Geologia, problemas e materiais doquotidiano
Terra: planeta dinâmico onde actuam: fontes de energia interna (ex. geotermismo); fontes de energia externa (energia solar). Esta dinâmica fenómenos, alguns catastróficos, que podem pôr em perigo as populações e os seus bens.
¾Contudo: E Estes f ó fenómenos existem i na Terra T d d a sua formação desde f ã e embora representem alguns riscos, têm servido para tornar a mesma habitável. habitável ¾ EExemplos: l Tectónica de placas Æ sismos e vulcões Æ dinâmica da litosfera e modelação das paisagens. paisagens Vento e água Æ reabastecimento do solo e sustentação da vida (pode ter efeito negativo também: cheias, cheias deslizamentos de terras e tempestades).
Risco: probabilidade de um acontecimento perigoso ocorrer numa dada área e num certo momento. Ri Riscos naturais: t i probabilidade b bilid d de d um processo perigoso i ocorrer naturalmente. Nestes incluem se: Riscos geológicos: sismos, erupções vulcânicas, inundações, deslizamento de terras; Fogos selvagens; Tufões; Tornados; Secas; S Pragas de animais; Etc...
Geologia Ambiental Reduzir as consequências de um risco. Conhecer os processos geológicos, os materiais rochosos que constituem as áreas de intervenção humana e, assim, evitar perdas de vida e bens.
Ocupação antrópica e problemas de ordenamento
Ordenamento do território Conjunto de processos integrados de organização do espaço biofísico, tendo como objectivo a sua ocupação, utilização e transformação de acordo com as capacidades do referido espaço.
Ocupação antrópica Ocupação antrópica Ocupação de grandes zonas da superfície da Terra p pelo Homem p com consequente modificação das p paisagens g naturais.
Risco geomorfológico Bacias hidrográficas erosão fluvial, cheias, exploração de inertes,... Zonas costeiras erosão costeira, pressão urbanística, Zonas de vertente erosão das vertentes, movimentos de massa
Bacias hidrográficas Rio Curso de água, superficial e regular, que pode desaguar num outro rio, num lago ou no mar. Bacias hidrográficas Totalidade da área cujas águas pertencem a uma mesma rede hidrográfica, isto é, ao conjunto formado por um rio principal epor todos os cursos de água que, directa ou indirectamente, debitam as suas águas nesse rio (cursos tributários * ). * Afluentes e subafluentes
Baciahidrográfica do rio Vouga
Perfil transversal de um rio Corte transversal do rio, em determinada zona do seu percurso de modo a permitir o estudo e análise dos seus leitos. Leito: espaço de pode ser ocupadopelas águas do rio.
É possível distinguir: Leitoordinárioouaparente sulco do leito por onde normalmente correm as águas e os materiais que elas transportam. Leito de cheia, maior ou de inundação espaçodo vale inundável em épocas de cheias, quando o nível das águas ultrapassa os limites do leito aparente. Leito de estiagem ou menor zona ocupada por uma quantidade menor de água, por exemplo, na estação seca.
Leito de estiagem Leito ordinário Leito de inundação
Viver junto de um rio pode acarretar alguns riscos. Ocorrem, por vezes, cheias que podem provocar não só mortes como também destruição de estruturas e bens. Resolva a actividade iidd 1 da página ái 11 do manual
Comportamento dos rios Depende do seu regime hidrológico que, por sua vez, depended das inter relações complexas das condições da bacia hidrográficas, incluindo a sua geometria, o relevo, a composiçãorochosa, iã os materiais ii dos solos, a cobertura vegetal e o grau de interferência humana.
Impacto geológico dos rios Os rios desempenham um triplo trabalho geológico: Meteorização e erosão Transporte Sedimentação
Meteorização e erosão Desgaste físico das rochas do leito com extracção progressiva dos materiais por acção da pressão da água em movimento.
Transporte Deslocação da carga sólida, isto é, de materiais na forma de fragmentos sólidos (detritos). Pode ser feita por saltação, rolamento ou arrastamento (detritos grosseiros) ou em suspensão na água (detritos finos).
Sedimentação Deposição dos materiais, quer ao longo do leito, quer nas suas margens, quer na foz. Alargamento da planície de inundação Aluvião Normalmente, os materiais mais pesados e de maiores dimensões depositam se mais para montante e os de pequenas dimensões e mais finos depositam se próximo da foz (jusante) ou sãomesmotransportados t para o mar.
Factores de risco geológico associado às bacias hidrográficas Cheias aumento do caudal dos cursos de água, com elevação e extravase do leito normal e inundação das áreas circunvizinhas. Precipitações anormais, degelos ou rupturas de barragens são causas frequentes. Medidas de prevenção: Ordenamento e controlo da ocupação humana dos leitos de cheia; Impedimento de construção e urbanização de potenciais zonas de cheia; Construção de sistemas integrados de regularização dos cursos de água com a construção de barragens.
