ANÁLISE ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DE CORDEIROS EM CONFINAMENTO



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Transcrição:

ANÁLISE ECONÔMICA DA PRODUÇÃO DE CORDEIROS EM CONFINAMENTO Sidney Gomes Primos 1, Ricardo Ghantous Cervi 2, Geraldo de Nardi Junior 2 1 Aluno do curso de Tecnologia em Agronegócio da Faculdade de Tecnologia de Botucatu 2 Professor Dr. do curso de Tecnologia em Agronegócio da Faculdade de Tecnologia de Botucatu e-mail gjunior@fatecbt.edu.br 1 INTRODUÇÃO Os ovinos foram uma das primeiras espécies de animais domesticadas pelo homem. A sua criação possibilitava alimento, principalmente pelo consumo da carne e do leite, e proteção, pelo uso da lã que servia como abrigo contra as intempéries do ambiente (VIANA, 2008). No Brasil o total de cabeças encontra-se em torno de 17, 6 milhões distribuídas principalmente nas regiões as regiões Sul e Nordeste, principais regiões produtoras de ovinos, com respectivamente, 28,03% e 58,55% do número total de cabeças existentes. A região Centro-Oeste, apesar de contar com apenas 6,2% do rebanho nacional, apresentou aumento de mais de 59,47% do seu efetivo de ovinos no decênio de 1996/2006. Com a análise destes dados, observa-se uma movimentação nacional no rebanho ovino, com um ligeiro declínio do tradicional reduto sulista e visível crescimento na região nordeste (BARROS, 2010; IBGE, 2012). Segundo FAO (2007), o consumo brasileiro de carne ovina está entre 0,6 0,7 kg per capita ano, consumo esse considerado muito baixo ao comparar-se com o consumo de carne bovina, suína e de frango, que chegam a obter, conforme Tupy (2003), um consumo per capita no Brasil de 36,5 kg, 10,5 kg e 29,9 kg per capita ano respectivamente. Os países com maior consumo são Nova Zelândia (46,6 Kg), Austrália (18,4 Kg), Emirados Árabes (11,1 Kg) e Síria com 10,3 Kg per capta ano (FAO, 2012). De maneira geral, no Brasil adotam-se três tipos de sistema de produção convencionais, com suas respectivas particularidades segundo Garcia (2014): a) Extensivo: sistema praticado com baixo nível tecnológico, com baixa lotação animal/há (0,1 a 1 UA/ha) e os animais permanecem o ano todo, muitas vezes sem nenhuma suplementação alimentar. A baixa lotação acontece em todo território nacional que praticam a atividade em pastagens degradadas, geralmente tendo baixa rentabilidade na atividade;

b) Sistema semi extensivo: o sistema que adota médio nível tecnológico, com intermediária lotação animal/ha (1 a 3 UA/ha), sendo que os animais permanecem boa parte do ano todo em pastejo, recebendo algum tipo de suplementação em épocas críticas do ano ou para alguns animais que necessitam em função do estado fisiológico e maior exigência nutricional. c) Sistema intensivo: considerado sistema de confinamento, recebem dieta total no cocho, geralmente esse sistema é praticado em regiões que a terra tem alto valor comercial. Esse sistema tem boa produtividade e rentabilidade, entretanto tem um custo superior em função das tecnologias adotadas. A análise econômica da atividade produtiva pode ser realizada tomando por base os custos de produção e os preços de venda do produto distribuído na região produtora. Uma vez estruturado este fluxo de receitas e custos ao longo do tempo é possível a análise de variáveis tal como a remuneração obtida com a comercialização, além dos custo operacionais e totais. O resultado desta análise econômica pode gerar, ainda, os índices de análise quantitativa do ponto de equilíbrio (nivelamento) e a geração de diversos indicadores que podem auxiliar na análise de rentabilidade da unidade produtiva (CEPEA, 2014). O objetivo do trabalho foi realizar uma análise econômica de um sistema de produção de 50 cordeiros terminados em confinamento. 2 MATERIAL E MÉTODOS Foram estimados indicadores operacionais e econômicos de uma produção hipotética de 50 cordeiros em confinamento. Não foram levados em consideração o custo de aquisição da propriedade. Para estimar a implantação do sistema de terminação de cordeiros em confinamento foram determinados: o tamanho da área de confinamento, tempo de permanência dos animais confinados, custos para implantação do sistema, custos da alimentação e da aquisição dos animais além dos gastos com mão-de-obra. Tamanho da área de confinamento foi estimado 1,0 m² por animal (ALVES; VASCONCELOS, 2013). Tempo de permanência: os animais entrariam em confinamento entre 60 a 65 dias de idade (peso mínimo de 15 Kg), permaneceriam 60 dias confinados e seriam abatidos com média de 30 Kg (ALVES; VASCONCELOS, 2013). Raça idealizada foi a Suffolk por apresentar uma boa conversão alimentar e ganho de

