Caracterização do estado dos pavimentos Inspecção visual 1/24
Estado do Pavimento Características superficiais Coeficiente de atrito pneupavimento; Profundidade de textura facilita um rápido escoamento das águas Estado da superfície inspecção visual Regularidade da superfície Características estruturais Capacidade de carga é a capacidade para suportar as acções do tráfego futuro. 2/24
Caracterização do Estado dos Pavimentos 1. Inspecção Visual 2. Avaliação das Características Superficiais 3. Avaliação das Características Estruturais 3/24
Inspecção Visual Aspectos relacionados com as suas: Características funcionais: desagregação, exsudação; Características estruturais: deformações permanentes, fendilhamento; Registo das degradações: Tipo; Severidade (baixa, moderada, elevada); Extensão (m 2, m) geralmente reportada em área relativa afectada pela degradação. Distress Identification Manual (SHRP) (http://www.tfhrc.gov/pavement/ltpp/reports/03031/) 4/24
Inspecção visual de pavimentos flexíveis e semi-rígidos Principais aspectos a observar Fendas isoladas Longitudinais Transversais Fendilhamento Tipo pele de crocodilo Em blocos Cavados de rodeira Desagregação superficial Ninhos e peladas Assentamentos e ondulações da superfície Exsudação de betume 5/24
Fendas longitudinais Degradações dos pavimentos betuminosos DESCRIÇÃO: Fendas aproximadamente paralelas ao eixo da estrada, geralmente ao longo da zona de passagem dos rodados QUANTIFICAÇÃO: Metro. Registar também o número de fendas e o nível de severidade: baixa largura < 0,5 mm moderada largura entre 0,5 mm e 2 mm ou com lasqueamento ou ramificações moderados elevada largura > 2 mm, ou com lasqueamento ou ramificações significativos CAUSA PROVÁVEL: Capacidade de carga insuficiente (início do fenómeno de fadiga) Desagregação dos bordos da fenda Penetração de água e enfraquecimento das camadas subjacentes Aparecimento de outras fendas (pele de crocodilo) Eventual bombagem 6/24
Degradações dos pavimentos betuminosos Fendas transversais DESCRIÇÃO: Fendas aproximadamente perpendiculares ao eixo da estrada QUANTIFICAÇÃO: Metro. Registar o nível de severidade: baixa largura < 0,5 mm moderada largura entre 0,5 mm e 2 mm, ou com lasqueamento ou ramificações moderados elevada largura > 2 mm, com lasqueamento significativo CAUSA PROVÁVEL: Reflexão de fendas de retracção (pavimentos semi-rígidos) Deficiências de construção (proximidades de obras de arte) Desagregação dos bordos da fenda Penetração de água e enfraquecimento das camadas subjacentes 7/24
Degradações dos pavimentos betuminosos Fendas de reflexão DESCRIÇÃO: Fenda na camada betuminosa devido à reflexão do fendilhamento da camada subjacente. A camada subjacente geralmente é uma camada em materiais tratados com cimento ou em betão de cimento portland com juntas. QUANTIFICAÇÃO: Metros. Registar como fenda transversal ou longitudinal, e registar também o grau de severidade CAUSA PROVÁVEL: Reflexão das fendas de retracção da camada subjacente ou das juntas da camada de betão de cimento Portland; Desagregação dos bordos da fenda Penetração de água e enfraquecimento das camadas subjacentes Aparecimento de outras fissuras (pele de crocodilo) Eventual bombagem 8/24
Degradações dos pavimentos betuminosos Fendilhamento tipo pele de crocodilo DESCRIÇÃO: Uma série de fendas interligadas, que têm como origem a fadiga das camadas betuminosas, formando peças de diferentes formas geométricas e angulares. O fendilhamento inicia-se como uma série de fendas longitudinais paralelas entre si. Com a evolução da anomalia as fendas interligam-se tomando o aspecto de pele de crocodilo. O fendilhamento ocorre em áreas do pavimento sujeitas a repetidas cargas de tráfego, geralmente nas zonas de passagem dos rodados dos veículos. QUANTIFICAÇÃO: Metro quadrado CAUSA PROVÁVEL: Capacidade de carga insuficiente Desagregação dos bordos da fenda Penetração de água e enfraquecimento das camadas subjacentes Eventual bombagem Desprendimento de blocos e formação de ninhos 9/24
