Ossos Longos Diáfise Epífise Metáfise



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Transcrição:

Fraturas diafisárias, metafisárias e epifisárias Edson Átila Islândia Cardoso Rebeca Veloso Kárita Pessoa Laís Coelho Luciane Santos

Ossos Longos Diáfise Epífise Metáfise

FRATURAS DIAFISÁRIAS

FRATURAS DA DIÁFISE FEMORAL Fraturas do fêmur são em geral de grande As fraturas da diáfise femoral são resultantes de traumas de alta energia, podendo estar associadas a lesões em vários sistemas Impossibilitam a marcha Causam dor intensa Ocorre em geral deformidade do membro afetado Inchaço da região afetada.

OS MÉTODOS DE TRATAMENTO 1. Redução fechada e imobilização em aparelho gessado pelvipodálico 2. Tração esquelética 3. Cast brace femoral 4. Fixação externa 5. Fixação interna A- Haste intramedular (técnica aberta; técnica fechada). B- Haste intramedular intertravante C- Fixação por placa

TRATAMENTO Tratamento de escolha: Tratamento cirúrgico é apontado como a melhor opção nos pacientes obesos, pacientes com lesões vásculo-nervosas associadas e principalmente nos poltraumatizados e polifraturados. Realizado com redução aberta e fixação interna rígida placa e parafuso, ou a foco fechado com estabilidade relativa (haste intramedular bloqueada), são só métodos mais aceitos na literatura.

tratamento não-operatóriooperatório tem menos riscos do que o tratamento operatório e é suficiente para a maioria das fraturas da diáfise femoral. O A tração é contínua do tipo fixa ou balanceada; A tração é continuada por aproximadamente 12 semanas durante as quais o paciente é encorajado a exercitar todos os músculos do membro fraturado. Quando a consolidação clínica foi conseguida, evidenciada pela ausência de dor local provocada ao nível da fratura e a ausência de dor ao se aplicarem forças angulatórias, o dispositivo de tração deve ser retirado.

MÉTODO DE SARMIENTO O método de Sarmiento nos parece ser ideal para o tratamento das fraturas do úmero. Eliminou quase que totalmente as complicações dos métodos rígidos, tais como: capsulite adesiva e subluxação transiente do ombro, rigidez articular do cotovelo e longos períodos de recuperação funcional. Baseados nisso é que desenvolvemos uma órtese, a partir de frascos plásticos vazios de soro fisiológico, descartáveis e disponíveis em qualquer local do país, não necessitando de pessoal técnico especializado para sua confecção.

O método constou de uma órtese, confeccionada a partir de: dois frascos plásticos de soro fisiológico de 1.000ml, que, retirados o topo e o fundo, formam duas folhas plásticas (valvas) 0,5 metro de malha tubular, de 7cm de largura, um rolo de algodão ortopédico de 15cm e 1 metro de esparadrapo

A) Limpeza e aplicação de benjoim; B) Aplicação do esparadrapo longitudinal em face externa do braço; C) Face interna; D) Colocação da malha tubular.

A) Colocação de algodão ortopédico; B) Colocação da anteriormente; primeira valva C) Colocação da posteriormente; segunda valva D) Fixação das valvas com esparadrapo.

A) Fixação com esparadrapo; B) Acabamento com faixa crepe; C) Acabamento esparadrapo; após rebate do D) Confecção de tipóia.

Fraturas Metafisárias Conceito Fratura metafisária rádio distal

Fraturas Manifestações Dor e inchaço no local Dificuldade ou incapacidade de movimentação Posição anormal da região atingida Sensação de atrito das partes ósseas no local da fratura Ruptura da pele com exposição do osso fraturado (fratura exposta)

Primeiros socorros Fratura fechada Colocar o membro fraturado em posição tão normal quanto possível, sem desconforto. Colocar talas compridas suficientemente para ultrapassar as juntas acima e abaixo da fratura se for em uma das pernas. Amarrar o membro acidentado (a perna) na outra sã colocando entre ambas um pano. Deixe o acidentado em repouso aguardando o atendimento médico.

Primeiros socorros Fratura exposta Limpar o local Colocar gase, lenço ou pano sobre o ferimento, e fixar o curativo, sem apertar. Manter a vítima deitada. Colocar talas sem puxar o membro ou faze-lo voltar à sua posição natural. Providenciar o transporte do acidentado após a imobilização do membro fraturado.

