Quando as mudanças realmente acontecem - hora da verdade



Documentos relacionados
MÓDULO 5 O SENSO COMUM

Ana Beatriz Bronzoni

COMO PARTICIPAR EM UMA RODADA DE NEGÓCIOS: Sugestões para as comunidades e associações

GESTÃO PÉ NO CHÃO. Resultados da pesquisa online realizada com mais de 100 escritórios de advocacia

A Maquina de Vendas Online É Fraude, Reclame AQUI

Os desafios do Bradesco nas redes sociais

Como obter excelentes. Resultados. no Marketing Digital. Aprenda a usar 3 metas matadoras. Publicação SEVEN - SPD

Projeto recuperação paralela Escola Otávio

HISTÓRIAREAL. Como o Rodrigo passou do estresse total para uma vida mais balanceada. Rodrigo Pinto. Microsoft

RELATÓRIO DA ENQUETE SOBRE INTERNET MÓVEL

COMO ENGAJAR UM FUNCIONÁRIO NO PRIMEIRO DIA DE TRABALHO?

Ano 3 / N ª Convenção dos Lojistas do Estado de São Paulo reúne empresários lojistas.

Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses

Patrocínio Institucional Parceria Apoio

Oração. u m a c o n v e r s a d a a l m a

Como Criar seu produto digital

INFORMAÇÃO PARA A PREVENÇÃO

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos.

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

MALDITO. de Kelly Furlanetto Soares. Peça escritadurante a Oficina Regular do Núcleo de Dramaturgia SESI PR.Teatro Guaíra, no ano de 2012.

Líder: o fio condutor das mudanças

5 Considerações finais

Os encontros de Jesus. sede de Deus

5 Dicas Testadas para Você Produzir Mais na Era da Internet

Você é comprometido?

3 Dicas MATADORAS Para Escrever s Que VENDEM Imóveis

Exercícios Teóricos Resolvidos

METRÔ RIO NA RMS JUNHO E JULHO 2010 MOBILIZAÇÃO, SENSIBILIZAÇÃO E MONITORAMENTO DE LIDERANÇAS COMUNITÁRIAS TELEFONE, , RÁDIO E MÍDIAS SOCIAIS

Estudo sobre Rotatividade de Funcionários no Brasil Ano I

O que procuramos está sempre à nossa espera, à porta do acreditar. Não compreendemos muitos aspectos fundamentais do amor.

1 Dicas para o profissional que vira chefe dos colegas

COMO TER TEMPO PARA COMEÇAR MINHA TRANSIÇÃO DE CARREIRA?

Projetos sociais. Criança Futuro Esperança

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs

O papel do CRM no sucesso comercial

Problemas em vender? Veja algumas dicas rápidas e práticas para aumentar suas vendas usando marketing

Respostas dos alunos para perguntas do Ciclo de Debates

W W W. G U I A I N V E S T. C O M. B R

Como fazer contato com pessoas importantes para sua carreira?

Talvez, todos já saibam o que tenho a dizer aqui e não seja novidade, mas dizem que a Chave do Aprendizado é a Repetição."

Material: Uma copia do fundo para escrever a cartinha pra mamãe (quebragelo) Uma copia do cartão para cada criança.

Jogos. Redes Sociais e Econômicas. Prof. André Vignatti

Logo, fiquem atentos às nossas instruções para que tudo ocorra dentro da normalidade.

Capítulo II O QUE REALMENTE QUEREMOS

O QUE É PRECISO PARA SER UM GRANDE LÍDER

NIVEL PRATICANTE. Consultas de Registros Akáshicos PARTE 3. Tranformações e Prosperidade

Por que ouvir a sua voz é tão importante?

INOVANDO O SISTEMA DE VENDA DIRETA ATRAVÉS DE IDEIAS SIMPLES E FUNCIONAIS

E-BOOK LINK DE OURO. DE: IMPÉRIO DO PTC PARA VOCÊ: CLICADOR Espalhe este ELO juntando-se ao nosso Grupo: IMPÉRIO DO PTC!


