CONTABILIDADE CONCEITO



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Transcrição:

CONTABILIDADE CONCEITO São variados os conceitos que encontramos sobre contabilidade, tendo em vista sua finalidade. Existe a discussão quanto ao caráter científico da mesma em alguns países, mas, em nível de Brasil esta é caracterizada como ciência, e assim, muitos autores a conceituam levando em consideração tal preceito. Elencamos abaixo duas definições de autores renomados, bem como a visão deste professor, as quais consideramos, assim como as demais retratar a contabilidade em sua essência. Quais sejam: É UMA CIÊNCIA QUE PERMITE, ATRAVÉS DE SUAS TÉCNICAS, MANTER UM CONTROLE PERMANENTE DO PATRIMÔNIO DA EMPRESA (Contabilidade básica Osni Moura Ribeiro); CIÊNCIA APLICADA COMO METODOLOGIA ESPECIALMENTE CONCEBIDA PARA CAPTAR, REGISTRAR, RESUMIR E INTERPRETAR OS FENÔMENOS QUE AFETAM AS SITUAÇÕES PATRIMÔNIAIS, FINANCEIRAS E ECONÔMICAS DE QUALQUER ENTE, SEJA ESTE PESSOA FÍSICA, ENTIDADE DE FINALIDADES NÃO LUCRATIVAS, EMPRESAS, SEJA MESMO PESSOA DE DIREITO PÚBLICO, TAIS COMO ESTADO, MUNICÍPIO, UNIÃO, AUTARQUIA ETC. (Contabilidade Introdutória Equipe Professores FEA/USP). OBJETO: É o patrimônio das pessoas jurídicas. OBJETIVO Compilar todos os dados oriundos dos fatos administrativos praticados pelos entes (pessoas físicas ou jurídicas), objetivando fornecer informações de forma estruturada para controle, análise e tomada de decisões. CAMPO DE ATUAÇÃO - As Aziendas. Aziendas: entidades econômico-administrativas (pessoas físicas ou jurídicas) que para atingirem seu objetivo, seja ele econômico ou social, utilizam bens patrimoniais e necessitam de um órgão administrativo que pratique atos de

natureza econômica necessários a seus fins. Os elementos constitutivos das aziendas são: pessoas e bens. PATRIMÔNIO Trata-se do conjunto de bens, direitos e obrigações de propriedade das diversas entidades. Em princípio, considerando o senso comum, ao se falar em patrimônio, automaticamente se remete para os bens de propriedade. E mais, bens apenas tangíveis, desconsiderando-se, portanto, os bens intangíveis (marcas e patentes, por exemplo), os direitos e as obrigações. Do ponto de vista contábil, patrimônio é o todo de propriedade de seu detentor. Assim, há que se entender que também as obrigações são propriedades de quem as detém e, como tal, as mesmas também são elementos patrimoniais. Partindo do raciocínio anterior, observa-se que o patrimônio possui duas conotações: a positiva, composta pelos bens e direitos e a negativa, composta pelas obrigações. Ao relacionarmos as duas, tem-se a equação fundamental do patrimônio que reflete a situação líquida patrimonial, comumente conhecida como patrimônio Líquido. Matematicamente tem-se que: Patrimônio Líquido = Bens + Direitos Obrigações.

GRUPOS DE PESSOAS E DE INTERESSES QUE NECESSITAM DA INFORMAÇÃO CONTABIL Tendo em mente as premissas traçadas anteriormente, é necessários delinear resumidamente o tipo e a qualidade da informação que a contabilidade deve estar em condições de fornecer a vários grupos de pessoas interessadas cujos interesses nem sempre são coincidentes, embora não se chegue ao exagero de afirmar que sejam conflitantes. SÓCIOS E OU ACIONISTAS Essas pessoas, interessadas primeiramente na rentabilidade e segurança de seus investimentos, que muitas vezes se mantêm afastadas da direção das empresas, necessitam de informações resumidas que dêem respostas claras e concisas às suas perguntas. Por exemplo: Qual a taxa de lucratividade proporcionada ao seu investimento em ações ou quotas - partes da sociedade? Será que a empresa continua a oferecer, no médio e longo prazo, perspectivas de rentabilidade e segurança para seu investimento? Existe alguma alternativa mais adequada para seus investimentos? Normalmente, relatórios elaborados pela Contabilidade Financeira, esclarecimentos prestados pela administração por ocasião das assembléias ou reuniões de sócios realizadas algum tempo após o encerramento dos exercícios são suficientes para responder a tais perguntas. ADMINISTRADORES, DIRETORES E EXECUTIVOS DOS MAIS VARIADOS ESCALÕES. O interesse nos dados contábeis destas pessoas atinge um grau de profundidade e análise, bem como de freqüência, muito maior do que para os demais grupos. De fato, são eles os agentes responsáveis pelas tomadas de decisões dentro de cada entidade a que pertencem. Tais decisões visam principalmente ao futuro, mas para se preparar para agir no futuro é necessário não apenas conhecer detalhadamente o que aconteceu no passado, como também o que está acontecendo no momento. Note-se que as informações