Degradações dos pavimentos betuminosos Cavados de rodeiras DESCRIÇÃO: Depressão na superfície do pavimento localizada na zona de passagem dos rodados dos veículos. O pavimento eleva-se ao longo das faixas adjacentes às rodeiras. Por vezes esta anomalia só é identificada após a ocorrência de um período de precipitação, devido à acumulação de água. QUANTIFICAÇÃO: Registar a máxima profundidade da rodeira em milímetros, através de uma régua rígida de 1,2 m de comprimento mínimo, e de uma régua de 20 centímetros graduada em milímetros. Regista-se também, em metro quadrado, a área da superfície do pavimento afectada. CAUSA PROVÁVEL: Capacidade de carga insuficiente (deformações permanentes no solo e camadas granulares) Deficiências na formulação ou execução das camadas betuminosas (fluência) Perda de conforto Acumulação de água na superfície 10/24
Degradações dos pavimentos betuminosos Assentamentos e ondulações da superfície (irregularidade longitudinal) DESCRIÇÃO: Depressão localizada ou série de elevações e depressões, por vezes distribuídas em intervalos regulares, normalmente inferiores a 3 metros, ao longo do pavimento. A ondulação é perpendicular ao sentido do tráfego rodoviário. QUANTIFICAÇÃO: Metro quadrado CAUSA PROVÁVEL: Assentamentos (consolidação de solos; deficiências de compactação de aterros) Empolamento (resultante da expansão de argilas) Perda de conforto Desgaste dos veículos 11/24
Degradações dos pavimentos betuminosos Desagregações superficiais DESCRIÇÃO: Deterioração da superfície do pavimento devido à perda de ligante betuminoso, com o consequente desprendimento dos agregados. QUANTIFICAÇÃO: Metro quadrado CAUSA PROVÁVEL: Tipo de materiais empregues Formulação das misturas Deficiência de construção Desprendimento de materiais Formação de ninhos e peladas Perda de regularidade 12/24
Degradações dos pavimentos betuminosos Ninhos e peladas DESCRIÇÃO: Desprendimento de blocos da camada de desgaste dos pavimentos, e por vezes, de camadas subjacentes, e consequente perda de regularidade superficial ninho QUANTIFICAÇÃO: Metro quadrado CAUSA PROVÁVEL: Deficiências construtivas Desagregação superficial Fendilhamento tipo pele de crocodilo ou lasqueamento de fendas longitudinais pelada Perda de regularidade Acumulação de água 13/24
Degradações dos pavimentos betuminosos Exsudação de betume DESCRIÇÃO: Acumulção de ligante betuminoso à superfície, geralmente na zona de passagem de rodados QUANTIFICAÇÃO: Metro quadrado CAUSA PROVÁVEL: Deficiências da composição da mistura betuminosa: excesso de betume na mistura Compactação excessiva da camada (porosidade inferior a 3%) Utilização de betumes demasiado moles (temperaturas elevadas) Perda de textura e de aderência 14/24
Inspecção visual de pavimentos rígidos Principais aspectos a observar Fendas De canto Longitudinais Transversais Diagonais Por retracção Deficiências nas juntas De selagem Lasqueamento Escalonamento Bombagem de finos Peladas Lavagem do betão Polimento dos agregados Desprendimento dos agregados 15/24
