EC 87/15 1. Quais as operações abrangidas pela EC nº 87/15, de 16/04/2015? As operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final não contribuinte do ICMS, localizado em outra UF. Com a entrada em vigor da Emenda Constitucional nº 87/15, que alterou os incisos VII e VIII do 2º do art. 155 o Estado de destino, onde está localizado o consumidor final, passará a receber o valor do diferencial de alíquota. 2. Como se dará a repartição do imposto? A fórmula para se calcular o imposto devido às UFs de origem e de destino está explicitada no Convênio ICMS 93/15, em seu 1º-A da Cláusula segunda: ICMS origem = BC x ALQ inter ICMS destino = [BC x ALQ intra] - ICMS origem Onde: BC = base de cálculo do imposto, observado o disposto no 1º; ALQ inter = alíquota interestadual aplicável à operação ou prestação; ALQ intra = alíquota interna aplicável à operação ou prestação no Estado de destino. 3. Esse imposto será repartido a cada operação? Sim, mas só será recolhido até o 15 o dia do mês subsequente à saída do bem ou ao início da prestação de serviço, pelos contribuintes estabelecidos em outras UFs, que solicitaram Inscrição Estadual no RN para fins de repartição do ICMS nas Vendas Interestaduais a Consumidor Final (EC 87/15). 4. Como obter a Inscrição Estadual para fins de repartição do ICMS nas Vendas Interestaduais a Consumidor Final (EC 87/15)? Essa Inscrição Estadual substituta para fins de repartição do ICMS nas Vendas Interestaduais a Consumidor Final (EC 87/15) será concedida de forma simplificada. Basta acessar o "PGD - Programa Gerador de Documentos do CNPJ", por meio do evento "602 - Inscrição de Substituto Tributário no Estado", indicando o número de inscrição no Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Estado da Tributação 1
CNPJ do estabelecimento localizado em outra unidade federada a ser inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS deste Estado; Encaminhar à SIEFI/SET o Termo de Compromisso conforme Anexo 190 do RICMS/RN, bem como a documentação prevista no art. 668-E: cópia autenticada do instrumento constitutivo da empresa devidamente atualizado, e quando se tratar de sociedade por ações, também da ata da última assembleia de designação ou eleição da diretoria; comprovante de Inscrição e de Situação Cadastral no CNPJ; cópia autenticada do CPF e RG, do titular ou dos sócios, ou responsáveis, salvo em se tratando de sociedade anônima, em que devem ser identificados os principais diretores ou acionistas; documento de identificação do contador ou da organização contábil; certidão negativa de débitos para com a Fazenda Pública Estadual. O contribuinte, no prazo de 30 dias da concessão da inscrição estadual como substituto tributário faça adesão ao Domicílio Tributário Eletrônico (DTE), sob pena de ter sua inscrição declarada inapta, caso não seja observado este procedimento. 5. Como se dará o Recolhimento do ICMS para a UF Destino? Os efetivos recolhimentos do ICMS para UF Destino podem ocorrer de duas formas básicas: 1) Mediante GNRE por Documento Fiscal (NF-e), respeitado o recolhimento em separado do Adicional FECOP, quando existir: - Neste caso, para cada NF-e emitida em operação interestadual de Venda a Consumidor Final, deverá ser efetuado o recolhimento mediante GNRE. Atentar para o caso de haver o adicional de alíquota destinada ao Fundo de Combate à Pobreza (FECOP), pois neste caso será necessária a emissão de uma GNRE específica para o FECOP. 2) Mediante GNRE de Apuração Mensal, desde que o Emitente seja cadastrado junto à UF do Destinatário, respeitado o recolhimento em separado do Adicional FECOP, quando existir: Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Estado da Tributação 2
