Relatório Mensal - PROGRAMA DE MONITORAMENTO DOS ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS



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Transcrição:

Título: PROJETO BÁSICO AMBIENTAL UHE BELO MONTE Relatório Mensal - PROGRAMA DE MONITORAMENTO DOS ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS Código do Projeto: NM 248 Nome do Documento: Relatório Mensal Programa de Monitoramento dos Aspectos Socioeconômicos Elaborado: Sara Werdesheim Verificado: Paulo Fernando Rezende Revisão: 0 Página: 1/12 Aprovado: Marco A. Villarinho Data: Data: Data: Data de Emissão:

RELATÓRIO MENSAL PROGRAMA DE MONITORAMENTO DOS ASPECTOS SOCIOECONÔMICOS UHE BELO MONTE Março/2011

ÍNDICE 1. Introdução... 2 2. Atividades Realizadas... 3

1. Introdução Esse é o primeiro relatório que consolida as informações sobre as ações iniciais do Programa de Monitoramento dos Aspectos Socioeconômicos. Essas ações aderiramse à necessidade de acompanhamento de algumas variáveis que indicassem a ocorrência de fenômenos indesejáveis associados aos afluxos populacionais direta ou indiretamente relacionados às obras do empreendimento ao longo do período. Nesse sentido, as variáveis principais estabelecidas foram as relacionadas à saúde, educação, segurança pública, saneamento básico e ligações elétricas residenciais, conforme reunião realizada entre o IBAMA e a NESA em dezembro de 2010. Neste sentido, em cumprimento ao estabelecido, procedeu-se o levantamento de informações de modo a inventariar os dados disponíveis, a periodicidade de sua produção e a forma pela qual se pudessem selecionar os dados mais robustos e consistentes e que poderão ser utilizados em longo prazo. Esses indicadores e variáveis foram perseguidos de modo a permitir que se conhecesse a situação antes do início das obras, o que permitirá o acompanhamento dos movimentos populacionais ao longo da maturação do empreendimento. Caso venham a se demonstrar pouco sensíveis ou perceber-se a não ocorrência dos fenômenos previstos, os indicadores poderão vir a ser substituídos ou outros poderão ir sendo agregados ao longo do tempo, caso se demonstrem consistentes e de fácil apuração. Ressalte-se, também, que o Programa foi concebido como um centro de organização e análise das informações produzidas pelos bancos de dados dos demais programas pertinentes à esfera socioeconômica e que, no período, encontram-se em fase de planejamento ou implementação, portanto, sem condições de agregação de dados ou análises. Nesse sentido, haverá um esforço coletivo de uniformização dos instrumentos e estabelecimento de um fluxograma geral que discipline o intercâmbio dos dados entre as equipes. Dedicou-se especial atenção aos objetivos do Programa no sentido de produzir subsídios estatísticos e analíticos da situação socioeconômica vivenciada pela população da AII, uma vez que isso subsidiará a atuação do empreendedor frente ao afluxo de contingentes populacionais aos municípios da área de influência do empreendimento.

