Coordenação-Geral de Tributação



Documentos relacionados
Coordenação-Geral de Tributação

Relatório. Data 19 de dezembro de 2014 Processo Interessado CNPJ/CPF

Coordenação-Geral de Tributação

Relatório. Data 17 de dezembro de 2014 Processo Interessado CNPJ/CPF

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Relatório. Data 26 de fevereiro de 2015 Processo Interessado CNPJ/CPF

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

: MIN. MARCO AURÉLIO DECISÃO

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Diz o dispositivo constitucional invocado:

RJ RIO DE JANEIRO SRRF07. Coordenação Geral de Tributação

Implementação da progressividade fiscal e extrafiscal do IPTU

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

RECEITA FEDERAL DO BRASIL COORDENAÇÃO-GERAL DE TRIBUTAÇÃO (COSIT)

CURSO DE APERFEIÇOAMENTO EM LICITAÇÕES PÚBLICAS E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS CONSÓRCIOS PÚBLICOS

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Data 13 de julho de 2015 Processo Interessado CNPJ/CPF

Coordenação-Geral de Tributação

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Prefeitura Municipal de Pinheiro Machado PROJETO DE LEI Nº 48, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2015

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO N o 3/2015 X ENAT

Coordenação-Geral de Tributação

NOTA INFORMATIVA Nº 291/2011/CGNOR/DENOP/SRH/MP. Assunto: Incidência de Imposto de Renda sobre o abono de férias (terço constitucional)

Coordenação-Geral de Tributação

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

A Tributação dos Síndicos, Subsíndicos e Conselheiros (IRPF INSS)

CÓPIA. Coordenação-Geral de Tributação. Relatório RJ RIO DE JANEIRO SRRF07

INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 01 / 2011.

2. A consulente informa que é uma empresa constituída unicamente para administrar e gerenciar programas de afiliados na internet.

Coordenação-Geral de Tributação

CIRCULAR Nº Dispõe sobre o funcionamento de componente organizacional de ouvidoria das administradoras de consórcio.

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Prof. Márcio Iorio Aranha. Regime jurídico das empresas estatais

Coordenação-Geral de Tributação

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 87/15 VENDAS INTERESTADUAIS A CONSUMIDORES FINAIS NÃO CONTRIBUINTES DO ICMS

Siglas deste documento:

1ª REGIÃO FISCAL - DIVISÃO DE TRIBUTAÇÃO

SENADO FEDERAL Gabinete do Senador Fernando Bezerra Coelho PARECER Nº, DE RELATOR: Senador FERNANDO BEZERRA COELHO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI N 4.330, DE 2004.

Coordenação-Geral de Tributação

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA GERÊNCIA TRIBUTÁRIA SUBGERÊNCIA DE LEGISLAÇÃO E ORIENTAÇÃO TRIBUTÁRIA

Coordenação-Geral de Tributação

Coordenação-Geral de Tributação

Toque 11 Isonomia, Capacidade Contributiva e Progressividade

Coordenação-Geral de Tributação

AJU: ASSESSORIA JURÍDICA ORIGEM: GABINETE DO CONSELHEIRO FERNANDO VITA PROCESSO Nº PARECER Nº (AP Nº 101/13)

A taxa do IRC para as PME. Alguns aspetos a ter em conta para a sua utilização

Coordenação-Geral de Tributação

A Copa e as Olimpíadas. O poder imunizante da isenção e o bem de todos (ou de alguns) Valter Nilton Felix

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador ACIR GURGACZ I RELATÓRIO

PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO PROCURADORIA PREVIDENCIÁRIA PARECER Nº

Coordenação-Geral de Tributação

Prefeitura Municipal de Piratini-RS

Diante do exposto, indaga-se: aplicar-se-ia o princípio da anterioridade tributária ao presente caso?

Coordenação-Geral de Tributação

O Advogado-Geral do Estado, Dr. Marco Antônio Rebelo Romanelli, proferiu no Parecer abaixo o seguinte Despacho: Aprovo.

