1. Titulo: CUIDADOS PÓS- EXTRAVASAMENTO DE CONTRASTE 2. Definição: Escape das drogas (vesicantes) do vaso sanguíneo para os tecidos circunjacentes, onde seus efeitos tóxicos locais variam podem causar: dor, necrose tissular ou descamação de tecido. 3. Objetivos: Proporcionar padronização e qualidade do atendimento, garantindo segurança técnica e satisfação do cliente. 4. Indicação: Clientes que apresentarem extravasamento de contraste venoso nos procedimentos de tomografia computadorizada e ressonância magnética. 4.1. Contra-indicação: Ausência de infiltração por contraste venoso. 5. Responsáveis: Médicos e Enfermeiros. 6. Orientações: Pré Procedimento: Preenchimento do Termo de Consentimento Informado para Tomografia Computadorizada e/ou Ressonância Magnética; Levantamento prévio dos possíveis fatores de risco ao procedimento e condições do cliente; Orientar características do exame como: preparo, tempo de sala, possíveis reações ao contraste; Esclarecer a importância do acesso venoso de bom calibre para a realização do exame.
Pós Procedimento: Cuidados com local da punção venosa; Fornecer formulário -F_IMAG_005_EXTRAVASAMENTO_DE_CONTRASTE- com orientação de cuidados pós-extravasamento (assinar as duas vias). Monitorar diariamente a evolução do extravasamento através de contato telefônico com o cliente. 7. Frequência: Toda vez que o cliente apresentar extravasamento de contraste. 8. Materiais: Notificação de eventos adversos no sistema MV(NSP); Bolsa de Gelo, ou saco plástico para acondicionar o gelo; Compressa não estéril/perfex para proteger a pele da exposição direta do gelo; Terapia medicamentosa local, quando indicada e avaliada pelo Médico. 9. Passos do Processo: 9.1 Equipe de Enfermagem: Realizar punção venosa conforme IT_001_ASCESSO_VENOSO_PERIFERICO; Interromper imediatamente a infusão de contraste venoso assim que for observado o extravasamento; Retirar o cateter intravenoso, observar o local e elevar o membro ao nível do coração; Proteger a pele do cliente com compressa/perfex para evitar queimadura com o gelo; Aplicar gelo sobre o local por um tempo mínimo de 15 a 30 minutos; Solicitar avaliação do médico do plantão; Checar alterações de perfusão (redução do enchimento capilar local ou distal ao sítio onde foi feita infusão);
Observar extensão e presença de bolha no local do extravasamento; Questionar sobre possíveis alterações de sensibilidade distal ao extravasamento; Orientar em relação aos cuidados domiciliares como: aplicação de compressa fria no local por 30 minutos, três (3) vezes ao dia, durante três (3) dias ou até que o edema desapareça, conforme o formulário - F_IMAG_005_EXTRAVASAMENTO_DE_CONTRASTE assinar as duas vias e anexar uma via em documento de prontuário; Liberar o cliente e orientá-lo a manter contato telefônico com a Unidade de Diagnóstico por Imagem, nos telefone: 3403-5519 ou 3403-5411, falar com o Enfermeiro do plantão, em caso de dor residual, vermelhidão cutânea, alteração de temperatura no sítio do extravasamento; Manter contato telefônico diário até a resolução completa da lesão. 9.2 Médicos: Avalia a lesão e prescreve medicações se necessário, da alta juntamente com a equipe de Enfermagem. 10. Considerações gerais: Sempre que houver infiltração de contraste venoso, registrar no sistema MV a notificação de evento adverso (NSP) e arquivar os dados em documento de prontuário; Anotar na evolução de enfermagem o extravasamento, bem como, os cuidados e as orientações fornecidas ao cliente/família; Tentar mensurar volume extravasado, pois quanto maior o volume maior o risco de lesão; Evitar punção no dorso da mão e punho; Obs: As taxas de infiltração por contraste com dispositivo tipo jelco de calibre 18G e 20G são de 0,3%, para calibres menores de 22G o risco de extravasamento é aumentado; Solicitar avaliação da equipe Cirúrgica nas seguintes situações: volume extravasado maior que 30 ml, formação de bolhas na pele, perfusão tissular alterada, aumento da dor após 2/4 horas (estes são
sintomas de síndrome compartimental). 11. Padrões de prática: Ausência de EA: taxa de extravasamento de contraste menor que 1%. 12. Pontos Críticos/Riscos: Ausência de acesso venoso viável; Punções múltiplas; Fragilidade e calibre vascular, diabéticos e outras arteriopatias do cliente; Idade dos clientes: crianças e idosos; Clientes emagrecidos ou caquéticos; Clientes muito obesos ou edemaciados; Complicações pós-procedimento; O extravasamento contra-indica o exame. 13. Ações Corretivas: Suspensão imediata da injeção de contraste venoso; Em adultos utilizar sempre os jelcos de nº 18 ou 20, os de calibre menor estão contra-indicados, exceto em crianças; Não puncionar mais que 3 (três) vezes; Realizar no máximo duas tentativas em cada membro; Em caso de extravasamento de contraste subcutâneo realizar medidas de contenção imediatas à infiltração, orientações sobre cuidados pós- procedimento e ainda, cuidados domiciliares. 14. Indicadores de qualidade: Taxas de complicações < 1%.
15. Periodicidade de Treinamento: Admissão e sempre que necessário. 16. Registro: Ficha de Eventos Adversos (NSP); Anotação de Enfermagem em documento de prontuário. 17. Referências: NISCIMURA, L. Y.; POTENZA, M. M.; CESARETTI, I.U. Enfermagem nas Unidades de diagnóstico por imagem- Aspectos Fundamentais. Ed. Atheneu, São Pulo, 1999. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia para exames de Tomografia Computadorizada, 2005. Revista Latino Americana de Enfermagem vol. 18 no. 4 Ribeirão Preto July/Aug.2010 ( Scielo) Artigos/Articles- Extravasamento de Drogas Antineoplásicas- Notificação e Cuidados Prestados. Revista Brasileira de Cancerologia, 2001,47(2): 143-51. http://ddi.unifesp.br/media/uploads/abdome/aulas/extravasamento%20de%20contraste%20- %20como%20prevenir%20e%20tratar%20-%2009-2010%20- %20Prof%20Dr%20Giuseppe%20DIppolito.pdf Dados do Documento: Data: Elaboração: Marinez K. Armendaris 16/09/2009 Revisão: Juliana Chaves Fernandes e Letícia Machado Oliveira 08/2014 Aprovação: Maria do Rosário D. M. Wanderley 08/2014