Manifeste Seus Sonhos

C Por que é preciso fazer rápido o produto web?

Tomada de Decisão uma arte a ser estudada Por: Arthur Diniz

Palestra tudo O QUE VOCE. precisa entender. Abundância & Poder Pessoal. sobre EXERCICIOS: DESCUBRA SEUS BLOQUEIOS

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA

EMBRATEL ENTREVISTA: Pietro Delai IDC Brasil DATA CENTER VIRTUAL - DCV

FÓRMULA V.E.N.D.A. Ferramentas de Vendas Marcelo Ortega.

CAFÉ DA MANHÃ COM GESTÃO

Segundo Relatório de Intercâmbio de Longa Duração

Há 4 anos. 1. Que dificuldades encontra no seu trabalho com os idosos no seu dia-a-dia?

Sugestão de Roteiro para Elaboração de Monografia de TCC

Aula 5 Modelo de Roteiro Para Ser Usado nas Suas Entrevistas

GRITO PELA EDUCAÇÃO PÚBLICA NO ESTADO DE SÃO PAULO

Acasos da Vida. Nossas Dolorosas Tragédias

Produtividade e qualidade de vida - Cresça 10x mais rápido

Guia de Métricas. Quais métricas acrescentam para a diretoria da empresa?

Artigo Lean Seis Sigma e Benchmarking

1. Quem somos nós? A AGI Soluções nasceu em Belo Horizonte (BH), com a simples missão de entregar serviços de TI de forma rápida e com alta qualidade.

Múltiplos Estágios processo com três estágios Inquérito de Satisfação Fase II

Veículo: Site Estilo Gestão RH Data: 03/09/2008

Apresentações Impactantes e Atractivas! 28 de Abril

Como motivar Millennials. Gerencie seus benefícios! Faça um teste em convenia.com.br/free

AFETA A SAÚDE DAS PESSOAS

Como é o RH nas Empresas?

O sucesso de hoje não garante o sucesso de amanhã

Daruma NFCe Conheça todos os passos para testar a NFCe Daruma

Sou Helena Maria Ferreira de Morais Gusmão, Cliente NOS C , Contribuinte Nr e venho reclamar o seguinte:

COACHING Executivo Equipe Liderança

"Brasil é um tipo de país menos centrado nos EUA"

atitudes e comportamentos. Acima de tudo, o Ser Humano tem alma, emoções e sentimentos. Quantas mudanças ocorrem na vida da empresa? Inúmeras.

Top Guia In.Fra: Perguntas para fazer ao seu fornecedor de CFTV

ESTRUTURA CURRICULAR DO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MBA EM GESTÃO DE PESSOAS, LIDERANÇA E COACHING

Desafio para a família

A Área de Marketing no Brasil

Educação Ambiental: uma modesta opinião Luiz Eduardo Corrêa Lima

GUIA PRÁTICO PARA PROFESSORES

O CAMINHO PARA REFLEXÃO

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5

Projeto Você pede, eu registro.

ÍNDICE. Introdução. Os 7 Segredos. Como ser um milionário? Porque eu não sou milionário? Conclusão. \\ 07 Segredos Milionários

Região. Mais um exemplo de determinação

ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2

DESENVOLVER E GERIR COMPETÊNCIAS EM CONTEXTO DE MUDANÇA (Publicado na Revista Hotéis de Portugal Julho/Agosto 2004)

coleção Conversas #9 - junho m i o o Respostas que podem estar passando para algumas perguntas pela sua cabeça.

