O COMPORTAMENTO E PERFIL DO INVESTIDOR FRENTE AOS RISCOS DE INVESTIMENTOS EM AÇÕES



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Transcrição:

O COMPORTAMENTO E PERFIL DO INVESTIDOR FRENTE AOS RISCOS DE INVESTIMENTOS EM AÇÕES Bruna Hiromi USHIWA 1 RGM 072470 Camila Rodrigues BAGATTINE 1 RGM 073812 Karina Godoy CARVACHE 1 RGM 072793 Natali BARBOSA 1 RGM 073147 Resumo Renato Francisco Saldanha SILVA 2 Marcos Roberto de OLIVEIRA 3 Investimentos em ações visa destacar os perfis e comportamentos dos investidores sendo estes fatores determinantes para o sucesso das suas operações, atrelados aos ricos e oportunidades de mercado. Quanto ao seu referencial teórico foram realizadas pesquisas de campo e palestras na própria sede da BM&F BOVESPA juntamente com entrevistas de profissionais relacionados à área. O principal objetivo deste artigo é transmitir ao público fontes para análise de perfil e comportamento para que desta forma sejam capazes de identificar os riscos e as oportunidades aos quais estão sujeitos. Palavras-chave: BM&F BOVESPA. Perfil. Comportamento. Riscos. Oportunidades Introdução Quando se trata de tomar uma decisão com base no tipo de investimento a ser realizado, ou seja, guardar em alguma aplicação segura ou investir na Bolsa de Valores, faz se necessário identificar o perfil de investidor para uma boa tomada de decisão. Existem três tipos de perfis: Conservador, Moderado e Arrojado, sendo estes fatores determinantes para uma tomada de decisão. O comportamento humano deve ser analisado, visto que ele causa extremo impacto na bolsa de valores. [...] o investidor bem-sucedido é realista. Sabe que suas capacidades são limitadas. Vê o que está acontecendo no mercado e sabe reagir aos fatos. (ELDER, 2004, p. 15). O risco é visto como fator de impedimento para as pessoas investirem em ações, ele está diretamente ligado às incertezas associadas ao grau de variação do retorno esperado. 1 Formandas do curso de Administração do CEUNSP (ano de conclusão 2012) 2 Professor do CEUNSP; Especialista em Administração. CEUNSP; Orientador do TCC 3 Professor do CEUNSP; Especialista em Administração Financeira. Uniso

Atualmente no mercado acionário, as oportunidades estão cada vez mais em evidência, destacando principalmente a tecnologia que facilita e incentiva os investidores a operarem na bolsa. O Perfil do Investidor O perfil do investidor pode ser definido com as características de um investidor com base na sua tolerância de risco, dois principais itens para definir qual perfil o investidor se encaixa são: Verificar quais são os objetivos a serem atingidos e em quanto tempo deseja alcançá-los. Este perfil é específico de cada investidor e esta relacionado com a personalidade, a idade e experiências profissionais. O perfil e as estratégias do investidor podem mudar com o passar do tempo. Há a necessidade de constantemente estar revendo esses conceitos, pois algum tipo de mudança na vida de uma pessoa faz com que sua visão e perspectivas em relação ao futuro possam ser alteradas também, como exemplo podemos citar uma mudança de emprego, uma promoção, nascimento de um filho, entre outros fatores. Para saber em qual perfil o investidor se encaixa como base no que já foi dito no início do texto, alguns aspectos devem ser levados em consideração. O primeiro são os lucros almejados, que devem ser projetados de acordo com o orçamento do investidor. Ele deve analisar a quantia que pode ser investida e se este valor não irá prejudicar demais operações financeiras, analisando assim cuidadosamente sua renda. Quando o valor já estiver definido é preciso procurar aplicações que aceitem este valor já pré-determinado. O segundo passo é estabelecer o tempo que deseja atingir suas metas, saber se este lucro precisa vir a curto ou em longo prazo. Por último, com base nos riscos, o investidor precisa decidir qual o retorno esperado, quanto maior o retorno maior o risco. Uma técnica que as instituições utilizam para identificar de forma padronizada e sistemática o perfil que seus investidores se encaixam com base no grau de risco que estão dispostos a enfrentar é a API (Avaliação do Perfil do Investidor), em outros países conhecida com Suitability (termo em inglês, que significa adequação). A API é considerada um grande benefício, pois conhecendo o perfil do investidor, as condições de auxiliá-lo nas suas tomadas de decisões são mais favoráveis alinhadas com seus objetivos. Perfil Conservador A principal característica do perfil conservador diz respeito à segurança, ou seja, é aquele investidor que não tolera riscos e que aplica a maioria dos seus recursos em