2. Atividades Realizadas Com o objetivo de compreender as conseqüências sociais e econômicas da implantação da UHE Belo Monte em relação aos eixos definidos no EIA (cadastro socioeconômico; dados base de população; indicadores de saúde, segurança, educação, saneamento; emprego e qualidade de vida; e finanças públicas), as informações foram obtidas, no que se refere aos municípios abrangidos pela AID do empreendimento, conforme definido em reunião com o IBAMA. No caso de indicadores de saúde publica, consideraram-se os mais relevantes os referidos a ocorrência de endemias existentes que são de notificação compulsória. Com base nos controles existentes na rede publica e de acordo com o perfil epidemiológico regional e local foram selecionadas as patologias mais conspícuas e que poderiam se refletir de forma mais eloqüente nos fluxos populacionais: AIDS, Malária, Leishmaniose Tegumentar Americana, Leishmaniose Visceral e Hepatites. Para a educação, o indicador selecionado foi o relacionado a matriculas no ensino fundamental. Em termos de segurança pública o perfil das ocorrências está hoje estabelecido, de modo a se verificar, ao longo do tempo, as modificações mais visíveis que possam ocorrer, com especial atenção a causas violentas, tais como: furtos, assaltos, latrocínios, homicídios e conflitos de convivência. Para acompanhar o afluxo populacional, no caso de saneamento, o indicador principal escolhido foi o consumo de água fornecida por rede publica nas áreas urbanas. E, ao lado deste, com o mesmo objetivo, adotou-se o número de novas ligações elétricas para uso residencial que igualmente possibilita a formação de séries históricas de cobertura do atendimento e volumes distribuídos, mostrando-se bastante sensíveis com relação ao afluxo de população. Procurou-se obter os dados para compilação e acompanhamento através de: Fontes secundárias (compilação dos dados públicos provenientes das fontes oficiais; aquisição de base de dados coletados pelas esferas públicas de divulgação restrita; consulta e aquisição de base de dados de instituições de pesquisa, públicas e/ou privadas e outros) e Fontes primárias, com levantamento de dados em campo (consultas, entrevistas e aquisições de dados em campo de aspectos relevantes para formação de indicadores). No período, enfrentou-se diversas dificuldades para obtenção dos dados. Desde dificuldades conjunturais (final e início de ano, assunção de novos dirigentes nos governos, etc.) passando também pelas estruturais (indisponibilidade pública do dado, elaboração de relatórios anuais em processo, portanto não disponibilizados, etc.). Assim, a aquisição de base de dados coletados pelas esferas públicas de divulgação restrita e consultas/aquisições de base de dados de instituições ficou prejudicada. Nem mesmo as informações locais de alguns indicares escolhidos foram compiladas e informadas às instâncias competentes. Exemplo disto foi a coleta dos dados referente

às matrículas realizadas, impossibilitando estabelecer-se análises e considerações. Consultou-se e consulta-se constantemente as seguintes fontes oficiais: IBGE, Datasus, SINAN - Sistema de Informação de Agravos de Notificação e SIGMALÁRIA - Sistema de Informações Gerenciais de Malária ambos do Ministério da Saúde. DATASUS SVS, INEP - CENSO ESCOLAR, dentre outras. Desta forma, foi necessário reforçar-se estratégias de coleta primária em campo para obtenção dos dados. Espera-se, ao final do mês de março, completar-se a base de dados o que permitirá obtenção do indicador, comparação de dados, interpretações e análises mais consistentes e conclusivas a ser apresentado no Relatório Final em Abril. Foram agendadas e realizadas diversas reuniões, entrevistas e consultas nos diversos municípios que compõem a AID com dirigentes e gestores de Secretarias Estadual e Municipais de Educação, de Planejamento, de Segurança e de Saúde; de Empresas Públicas e privadas fornecedoras de serviços; Delegacias Seccionais de Polícia Civil, Militar e Rodoviária, IDESP. No atual momento estamos inventariando os indicadores (conforme planejamento das atividades de monitoramento) para disponibilizá-los ao IDESP para acertos de relacionamento formal. Da mesma forma, outras Instituições em diversos estados vêm sendo contatadas com as mesmas finalidades. Ainda durante este período, foi implantada uma estrutura física, contratados técnicos e instalada uma unidade onde funciona a coordenação geral do Programa e a Central de Monitoramento, em São Paulo. E foram montadas as estratégias para desenvolvimento das ações iniciais. Está também sendo construído o Banco de Dados alimentado a partir das fontes já identificadas, com obtenção dos dados e informações por sistema de coleta de dados secundária e primária e estabelecidas avaliações e análises preliminares. Os indicadores coletados são apresentados Indicador Educação Município Matrículas Ensino Fundamental dez/10 jan/11 fev/11 Altamira 5.830 4.763 4.763 Anapu 720 994 994 Brasil Novo 848 499 499 Senador José Porfírio 372 416 416 Vitória do Xingu 440 519 519 Total AID 8.210 7.191 7.191