Extracção de areias remoção de sedimentos depositados d no lit leito ou nas margens dos rios para fins de construção civil. Perigos: Alterações nas correntes e outras dinâmicas do rio; Redução da carga sólida transportada pelas águas em direcção à foz; Impacto na fertilidade de espécies piscícolas, ao longo do rio; Modificações irreversíveis dos ecossistemas; Erosão de construções humanas (como os pilares das pontes)
Barragens construções transversais a um curso de água, ficando esta represada, criando uma albufeira. Vantagens: Regularização ação dos caudais; Irrigação, abastecimento de água e produção de energia hidroeléctrica; Actividades turísticas e desportivas. Desvantagens: Acumulação de sedimentos com perda de capacidade de armazenamento; Redução de detritos debitados no mar; Problemas de segurança; Impacto negativo nos ecossistemas aquáticos e terrestres da zona Barragem do Alqueva
Zonas costeiras Cerca de dois terços da superfície da Terra são ocupados pelo mar. A energia mecânica das ondas, das correntes e das marés é um importante factor modelador, sobretudo das faixas costeiras das áreas continentais. Como resultado dessa acção podem considerar se as: Formas de erosão, Formas dedeposição.
Formas de erosão Desgaste provocado pelo impacto dos movimentos das águas do mar (ondulação, correntes, marés) sobre a costa. Abrasão marinha erosão provocada pelo constante rebentar das ondas (sobretudo se transportarem partículas sólidas) de encontro com as rochas. É especialmente il notória em costas altas e escarpadas (arribas); Plataforma de abrasão superfície aplanada e irregular situada na base da arriba, entre marés, onde se depositam detritos rochosos caídos da arriba.
A zona litoral constitui um importante recurso natural, tanto como espaço de lazer como fonte geradora de riqueza. Contudo, constitui um recurso nãorenovável à escala humana e, em Portugal, a sua gestão caracteriza se por uma degradação contínua. Resolva a actividade 3 da página 18 do manual
Formas de deposição Resultam de deposição de materiais arrancados pelo mar ou dos materiais transportados pelos rios (praias, ilhas de barreira, ). Ver figura 12 página 22 do manual
As populações humanas, imprudentemente, construíram e continuam a construir grandes centros populacionais em todo o litoral, em que são levantadas estruturas turísticas. Esse procedimento estimula o acesso e a permanência de um grande número de pessoas na zona de contacto entre o espaço terrestre e o espaço marítimo, que constitui, por definição, um bem único efrágil. Ver texto página 20 do manual Espinho
Obras de intervenção na faixa litoral Construção de estruturas transversais (esporões esporões) ou paralelas à linha de costa (paredões). Outras obras de engenharia comuns são os quebra mares mares, molhes e enrocamentos. Alimentação artificial em sedimentos em determinadas praias. Embora cara, é uma solução mais económica e menos agressiva do que as obras de engenharia.
Paredão Quebra mar Porto Molhes Esporões Resolva a actividade 4 da página 24 do manual
Zonas de vertente São uma das formas básicas de relevo, sendo o seu estudo muito importante, por exemplo, quando numa região se pretende implantar certas obras de engenharia civil, como é o caso da construção de vias de comunicação.
As zonas de vertente, sobretudo quando o seu declive é mais acentuado, são locais onde fenómenos como a erosão podem ser mais rápidos e mais intensos. A erosão das vertentes, ou a forma como elas se vão modificando, deve se essencialmente a dois tipos de causas naturais: À erosão hídrica essencialmenteprovocadapelaáguadas chuvas sendo um processo mais ou menos lento e gradualal que ocorre em consequência do desgaste dos solos provocado pelo impacto das gotas de chuva e pelo escoamento das águas ao longo das vertentes; Aos movimentos de terrenos também designados movimentos em massa.
Exemplo Na madrugada de 31 de Outubro de 1997 registaram se em toda a ilha de São Miguel, com particular incidência nos concelhos da Povoação e do Nordeste, cerca de 1000 movimentos de massa, após um período de chuvas intensas. Estes provocaram a destruição de habitações e pontes, afectaram sistemas de comunicação, de transporte, de energia e soterraram extensas superfícies de terrenos agrícolas. A área mais afectada foi a da freguesia de Ribeira Quente, que ficou isolada por mais de 12 horas e onde 29 pessoas perderam a vida.
Causas dos movimentos em massa Uma análise cuidada de situações de movimentos em massa, leva nosrapidamenteaconcluirqueexistemdoistiposde causas, capazes de condicionar a ocorrência destes fenómenos. Por um lado existem causas naturais, por outro lado, diferentes acções do Homem poderão estar na origem dos movimentosem massa. Assim temos: Factores condicionantes força da gravidade, contexto geológico, tipo e características das rochas, sua disposição no terreno, grau de alteração e de fracturação, grau de inclinação da vertente, etc. Factores desencadeantes precipitação, acção antrópica (destruição do coberto vegetal, remoção de terrenos para construção ou abertura de estradas), ocorrência de sismos e tempestades no mar. Resolva a actividade 5 da página 27 do manual
Podemos sistematizar alguns factores que podem estar envolvidos na ocorrência de movimentos em massa: Gravidade d Inclinação davertente Teor de água no solo Tipo de materiais geológicos Variações de temperatura
Medidas de prevenção Estudo das características geológicas e geomorfológicas de um local, para avaliação do seu potencial para a ocorrência de um movimento em massa. Elaboração de cartas de ordenamento do território, com a definição das áreas onde possam ser exercidas as diferentes actividades humanas (zonas habitacionais, zonas agrícolas, zonas ecológicas, vias de comunicação, etc.). Elaboração de cartas de risco geológico, onde se evidenciem as áreas com diferentes graus de probabilidade de ocorrência de movimentos em massa. massa Remoção ou contenção (pregagens, muros de suporte ou outras) dos materiais geológicos que possam constituir perigo.