábeis, levando-se em conta que o preço de reposição das mercadorias nesse momento é de $ 20: Quadro 5 Balanço Patrimonial em 15/01/2003 Caixa 40 Capital 20 Lucros Acumulados 20 Total do ativo 40 Total do passivo 40 Quadro 6 DRE em 15/01/2003 Receita de vendas 40 (-) Custo de reposição das mercadorias vendidas (40) (=) Lucro bruto corrente 0 (+) Ganho na estocagem de mercadorias 20 Por volta do meio-dia, as empresas decidirem verificar quanto do lucro poderia ser distribuído aos investidores na forma de dividendos. Como a Companhia 1 considera para essa finalidade os custos históricos das transações, todo o lucro líquido apurado na venda é distribuído como dividendo, ou seja, $ 20. Após o pagamento dos dividendos, a empresa apresenta balanço patrimonial abaixo: Quadro 7 Balanço Patrimonial em 15/01/2003 Caixa 20 Capital 20 Lucros Acumulados 0 (=) Lucro líquido 20 A Companhia 2 tem como objetivo a manutenção de seu capital equivalente a duas unidades de mercadorias em estoque. Logo, em suas análises para a determinação do valor do lucro que pode ser distribuído como dividendo, a empresa somente pode pagar como dividendo a parcela do lucro que exceder o valor necessário a ser retido para garantir a manutenção da capacidade do capital equivalente às duas unidades de mercadorias em estoque, que devem ser consideradas pelo seu preço de reposição: Quadro 8 Demonstração do Lucro que pode ser Distribuído como Dividendo Capacidade do capital a ser mantida (2 unidades x $20/cada) 40 (-) Patrimônio líquido antes da transação 20 (=) Valor do lucro a ser retido para garantir a manutenção do capital 20 Lucro líquido 20 Logo, a Companhia 2 não distribui os dividendos, pois se assim fizesse teria comprometido a manutenção de seu capital. Nesse sentido, os lucros acumulados da empresa se constituem em uma espécie de reserva de manutenção da capacidade do capital da empresa. Por conta disso, o seu balanço patrimonial fica assim: Quadro 9 Balanço Patrimonial em 15/01/2003 Caixa 40 Capital 20 Lucros Acumulados 20 Total do ativo 40 Total do passivo 40 (=) Valor do lucro que pode ser distribuído como dividendo 0 6

Por volta das cinco horas da tarde, as empresas decidem comprar novamente mercadorias para o estoque. Nesse momento, o preço de reposição da mercadoria é de $ 20. Por esse motivo, a Companhia 1 consegue comprar apenas uma unidade de mercadorias para o estoque, de tal forma que, ao final do dia 15.01.03, ela apresenta o seguinte balanço patrimonial: Quadro 10 Balanço Patrimonial em 15/01/2003 Estoques 20 Capital 20 Lucros Acumulados 0 A Companhia 2 consegue com a sua disponibilidade de caixa comprar as duas unidades de estoque que garantem a manutenção de seu capital. O balanço patrimonial da empresa ao final do dia 15.01.03 é o seguinte: Quadro 11 Balanço Patrimonial em 15/01/2003 Estoques 40 Capital 20 Lucros Acumulados 20 Total do ativo 40 Total do passivo 40 No dia 31.01.03, por volta das dez horas da manhã, as empresas vendem seus estoques a um preço unitário de $ 30. As demonstrações contábeis da Companhia 1 são as seguintes: Quadro 12 Balanço Patrimonial em 31/01/2003 Caixa 30 Capital 20 Lucros Acumulados 10 Total do ativo 30 Total do passivo 30 Quadro 13 DRE em 31/01/2003 Receita de vendas 30 (-) Custo das mercadorias vendidas (20) (=) Lucro líquido 10 Já a Companhia 2 apresenta as seguintes demonstrações contábeis, considerando o custo unitário de reposição do estoque vendido de $ 25: Quadro 14 Balanço Patrimonial em 31/01/2003 Caixa 60 Capital 20 Lucros Acumulados 40 Total do ativo 60 Total do passivo 60 Quadro 15 DRE em 31/01/2003 Receita de vendas 60 (-) Custo de reposição das mercadorias vendidas (50) (=) Lucro bruto corrente 10 (+) Ganho na estocagem de mercadorias 10 (=) Lucro líquido 20 Por volta do meio-dia, as empresas decidem verificar o valor do lucro a ser pago como dividendo aos respectivos investidores. Na Companhia 1, todo o lucro líquido da transação é considerado como dividendo, e após o pagamento, a empresa apresenta o seguinte balanço patrimonial: Quadro 16 Balanço Patrimonial em 31/01/2003 Caixa 20 Capital 20 Lucros Acumulados 0 Na Companhia 2 verifica-se qual parcela do lucro do exercício excede a que deve ser retida para garantir a manutenção da capacidade do estoque considerado pelo preço de reposição: Quadro 17 Demonstração do Lucro que pode ser Distribuído como Dividendo Capacidade do capital a ser mantida (2 unidades x $25/cada) 50 (-) Patrimônio líquido antes da transação 40 (=) Valor do lucro a ser retido para garantir a manutenção do capital 10 Lucro líquido 20 (=) Valor do lucro que pode ser distribuído como dividendo 10 7