Indicador Saúde Pública Doenças de Notificação Compulsória Município AIDS Malária Hepatites Virais Leishmaniose Tegumentar Americana Leishmaniose Viceral Dengue Dez-10 Jan-11 Fev-11 Dez-10 Jan-11 Fev-11 Dez-10 Jan-11 Fev-11 Dez-10 Jan-11 Fev-11 Dez-10 Jan-11 Fev-11 Dez-10 Jan-11 Fev-11 Altamira 1 1 1 147 115 123 0 0 0 5 8 7 0 0 0 ni 275 561 Anapu 0 0 0 128 98 101 0 0 0 3 4 3 0 0 0 ni ni ni Brasil Novo 0 0 0 16 11 14 0 0 0 2 2 2 0 0 0 ni ni ni Senador José Porfírio 0 0 0 64 56 49 0 0 0 0 0 0 0 0 0 ni ni ni Vitória do Xingu 0 0 0 16 10 12 0 0 0 0 0 0 0 0 0 ni ni ni Total AID 1 1 1 371 290 299 0 0 0 10 14 12 0 0 0 0 275 561 Dados Jan e Fev 2011 - Pesquisa Primária - dados a serem confirmados pelas fontes oficiais Indicador Segurança Pública MMMunicípios Crimes Contra o Patrimônio Crimes Contra a Pessoa dez/10 jan/11 fev/11 dez/10 jan/11 fev/11 Altamira - Total 170 197 156 41 94 98 Anapu 102 18 14 5 10 9 Brasil Novo 30 2 6 6 6 5 Senador José Porfírio 26 4 8 5 7 10 Vitória do Xingu 34 3 4 0 3 6 Total - AID 362 224 188 57 120 128 Fonte: SISP / Elaboração: IDESP - (*) DEAM - Delegacia da Mulher

Indicador Número de Novas Ligações Elétricas Município Ligação Unidade Consumidora Religação Imediata Comum Gerado Exe cutado Gerado Exe cutado Dez-10 Jan-11 Fev-11 Dez-10 Jan-11 Fev-11 Dez-10 Jan-11 Fev-11 Dez-10 Jan-11 Fev-11 Altamira 157 154 252 163 135 241 328 356 316 334 336 299 Anapu 33 42 32 37 39 33 10 5 16 8 5 14 Brasil Novo 26 37 41 32 38 40 23 20 46 23 19 46 Senador José Porfírio 24 13 13 20 13 11 60 26 67 58 22 64 Vitória do Xingu 19 25 16 20 25 16 25 64 72 26 64 69 Total AID 259 271 354 272 250 341 446 471 517 449 446 492 Fonte: Celpa - Pesquisa Primária 3. Avaliação e Análise Ainda não é possível fazer-se uma apreciação das questões econômico-demográficas de caráter mais abrangente, criando-se assim um pano de fundo para as apreciações da organização social. De igual modo, é precipitado compor um perfil do setor educacional a partir do quadro atual do Ensino Fundamental cuja evolução dos dados ainda é pouco consistente. No âmbito da segurança pública, a região encontra-se servida de superintendências regionais e delegacias de polícia civil. Há forte presença da polícia rodoviária, uma vez que o eixo principal de ligação entre os municípios da AID é a rodovia transamazônica. E, nos aspectos de segurança é necessário deter-se para, além dos dados, aprofundar-se na busca de elementos de confirmação ou refutação de tendência inicial observada. O número de crimes contra o patrimônio e o número de detenções por uso de drogas apresentou crescimento em duas das três medições. Este pode ser um indicador de aumento no consumo e/ou distribuição. Espera-se poder verificar indícios de confirmação ou não ainda nesta fase. Já a temática relacionada com a saúde pública e o saneamento, permite tecer-se inicialmente algumas considerações e correlações, quando se compara o estado da arte conhecido das infra-estruturas físicas de saneamento e o quadro de morbidade (doenças) da população, além da situação epidemiológica. O perfil de morbidade de uma dada população é aferido tradicionalmente pelas internações hospitalares, consultas ambulatoriais e pelos agravos à saúde notificados pelos serviços sanitários em geral, agrupadas no que o Ministério da Saúde MS chama de doenças de notificação compulsória. Os dados mais expressivos são referentes às doenças infecciosas e parasitárias, seguidas pelas doenças do aparelho respiratório. A grande ocorrência nestes dois grupos está vinculada às precárias condições de vida da população do ponto de vista sócio-econômico, às parcas instalações das redes e serviços de saneamento básico,