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Escrituração do Vale Pedágio nos Livros Fiscais

REGULAMENTO DE CUSTAS NOS PROCESSOS DE ARBITRAGEM TRIBUTÁRIA

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Fundo Estadual de Combate a Pobreza - Energia Elétrica e Comunicação - RJ

Coordenação-Geral de Tributação

Transcrição:

Fls. 34 33 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 163 - Data 17 de junho de 2015 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: NORMAS GERAIS DE DIREITO TRIBUTÁRIO CONSÓRCIO PÚBLICO CONSTITUÍDO SOB A FORMA DE ASSOCIAÇÃO PÚBLICA. NATUREZA AUTÁRQUICA. DIREITO À IMUNIDADE A IMPOSTOS APLICÁVEL ÀS AUTARQUIAS EM GERAL (IMUNIDADE RECÍPROCA). Os consórcios públicos constituídos sob a forma de associação pública têm natureza autárquica e, portanto, fazem jus à imunidade a impostos aplicável às autarquias em geral, conforme o 2º do art. 150 da Constituição Federal, nos mesmos termos, condições e limites para estas estabelecidos. DISPOSITIVOS LEGAIS: Constituição Federal, art. 150, inciso VI, alínea a, e 2º; Lei n 10.406, de 2002 (Código Civil), art. 41, inciso IV; Lei n 11.107, de 2005, arts. 1º, 1º, e 6º, inciso I e 1º. ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA RETIDO NA FONTE - IRRF CONSÓRCIO PÚBLICO INTERMUNICIPAL. ASSOCIAÇÃO PÚBLICA. REPARTIÇÃO DE RECEITAS. O produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pelos consórcios intermunicipais constituídos sob a forma de associação pública pertence aos municípios, aplicando-se as disposições acerca de repartição de receitas constantes do art. 158, inciso I, da Constituição Federal. Dispositivos Legais: Constituição Federal, art. 158, inciso I; Código Civil (Lei n 10.406, de 2002), art. 41, inciso IV; Lei n 11.107, de 2005, art. 1º. ASSUNTO: PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL 1

Fls. 35 CONSULTA SOBRE A LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA. INEFICÁCIA DA CONSULTA. Não produz efeitos a consulta quanto aos questionamentos que não versem sobre interpretação da legislação tributária e aduaneira relativa aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). Dispositivos Legais: Decreto nº 70.235, de 1972, arts. 46, caput, e 52, inciso I; Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 2013, arts. 1º, 3º, 2º, inciso IV, e 18, inciso I. Relatório 1. A pessoa jurídica acima identificada, consórcio público de que trata a Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, constituído como associação pública e integrado exclusivamente por municípios, formula consulta, nos termos da Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013, a fim de esclarecer as questões literalmente transcritas a seguir: 1) Os Consórcios Públicos, criados com base na Lei nº 11.107/2005 e Decreto nº 6.017 de 17 de janeiro de 2007, na forma de associação pública, possuem direito à imunidade recíproca de impostos prevista no artigo 150, VI, a, da Constituição? 2) O imposto incidente sobre a renda e proventos de qualquer natureza previsto no art. 153, inciso III, da Constituição Federal, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos por Consórcios Públicos, criados com base na Lei nº 11.107/2005, na forma de associação pública, retido pelos Consórcios Públicos, nos termos do disposto no art. 158, inciso I da Constituição Federal de 1988, constituem-se receitas próprias dos consórcios públicos que efetuam os respectivos pagamentos ou dos municípios consorciados? No caso de pertencer aos municípios, serão contabilizados como receita própria do município em relação ao qual o serviço se realiza e paga, ou de todos os municípios que integram o consórcio? 1) Os municípios integrantes de consórcios públicos, constituídos na modalidade de associação pública, podem autorizar, por meio do contrato de rateio, a destinação aos Consórcios Públicos dos valores do Imposto de Renda pelos mesmos retidos em havendo previsão de que o imposto se constitua como fonte de recurso no estatuto da referida associação, com base na autonomia dos entes federativos? Fundamentos 2. A figura dos consórcios públicos passou a ser tratada no art. 241 da Constituição Federal a partir da redação que a este dispositivo deu a Emenda Constitucional nº 19, de 4 de junho de 1998, a saber: a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados. 2