A empresa paga $ 10 de dividendos, e após isso, seu balanço patrimonial fica assim: Quadro 18 Balanço Patrimonial em 31/01/2003 Caixa 50 Capital 20 Lucros Acumulados 30 Total do ativo 50 Total do passivo 50 Ao final do dia, as empresas decidem comprar mercadorias para o estoque. Nessa data, o preço unitário de aquisição da mercadoria é de $ 25. A Companhia 1 não tem dinheiro suficiente em caixa para comprar sequer uma unidade para o estoque e como os investidores não querem capitalizar a empresa, é decidido pelo seu fechamento. Já a Companhia 2 possui dinheiro suficiente em caixa para comprar exatamente as duas unidades de mercadorias em estoque que garantem a manutenção da capacidade do capital. Por conta disso, ao final do dia 31.01.2003, a Companhia Dois apresenta o seguinte balanço patrimonial: Quadro 19 Balanço Patrimonial em 31/01/2003 Estoques 50 Capital 20 Lucros Acumulados 30 Total do ativo 50 Total do passivo 50 O que foi apresentado nesse exemplo é resumido a seguir: Ao final do mês a Companhia 1 encerra suas atividades, pois foi se descapitalizando ao longo do mês por conta da distribuição de dividendos acima do patamar mínimo que garantiria a continuidade de suas atividades. É claro que a Companhia 1 poderia ter obtido financiamento de terceiros, via banco ou via fornecedores, e ter continuado com suas operações. Entretanto, como o objetivo do exemplo é demonstrar o que pode acontecer pelo mau dimensionamento dos dividendos, optou-se por demonstrar o financiamento dos estoques via capital próprio. Deve-se observar que os custos de financiamento (que, por questões de ordem prática, não foram tratados nesse exemplo) através de capital próprio ou capital de terceiros, podem, inclusive, afetar toda a análise. Enquanto o custo do capital de terceiros for inferior ao custo do capital próprio, é perfeitamente lógico supor que uma empresa, dependendo do nível de aversão ao risco de endividamento por parte de seus investidores, tenderia a financiar suas operações com capitais de terceiros, o que faria, inclusive, com que a geração de valor para os seus investidores fosse potencializada. No caso da Companhia 2, justamente por levar em conta esse patamar, ela garante a continuidade de suas atividades. Assim, essa empresa somente distribui como dividendo o lucro que excede a parcela necessária para garantir a manutenção de seu capital. Como bem lembra Belli (1994, p.24), a sobrevivência das entidades econômicas dependerá, prioritariamente, da manutenção do capital. Nesse exemplo, por questões de ordem prática, trabalhou-se com um número reduzido de variáveis, de tal forma que não foram levados em conta inflação, impostos, despesas operacionais, financiamento de capital de giro, outros tipos de ativos além de estoques etc. Já outras variáveis foram consideradas, por assim dizer, de uma forma exagerada, como por exemplo, a variação positiva do preço da mercadoria, o fato de todas as compras e todas as vendas serem à vista, o momento e forma de cálculo dos dividendos. Na verdade, esse exemplo procurou isolar e demonstrar exatamente aquilo que ele objetiva, ou seja, como uma empresa pode se descapitalizar (haverá demonstração de situações diferentes adiante no artigo), comprometendo assim a sua continuidade, ao não observar alguns conceitos fundamentais relacionados à manutenção do capital. Assim, as simplificações e exageros se justificam. Por conta disso tudo, verifica-se a importância do dimensionamento mais adequado do montante de lucro que pode ser distribuído na forma de dividendos aos investidores de uma empresa, sem comprometer a capacidade (física) do capital, bem como a importância da utilização dos custos de reposição para essa finalidade. 8