fornecidas pela contabilidade não se limitam, como julgam muitos, ao Balanço Patrimonial e à Demonstração de Resultados. Além destes demonstrativos básicos e finais de um período contábil, a Contabilidade fornece aos ADMINISTRADORES um fluxo contínuo de informações sobre os mais variados aspectos da gestão financeira e econômica das empresas. O ADMINISTRADOR inteligente, que sabe usar a informação contábil e que conhece suas limitações, tem em seu poder um poderoso instrumental de trabalho que lhe permite tomar decisões visando ao futuro com maior segurança, bem como conhecer a situação atual e o grau de acerto e desacerto de suas decisões passadas. BANCOS, CAPITALISTAS, EMPRESTADORES DE DINHEIRO. Para estas entidades e pessoas, as perguntas são mais ou menos parecidas às formuladas pelos SÓCIOS E OU ACIONISTAS, com a diferença de que o interesse daqueles às vezes vai algo além do puro retorno, estando associados também razões sentimentais, profissionais e de pioneirismo em seus investimentos. Quando a empresa opera com prejuízo ou começa a operar ineficientemente, é muito provável que os sócios continuem a investir nela seus capitais na esperança de que uma melhoria (isto é tanto verídico à medida que existir maior ligação entre as figuras dos sócios e dos administradores, principalmente nas médias e pequenas empresas), ao passo que os emprestadores de dinheiro, cuja única finalidade é a rentabilidade e segurança de retorno de seus investimentos, serão os primeiros a abandonar o barco em perigo de naufrágio. Basicamente, todavia, o nível, a quantidade e principalmente a qualidade da informação requerida são parecidos, com maior ênfase para os fluxos financeiros, no que se refere aos emprestadores em geral. GOVERNO E ECONOMISTAS GOVERNAMENTAIS As repartições e os economistas governamentais têm duplo interesse nas informações contábeis. Em primeiro lugar, freqüentemente baseado em tais informações é que se exerce o poder de tributar e arrecadar impostos, taxas e contribuições. Isto é especificamente verdadeiro no caso da maioria

das empresas cujo imposto de renda é taxado a partir dos balanços, embora alguns ajustes tenham que ser feitos ao lucro contábil para apurarmos o lucro tributável. Em segundo lugar, os economistas encarregados de análises globais ou setoriais de nossa economia interessam-se pelos dados contábeis das diversas unidades microeconômicas, os quais convenientemente agregados e tratados estatisticamente podem fornecer bases adequadas para as análises econômicas. PESSOAS FÍSICAS A contabilidade não deixa de desempenhar seu papel de ordem e controle das finanças também no caso dos patrimônios individuais. Freqüentemente, as pessoas se esquecem de que alguns conhecimentos de Contabilidade e Orçamento muito ajudariam no controle, ordem e equilíbrio de seus orçamentos domésticos.

PRINCÍPIOS CONTÁBEIS FUNDAMENTAIS. São os preceitos resultantes do desenvolvimento da aplicação prática dos princípios técnicos emanados da Contabilidade, de uso predominante no meio em que se aplicam, proporcionando interpretação uniforme das demonstrações financeiras. Objetivo Os princípios contábeis permitem aos usuários fixar padrões de comparação e de credibilidade em função do reconhecimento dos critérios adotados para a elaboração das demonstrações financeiras, aumentam a utilidade dos dados fornecidos e facilitam a adequada interpretação entre empresas do mesmo setor. Enumeração O Conselho Federal de Contabilidade, através da Resolução nº 750/93, determinou os seguintes Princípios Fundamentais de Contabilidade: PRINCÍPIO DA ENTIDADE: Reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, onde não se pode confundir o patrimônio da entidade com o patrimônio de seus proprietários; PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE: A continuidade ou não da entidade, bem como sua vida estabelecida ou provável, devem ser considerados quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas. PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE: Refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro das mutações patrimoniais (deve ser feito no tempo certo e com a extensão correta); PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL:

Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelo valor original das transações, expressos em valor presente na moeda do País. PRINCÍPIO DA ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA: Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores; não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento dos valores originais; PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA: As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independente de recebimento ou pagamento; PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA: Determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior valor para os componentes do passivo, ou seja, o Princípio da Prudência impõe a escolha da hipótese de que resulte o menor patrimônio líquido. As Normas Brasileiras de Contabilidade Classificam-se em Profissionais e Técnicas. As Normas Profissionais estabelecem regras de exercício profissional. As Normas Técnicas estabelecem conceitos doutrinários, regras e procedimentos aplicados de Contabilidade. IMPORTANTE: As Normas foram renumeradas, de acordo com a Resolução do CFC nº. 1.329/11, para se ajustarem a nova estrutura das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBCs) na forma aprovada pela Resolução CFC nº. 1.328/11. As Normas cuja numeração ainda obedecem a Resolução CFC nº. 751/93 (NBC P ou NBC T),serão revisadas e reeditadas adotando-se a nova estrutura de numeração das NBCs.

LIVROS CONTÁBEIS OBRIGATÓRIOS Todos os acontecimentos que ocorrem diariamente na empresa, responsáveis pela sua gestão, são registrados em livros próprios, nos quais fica configurada sua própria vida. Classificação Os livros de escrituração têm várias finalidades. Uns servem para registrar as compras, outros para registrar as vendas, controlar os estoques, os lucros ou prejuízos fiscais. Há livros onde são registrados os empregados e outros em que se registram Atas da Assembléias. Enfim, podemos dividir os livros em três grupos: livros fiscais, livros contábeis e livros sociais. Livros fiscais Livros fiscais são os exigidos pelo fisco Federal, Estadual ou Municipal. Os mais comuns são: 1. Registro de Entradas 2. Registro de Saídas 3. Registro de Impressão de Documentos Fiscais 4. Registro de Inventário 5. Registro de Apuração de IPI 6. Registro de Apuração de ICMS 7. Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR Livros contábeis Livros contábeis são aqueles utilizados pelo setor de Contabilidade. Destinamse à escrituração contábil dos atos e dos fatos administrativos que ocorrem na empresa. Segundo o Código Comercial Brasileiro, todos os comerciantes estão obrigados a seguir uma ordem uniforme de contabilidade e escrituração e a manter os livros necessários para esse fim. Deverão, ainda, conservar em boa

guarda toda a escrituração, correspondências e demais papéis pertencentes ao giro de seu comércio, enquanto não prescreverem as ações que lhes possam ser relativas. Os principais livros utilizados pela Contabilidade são: Livro Diário Livro Razão Registro de Duplicatas Livro Caixa Livro Contas-correntes Diário: É obrigatório o uso deste livro, que constitui o registro básico de toda a escrituração contábil, no qual devem ser lançados, dia a dia, todos os atos ou operações da atividade, ou que modifiquem ou possam a vir a modificar a situação patrimonial da pessoa jurídica, observado o seguinte: I. Esse livro deve se encadernado com folhas numeradas seguidamente, conter, respectivamente, termos de abertura e de encerramento e ser autenticado pelo órgão competente. II. Os lançamentos nesse livro poderão ser efetuados diretamente ou por reprodução, ou por meio de processamento eletrônico de dados. III. é admitida a escrituração resumida do diário, por totais que não excedam o período de um mês, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que sejam utilizados livros auxiliares (devidamente autenticados na forma prevista para o Diário) para registro individualizado e conservados os documentos que permitam sua perfeita verificação. Nos lançamentos resumidos do Diário devem ter referências às páginas dos livros auxiliares em que as operações estiverem registradas de forma individualizada. Razão: A pessoa jurídica deverá manter, em boa ordem e

