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05/02/2013 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES

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Transcrição:

RECURSO ESPECIAL Nº 1.210.046 - PR (2010/0151946-8) RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES RECORRENTE : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL RECORRIDO : ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA APPA ADVOGADO : THAIS GOCHI PINTO E OUTRO(S) EMENTA PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. VIOLAÇÃO DOS ARTS. 267, I, E 295, I, E PARÁGRAFO ÚNICO, II, DO CPC. INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL. NÃO OCORRÊNCIA. PEDIDO QUE DECORRE DA FUNDAMENTAÇÃO DA EXORDIAL. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. AFERIÇÃO DAS ATIVIDADES DA ENTIDADE PARA FINS DE CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 7 DO STJ. 1. Quando o pedido decorre dos fundamentos da petição inicial, afasta-se sua inépcia. Assim, se a questão relativa à imunidade tributária é suficiente para afastar qualquer imposto, é irrelevante que na inicial a autarquia executada tenha se referido apenas ao Imposto de Renda, a despeito de a execução tratar de Imposto de Importação e Imposto sobre Produtos Industrializados. 2. No que tange à aferição da vinculação dos fatos geradores dos impostos às atividades essenciais ou típicas da autarquia, não é possível conhecer do recurso especial, seja em razão da impossibilidade de revolvimento de matéria fático probatória, nos termos da Súmula n. 7 desta Corte, seja por impossibilidade de supressão de instância. 3. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos esses autos em que são partes as acima indicadas, acordam os Ministros da SEGUNDA TURMA do Superior Tribunal de Justiça, na conformidade dos votos e das notas taquigráficas, o seguinte resultado de julgamento: "A Turma, por unanimidade, conheceu em parte do recurso e, nessa parte, negou-lhe provimento, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)." Os Srs. Ministros Cesar Asfor Rocha, Castro Meira, Humberto Martins (Presidente) e Herman Benjamin votaram com o Sr. Ministro Relator. Brasília (DF), 21 de outubro de 2010. MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES, Relator Documento: 1014158 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/11/2010 Página 1 de 7

RECURSO ESPECIAL Nº 1.210.046 - PR (2010/0151946-8) RELATOR : MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES RECORRENTE : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL RECORRIDO : ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA APPA ADVOGADO : THAIS GOCHI PINTO E OUTRO(S) RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES (Relator): Cuida-se de recurso especial manejado pela Fazenda Nacional com fundamento na alínea "a" do permissivo constitucional contra acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região que, por unanimidade, acolheu os embargos declaratórios, com efeitos infringentes, para anular a sentença, resumido da seguinte forma (fl. 851): único, II, do CPC. TRIBUTÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. AUTARQUIA ESTADUAL. IMUNIDADE RECÍPROCA. ATIVIDADES TÍPICAS. COMPROVAÇÃO. AUSÊNCIA. SENTENÇA. ANULAÇÃO POSSIBILIDADE. 1 - A imunidade recíproca dos entes políticos abrange suas autarquias, relativamente às suas ações ou atividades típicas. Precedentes desta Corte. 2 - Inviável adentrar-se no exame do mérito de demanda, quando seu deslinde dependa de documentação carreada aos autos e que não foi analisada pela instância antecessora, sob pena de macular-se, acaso assim se proceda, o devido processo legal e, por via reflexa, a ampla defesa e o contraditório. Nas razões recursais, a recorrente alega violação dos arts. 267, I e 295, I e parágrafo Sustenta, em síntese, que é inepta a petição inicial dos embargos à execução contra a Fazenda Pública, ora recorrida, na qual as alegações foram quanto ao Imposto de Renda retido na fonte, em especial sobre a incidência do art. 734 do RIR/94, ao passo que a execução embargada diz respeito ao Imposto de Importação e ao Imposto sobre Produtos Industrializados. Aduz que, a despeito da oportunização da emenda à inicial, a embargante não procedeu à correção do vício de inépcia, razão pela qual pleiteia o indeferimento da exordial - eis que da leitura dos fatos não decorre logicamente a conclusão, nos termos dos arts. 267, I, 295, I, e parágrafo único, II, do CPC. Requer o conhecimento e provimento do presente recurso especial. Documento: 1014158 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/11/2010 Página 2 de 7

Contrarrazões às fls. 862/870. O presente recurso especial foi admitido na origem, subindo os autos a esta Corte e vindo-me conclusos. É o relatório. Documento: 1014158 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/11/2010 Página 3 de 7