Degradações de pavimentos rígidos Fendas nas lajes (longitudinais, transversais, diagonais, de canto) DESCRIÇÃO: Fenda isolada na laje de betão com desenvolvimento na direcção longitudinal, transversal ou diagonal, consoante o caso. No caso da fenda de canto, esta intersecta a junta longitudinal e transversal a uma distância menor ou igual a metade da dimensão da laje QUANTIFICAÇÃO: Registar o número de fendas por laje, respectivo tipo e nível de severidade: baixa largura 0,3 mm moderada largura entre 0,3 mm e 1,5 mm elevada largura > 1,5 mm CAUSA PROVÁVEL: Acção repetida da passagem de tráfego eventualmente combinada com a perda de suporte da laje devido à bombagem de finos Lasqueamento nos bordos da fenda Desagregação Aparecimento de outras fendas Eventual bombagem de finos através da fenda 16/24
Degradações de pavimentos rígidos Degradação do selante DESCRIÇÃO: Expulsão do selante das juntas, permitindo a acumulação de detritos (pedras, solos) nas juntas, ou perda de elasticidade selante, resultando na a infiltração de água através das juntas. QUANTIFICAÇÃO: Registar em metro (linear) o comprimento de juntas seladas e os comprimentos de juntas com deficiência, com os respectivos níveis de severidade presentes nas juntas. CAUSA PROVÁVEL: Dimensões insuficientes da parte superior da junta Características deficientes do produto de selagem Envelhecimento do produto de selagem Penetração de água na junta Eventual bombagem na junta 17/24
Degradações de pavimentos rígidos Lasqueamento nas juntas DESCRIÇÃO: Quebra dos limites da laje a partir de 0,5 m do interior da junta. QUANTIFICAÇÃO: metro linear CAUSA PROVÁVEL: Mau acabamento do betão próximo das juntas Deficiente transferência de cargas nas juntas Penetração de água na junta Eventual bombagem na junta 18/24
Degradações de pavimentos rígidos Bombagem de finos DESCRIÇÃO: Expulsão de material proveniente da fundação do pavimento através da junta. QUANTIFICAÇÃO: Registar o número de ocorrências de bombagem de finos e o comprimento em metros da zona do pavimento afectada CAUSA PROVÁVEL: Tipo de fundação inadequado (materiais não ligados; não resistentes à erosão) Mau funcionamento dos dispositivos de transferência de cargas Mau estado das juntas Drenagem deficiente Fendilhamento (falta de apoio da laje) Escalonamentos Degradação dos selantes e lasqueamento Bombagem através das fissuras Destruição do pavimento 19/24
Degradações de pavimentos rígidos Fendas por retracção Desprendimento dos agregados 20/24
Manual Técnicas de Inspecção Visual Levantamento das degradações por inspecção directa :» A partir de um veículo em andamento» A pé Registo dos resultados em fichas de inspecção visual Semi-automática Levantamento por inspecção directa Registo dos resultados em suporte magnético, fichas de inspecção visual DESY Automática Levantamento através de filme Nível de projecto Tratamento manual (GERPHO) ou automático (HARRIS) Nível de projecto e rede Nível de rede 21/24
Inspecção Visual Manual Automática 22/24
Inspecção visual (exemplo de registo manual utilizado em projectos de reabilitação) 23/24
Inspecção Visual Detalhada Exemplo de ficha utilizada em Trechos Piloto Objectivo: Observar a evolução das degradações LABORATÓRIO NACIONAL DE ENGENHARIA CIVIL DEPARTAMENTO DE TRANSPORTES NÚCLEO DE INFRA-ESTRUTURAS Ficha de inspecção visual (Pavimentos flexíveis) Trecho piloto : EN 118 Secção: Km inicial 40+600 Km final 34+400 Faixa: Benavente/ Montijo Via: única Ficha nº 35 Operador: Reimão Data: Março/97 DEFICIÊNCIAS Final: km 37+100 REPARAÇÕES 100 E M E 1.5 1.2 71 59 52 48 27 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 87 5 R 0.8 Inicial: km 37+200 Tipo de camada de desgaste: Betão betuminoso Tipo de berma: não pavimentado Estado: em obras Observações: comprimentos em metro (m) R 0.9 2.0 6.0 3.0 R 1.0 Alargamento da via com cerca de 1m de largura 97 24/24