- Neste caso, o Emitente fará apuração de todas as operações durante o mês para cada UF do Destinatário e efetuará um só recolhimento mensal, no dia 15 do mês subsequente com GNRE por Apuração. Atentar para o caso de haver o adicional de alíquota destinada ao Fundo de Combate à Pobreza (FECOP), pois neste caso será necessária a emissão de uma GNRE específica para o FECOP. Os novos códigos de receita para serem utilizados na GNRE On Line em virtude das alterações legais decorrentes da Emenda Constitucional 87/2015, foram instituídos pelo AJUSTE SINIEF nº 11/2015 e constam do RICMS/RN: Especificação Código de Receita Observação 10010-2 RICMS/RN-art.574-A; 1º; inciso I, alínea n. ICMS Consumidor Final não contribuinte outra UF por Operação ICMS Consumidor Final não contribuinte outra UF por Apuração ICMS Fundo Estadual de Combate à Pobreza por Operação ICMS Fundo Estadual de Combate à Pobreza por Apuração 10011-0 RICMS/RN-art.574-A; 1º; inciso I, alínea o. 10012-9 RICMS/RN-art.119-A; inciso IV. 10013-7 RICMS/RN-art.119-A; inciso V. 6. Qual o documento utilizado para a repartição do ICMS para a UF Destino? NF-e, que possui campos próprios para a repartição. Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Estado da Tributação 3
7. Como preenchê-los? GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Foi editada uma Nota Técnica NF-e 003/2015 - versão 1.6, de 30 de dezembro de 2015, detalhando o preenchimento de todos os campos do Grupo de Tributação do ICMS para a UF de destino. 7.1. Exemplo 1: OPERAÇÕES SUJEITAS À ALÍQUOTA INTERESTADUAL DE 7% (EX.: Vendas de São Paulo para o RN) Operação: ALIQ INTER A 7% ITEM 1 SEM FECOP + ITEM 2 COM FECOP ITEM 1 ITEM 2 VALOR DA OPERAÇÃO BASE DE CÁLCULO-BC 1.000,00 1.000,00 ALÍQUOTA INTERESTADUAL ALQ INTER 7% 7% ALÍQUOTA INTERNA NO DESTINO ALQ INTRA 18% 25% ALÍQUOTA FECOP NO DESTINO ALQ FCP 2% ICMS ORIGEM BC * ALQ INTER 70,00 70,00 ICMS DESTINO [BC * ALQ INTRA] - [BC * ALQ INTER] 110,00 180,00 PARTILHA DO IMPOSTO ICMS DESTINO 110,00 180,00 2016-40% PARA DESTINO PARTILHA ORIGEM (60%) 66,00 108,00 PARTILHA DESTINO (40%) 44,00 72,00 PREENCHIMENTO DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA - NF-E ICMSUFDEST Campos a serem preenchidos vbcufdest 1.000,00 1.000,00 pfcpufdest 2% picmsufdest 18% 25% picmsinter 7% 7% picmsinterpart 40% 40% VFCPUFDest = [vbcufdest * 2%] 20,00 VICMSUFDest = PART DEST 44,00 72,00 VICMSUFRemet = PART ORIGEM 66,00 108,00 TOTAIS Campos a serem preenchidos vfcpufdest 20,00 vicmsufdest 116,00 vicmsufremet 174,00 Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Estado da Tributação 4
7.2. Exemplo 2: OPERAÇÕES SUJEITAS À ALÍQUOTA INTERESTADUAL DE 12% (EX.: Vendas da Bahia para o RN; Vendas do RN para o Estado da PB) Operação: ALIQ INTER A 12% ITEM 1 SEM FECOP + ITEM 2 COM FECOP ITEM 1 ITEM 2 VALOR DA OPERAÇÃO BASE DE CÁLCULO-BC 1.000,00 1.000,00 ALÍQUOTA INTERESTADUAL ALQ INTER 12% 12% ALÍQUOTA INTERNA NO DESTINO ALQ INTRA 18% 25% ALÍQUOTA FECOP NO DESTINO ALQ FCP 2% ICMS ORIGEM BC * ALQ INTER 120,00 120,00 ICMS DESTINO [BC* ALQ INTRA] -[BC* ALQ INTER] 60,00 130,00 PARTILHA DO IMPOSTO 2016-40% PARA DESTINO ICMS DESTINO 60,00 130,00 PARTILHA ORIGEM (60%) 36,00 78,00 PARTILHA DESTINO (40%) 24,00 52,00 PREENCHIMENTO DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA - NF-E ICMSUFDEST Campos a serem preenchidos vbcufdest 1.000,00 1.000,00 pfcpufdest 2% picmsufdest 18% 25% picmsinter 12% 12% picmsinterpart 40% 40% vfcpufdest = [vbcufdest* 2%] 20,00 vicmsufdest = PART DEST 24,00 52,00 vicmsufremet = PART ORIGEM 36,00 78,00 TOTAIS Campos a serem preenchidos vfcpufdest 20,00 vicmsufdest 76,00 vicmsufremet 114,00 Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Estado da Tributação 5