PHC XL CS. Reporting Financeiro em Microsoft Excel. O que ganha com este software:

Hoje eu vou falar de um tema no qual eu tenho muito conforto em falar! Primeiro, porque a Wiki é uma empresa de serviços B2B. Segundo, porque a maior

S E M A N A D O COACHING

2015 O ANO DE COLHER ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO

Transcrição:

Quando as mudanças realmente acontecem - hora da verdade Pergunte a um gestor de qualquer nível hierárquico qual foi o instante em que efetivamente ele conseguiu obter a adesão de sua equipe aos processos de mudança. Certamente, ele responderá um conjunto de ações do tipo envolvimento, participação, conscientização, sensibilização, entre outras. Sinto muito, mas não é verdade. Sentado à sua mesa em um sala ampla, o executivo se vê à frente da necessidade de um processo de mudança, olha para ao sua organização, olha para o espelho e pergunta: será preciso fazer isto tudo mudar? Como nossos colaboradores vão reagir? Será que no final vai valer a pena? Estas são questões que passam pela reflexão de pessoas que precisam conduzir processos de mudança. Pior do que as questões: se ele ouvir o seu consultor externo, o seu quadro executivo individualmente, chegará a uma brilhante conclusão: toas as opiniões são boas e diferentes. Felizmente, hoje já temos metodologias de auditoria de gestão que, na verdade, formulam tecnicamente processo de mudança. Mas mesmo assim sobra a decisão: Já sei tudo o que devo mudar, mas, será que minha competência é suficiente? Ou então, será que é conveniente fazer tudo isso agora e finalmente: será que existe, internamente à empresa, coragem suficiente para este processo? Pois bem, todo o estudo técnico de mudança submetido à regrinha dos três C s pode acabar e, pizza ou em francas lutas [para com o modus operandi da empresa. É nos processos de mudança efetivamente fortes que está focada a nossa questão.

Sem liderança não há mudança mudança não é uma questão de democracia e sim de liderança, segundo Jerry Wind e Jeremy Main, da Wharton School. O que observamos é que na regra dos três C s o esforço do topo nem sempre é reconhecido como legítimo pois a credibilidade do quadro de líderes não é tão alta. Daí então a opção por ações citadas na introdução, e grandes projetos de mudança são deixados de lado ou profundamente alterados para atender a necessidades de pessoas, em primeiro lugar, logo após a empresa e, por fim, as coisas acontecem, mas sob um profundo desgaste do quadro de Direção. Sem projeto técnico de mudança tudo vira campanha e quem vive de campanha em campanha é político o projeto técnico é isento de versões sobre os fatos ou vontades. É coisa de quem entende do negócio, do mercado e da competição necessária. Como desenhar o alinhamento da organização à estratégia é a questão. Quando se fala em alinhar a organização necessariamente inclui-se: Mudar a estrutura organizacional onde reside a esperança de cada indivíduo; Mudar o sistema de gestão onde residem as possibilidades de acesso ao poder de cada um; Mudar as questões físicas de trabalho tais como espaço, local, volume de janelas em seu poder, onde reside o conforto pessoal, a continuidade da habitação; Mudar a forma de gerir pessoas, a missa da empresa. É verdade: toda empresa tem um ritual. Se o diretor nunca acompanha custos, em nunca

me preocupo com custos. Mas se ele faz isso todo dia 30, dia 29 eu me preocupo. Não há mudança sem mudança este é o ponto central. Sempre que o projeto de mudança começa, um grupo de pessoas se mostra entusiasta, mas os outros... ai que mora o problema. Inicialmente, rumores pela rádio-peão ou coisa parecida; e quando eles percebem que vai mudar mesmo, com eles, sem eles ou apesar deles, começa o falatório: sim vamos lá, que bom... mas as atitudes não mudam, o envolvimento não é real, o entusiasmo é falso e irônico. Sempre digo aos líderes de processo: não se iludam, eles parece que vão mas não vão. Cabe ao quadro de líderes conduzir com maior ênfase ainda o processo até o momento de realmente as coisas mostrarem que vão mudar. Fiz uma grande constatação: se não mudar fisicamente nada, nada vai mudar, as coisas vão se postergar. Aposto que se Paulo Ferraz do Banco Bozano (Exame 675 de 18/11/98) não tivesse tirado o main frame de lá, talvez estivesse em paralelo até hoje. Esta constatação mostra que o hábito dos não entusiastas só muda se houver uma profunda mexida na sua zona de conforto pessoal, é necessário quebrar o status quo. Portanto, tirar as salas ou colocar salas para o pessoal não é bom nem ruim: o ganho está no movimento. Gerentes usando uniformes do pessoal de fábrica não é bom nem ruim: o que vale é o sinal concreto de que as coisas mudaram. Só após estes sinais terem substancialmente sido mostrados é que os não entusiastas começa, a falar: bem, pode ficar melhor, demorou muito, poderia ser melhor... mas enfim foi feito. Neste instante em que aparece uma espécie de tristeza eufórica é que é hora de juntar parte desse pessoal com os entusiastas e conceber uma primeira revisão no programa