poupança ou renda fixa, os quais se referem os investimentos que sugiram perdas inexpressivas ou até mesmo inexistentes, mesmo que isso seja um sinal de menores rendimentos, retornos a longo prazo. Porém se o sujeito faz parte do perfil conservador isto não significa que esteja restrito somente às aplicações em poupança ou renda fixa. Ele também pode investir na Bolsa, contanto que procure as empresas mais consolidadas e já estejam dando lucro e distribuindo dividendos há alguns anos. Segundo Andrés Kikuchi, chefe da área de análises da corretora Link, em entrevista fornecida ao site da UOL em 12/02/2010, um bom exemplo de empresas são as do setor elétrico: Elas têm contratos já acordados e pagam bons dividendos. Cita também o setor de concessões rodoviárias que contam com empresas que possuem negócios que têm por base contratos de longo prazo. Com relação às empresas como Petrobrás e Vale, Kikuchi ressalta que é melhor evitá-las: são empresas que possuem muitos altos e baixos e que dependem muito do mercado externo, complementa. Segue abaixo setores em destaque e os setores a serem evitados para os conservadores que desejam investir na bolsa: Especial atenção para os setores: elétrico, rodoviário, saneamento básico, fumo, bebidas e telefonia fixa. Necessidade de ponderação para os setores: empresas exportadoras de commodities, varejo e bancos. Fonte: Consultores Financeiros O tempo também é um fator de extrema importância, não se pode ter pressa. No mínimo esperar em torno de três anos é o suficiente para se ter uma rentabilidade considerável se esquivando de oscilações de curto prazo. A porcentagem para aplicação na Bolsa depende muito do risco que o investidor esta disposto a correr, em se tratando do perfil conservador a ideal gira em torno de 10%. Perfil Moderado O perfil moderado trata dos investidores assim como o perfil conservador, busca segurança nas suas operações, porém aceitam em determinadas situações correrem algum tipo de risco para obter uma maior rentabilidade.

Para entender melhor este tipo de perfil citamos as pessoas que guardam seu dinheiro na segura poupança para aplicar em momentos que o mercado se mostrar mais favorável. Pessoas com este perfil devem ser mais ponderadas na hora de tomar uma boa decisão. Segue algumas modalidades de investimentos mais recomendadas para este tipo de perfil: Juros Pré-fixados: aqui o investidor já sabe antecipadamente o valor da sua rentabilidade. Porém ele só receberá este valor se manter a aplicação até o seu vencimento, caso contrário sua rentabilidade poderá variar. Juros Pós-fixados: nesta situação a rentabilidade depende do desempenho de um indexador de mercado, que corrige a remuneração do título enquanto aplicado. Este tipo de investimento é mais adequando quando se espera um aumento da inflação ou da taxa de juros, pois o retorno para o investidor é maior. Multimercado: permite que o investidor diversifique sua a aplicação, alavancando assim seu investimento, mesmo estando em um único fundo de investimento, ou seja, estes recursos podem ser aplicados em vários mercados ao mesmo tempo. Ações: investidor adquire um pedaço da empresa, tornando-se assim um sócio da mesma, igualmente no perfil conservador, o perfil moderado na hora de escolher por esta modalidade deve optar por empresas sólidas. Perfil Arrojado Este tipo de perfil sugere pessoas que buscam rendimentos que superem as médias do mercado em curto espaço de tempo. Porém, devemos lembrar que quanto maior e mais rápido o retorno esperado, maior a probabilidade dos riscos de perdas a serem enfrentados. O perfil arrojado exige um maior preparo técnico e emocional, pois o investidor dever estar apto para enfrentar as oscilações do mercado e não entrar em pânico em uma situação de queda da Bolsa, por exemplo, através do seu conhecimento tratar tal situação da forma mais conveniente possível para desta forma não acabar comprometendo o seu investimento. Análise do comportamento do investidor O comportamento humano na Bolsa de Valores exerce extremo impacto. O investidor pode possuir as melhores estratégias de acordo com seu tipo de perfil, ter definido de forma adequada a empresa que irá investir, e variadas informações que o favoreçam em suas operações, nada disso adianta se ele não estiver preparado

emocionalmente para este processo, ou seja, de nada resolve ele possuir todo o conhecimento técnico e por outro lado não conseguir controlar seus impulsos durante uma operação. O investidor antes de tudo precisa se conhecer. Conhecer seus limites e o quanto está preparado para lidar com situações consideradas desfavoráveis. O investimento em ações requer planejamento, porém, nem sempre o ser humano age de forma totalmente racional, muitas vezes não segue com vigor os planos traçados pra atingir seus objetivos e mesmo quando deseja agir, uma série de fatores contribui para que a situação tome um rumo oposto ao que foi traçado. Porém, alterações nos processos não significam que as coisas estão fadadas ao total fracasso, também serve para demonstrar que nada é perfeito e que quanto mais ele se conhecer, mais controle obterá nestas operações. Quando ocorrem situações como as descritas acima, o investidor pode tirar muito proveito e aprender com os erros do passado. O comportamento do investidor como fator determinante do sucesso Um bom exercício a ser realizado é responder três questões para que seu comportamento no mercado acionário seja satisfatório: Aonde quer chegar? Onde está? E o que já sabe? Saber aonde quer chegar significa que tudo deve ser planejado, realizar uma projeção, estabelecendo datas, pois qualquer projeto sem data é somente uma intenção. O segundo passo é analisar a situação do cenário atual e suas possibilidades. O terceiro passo é verificar o quanto conhece deste mercado no qual irá ingressar e se este conhecimento é necessário para seguir em frente. Juntando tudo isso pode dizer à distância que almeja chegar, em relação à situação atual faz o ser humano pensar no que deverá ser feito para atingir este objetivo. De acordo com Kiyosaki & Lechter (2004, p.116), dentro de nós há um perdedor e um vencedor, e uma das razões de as pessoas não desenvolverem seu potencial financeiro é deixar que o lado perdedor fale mais alto. Experimentos comprovados demonstram que as pessoas precisam do dobro de ganhos para superar psicologicamente as perdas, e isto explica o medo que os investidores possuem ao fazer investimentos em ações. Riscos Iniciantes que ingressam no mercado de investimentos acreditam que se optarem por aplicações de forma inteligente, levando em consideração seu perfil, seu