em especial nas zonas rurais, além do uso abusivo de agrotóxicos que contribuem com a presença de alergias e afecções pulmonares. Estes fenômenos expressam os processos culturais e de costumes da região, resultante de uma formação territorial desordenada cuja tônica pautou-se pelas atividades rurais e agrícolas (e extrativistas), cuja ênfase principal foi a produção em detrimento do processo produtivo e do homem. Os sistemas de abastecimento de água em operação na região, desde 2007, pouco informam a respeito. Por observação percebe-se que residências e sítios são abastecidos por poços artesianos e diretamente das fontes ribeirinhas, dada a abundância dos recursos hídricos. Em termos de atendimento de sistemas de esgotamento sanitário, o quadro observado é pouco alentador. A população usa formas de disposição do esgoto tais como fossas sépticas, fossas negras ou simplesmente despejo a céu aberto pela rede de drenagem, poluindo os recursos hídricos, expondo a população a riscos de doenças, uma vez que não dispõe de serviços de coleta e tratamento. E, ainda, no que se refere à disposição de lixo, a população encontra-se pouco provida de serviços de coleta, bem como se permite despejar detritos nas ruas. Aqui também se identifica outro traço cultural que expõe a pouca importância que se dá à saúde pública e quanto aos cuidados do povo consigo mesmo e em sociedade. Revela, ainda, baixo índice de consciência ambiental e de cidadania. 4. Sistema de Alerta O Sistema de Alerta é construído a partir da coleta periódica e sistemática dos dados. Quando um dado observado ou indicador apresenta variância discrepante ou sofre acréscimo/decréscimo numérico elevado, chamando a atenção, deverá ser objeto de notificação pública. Isso pode e deve ser aplicado segundo a especificação atinente a cada setor ou área. Diferem no modo de condução em cada situação crítica, exigindo medidas de contenção específicas. Assim é que, por exemplo, os mecanismos de comunicação de alerta do setor de saúde são específicos para controle de epidemias, endemias ou outras situações agudas. Os registros de dengue na região norte do país indicam que a incidência de casos desta doença aumenta durante o chamado verão amazônico. Se os dados coletados em determinada situação apresentarem crescimento superior ao histórico, caberá às autoridades realizar o alerta público e tomar providências para debelar o surto. Desta forma, embora o dado coletado tenha apontado crescimento entre uma e outra medição, ainda não se constata situação aguda por estarem dentro da margem histórica do indicador. Em relação ao controle de afluxo populacional, a partir das informações coletadas é implantado um sistema de informações que permite monitorar se determinada localidade está sendo alvo de grande afluxo de migrantes o que, como decorrência,

poderá sobrecarregar os serviços locais, gerar conflitos, colocar em risco e agravar a estabilidade social. Esta situação aguda deve ser notificada e deflagrada medidas de contenção apropriadas. Pelos dados coletados e divulgados, não há o que se justifica no momento. Em relação ao que foi captado na segurança pública, sabe-se que o aumento do número de casos deveu-se a operações realizadas pelos órgãos de segurança. Neste caso, o indicador está considerado em estado de atenção. Verificando-se a tendência na próxima medição e confirmado pelo DATASEG (sistema público de acompanhamento) a tendência de crescimento, esta área demandará providências efetivas de contenção a serem realizadas pelos setores competentes. Assim, o conjunto de medições permite estabelecer comparações que serão utilizadas para controle (correção de ações) ou alarme em situações agudas, caso se apresentarem, ainda nesta fase. Essas medições freqüentes e contínuas permitirão, ainda, verificar a conformidade ou não do cumprimento dos requisitos estabelecidos, metas dos programas e evolução das condições sociais e econômicas. Desta forma, através do processo de monitoramento, será possível perceber se a evolução dos indicadores da socioeconomia local decorre do modo equilibrado e adaptativo da implantação do empreendimento, corrigindo a tempo e pontualmente riscos ou desequilíbrios. 5. Próximas atividades A seguir estão elencadas atividades a serem realizadas no âmbito do Programa: Implantação de Unidade Local do Programa prevista no município de Altamira; Consolidar as estratégias para desenvolvimento das ações iniciais, correspondentes ao período de planejamento e implantação do empreendimento, utilizando, inclusive, o Cadastro Socioeconômico aplicado no âmbito do Programa de Negociação e Aquisição de Terras e Benfeitorias e Programa de Monitoramento dos Aspectos Socioeconômicos da Volta Grande e demais dados identificados para construção dos indicadores do processo de avaliação; Montar sistema de Banco de Dados a partir dos levantamentos de dados realizados e respectiva alimentação Desenvolvimento de Sistema de Banco de Dados (aquisição de software, implantação de base de dados e operacionalização do sistema) Identificação de matrizes e campos para inserção de dados:

o Originários de levantamentos secundários o Originários das metas a serem alcançadas provenientes dos Programas do meio socioeconômico do PBA Operacionalização de controles que permitam leituras diversas e cruzamento de dados e informações Sistema de Cadastro permanente Emitir Relatório Final desta fase.