Fls. 36 3. No plano legal, as normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum estão vazadas na Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005. Embora se trate de uma lei da União, as normas gerais nela contidas são de observância obrigatória por parte de todos os entes da Federação. 4. Conforme o 1º do art. 1º da Lei nº 11.107, de 2005, o consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado. Interessam a esta Solução de Consulta apenas as disposições pertinentes aos consórcios públicos constituídos na forma de associação pública. 5. O art. 41 do Código Civil arrola, em seu inciso IV, as associações públicas como pessoas jurídicas de direito público incluídas no gênero das autarquias. Essa inserção das associações públicas entre as autarquias foi obra da Lei nº 11.107, de 2005, o que torna clara a natureza jurídica dos consórcios públicos constituídos como associações públicas: são eles autarquias (por vezes chamadas autarquias interfederativas ou autarquias multifederadas ). 6. Em reforço, a mesma Lei nº 11.107, de 2005, explicita que o consórcio público constituído como associação pública adquire personalidade jurídica de direito público e integra a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados (art. 6º, inciso I e 1º). 7. Estabelecida a natureza de autarquia do consórcio público constituído como associação pública, pode-se responder, de pronto, à indagação acerca da aplicabilidade a eles, da imunidade a impostos aplicável às autarquias em geral (imunidade recíproca), prevista na alínea a do inciso VI do 150 da Constituição Federal, combinada com o 2º desse mesmo artigo. Faz-se oportuna a transcrição desses preceitos constitucionais: Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:... VI instituir impostos sobre: a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;... 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes. 8. Em suma, é vedada a incidência de impostos sobre o patrimônio e a renda de consórcio público constituído sob a forma de associação pública, bem como sobre os serviços por ele prestados, desde que se trate de patrimônio, renda e serviços vinculados às finalidades essenciais do consórcio público, ou às delas decorrentes. 9. A resposta à primeira parte da segunda pergunta aduzida pelo consulente se o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos por ele pagos, são receitas próprias suas ou dos 3

Fls. 37 municípios consorciados também se obtém, uma vez estabelecida a natureza de autarquia dos consórcios públicos constituídos sob a forma de associação pública, da leitura direta de dispositivos constitucionais. Com efeito, veja-se o que preceituam o art. 158, caput, e seu inciso I, da Constituição Federal: Art. 158. Pertencem aos Municípios: I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem;... 10. Dessarte, o imposto de renda incidente na fonte, retido pelo consórcio público consulente nos pagamentos por ele efetuados, pertence aos municípios, e não ao próprio consórcio público, uma vez que este é pessoa jurídica distinta dos municípios que o integram. Vale registrar, ademais, que é esse o entendimento da Coordenação-Geral de Tributação () acerca do tema, conforme restou expendido na Solução de Divergência nº 6, de 3 de maio de 2013. 11. Quanto à segunda parte da segunda pergunta apresentada pelo consulente e à terceira pergunta, cumpre declarar a ineficácia da consulta, pelas razões expostas a seguir. 12. O processo administrativo de consulta, no âmbito da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), está disciplinado no Decreto nº 70.235, de 6 de março de 1972, arts. 46 a 53, na Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, arts. 48 e 49, na Lei nº 11.457, de 16 de março de 2007, art. 25, inciso II, e 3º, no Decreto nº 7.574, de 29 de setembro de 2011, arts. 88 a 102, e na Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 2013. 13. Em razão dos peculiares efeitos legais da consulta (entre eles a suspensão do prazo previsto para o pagamento do tributo e a proibição de se instaurar procedimento fiscal contra o seu autor), rígidos requisitos para sua apresentação são estipulados por essas normas. Se não cumpridos esses requisitos, a consulta estará sujeita a declaração de ineficácia, que será formalizada em Despacho Decisório, o qual não está sujeito à publicação, consoante o disposto no 1º do art. 27 da Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 2013. 14. O caput do art. 46 do Decreto nº 70.235, de 1972, claramente delimita escopo de processo ora em apreço: o sujeito passivo poderá formular consulta sobre dispositivos da legislação tributária aplicáveis a fato determinado (grifou-se). Igualmente, o art. 1º da IN RFB nº 1.396, de 2013, esclarece o âmbito de aplicação da consulta, nestes termos (negrito acrescentado): Art. 1º Esta Instrução Normativa trata dos processos administrativos de consulta sobre interpretação da legislação tributária e aduaneira relativa aos tributos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e sobre classificação de serviços, intangíveis e outras operações que produzam variações no patrimônio. 15. Em harmonia com essa disposição, o inciso IV do 2º do art. 3º da IN RFB nº 1.396, de 2013, enumera como requisito a ser atendido na petição apresentada pelo consulente a indicação dos dispositivos da legislação tributária e aduaneira que ensejaram a apresentação da consulta (grifou-se). 4

