Obesidade: panorama brasileiro



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Transcrição:

Mesa Redonda Publicidade de alimentos dirigida ao público infantil IDEC e Instituto Alana São Paulo, 10 de março de 2009 Obesidade: panorama brasileiro Carlos A. Monteiro carlosam@usp.br Departamento de Nutrição, Faculdade de Saúde Pública Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde - NUPENS Universidade de São Paulo

A epidemia mundial de obesidade em crianças e adolescentes Evolução dos padrões de alimentação Impacto dos alimentos processados sobre a qualidade nutricional da dieta Pontos de entrada para o controle da obesidade: a necessidade de regular a publicidade de alimentos para crianças

Disponível em www.ibge.gov.br

Evolução da prevalência do excesso de peso em adolescentes (10-19 anos). Brasil 1975-2003 30 MENINOS MENINAS % 20 18 13,8 15,4 10 3,9 8,3 7,5 0 1975 1989 2003. 1975 1989 2003 FONTE: Monteiro e Conde in IBGE 2005

Evolução do excesso de peso em meninos 30 20% + RICOS 25,3 % 20 20% + POBRES 16,6 10 0 9,3 8 3,3 1,6 1975 1989 2003. 1975 1989 2003 FONTE: Monteiro e Conde in IBGE 2005

Evolução do excesso de peso em meninas 30 20% + RICAS % 20 10 20% + POBRES 9,9 10,3 8,1 4,6 17,8 17,6 0 1975 1989 2003. 1975 1989 2003 FONTE: Monteiro e Conde in IBGE 2005

Evolução dos padrões de alimentação: Quantidade Qualidade

TENDÊNCIA SECULAR DA DISPONIBILIDADE DE ALIMENTOS NO BRASIL 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 KCAL DIÁRIAS PER CAPITA 2330 3060 0 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1997 2000 2001-2003 FONTE: FAOSTAT NUPENS/USP

CALORIAS DISPONÍVEIS VS. CALORIAS NECESSÁRIAS Brasil 1965 e 1997 KCAL DIÁRIAS PER CAPITA 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 DISPONÍVEIS 234 kcal NECESSÁRIAS 2960 2330 2096 2328 1965 1997 632 kcal FONTE: ESTIMATIVAS DA FAO NUPENS/USP

ALIMENTOS PARA UMA SEMANA: FAMÍLIA TRADICIONAL DO BUTÃO

ALIMENTOS PARA UMA SEMANA: FAMÍLIA MEXICANA

ALIMENTOS PARA UMA SEMANA: FAMÍLIA AMERICANA DA CAROLINA DO NORTE:

Grupos de alimentos e sua participação no total de calorias disponíveis para consumo nos domicílios brasileiros (2002-2003)

Grupos de alimentos e sua participação no total de calorias disponíveis para consumo nos domicílios brasileiros (2002-2003) FRUTAS. LEGUMES E VERDURAS 2.4% Fonte: POF 2002/03 Carne/ Leite/Ovos 13,4% Cereais/ Feijão/ Tubérculos 26.8% Alimentos in natura ou minimamente processados 42,6%

Grupos de alimentos e sua participação no total de calorias disponíveis para consumo nos domicílios brasileiros (2002-2003) Alimentos processados/ Ingredientes 38,4% AÇÚCAR/ OLEO/GORDURA FARINHAS/ FÉCULAS/ MASSAS 38,4% FLV 2.4% Fonte: POF 2002/03 Carne/ Leite/Ovos 13,4% Cereais/ Feijão/ Tubérculos 26.8% Alimentos in natura ou minimamente processados 42,6%

Grupos de alimentos e sua participação no total de calorias disponíveis para consumo nos domicílios brasileiros (2002-2003) Alimentos processados/ Ingredientes 38,4% AÇÚCAR/ OLEO/GORDURA FARINHAS/ FÉCULAS/ MASSAS 38,4% PÃES/ BISCOITOS/ DOCES/SNACKS/ EMBUTIDOS/ REFRIGERANTES/ COMIDA PRONTA 18,9% Alimentos processados/ prontos para consumo 18,9% FLV 2.4% Fonte: POF 2002/03 Carne/ Leite/Ovos 13,4% Cereais/ Feijão/ Tubérculos 26.8% Alimentos in natura ou minimamente processados 42,6%

Grupos de alimentos e sua participação no total de calorias segundo a renda familiar (2002-2003)