peso (GARCIA, 2010). Tipo de instalação: foi idealizada uma instalação de chão batido com 50% de área coberta, 05 comedouros (com três metros de comprimento cada), 02 bebedouros, 01 cochos de sal, com cerca de arame liso de 400m (GARCIA, 2010). Alimentação: silagem de milho como volumoso e concentrado comercial disponível em casas agropecuárias. Foi idealizado fornecimento de 3% de concentrado por peso vivo e 2% de volumoso por peso vivo conforme Emediato,Melo (2010). A metodologia de custo de produção utilizada é a de Martin et al. (1998), a qual estabelece critérios de análise econômica de explorações agropecuárias por meio dos seguintes indicadores: Custo Operacional Efetivo (COE), que representa a somatória de todas despesas de custeio tais como: operações de mão-de-obra, material consumido na atividade entre outras; Custo Operacional Total (COT), o qual incorpora ao COE os custos com depreciação de máquinas, equipamentos e benfeitorias, despesas com assistência técnica, encargos diretos sobre a mão-de-obra, Contribuição Especial sobre a Seguridade Social Rural (CESSR), encargos financeiros e despesas de comercialização. Também foi determinada a receita bruta projetada da atividade pela multiplicação da quantidade animais produzidos em um ciclo pelo preço de venda. Por meio da metodologia proposta por Martin et al. (1998) foram estimados os seguintes indicadores econômicos: Margem Bruta (MB), Ponto de Nivelamento (PN), Preço de Equilíbrio (PE), Lucro Operacional (LO) e Índice de Lucratividade (IL). Para determinação desses indicadores foram realizadas cotações no mercado, bem como consultas à produtores rurais da região de Botucatu-SP. 3 RESULTADOSEDISCUSSÕES Foi projetada a terminação de 50cordeiros a cada 60 dias em sistema de confinamento. O total de área calculado foi de 50 m², com cobertura e cochos de água, comida e sal mineral, com cerca de arame liso. Alimentação a base de silagem de milho e concentrado comercial. Instalação e alimentação idealizada conforme literatura específica (GARCIA, 2010; ALVES; VASCONCELOS, 2013). Os resultados econômicos foram estruturados para a atividade considerando-se um ciclo de produção de 50 animais. Na Tabela 1 é destacado o custo operacional efetivo da atividade de terminação de ovinos.

Tabela1. Custo operacional efetivo Descrição R$ Custo com mão-de-obra 716,30 Custo com insumos 2.788,13 Custo com aquisição de animais 6.000,00 Total 9.504,43 Na Tabela 2 são apresentados os custos operacionais totais que agregam ao custo operacional efetivo encargos trabalhistas, contribuições sociais, encargos financeiros e despesas com assistência técnica. Tabela 2. Custo operacional total Descrição R$ Custo operacional efetivo 9.504,31 Encargos trabalhistas 236,38 Contribuição Especial de Seguridade Social Rural 664,70 Encargos financeiros 831,62 Despesas com assistência técnica 380,16 Total 11.617,17 A receita bruta da atividade foi estimada em R$ 14.450,00 onde foi considerado um preço de venda de R$ 289,00 por cabeça. Na Tabela 3 observa-se o custo total de produção, o qual adiciona ao custo operacional total os custos com depreciação de ativos imobilizados, juros sobre o capital investido e custos de conservação e risco. O investimento total da atividade foi estimado em R$ 18.000,00 o qual considera gastos com ativos fixos tais como: benfeitorias, além de materiais e utensílios necessários para iniciar a atividade de terminação de ovinos. O cálculo da depreciação dos ativos foi realizado por meio do método linear com uma projeção de 10 de vida útil. Os juros foram determinados considerando-se uma taxa anula de juros de 10% a.a. Já os gastos com conservação, seguro e taxas administrativas foram estimados em 2% do ativo total. Tabela 3. Custo total de produção Descrição R$ Custo operacional total 11.617,17 Custo com depreciação 270,00 Custo com juros 165,00 Custo com conservação e risco 60,00 Total 12.112,17 Na Tabela 4 são destacados os indicadores econômicos da atividade. Pode-se observar que a margem bruta se apresenta satisfatórios quando são considerados os custos efetivos,

operacionais e totais. O ponto de nivelamento indica a quantidade mínima de produção necessária para que os gastos se igualem à receita bruta da atividade, onde destaca-se o ponto de nivelamento sobre o custo total de produção de 42 duas cabeças. Tabela 4. Indicadores econômicos Descrição Valores Unidade Margem Bruta (COE) 52,03 % Margem Bruta (COT) 24,38 % Margem Bruta (CTP) 19,30 % Ponto de nivelamento (COE) 33 cabeças/ciclo 50 animais Ponto de nivelamento (COT) 40 cabeças/ciclo 50 animais Ponto de nivelamento (CTP) 42 cabeças/ciclo 50 animais Preço de equilíbrio (COE) 190,09 R$/cabeça Preço de equilíbrio (COT) 232,34 R$/cabeça Preço de equilíbrio (CTP) 242,24 R$/cabeça Lucro operacional 2.832,83 R$/ciclo 50 animais Índice de lucratividade 19,60 % O preço de equilíbrio indica a cotação mínima que o animal deverá ter no mercado para se igualar ao custo de produção como o preço de venda no mercado é de R$ 289,00 por cabeça isso indica que o produtor terá lucro com sua atividade Também observa-se que o índice de lucratividade projetado foi de 19,60% o qual é um resultado satisfatório para o produtor. 4 CONCLUSÕES Com base nos resultados obtidos pode-se dizer que a atividade te terminação de ovinos pode apresentar resultados favoráveis quando as condições técnicas de produção são otimizadas e, também, quando é complementada pelo melhor uso dos recursos econômicos disponíveis para o produtor rural 5 REFERÊNCIAS ALVES,J.U.; VASCONCELOS,V.R. Terminaçào de cordeiro.o BERRO,n 163,fev.2013 BARROS, E.E.L. Gestão em criatórios de ovinos e caprinos. 2010. Disponível em: <www.diadecampo.com.br/zpublisher/materias/materia.asp?id=21333&secao=colunas%20e%20atiigos.> Acessado em 15 de março 2015. CEPEA. Metodologia do índice de preços dos insumos utilizados na produção pecuária Brasileira. Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada - Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. 2010. 08 ago 2014. Disponível em: < www.cepea.esalq.usp.br>. Acesso em: 08 ago. 2014.

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