RECURSO ESPECIAL Nº 1.210.046 - PR (2010/0151946-8) EMENTA PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. VIOLAÇÃO DOS ARTS. 267, I, E 295, I, E PARÁGRAFO ÚNICO, II, DO CPC. INÉPCIA DA PETIÇÃO INICIAL. NÃO OCORRÊNCIA. PEDIDO QUE DECORRE DA FUNDAMENTAÇÃO DA EXORDIAL. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. AFERIÇÃO DAS ATIVIDADES DA ENTIDADE PARA FINS DE CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 7 DO STJ. 1. Quando o pedido decorre dos fundamentos da petição inicial, afasta-se sua inépcia. Assim, se a questão relativa à imunidade tributária é suficiente para afastar qualquer imposto, é irrelevante que na inicial a autarquia executada tenha se referido apenas ao Imposto de Renda, a despeito de a execução tratar de Imposto de Importação e Imposto sobre Produtos Industrializados. 2. No que tange à aferição da vinculação dos fatos geradores dos impostos às atividades essenciais ou típicas da autarquia, não é possível conhecer do recurso especial, seja em razão da impossibilidade de revolvimento de matéria fático probatória, nos termos da Súmula n. 7 desta Corte, seja por impossibilidade de supressão de instância. 3. Recurso especial parcialmente conhecido e, nessa parte, não provido. VOTO O SENHOR MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES (Relator): A irresignação não merece acolhida. Discute-se nos autos se a petição inicial dos embargos à execução contra a Fazenda Pública, ora recorrida, é ou não inepta. Os artigos tidos por violados dispõe que: Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito: (Redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005) I - quando o juiz indeferir a petição inicial; Art. 295. A petição inicial será indeferida: (Redação dada pela Lei nº 5.925, de 1º.10.1973) I - quando for inepta; Parágrafo único. Considera-se inepta a petição inicial quando: II - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão; O Tribunal a quo, em sede de embargos de declaração - com efeitos infringentes - anulou a sentença para afastar a tese de inépcia da petição inicial dos embargos à execução, uma Documento: 1014158 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/11/2010 Página 4 de 7

vez que a questão da imunidade tributária recíproca tornava irrelevante o imposto discutido na peça, eis que todos eles estariam abrangidos pelo benefício fiscal, desde que os fatos geradores estivessem vinculados às atividades essenciais ou típicas da entidade. Por essas razões aquela Corte determinou o retorno dos autos à origem para que fosse analisada a documentação acostada aos autos quanto às atividades da autarquia executada. Penso que o aresto guerreado não merece reforma. É que, quando o pedido decorre dos fundamentos da inicial, afasta-se sua inépcia. Assim, se a questão relativa à imunidade tributária é suficiente para afastar qualquer imposto, é irrelevante que na inicial a autarquia executada tenha se referido apenas ao imposto de renda, a despeito de a execução tratar de Imposto de Importação e Imposto sobre Produtos Industrializados. Nesse sentido: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OFENSA AO ART. 535 DO CPC NÃO CONFIGURADA. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. ANÁLISE DE OFENSA A DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL. INVIABILIDADE. INÉPCIA DA INICIAL AFASTADA. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. ATO OMISSIVO DA ADMINISTRAÇÃO. CONDENAÇÃO EM DANOS MATERIAIS. CABIMENTO. VIOLAÇÃO A DISPOSITIVO DE LEI ESTADUAL. IMPROPRIEDADE. NÃO-CONHECIMENTO. FUNDAMENTO NÃO IMPUGNADO. SÚMULA 283/STF. PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL. ART. 1º DO DECRETO 20.910/32. MENOR IMPÚBERE. INAPLICABILIDADE. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DE DISPOSITIVO LEGAL VIOLADO. SÚMULA 284/STF. 1. Incabível ao STJ a análise de supostas ofensas a dispositivos constitucionais, sob pena de usurpação da competência atribuída ao STF. 2. A solução integral da controvérsia, com argumento suficiente, não caracteriza ofensa ao art. 535 do CPC. 3. Inépcia da inicial afastada, pois decorre de seus fundamentos o pedido formulado. 9. Recurso Especial parcialmente conhecido e, nessa parte, não provido. (REsp 1.191.462/ES, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma, DJe 14/09/2010 - grifei). No que tange à aferição da vinculação dos fatos geradores dos impostos às atividades essenciais ou típicas da autarquia, não é possível conhecer do recurso especial, seja em razão da impossibilidade de revolvimento de matéria fático probatória nos termos da Súmula n. 7 desta Corte, seja por impossibilidade de supressão de instância. Documento: 1014158 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/11/2010 Página 5 de 7

Pelas razões expostas, CONHEÇO PARCIALMENTE do recurso especial e, nessa parte, NEGO-LHE PROVIMENTO. É como voto. Documento: 1014158 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/11/2010 Página 6 de 7

CERTIDÃO DE JULGAMENTO SEGUNDA TURMA Número Registro: 2010/0151946-8 REsp 1.210.046 / PR Números Origem: 200470080022694 200570080001440 PAUTA: 21/10/2010 JULGADO: 21/10/2010 Relator Exmo. Sr. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES Presidente da Sessão Exmo. Sr. Ministro HUMBERTO MARTINS Subprocurador-Geral da República Exmo. Sr. Dr. CARLOS EDUARDO DE OLIVEIRA VASCONCELOS Secretária Bela. VALÉRIA ALVIM DUSI AUTUAÇÃO RECORRENTE : FAZENDA NACIONAL PROCURADOR : PROCURADORIA-GERAL DA FAZENDA NACIONAL RECORRIDO : ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE PARANAGUÁ E ANTONINA APPA ADVOGADO : THAIS GOCHI PINTO E OUTRO(S) ASSUNTO: DIREITO TRIBUTÁRIO - Limitações ao Poder de Tributar - Imunidade CERTIDÃO Certifico que a egrégia SEGUNDA TURMA, ao apreciar o processo em epígrafe na sessão realizada nesta data, proferiu a seguinte decisão: "A Turma, por unanimidade, conheceu em parte do recurso e, nessa parte, negou-lhe provimento, nos termos do voto do(a) Sr(a). Ministro(a)-Relator(a)." Os Srs. Ministros Cesar Asfor Rocha, Castro Meira, Humberto Martins (Presidente) e Herman Benjamin votaram com o Sr. Ministro Relator. Brasília, 21 de outubro de 2010 VALÉRIA ALVIM DUSI Secretária Documento: 1014158 - Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 05/11/2010 Página 7 de 7