segundo as normas contábeis recomendadas, livro Razão ou fichas utilizados para resumir ou totalizar, por conta ou sub-conta, os lançamentos efetuados no Diário, devendo a sua escrituração ser individualizada e obedecer à ordem cronológica das operações. Registro de Duplicatas: O livro Registro de Duplicatas é de escrituração obrigatória caso a empresa realize vendas a prazo com emissão de duplicatas, podendo, desde que devidamente autenticado no Registro do Comércio, ser utilizado como livro auxiliar da escrituração mercantil. Caixa e Contas-Correntes: Os livros auxiliares, tais como Caixa e Contas- Correntes, que também podem se escriturados em fichas, são dispensados de autenticação quando as operações a que se reportarem tiverem sido lançadas, pormenorizadamente, em livros devidamente registrados. Na escrituração contábil, é permitido o uso de códigos de números ou de abreviaturas, desde que estes constem de livro próprio, revestido das formalidades de registro e autenticação (parágrafo 1o. do art. 269 do RIR/99). Esse livro pode ser o próprio livro Diário, que deverá conter, necessariamente, no encerramento do período-base, a transcrição das demonstrações contábeis. Ou o livro utilizado para registro do plano de contas e/ou históricos codificados, desde que revestidos das formalidades legais (registro e autenticação). Livros sociais Livros sociais são os livros exigidos pela Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/76). A Companhia deve ter os seguintes livros, além daqueles obrigatórios para qualquer comerciante, revestidos das mesmas formalidades legais: 1. Livro de Registro de Ações Nominativas 2. Livro de Registro de Ações Endossáveis 3. Livro de Transferências de Ações Nominativas 4. Livro de Registro de Partes Beneficiárias

5. Livro de Registro de Partes Beneficiárias Endossáveis 6. Livro de Atas das Assembléias Gerais 7. Livro de Presença de Acionistas 8. Livro de Atas das Reuniões do Conselho de Administração 9. Livro de Atas das Reuniões da Diretoria 10. Livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal DOCUMENTAÇÃO CONTABIL Segundo a NBC T 2.2 2.2.1 A Documentação Contábil compreende todos os documentos, livros, papéis, registros e outras peças, que apóiam ou compõem a escrituração contábil. 2.2.1.1 Documento contábil, estrito-senso, é aquele que comprova os atos e fatos que originam lançamento (s) na escrituração contábil da Entidade. 2.2.2 A Documentação Contábil é hábil, quando revestida das características intrínsecas ou extrínsecas essenciais, definidas na legislação, na técnicacontábil ou aceitas pelos "usos e costumes". 2.2.3 A Documentação Contábil pode ser de origem interna quando gerada na própria Entidade, ou externa quando proveniente de terceiros. 2.2.4 A Entidade é obrigada a manter em boa ordem a documentação contábil. VARIAÇÕES DO PATRIMONIO LIQUIDO. São todas as alterações sofridas pelo patrimônio na sua composição qualitativa e/ou quantitativa em virtudes de atos praticados pela administração, ou fatos vinculados às atividades da entidade ou, ainda, resultantes de fatos totalmente imprevistos ou fortuitos.

RECEITA, DESPESA, GANHOS E PERDAS RECEITAS: Conceito de Receitas: Considera-se como receita de uma empresa o dinheiro que a mesma recebe ou tem direito a receber, proveniente das operações da mesma. DESPESAS: Conceito de Despesas: Despesas de uma empresa são os gastos, desembolsados ou devidos pela mesma, necessários ao desenvolvimento de suas operações. GANHOS Ganhos são aumentos de patrimônio líquido provenientes de transações e eventos econômicos, exceto aqueles que geraram receitas ou investimentos dos proprietários. PERDAS Perdas são reduções de patrimônio líquido provenientes de transações e eventos econômicos, exceto aqueles que geraram despesas ou distribuições aos proprietários.

APURAÇÃO DE RESULTADOS. Agora que já conhecemos o conceito de despesas e de receitas, o conceito de resultado é bem simples: representa a diferença entre as despesas e receitas de um período determinado. Receitas - Despesas = Resultado Existem dois tipos de resultados entre despesas e receitas: LUCRO OU PREJUÍZO - Lucro: total de receitas é superior ao total de despesas; - Prejuízo: total de despesas é maior que a soma de receitas. REGIMES DE APURAÇÃO CONCEITO Normas que orientam o controle e o registro dos fatos patrimoniais. ESPÉCIES Regime de Caixa Considere no registro contábil do pagamento ou recebimento no momento de sua efetivação, não importando a que período se refere o fato. Regime de Competência Determina que as receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independentemente de recebimento ou pagamento. ESCRITURAÇÃO CONTABIL LANÇAMENTOS CONTÁBEIS, CONTAS PATRIMONIAIS, RESULTADO.