Fls. 38 16. A consulta que verse sobre matéria estranha à prevista nesses dispositivos deve ser declarada ineficaz, como determinam o art. 52, inciso I, do Decreto nº 70.235, de 1972, e o art. 18, inciso I, da IN RFB nº 1.396, de 2013. 17. Exposto esse arcabouço normativo, retome-se a segunda parte da segunda pergunta formulada pelo consulente, acerca dos valores de imposto de renda incidente na fonte, por ele retidos nos pagamentos que efetua: No caso de pertencer aos municípios, serão contabilizados como receita própria do município em relação ao qual o serviço se realiza e paga, ou de todos os municípios que integram o consórcio? 18. Resulta patente que a indagação supratranscrita não diz respeito a qualquer dispositivo da legislação tributária ou aduaneira. A rigor, ela nem mesmo versa sobre matéria de competência da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). Uma vez esclarecido que os valores de imposto de renda incidente na fonte retidos pelo consulente nos pagamentos que efetua pertencem aos municípios consorciados, não cabe à RFB ir além e, interpretando legislação de índole administrativa, ou mesmo cláusulas do ato constitutivo do consórcio público consulente, determinar a forma de repartição desses valores entre aqueles municípios. 19. Idêntica sorte colhe a terceira pergunta apresentada pelo consulente e pelos mesmos motivos. Deveras, indaga o interessado se os municípios consorciados podem autorizar, por meio do contrato de rateio, a destinação aos Consórcios Públicos dos valores do Imposto de Renda pelos mesmos retidos em havendo previsão de que o imposto se constitua como fonte de recurso no estatuto da referida associação, com base na autonomia dos entes federativos. Não se trata, a toda evidência, de questionamento que possa ser respondido mediante interpretação da legislação tributária ou aduaneira, tampouco de assunto que de algum modo diga com as competências da Secretaria da Receita Federal do Brasil. 20. Assim, quanto à segunda parte da segunda pergunta e ao terceiro questionamento apresentados pelo consulente a consulta é ineficaz, por incidência do art. 46, caput, combinado com o art. 52, inciso I, do Decreto nº 70.235, de 1972, e do art. 1º, combinado com o art. 3º, 2º, inciso IV, e com o art. 18, inciso I, da Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 2013. Conclusão 21. Diante do exposto, conclui-se que: a) os consórcios públicos constituídos sob a forma de associação pública têm natureza autárquica e, portanto, fazem jus à imunidade a impostos aplicável às autarquias em geral, conforme o 2º do art. 150 da Constituição Federal, nos mesmos termos, condições e limites para estas estabelecidos; b) o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pelos consórcios intermunicipais constituídos sob a forma de associação pública pertence aos municípios, aplicando-se as disposições acerca de repartição de receitas constantes do art. 158, inciso I, da Constituição Federal; c) é ineficaz a consulta na parte que não versa sobre a interpretação de dispositivos da legislação tributária. 5

Fls. 39 À consideração superior. MARCELO ALEXANDRINO DE SOUZA Auditor-Fiscal da RFB De acordo. Encaminhe-se à Coordenadora da Copen. IOLANDA MARIA BINS PERIN Auditora-Fiscal da RFB - Chefe da SRRF10/Disit De acordo. À Coordenadora da Cotir. MIRZA MENDES REIS Auditora-Fiscal da RFB Coordenadora da Copen De acordo. Ao Coordenador-Geral da. CLAUDIA LUCIA PIMENTEL MARTINS DA SILVA Auditora-Fiscal da RFB Coordenadora da Cotir Ordem de Intimação Aprovo a Solução de Consulta. Publique-se e divulgue-se nos termos do art. 27 da Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013. Dê-se ciência ao consulente. FERNANDO MOMBELLI Auditor-Fiscal da RFB Coordenador-Geral da 6