8. O contribuinte do Simples Nacional terá que efetuar a repartição do ICMS para a UF Destino? Sim. Mas o contribuinte optante pelo Simples Nacional, a parcela devida ao Rio Grande do Norte já é considerada no valor do ICMS calculado por meio do Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional - Declaratório (PGDAS-D). Veja a seguir um exemplo. Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Estado da Tributação 6
8.1. Exemplo: Situação 1: OPERAÇÕES SUJEITAS À ALÍQUOTA INTERESTADUAL DE 12% REALIZADAS POR EMPRESAS DO SIMPLES NACIONAL (EX.: Vendas de Empresa optante pelo Simples Nacional do RN para Não Contribuinte do Estado da PB) Situação 2: OPERAÇÕES SUJEITAS À ALÍQUOTA INTERESTADUAL DE 12% REALIZADAS POR EMPRESAS QUE REVENDEM MERCADORIAS CUJA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA OCORREU ANTERIORMENTE (EX.: Vendas de Empresa do RN para Não Contribuinte do Estado da PB) Operação: ALIQ INTER A 12% ITEM 1 SEM FECOP + ITEM 2 COM FECOP ITEM 1 ITEM 2 VALOR DA OPERAÇÃO BASE DE CÁLCULO-BC 1.000,00 1.000,00 ALÍQUOTA INTERESTADUAL ALQ INTER 12% 12% ALÍQUOTA INTERNA NO DESTINO ALQ INTRA 18% 25% ALÍQUOTA FECOP NO DESTINO ALQ FCP 0 2% ICMS ORIGEM BC * ALQ INTER * * ICMS DESTINO [BC * ALQ INTRA] - [BC * ALQ INTER] 60,00 130,00 PARTILHA DO IMPOSTO 2016-40% PARA DESTINO ICMS DESTINO 60,00 130,00 PARTILHA ORIGEM (60%) 36,00 78,00 PARTILHA DESTINO (40%) 24,00 52,00 * Vedado o Preenchimento para Emitentes do Simples Nacional * Operações realizadas pelo Substituído (situação 2) o destaque é da Alíq. Interestadual se o contribuinte for Normal PREENCHIMENTO DA NOTA FISCAL ELETRÔNICA - NF-E ICMSUFDEST Preenchimento Manual Campos a serem preenchidos vbcufdest 1.000,00 1.000,00 pfcpufdest 0 2% picmsufdest 18% 25% picmsinter 12% 12% picmsinterpart 40% 40% vfcpufdest = [vbcufdest * 2%] 0 20,00 vicmsufdest = PART DEST 24,00 52,00 vicmsufremet = PART ORIGEM 0 0 TOTAIS Preenchimento Automático Campos a serem preenchidos vfcpufdest 20,00 vicmsufdest 76,00 vicmsufremet 0,00 Preencher com 0 não é devido o Recolhimento à UF Origem Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Estado da Tributação 7
9. Haverá alterações no DANFE? Não haverá alteração no leiaute do DANFE, mas as empresas remetentes devem informar, no campo de Informações Complementares, os valores descritos no grupo de tributação do ICMS para a UF de destino. 10. Haverá alterações na Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS Substituição Tributária - GIA-ST em função das operações relacionadas à EC 87/15? Sim. O AJUSTE SINIEF 04/93 foi alterado pelo AJUSTE SINIEF 6/15, tendo sido criado o Quadro Emenda Constitucional nº 87/15. Vide RICMS/RN-art.598-A, 7º e 8º (redação dada pelo Decreto nº 25.847/2015, de 30/12/2015) que já incorporou tais alterações. 11. E como ficam os Benefícios Fiscais com o advento da EC 87/15? Está regulado pelo Convênio ICMS 153/15, de 11/12/2015(DOU de 14/12/2015). Os benefícios fiscais da redução da base de cálculo ou de isenção do ICMS, autorizados pelo CONFAZ, serão considerados no cálculo do valor do ICMS devido. 12. Qual o percentual provisório de partilha do ICMS Interestadual? Nas operações envolvendo consumidor final não contribuinte do imposto não caberá integralmente ao Estado destinatário de imediato, devendo, portanto, seguir à seguinte regra de repartição: ANO Origem Destino 2016 60% 40% 2017 40% 60% 2018 20% 80% 2019 0% 100% Governo do Estado do Rio Grande do Norte Secretaria de Estado da Tributação 8