Escrituração Refere-se ao registro (também chamado de lançamento) das operações ocorridas e que alteram o patrimônio da organização em análise ou em controle. Esta técnica é possibilitada por meio do mecanismo de débito/crédito, levando em consideração ainda a natureza (devedora ou credora) dos elementos patrimoniais observados. Para a utilização desta técnica, os elementos patrimoniais são representados pelas contas. De acordo com a legislação consolidada no art. 265 do RIR/99, as pessoas jurídicas que, de acordo com o balanço encerrado no período de apuração imediatamente anterior, possuírem patrimônio líquido superior a R$ 1.633.072,44 e utilizarem sistema de processamento eletrônico de dados para registrar negócios e atividades econômicas, escriturar livros ou elaborar documentos de natureza contábil ou fiscal são obrigadas a manter, em meio magnético ou assemelhado, à disposição da Secretaria da Receita Federal, os respectivos arquivos magnéticos pelo prazo de cinco anos. Lançamentos contábeis. O lançamento contábil é o registro do fato contábil. Todo fato que origina um lançamento contábil deve estar suportado em documentação hábil e idônea. O lançamento contábil não se resume a débito e crédito, mas deve possuir também: 1. O valor (ou valores); expresso em moeda nacional. 2. Data do lançamento. 3. Histórico.

CONTAS A função da Contabilidade é registrar os fatos administrativos que acontecem na empresa. Estes fatos devem ser registrados separadamente, de acordo, com sua natureza. Um agrupamento de registros de fatos de uma mesma natureza chama-se conta. Uma conta é o registro de débitos e créditos da mesma natureza, identificados por um titulo que os qualifica ou um componente de patrimônio (bens, direitos, obrigações e patrimônio liquido), ou uma variação patrimonial (receitas e despesas). Cada tipo de conta recebe uma denominação permanente, identificando claramente a natureza dos fatos que ela representa. Assim sendo, a função das contas é representar os itens patrimoniais e de resultado. Assim, a conta pode representar um elemento patrimonial (bens, direitos e obrigações) ou de resultado (receita e despesa) Contas Patrimoniais Registram os elementos ativos e passivos (bens, direitos, obrigações e patrimônio liquido) que compõe o complexo patrimonial. Exemplos: - Caixa registra toda a entrada e saída de dinheiro. - Bancos Conta Movimento representa o dinheiro da empresa que se encontra depositado em estabelecimentos bancários e que poderá ser retirado mediante cheque, cartão magnético ou recibo. - Salários a pagar Contas de Resultado Registram as variações patrimoniais (receitas e despesas) e demonstram o resultado do exercício.

Exemplos: - Salários - Custo da Mercadoria Vendida (CMV) - Material de expediente - Despesa com telefone - Despesa com água e luz Plano de Contas 1. Ativo 1.1 Circulante 1.1.01 Caixa 1.1.02 Bancos - conta-movimento. 1.1.03 Aplicações no mercado aberto. 1.1.04 Duplicatas a receber 1.1.05 Provisão para devedores duvidosos (-). 1.1.06 Adiantamento a empregados. 1.1.07 Adiantamento a fornecedores. 1.1.08 Estoque. 1.2 Não Circulante. 1.2.01 Realizável a Longo Prazo 1.2.01 Aplicações financeiras. 1.2.02 Títulos a receber. 1.2.02 Investimentos 1.2.02.1 Participações em outras empresas 1.2.02.2 Demais Investimentos Permanentes 1.2.03 Imobilizado 1.2.03.1 Terrenos 1.2.03.2 Edificações 1.2.03.3 Máquinas e equipamentos 1.2.03.4 Veículo 1.2.03.5 Móveis e utensílios 1.2.03.6 Depreciação acumulada (-) 1.2.04 Intangível 1.2.03.1 Marcas de Propaganda 1.2.03.2 Patentes e Direitos Autorais 1.2.03.3 Softwares 2. Passivo 2.1 Circulante 2.1.01 Fornecedores 2.1.02 Títulos a pagar

