PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA PARAÍBA GAB. DES. MANOEL SOARES MONTEIRO



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Transcrição:

--, PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA PARAÍBA GAB. DES. MANOEL SOARES MONTEIRO ACÓRDÃO EMBARGOS DE DECLARAÇÃO N. 001.2006.002481-5/ 003 RELATOR: Carlos Martins Beltrão Filho (Juiz convocado) EMBARGANTE: Jailson da Costa Ferreira ADVOGADOS: Alexei Ramos de Amorim e outros. EMBARGADO: Ronaldo Nery Dantas ADVOGADOS: Thelio Farias e halo Farias Bemantas EMBARGOS DE DECLARAÇÃO Contradição e erro manifesto Inexistência - Rediscussão da matéria - Meio escolhido impróprio Prequestionamento - Rejeição dos aclara tórios. - Os embargos declaratórios têm a finalidade de esclarecer pontos omissos, obscuros ou contraditórios existentes na decisão, não servindo para reexame de matéria decidida. - Não se admitem embargos declaratórios com o propósito de ver reapreciada a matéria de mérito, sem, contudo, revelar a existência de qualquer omissão, obscuridade ou contradição do decisum, capaz de mudar o julgamento. Ainda que para fim de prequestionamento, devem estar presentes os três requisitos ensejadores dos embargos de declaração. A oposição de embargos declaratórios sem preencher os seus requisitos ensejadores, autoriza a aplicação de multa prevista no parágrafo único do art. 538, do Código de Processo Civil. Vistos, relatados e discutidos estes autos, antes identificados: Acorda, a Primeira Câmara Cível do Tribun de Justiça da :rivis à ao r-li.;',.

Paraíba, a unanimidade, REJEITAR OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, condenando, de oficio, a embargante, a pagar ao embargado a multa de 1% (um. por cento) sobre o valor da causa. Relatório Tratam-se de embargos declaratórios opostos por Jailson da Costa Ferreira (inobstante a inicial dos embargos apresente um erro material no tocante ao nome do recorrente) contra o acórdão que negou provimento aos recursos apelatórios interpostos nos autos da Ação de Nunciação de Obra ajuizada pelo ora recorrente em desfavor de Ronaldo Nery Dantas. Em síntese, alega a existência de contradição e manifesto equívoco na decisão impugnada, além de pugnar pelo prequestionamento da matéria deduzida no recurso apelatório. É o relatório. Voto: Dr. Carlos Martins Beltrão Filho: O embargante argumenta que este órgão julgador incorreu em contradição e erro manifesto quando do julgamento dos recursos apelatórios interpostos em face da decisão de fls.428/433, pugnando pelo provimento do presente meio recursal. Sabe-se que os embargos declaratórios têm por objetivo sanar omissões, contradições ou obscuridades, nos termos do art. 535 do Código de Processo Civil: "Art. 535. Cabem embargos de declaração quando: I -houver na sentença ou no acórdão obscuridade ou contradição; II - for omitido ponto sobre o qual devia pronunciar-se o juiz ou tribunal."' (grifei) No presente caso, não vislumbro as falhas apontadas no julgado, estando a decisão colegiada fulcrada em argumentos sólidos, claros e harmoniosos. Compulsando os autos, verifico que o pretendido pelo embargante é a rediscussão de matéria de mérito, sendo o presente meio recursal incabível para tal desiderato, conforme entendimento jurisprudencial dominante. 1 Redação dada ao artigo pela Lei n 8.950, de 13.12.1994 enfi0 n ít)