de mudança. A este efeito chamamos de mobilização de pessoas através de ciclos de adesão. A mudança total não se faz de uma vez para alcançar efetivos resultados de um processo de mudança, no que tange ao aumento substancial da massa de entusiastas, tornam-se necessário dois a três ciclos de ruptura da forma de trabalhar de grupos de pessoas. Isto implica que o quadro de liderança deve aprender a conviver com flexibilidade para implantar flexibilidade na organização. O que chama a atenção é que para obter flexibilidade das pessoas o processo tem que ser rigorosamente implantado. Ainda não é tudo para realmente se chegar a processos de mudança bem conduzidos falta a discussão de outras, pelo menos, duas questões fatais: uma diz respeito ao esforço de liderança no topo junto aos entusiastas. Outra, e talvez mais fundamental ainda, é saber como conduzir as mudanças sem que as pessoas percam a confiança em si próprios e na organização. Voltaremos oportunamente a esses temas. Concluindo a verdade sobre mudanças se agora então observarmos o produto de todo este esforço de projetos de mudança veremos que as pessoas foram envolvidas, participaram, se conscientizaram e foram sensibilizadas sobre a necessidade da mudança, mais como produto de um profundo processo, realizado de maneira rigorosa, do topo para a base, dominado por efetivamente líderes visionários que fazem a diferença.

Pergunte a um gestor de qualquer nível hierárquico qual foi o instante em que efetivamente ele conseguiu obter a adesão de sua equipe aos processos de mudança. Certamente, ele responderá um conjunto de ações do tipo envolvimento, participação, conscientização, sensibilização, entre outras. Sinto muito, mas não é verdade. Sentado à sua mesa em um sala ampla, o executivo se vê à frente da necessidade de um processo de mudança, olha para ao sua organização, olha para o espelho e pergunta: será preciso fazer isto tudo mudar? Como nossos colaboradores vão reagir? Será que no final vai valer a pena? Estas são questões que passam pela reflexão de pessoas que precisam conduzir processos de mudança. Pior do que as questões: se ele ouvir o seu consultor externo, o seu quadro executivo individualmente, chegará a uma brilhante conclusão: toas as opiniões são boas e diferentes. Felizmente, hoje já temos metodologias de auditoria de gestão que, na verdade, formulam tecnicamente processo de mudança. Mas mesmo assim sobra a decisão: Já sei tudo o que devo mudar, mas, será que minha competência é suficiente? Ou então, será que é conveniente fazer tudo isso agora e finalmente: será que existe, internamente à empresa, coragem suficiente para este processo? Pois bem, todo o estudo técnico de mudança submetido à regrinha dos três C s pode acabar e, pizza ou em francas lutas [para com o modus operandi da empresa. É nos processos de mudança efetivamente fortes que está focada a nossa questão. Sem liderança não há mudança mudança não é uma questão de democracia e sim de liderança, segundo Jerry Wind e Jeremy Main, da Wharton School. O que observamos é que na regra dos três C s o esforço do topo nem sempre é reconhecido como legítimo pois a credibilidade do quadro de líderes não é tão alta. Daí então a opção por ações citadas na introdução, e grandes projetos de mudança são deixados de lado ou profundamente alterados para atender a necessidades de pessoas, em primeiro lugar, logo após a empresa e, por fim, as coisas acontecem, mas sob um profundo desgaste do quadro de Direção.

