Esta área é muito importante para os adolescentes e jovens da nossa Cidade dos Direitos porque representa a entrada no mundo do trabalho profissional. O acesso a este mundo deve ser garantido a todos e o nosso esforço é no sentido de formar e capacitar os jovens para que dêem início a seu caminho profissional. Aqui é muito importante conhecermos a lei: o ECA, a LDB e a CLT são importantes referenciais. A Lei do Aprendiz é fundamental nos esclarecimentos, além do decreto 2208/97. A educação profissional é complementar à formação geral e dividida em três níveis: básico, técnico e tecnológico que, são executados na Cidade, respectivamente, pela ONG Centro de Profissionalização, Cidadã, pela Escola Técnica e Faculdade Tecnológica. E antes que eu me esqueça, não é nunca demais repetir a campanha que o Conselho Tutelar da Cidade dos Direitos vem promovendo junto à população: Trabalho de criança é na sala de aula: da erradicado do trabalho infantil à inserção no universo escolar. Vamos conhecer melhor isso visitando a rua? Conheça o Sr. Trabalhildo, diretor do Programa de Educação Profissional. Escola Técnica Leonardo da Vinci Rua da Profissionalização Municipalino: Aqui estamos na Rua da Profissionalização!! Olá, meu nome é Profº. Trabalhildo e sou o responsável pelo ensino profissional na Cidade dos Direitos. A Cidade dos Direitos conta com uma escola profissionalizante para preparar nossos jovens para atuarem no mercado de trabalho. A desvinculação entre o ensino médio e o profissionalizante ajudou a flexibilizar a estrutura e o currículo da escola técnica. A nova lei exige que as escolas técnicas, que anteriormente ofereciam um currículo único e integrado optassem por oferecer ambos os cursos - médio e técnico - separadamente ou só um deles. A Cidade dos Direitos optou por ter uma escola exclusivamente destinada a educação profissional.
Essa mudança fez com que todos os jovens tivessem que estar cursando ou já ter concluído o ensino médio para poder cursar o técnico. Isso significa dizer que um curso técnico oferecido pode ser paralelo ou seqüencial ao ensino médio. A conclusão do curso profissionalizante só poderá ocorrer se o estudante concluir o ensino médio. A Cidade dos Direitos se orgulha de oferecer uma educação completa aos seus jovens. Faculdade Tecnológica da Cidade dos Direitos Os jovens que gostam da área técnica têm educação garantida na Cidade dos Direitos. A faculdade de tecnologia é destinada aos jovens que concluíram o ensino médio e querem fazer um curso de graduação para se tornarem técnicos na área de seu interesse. Os futuros tecnólogos poderão trabalhar na aplicação, desenvolvimento e difusão de tecnologias, além da gestão de processos de produção de bens e serviços. Para nossos jovens, essa formação significa oportunidade para o futuro. Para a Cidade, isso significa desenvolvimento. Centro de Profissionalização Cidadã O Centro de Profissionalização Cidadã (CPC) é uma ONG que proporciona educação profissional de nível básico aos jovens, além de oferecer cursos para toda a comunidade. A entidade oferece cursos em diversas áreas e as exigências para matrícula são distintas: alguns exigem o ensino fundamental completo, outros não possuem nenhum pré-requisito, apenas a vontade de aprender. Ao final do curso a entidade fornece aos estudantes um certificado de qualificação profissional. Para a juventude que freqüenta o CPC, além de ensinarem um ofício, os cursos contribuem para a formação da cidadania!
Programa Aprendiz e Programa de Estágio Empresa Privada As empresas privadas da Cidade dos Direitos adotaram o programa de aprendiz e o programa de estágio, oferecendo oportunidades para nossos jovens praticarem o que aprendem na escola. Os aprendizes são jovens de 14 a 18 anos que estão cursando ou já concluíram o ensino médio ou fundamental. Eles recebem salário e possuem todos os direitos trabalhistas, pois são vinculados à CLT. A Lei do Aprendiz (Lei 10.097, regulamentada no fim de 2001) obriga as empresas de médio e grande porte a ter de 5% a 15% de aprendizes no total de empregados. Em contrapartida, há uma redução na alíquota do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) destas empresas. A empresa contrata o aprendiz e tem obrigação de lhe proporcionar uma formação técnico-profissional. Para isso, matricula os jovens em um dos cursos do Sistema Nacional de Aprendizagem (Sesi, Senai, Senac) ou em programas de formação de ONGs. A Cidade dos Direitos faz questão de fiscalizar rigorosamente o cumprimento dessas regras! Já os estudantes de nível superior, 2º grau profissionalizante e supletivo fazem programas de estágio, o qual não cria nenhum vínculo empregatício, mas estes estudantes são segurados contra acidentes pessoais. Mais uma ação de inclusão para os jovens da Cidade dos Direitos. Secretaria do Trabalho A Lei do Aprendiz é a lei que regulamenta o trabalho do adolescente aprendiz. A seguir os artigos do ECA, da LDB e da Constituição Federal sobre a área da Profissionalização e Proteção ao Trabalho. ECA (Lei 8069/90) Livro I- Parte Geral Titulo II dos Direitos Fundamentais Capítulo V Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho Art. 60 É proibido qualquer trabalho a menores de 14 (quatorze) anos de idade, salvo na condição de aprendiz.
Art. 61 A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação especial, sem prejuízo do disposto nesta Lei. Art. 62 Considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor. Art. 63 A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios: I garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino regular; II atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente; III horário especial para o exercício das atividades. Art. 64 Ao adolescente até 14 (quatorze) anos de idade é assegurada bolsa de aprendizagem. Art. 65 Ao adolescente aprendiz, maior de 14 (quatorze) anos, são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários. Art. 66 Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido. Art. 67 Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado trabalho: I noturno, realizado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte; II perigoso, insalubre ou penoso; III realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social; IV realizado em horários e locais que não permitam a freqüência à escola. Art. 68 O programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob responsabilidade de entidade governamental ou não-governamental sem fins lucrativos, deverá assegurar ao adolescente que dele participe condições de capacitação para o exercício de atividade regular remunerada. 1º Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em que as exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social do educando prevalecem sobre o aspecto produtivo. 2º A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação na venda dos produtos de seu trabalho não desfigura o caráter educativo. LDB (Lei 9394/96) Titulo V - Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino Capítulo III - Da Educação Profissional Os artigos 39 a 42 da LDB dedicam-se a falar sobre a profissionalização. Art. 39 - A educação profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduz ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. Parágrafo Único O aluno matriculado ou egresso do ensino fundamental, médio e superior, bem como o trabalhador em geral, jovem ou adulto, contará com a possibilidade de acesso à educação profissional. Art. 40 A educação profissional será desenvolvida em articulação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educação continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho. Art. 41 O conhecimento adquirido na educação profissional, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação, reconhecimento e certificação para prosseguimento ou
conclusão de estudos. Parágrafo Único Os diplomas de cursos de educação profissional de nível médio, quando registrados, terão validade nacional. Art. 42 As escolas técnicas e profissionais, além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais, abertos à comunidade, condicionada a matrícula à capacidade de aproveitamento e não necessariamente ao nível de escolaridade. Constituição Federal de 1988 Livro I- Parte Geral Titulo II - Dos Direitos Fundamentais Capítulo V Do Direito à Profissionalização e à Proteção no Trabalho O artigo 214 da Constituição Federal dedica-se a falar sobre a profissionalização. Art. 214 A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Público que conduzam à: I erradicação do analfabetismo; II universalização do atendimento escolar; III melhoria da qualidade do ensino; IV formação para o trabalho; V promoção humanística, científica e tecnológica do País.