Diante da não ocorrência de omissão, obscuridade ou contradição requisitos estabelecidos no art. 535 do CPC para que se possa conhecer dos embargos interpostos e na impossibilidade de rediscutir a matéria ventilada no aresto, cumpre rejeitar o presente recurso. Não se pode voltar, em sede de embargos de declaração, a questões já julgadas e óbices já superados, exceto, para sanar omissão, contradição ou dúvida no julgado, o que não é o caso dos autos. Dessa forma, os embargos são manifestamente procrastinatórios, com o propósito de alongar o desfecho da demanda, ensejando, desse modo, por definição legal, a aplicação de multa. Sobre o assunto, a jurisprudência pontifica: "Embargos declaratórios. A multa prevista para a litigância de má-fé; na hipótese do art. 17, VII, CPC, com a redação dada pela Lei 9.668/98, equivale à multa por embargos de declaração protelatórios prevista no art. 538, parágrafo único, sendo irrelevante que o órgão julgador aplique a sanção por qualquer desses dois fundamentos legais. (ST), 4a. Turma, REsp. 225.435-PR, Min. Sábio de Figueiredo Teixeira, relator, j. 22.02.2000). Contudo, por força do artigo 538, parágrafo único, do CPC, a multa pela interposição de embargos de declaração manifestamente protelatórios não pode exceder o percentual de 1%". (STJ, 4a. Turma, REsp. 184.914-SC, Min. Sitivio de Figueiredo Teixeira, relator, j. 29.01.2000). Além disso, até mesmo para fins de prequestionamento, os - 1 embargos de declaração devem obedecer aos limites estabelecidos no artigo 535 do Código de Processo Civil, como já decidiu o Superior Tribunal de Justiça: "MESMO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO COM FIM DE PREQUESTIONAMENTO, DEVEM-SE OBSERVAR AS LINDES TRAÇADAS NO ART. 535 DO CPC (OBSCURIDADE, DÚVIDA, CONTRADIÇÃO, OMISSÃO E POR CONSTRUÇÕES PRETORIANA INTEGRATIVA, A HIPÓTESE DE ERRO MATERIAL). ESSE RECURSO NÃO É MEIO HÁBIL AO REEXAME DA CAUSA." 2 "EMBARGOS DECLARATÓRIOS - CONTRADIÇÃO E STJ ia T., RESP 13.843-0-SP, Rel. Min. Demócrito Reinaldo. joí7 de

OBSCURIDADES - INEXISTÊNCIA - PREQUESTIONAMENTO CONSTITUCIONAL - REJEIÇÃO. Mesmo para fins de prequestionamento, o acolhimento de embargos declaratórios pressupõe a existência de vicio catalogado no Art. 535 do CPC."' "PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. VIOLAÇÃO AO 535 DO CPC. INEXISTÊNCIA DE VÍCIO A SER SANADO. Os embargos declaratórios não se prestam para forçar o ingresso na instância extraordinária se não houver omissão a ser suprida no acórdão, nem fica o juiz obrigado a responder a todas as alegações das partes quando já encontrou motivo suficiente para fundar a decisão. Mesmo para fins de prequestionamento, os embargos de declaração têm suas hipóteses de cabimento traçadas no artigo 535 do Código de Processo Civil. Embargos declaratórios rejeitados. "4 No mais, pretendeu a embargante rediscutir matéria amplamente analisada quando do julgamento do apelo interposto, não sendo este o meio recursal cabível. Com estas considerações, REJEITO OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO e condeno, de oficio, o embargante, a pagar ao embargado multa de 1% (um por cento) sobre o valor da causa, com supedâneo no art. 538, parágrafo único, do Código de Processo Civil. É como voto. Presidiu a Sessão o Exmo. Des. José Di Lorenzo Serpa.. Participaram da sessão, além do relator, o Exmo. Juiz Carlos Martins Beltrão Filho, convocado em virtude das férias do Exmo. Des. Manoel Soares Monteiro, o Exmo. Des. José Di Lorenzo Serpa e o Exmo. Des. José Ricardo Porto. Presente ao julgamento a Procuradora de Justiça Otanilza Nunes de Lucena. Sala de Sessões da Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba, em João Pessoa, 27 de janeiro de 2011. <-1 C los Ma trão Filho Relator (Juiz convocado) STJ RESP n 237553/R0 2a Seç Rel. Min. Humberto Gomes de Barros Julg. 09.06.2004 Public. 01.07.2004. 4 STJ EARESP n 505186/RS 7' Turma Rel. Min. Paulo Medina J. em26.05.2004 P. em 01.07.2004.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA Coordenadoria Judiciária, Registrado eirc3_,ijo 1 ) V