2.1.03 Empréstimos bancários 2.1.04 Salários a pagar 2.1.05 Comissões a pagar 2.1.06 Encargos sociais a recolher 2.1.07 Impostos a pagar 2.1.08 Provisão para imposto de renda 2.1.09 Outras contas a pagar 2.2 Não Circulante 2.2.01 Títulos a pagar a longo prazo 2.2.02 Empréstimos a pagar a longo prazo 2.2.03 Outras contas a pagar a longo prazo 2.3 Patrimônio líquido 2.3.01 Capital 2.3.02 Capital a Realizar (-) 2.3.03 Reserva de capital 2.3.04 Ajustes de avaliação patrimonial 2.3.05 Reservas de lucros 2.3.06 Ações em tesouraria (-) 2.3.07 Prejuízos Acumulados (-) 3. Despesas 3.1 Custo das vendas e dos serviços prestados 3.1.01 Custo das mercadorias vendidas 3.1.02 Custo dos serviços prestados 3.2 Despesas de vendas 3.2.01 Fretes e seguros 3.2.02 Propaganda e publicidade 3.2.03 Outras 3.3 Despesas administrativas 3.3.01 Salários e encargos 3.3.02 Aluguéis 3.3.03 Serviços contratados de terceiros 3.3.04 Depreciação 3.3.05 Material de expediente 3.3.06 Outras 3.4 Despesas financeiras 3.4.01 Despesas de juros 3.4.02 Despesas com variações monetárias 3.4.03 Descontos financeiros concedidos 3.5 Despesas tributárias 3.5.01 Imposto de renda 3.5.02 Imposto sobre serviços 3.5.03 Outros impostos 4. Receitas

4.1. Vendas 4.2. Receita de serviços 4.3. Imposto sobre circulação de mercadorias (-) 4.4. Juros e correção monetária recebidos 4.5. Outras receitas

FATOS CONTÁBEIS PERMUTATIVOS, MODIFICATIVOS E MISTOS. FATOS CONTÁBEIS: Acontecimentos que provocam alterações qualitativas e /ou quantitativas no patrimônio da empresa. FATOS CONTÁBEIS PERMUTATIVO Provocam alterações qualitativas MODIFICATIVO Provocam alterações quantitativas MISTOS Provocam alterações qualitativas e quantitativas Representam permutações entre os elementos patrimoniais DIMINUTIVO Reduzem o valor do PL AUMENTATIVO Aumentam o valor do PL DIMINUTIVO Reduzem o valor do PL AUMENTATIVO Aumentam o valor do PL Comprar à vista Comprar à prazo Pagamento de duplicatas Pagamento de despesas Apropriação de salários Recebimento de receitas Prescrição de dívida Recebimento de duplicata com desconto Pagamento de duplicata com juros Recebimento de duplicata com juros Pagamento de duplicata com desconto Pagamento o IR dos empregados Reforma de dívida com juros Reforma de dívida com desconto Aumento do CS com uso de reservas de capital Emissão de debêntures abaixo do par (com deságio) Emissão de debêntures acima do par (com ágio)

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Técnica que possibilita ao usuário observar o estado patrimonial da organização num determinado momento. Esta é possibilitada a partir da escrituração (registro/lançamento) dos fatos que alteram o patrimônio nas diversas contas que o representam. De forma simplista, pode ser comparada à uma fotografia do patrimônio da organização em controle/análise num determinado momento (ver figura 1). Como demonstrações contábeis, podem ser destacadas: balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício, demonstração das mutações (mudanças) do patrimônio líquido, demonstração de fluxo de caixa, etc. Balanço Patrimonial É uma demonstração contábil que tem por objetivo é apresentar, de uma forma ordenada e padronizada, a situação econômica e financeira de uma empresa num determinado momento, caracterizando-se, assim, como demonstração estática da situação patrimonialativos, passivos e patrimonio liquido da empresa Demonstração do Resultado do Exercício DRE Destina-se a evidenciar a formação de resultado líquido do exercício, diante do confronto das receitas, custos e despesas apuradas segundo o regime de competência. As receitas e despesas de uma empresa representam, respectivamente, acréscimo e diminuição de seu patrimônio líquido. Essas

receitas e despesas são controladas em contas específicas que, em geral, são de grande volume, chamadas contas de resultado. Embora sejam elaboradas anualmente para fins de divulgação, em geral são feitas mensalmente pela administração e trimestralmente para fins fiscais. A DRE pode ser utilizada como indicadores de auxílio a decisões financeiras.