Primeiros socorros Fratura no antebraço e mão Flexionar o cotovelo, mantendo o polegar voltado para cima e colocar duas talas, uma na face externa e outra na face interna do antebraço, indo a tala do cotovelo até o meio da palma da mão. Prender o braço com um tipóia. Fratura exposta: fazer curativo.

Primeiros socorros Fratura no braço Colocar algodão ou pano entre o braço e o tórax. Colocar tala forrada na parte externa do braço, do ombro ao cotovelo. Prender o braço junto ao tórax usando duas tiras ou uma faixa longa. Apoiar o braço usando uma tipóia.

Primeiros socorros Fratura da coxa Posicionar a vítima em decúbito dorsal. Usar duas talas, uma na face interna, a outra na face externa, indo do calcanhar até a cintura. Prender as talas com tiras. Providenciar a remoção ou transporte.

Primeiros socorros Fratura da perna Pôr talas nas faces interna e externa das pernas do comprimento que ultrapasse as juntas acima e abaixo da fratura. Usar pano ou material macio e amarrar as talas com tiras em 4 pontos: Abaixo da junta Abaixo da fratura Acima da jutna Acima da fratura.

Fraturas metafisárias Implante de placas Implante de hastes Fratura diafisária

Fraturas Epifisárias

Algumas classificações de fraturas envolvendo a fise já foram propostas, sendo a de Salter-Harris, que se baseia no mecanismo da lesão, na relação da fratura com a camada germinativa e no prognóstico do distúrbio de crescimento, a mais utilizada, por sua abrangência e praticidade. Localizam-se, com maior freqüência, distalmente no rádio, seguidas da extremidade inferior tibial e falângicas das mãos. Nos ossos do pé são raras; se sucederem, serão nas extremidades distais dos metatársicos e nas falanges proximais.

Fig. 1 Radiografia em duas incidências de paciente, mostrando fratura epifisária Salter-Harris IV localizada na falange proximal do hálux.

Fig. 2 - Fratura incompleta na epífise distal da tíbia, em esquiadora de 28 anos, com dor no tornozelo há 17 dias, após trauma direto (choque contra pedra, esquiando na neve). Líquido/edema de partes moles peri- articulares.

Os fatores básicos que tornam importantes as fraturas epifisárias Salter-Harris IV são bem conhecidos. Elas ocorrem por forças que rompem os limites estruturais da placa de crescimento intacta, geradas por um chute de algum objeto ou queda. Nas falanges dos pés, deve-se salientar sua baixa freqüência. A participação de crianças e adolescentes em práticas esportivas é cada vez mais comum. Alguns iniciam esta prática muito precocemente, e a maior duração e intensidade dos treinos podem levar a uma sobrecarga do esqueleto ainda imaturo. As fraturas epifisárias em crianças constituem 15 a 20% de todas as fraturas pediátricas e, em aproximadamente 10% delas, podem ocorrer alterações de crescimento.

As estruturas responsáveis pelo crescimento do osso incluem a fise (também chamada placa de crescimento) e as epífises. Afecções que acometem pacientes com o esqueleto imaturo, ou seja, com a placa de crescimento ainda aberta, podem interferir no crescimento ósseo, resultando em complicações como parada do crescimento, encurtamento dos membros ou deformidades angulares. A possibilidade de determinada lesão evoluir para complicações, como formação de barras ósseas, encurtamentos ósseos ou deformidades angulares, é dependente de vários fatores, como idade do paciente acometido, localização e extensão da lesão fisária, e da intensidade do trauma.

Fig. 3- Fotografia frontal dos pés após osteossíntese de fratura epifisária Salter-Harris IV, da falange proximal do hálux.

TRATAMENTO As fraturas epifisárias tipo IV instáveis e afirmaram que as mesmas tendiam à má consolidação e deformidades angulares. Em função disso, além do comprometimento articular e do suprimento sanguíneo eventualmente estar afetado, e uma falha de correção ter possibilidade de resultar em fechamento prematuro da placa epifisária, são recomendadas, para estas lesões, correção cirúrgica anatômica e fixação interna. Deve-se ressaltar também que, para todas as fraturas epifisárias tratadas operatoriamente, a técnica empregada deverá ser a mais delicada possível e com o mínimo de trauma na placa de crescimento, desaconselhando-sese o uso de qualquer tipo de instrumentação, sendo que evoluem melhor sem manobras forçadas.

OBRIGADA!!!