Sem projeto técnico de mudança tudo vira campanha e quem vive de campanha em campanha é político o projeto técnico é isento de versões sobre os fatos ou vontades. É coisa de quem entende do negócio, do mercado e da competição necessária. Como desenhar o alinhamento da organização à estratégia é a questão. Quando se fala em alinhar a organização necessariamente inclui-se: Mudar a estrutura organizacional onde reside a esperança de cada indivíduo; Mudar o sistema de gestão onde residem as possibilidades de acesso ao poder de cada um; Mudar as questões físicas de trabalho tais como espaço, local, volume de janelas em seu poder, onde reside o conforto pessoal, a continuidade da habitação; Mudar a forma de gerir pessoas, a missa da empresa. É verdade: toda empresa tem um ritual. Se o diretor nunca acompanha custos, em nunca me preocupo com custos. Mas se ele faz isso todo dia 30, dia 29 eu me preocupo. Não há mudança sem mudança este é o ponto central. Sempre que o projeto de mudança começa, um grupo de pessoas se mostra entusiasta, mas os outros... ai que mora o problema. Inicialmente, rumores pela rádio-peão ou coisa parecida; e quando eles percebem que vai mudar mesmo, com eles, sem eles ou apesar deles, começa o falatório: sim vamos lá, que bom... mas as atitudes não mudam, o envolvimento não é real, o entusiasmo é falso e irônico. Sempre digo aos líderes de processo: não se iludam, eles parece que vão mas não vão. Cabe ao quadro de líderes conduzir com maior ênfase ainda o processo até o momento de realmente as coisas mostrarem que vão mudar. Fiz uma grande constatação: se não mudar fisicamente nada, nada vai mudar, as coisas vão se postergar. Aposto que se Paulo Ferraz do Banco Bozano (Exame 675 de 18/11/98) não tivesse tirado o main frame de lá, talvez estivesse em paralelo até hoje. Esta constatação mostra que o hábito dos não entusiastas só muda se houver uma profunda mexida na sua zona de conforto pessoal, é necessário quebrar o status quo. Portanto, tirar as salas ou colocar salas para o pessoal não é bom nem ruim: o ganho está no movimento. Gerentes usando uniformes do pessoal de fábrica não é bom nem ruim: o que vale é o sinal concreto de que as coisas mudaram.

Só após estes sinais terem substancialmente sido mostrados é que os não entusiastas começa, a falar: bem, pode ficar melhor, demorou muito, poderia ser melhor... mas enfim foi feito. Neste instante em que aparece uma espécie de tristeza eufórica é que é hora de juntar parte desse pessoal com os entusiastas e conceber uma primeira revisão no programa de mudança. A este efeito chamamos de mobilização de pessoas através de ciclos de adesão. A mudança total não se faz de uma vez para alcançar efetivos resultados de um processo de mudança, no que tange ao aumento substancial da massa de entusiastas, tornam-se necessário dois a três ciclos de ruptura da forma de trabalhar de grupos de pessoas. Isto implica que o quadro de liderança deve aprender a conviver com flexibilidade para implantar flexibilidade na organização. O que chama a atenção é que para obter flexibilidade das pessoas o processo tem que ser rigorosamente implantado. Ainda não é tudo para realmente se chegar a processos de mudança bem conduzidos falta a discussão de outras, pelo menos, duas questões fatais: uma diz respeito ao esforço de liderança no topo junto aos entusiastas. Outra, e talvez mais fundamental ainda, é saber como conduzir as mudanças sem que as pessoas percam a confiança em si próprios e na organização. Voltaremos oportunamente a esses temas. Concluindo a verdade sobre mudanças se agora então observarmos o produto de todo este esforço de projetos de mudança veremos que as pessoas foram envolvidas, participaram, se conscientizaram e foram sensibilizadas sobre a necessidade da mudança, mais como produto de um profundo processo, realizado de maneira rigorosa, do topo para a base, dominado por efetivamente líderes visionários que fazem a diferença. Pedro Mandelli Filho 03/99