Grupos de alimentos e sua participação no total de calorias disponíveis para consumo nos domicílios brasileiros (2002-2003) 20% MAIS POBRES GRUPO 2: ALIMENTOS PROCESSADOS/ INGREDIENTES 43,1% GRUPO 3: ALIMENTOS PROCESSADOS/ PRONTOS PARA CONSUMO 10.0% Fonte: POF 2002/03 GRUPO 1: ALIMENTOS "IN NATURA" OU MINIMAMENTE PROCESSADOS 46,9%

Grupos de alimentos e sua participação no total de calorias disponíveis para consumo nos domicílios brasileiros (2002-2003) 20% MAIS RICOS GRUPO 2: ALIMENTOS PROCESSADOS/ INGREDIENTES 31,3% GRUPO 3: ALIMENTOS PROCESSADOS/ PRONTOS PARA CONSUMO 31,7% Fonte: POF 2002/03 GRUPO 1: ALIMENTOS "IN NATURA" OU MINIMAMENTE PROCESSADOS 36,9%

Variação temporal na participação de grupos de alimentos no total de calorias nas áreas metropolitanas do Brasil (1975-2003)

Participação de alimentos prontos para consumo no total de calorias em áreas metropolitanas do Brasil % DAS CALORIAS TOTAIS 20 15 10 5 BISCOITOS DOCES EMBUTIDOS QUEIJOS REFRIGERANTES COMIDA PRONTA 0 1975 1988 1996 2003 FONTE: POF/IBGE 2002/03

Participação de frutas e hortaliças no total de calorias em áreas metropolitanas do Brasil % OF TOTAL KCAL 20 FRUTAS HORTALIÇAS 15 10 5 0 1975 1987 1996 2003 FONTES: POFs DO IBGE

Participação de arroz e feijão no total de calorias em áreas metropolitanas do Brasil % OF TOTAL KCAL 30 25 ARROZ FEIJÃO 20 15 10 5 0 1975 1987 1996 2003 FONTES: POFs DO IBGE

Características intrínsecas dos alimentos prontos para consumo 1) Possuem prolongado prazo de validade 2) Podem ser acondicionados em embalagens de diferentes formas e tamanhos. 3) Dispensam preparação culinária (fast foods) Diferentemente dos demais alimentos, podem ser encontrados em toda parte e podem ser consumidos em qualquer hora e qualquer lugar! Induzem padrões não saudáveis de alimentação

Características intrínsecas dos alimentos prontos para consumo 4) São produtos únicos ( marcas registradas ) que viabilizam campanhas publicitárias que agregam valor aos produtos, criando consumidores fiéis e permitindo enormes margens de lucro que são reinvestidas em novos produtos e novas estratégias de marketing gerando mais consumidores em um ciclo virtuoso para a indústria e para os padrões não saudáveis de alimentação favorecidos por esses alimentos.

Pontos de entrada para o controle da obesidade

PONTOS DE ENTRADA PARA O CONTROLE DA OBESIDADE 3 Idade, sexo, genética, fatores perinatais A M B I E N T Conhecimentos, hábitos, emoções e atitudes em relação a alimentaçã o, atividade física e saúde 2 Auto regulação consciente ALIMEN TAÇÃO ATIVI- DADE FÍSICA Auto regulação involuntár ia Input de energia 1 Output de Balanço energético Depósitos de gordura E energia

Intervenções para modificar o ambiente Regulação da natureza e quantidade do marketing de alimentos dirigido a crianças. Regulação dos tipos de alimentos e bebidas comercializados nas cantinas escolares Provisão de incentivos econômicos para a produção e comercialização de frutas e hortaliças

Intervenções para modificar o ambiente Planejamento urbano que promova o transporte ativo (caminhada ou bicicleta) ou o uso de transporte publico no deslocamento para a escola. Provisão de ciclovias e iluminação de ruas e praças nos bairros Provisão de áreas de recreação de qualidade

Outros impactos do crescimento do consumo dos alimentos prontos para consumo - na cultura - no meio ambiente

Princípios de Sydney para reduzir o marketing de alimentos para crianças 1. APOIAR OS DIREITOS DA CRIANÇA a uma alimentação saudável. 2. PROTEGER AS CRIANÇAS da exploração comercial. 3. SER MANDATÓRIO para assegurar um alto nível de proteção. 4. ADOTAR UMA DEFINIÇÃO ABRANGENTE DE PROMOÇÃO COMERCIAL para dar conta de todos tipos de publicidade 5. GARANTIR LOCAIS LIVRES DE PUBLICIDADE (escola, etc) 6. INCLUIR CROSS-BORDER MEDIA em acordos internacionais 7. AVALIAR, MONITORAR E FAZER CUMPRIR as regulações