comportamento, e possuindo amplo conhecimento técnico, isto os isentará de estarem sujeitos aos riscos, o que na prática não corresponde à realidade. Definir com precisão o perfil, comportamento e possuir ampla base técnica, não assegura investimentos de riscos nulos, qualquer aplicação possui seu grau de risco e não existe investimento que garanta 100% dos lucros almejados. É um equívoco pensar que somente investimentos em renda variável oferecem riscos. Os investimentos em renda fixa também apresentam seu grau de risco. Por exemplo, mudanças no mercado podem causar ganhos ou perdas de capitais, alterando assim a rentabilidade dos ativos durante a sua vigência. O investidor deve conhecer a fundo o risco da carteira que deseja investir, seja para adicionar/elevar um novo ativo ou reduzir outros que já não apresentam resultados satisfatórios. Riscos de investimento ações Independente da carteira de investimento, o investidor está sujeito a vários tipos de riscos relacionados à operação. O investimento em ações se refere aos ativos de renda variável, portanto não há garantia de rentabilidade. Ao se mensurar o grau de risco de determinada operação deve-se possuir a máxima cautela, pois analisar a situação corretamente faz com que seu resultado seja mais preciso e estejam mais próximo de saber quais as chances de fracasso de um determinado investimento. Vários fatores são determinantes para o sucesso dos investimentos em ações, como por exemplo: desempenho da empresa, comportamento da economia brasileira e internacional. Em função de não possuir rentabilidade assegurada, o investimento em ações é considerado um investimento de risco. Faz-se necessário analisar que tal investimento necessita de um horizonte de tempo maior, de médio a longo prazo, onde eventuais desvalorizações poderão ser revertidas. A seguir, os riscos relacionados ao investimento em ações: Risco da empresa: Ações são valores mobiliários emitidos por empresas. Quando o investidor adquire a ação de determinada empresa ele passa a ser proprietário de uma parcela do capital da mesma, portanto assume os riscos inerentes aos seus negócios, podendo perder parte de todo o investimento realizado quando os resultados da empresa não se mostrem favoráveis e o preço das suas ações caia.

Risco de mercado: O Risco de Mercado se refere às flutuações de preços e taxas, ou seja, os preços dos ativos são determinados pelas oscilações de bolsa de valores, mercados de taxas de juros e o mercado de câmbio dentro e fora do país. Alguns exemplos são claros para ilustrar a situação de risco de mercado, como os juros muito elevados que acabam por inviabilizar uma operação para realização de certo investimento. Um item de extrema importância nesta análise é verificar a liquidez de operação, ou seja, quanto menos liquido for considerado um investimento maior é considerado seu grau de risco, portanto, liquidez é considerada à velocidade com que os investimentos se transformam em dinheiro. Quando um investimento apresenta um alto nível de risco de liquidez significa que se for preciso se desfazer do mesmo o valor obtido provavelmente será muito abaixo do valor de mercado. Um exemplo para demonstrar a questão de liquidez é entre o investimento em imóveis e caderneta de poupança. No caso da primeira, caso haja a necessidade de geração de dinheiro o tempo para isto ocorra será bem maior que para a segunda opção. Considerações Finais O sucesso de um investidor está em grande parte na avaliação dos riscos de investir em ações, é ter definido e planejado aonde quer chegar, qual é a sua meta, ter disciplina e tolerância para isso. Analisar onde se enquadra seu perfil e lançar as redes sem medo de se arriscar a este poderoso desafio. Referências Bibliográficas HILGERT, SILVIO PAULO. XP Educação: Aprenda a Investir na Bolsa de Valores com ênfase em Analise Técnica. KIYOSAKI, Robert T. & LECHETER, Sharon L. Quem mexeu no meu dinheiro? Como fazer do seu dinheiro um campeão. 1º edição, Rio de Janeiro: Campus/ Elsevier, 2004. LUERDES, ANDERSON. Investimento em Small Caps: Um Roteiro Completo para se tornar Investidor de Sucesso. 1º edição, Rio de Janeiro: Elsevier, 2008 http://economia.uol.com.br/financas/investimentos/ultimasnoticias/2010/02/12/analistas-montam-estrategia-para-investidores-conservadores-irempara-a-bolsa.jhtm